Adeus ao Monolito
Foi-se Asimov, agora parte Clarke. Os dois grandes racionalistas da ficção científica do século 20 já não estão mais entre nós.
Ao contrário de Isaac Asimov, cuja obra de não-ficção é amplamente conhecida, os ensaios de Clarke não são muito famosos (com exceção, claro, do clássico “paper” em que ele sugere o uso de satélites geoestacionários para ajudar nas comunicações). O que é uma pena: seus artigos, por exemplo os reunidos em Greetings, Carbon-Based Bipeds, têm um sabor próprio.
Como escritor, Sir Arthur era criticado por não dar muita profundidade psicológica, social ou emocional aos personagens. Longe de ser um defeito, porém, essa característica dá aos pontos altos de sua obra, como Encontro com Rama, uma pureza fantástica — o verdadeiro protagonista da obra de Clarke é o universo, suas leis, seus mistérios.
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