Igrejas ‘só para entretenimento’

Já comentei aqui (em minha postagem anterior, para ser exato) o ótimo livro de Paul Boghossian sobre relativismo cultural. Uma das constatações mais brilhantes (porque terrivelmente óbvia) do livro é a de que todo o papo sobre “novas formas de saber” é incoerente porque, no fim, todo ser humano se vale das mesmas três ferramentas básicas para construir conhecimentos: observação, indução e dedução.

O ponto me ocorre quando leio uma nota curiosa no Times de Londres, onde o articulista Matthew Parris critica a nova lei britânica contra charlatanismo porque ela também poderia, no final das contas, se aplicar a igrejas e cultos religiosos. Essa lei requer que fornecedores de produtos e serviços que não tenham comprovação científica avisem os clientes que os ditos prdutos e serviços são “só para entretenimento”.

Parris acha isso, a possível aplicação às religiões, ruim. Eu, pessoalmente, acho que isso só prova que a lei foi bem planejada e deveria ser adotada no resto do mundo. Vamos lá. Observação, dedução, indução: qual a diferença entre um “trabalho” feito por uma cartomante, uma sessão de descarrego e uma reza de terço bizantino?

O preço.

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