Deixando sua religião

Muitos anos atrás, encontrei um website na internet que explicava como uma pessoa deveria agir para deixar de ser considerada, formalmente, membro desta ou daquela religião. Na parte sobre catolicismo, o autor dizia, ironicamente, que os únicos meios de fazer a Igreja Católica repudiar alguém estavam, também, “listados no código penal”, e que portanto a situação era irremediável.

Nunca mais consegui reencontrar o website (a internet muda depressa), mas achei este memorando católico em PDF, sobre o que define uma “deserção formal da Igreja Católica”. Encontrei também um belo modelo de carta de apostasia online (se quiser usar, é só trocar os nomes e endereços pertinentes). Uma versão mais curta é esta aqui.

Então, parece que o chiste do velho website era apenas uma boa piada, certo? Nem tanto. Lendo com atenção o memorando católico, chego, perto do final, à seguinte afirmação:


Ou: “o laço sacramental de pertencimento ao Corpo de Cristo que é a Igreja, conferido pelo caráter de batizado, é um laço ontológico e permanente, que não se perde em razão de qualquer ato de deserção”.

Quer dizer, ser batizado é como o pecado original: você não tem nada com isso, mas não há como se livrar dele.

Discussão - 1 comentário

  1. Reccanello disse:

    Olá!!!Sou o autor da carta de apostasia que você cita em seu blog e fiquei muito feliz com a divulgação!!!Apesar de meu ato ter sido mais uma espécie de "laços fora", sem repercussões, me sinto aliviado por não pertencer mais à ICAR.Espero que mais pessoas tomem essa atitude, nem que seja pra deixar a Igreja com a pulga atrás da orelha...[]sReccanello

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