Padre Pio
Ah, o catolicismo… O islã e os pentecostais andam levando muito da fama por conta da violência, fanatismo, ignorância e puro mau gosto associados à religião em geral, mas é difícil bater uma franquia que está no negócio desde os tempos do Império Romano.
Caso em tela: Padre Pio. Exumado e exibido num esquife de cristal (climatizado?)
O cara – que dizia ter estigmas, entre outras coisas – já havia sido exposto como fraude décadas antes de ser canonizado, e ninguém menos que o papa João XXIII chegou a declará-lo “uma enorme enganação”. Mas, e daí? É o dinheiro que conta, afinal.
Ou, em termos do duplipensar católico, não há nada de mau em uma fraudezinha se ela estimula a fé e as boas obras. Fins justificam os meios, etc. Cesare Borgia, o príncipe-modelo de Maquiavel, é sempre bom lembrar, era filho de um papa.
Ah, sim:
antes que alguém ache que o cadáver do padre está “incorrupto”, o que algumas pessoas vêem como sinal de santidade (e não, curiosamente, de boas técnicas de embalsamamento), o rosto do corpo está coberto por uma máscara de silicone. Mas aposto que não há nenhum cartaz na igreja dizendo isso…
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