Paradoxo de sexta (14)
O da semana passada envolve, como foi bem notado, uma contagem dupla: dos 10 homens que procuravam alojamento, apenas 9 foram abrigados — sendo que um deles acabou contado duas vezes, o que deu a impressão de que o problema dos 10 tinha sido resolvido.
Agardeço aos participantes por não terem comentado a qualidade do verso e da rima…
E como estamos na semana de Darwin, vamos a um paradoxo darwiniano — a tautologia da seleção natural. É assim: o princípio da seleção natural diz que os mais aptos sobrevivem. Mas o único jeito de saber quem é o mais apto é esperando para ver quem sobrevive. Logo, a seleção natural só diz que os sobreviventes sobrevivem. Logo, é um conceito vazio e inútil.
(ATENÇÃO: sempre lembrando que esta relação de paradoxos contém apenas paradoxos falsídicos, isto é, afirmações falsas, mas que soam paradoxais. Quem achar que a tautologia de hoje expressa minha opinião pessoal, ou mesmo uma crítica séria e defensável, quanto à evolução por seleção natural, está automatocamente rebaixado a pitecantropo.)
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