Uma nova em Sagitário
Astrônomos japoneses anunciaram, no fim da semana passada, a descoberta de uma nova na constelação de Sagitário. Nestes tempos superlativos, todo mundo parece só ligar para as supernovas, mas as novas também são criaturas interessantes.
Uma nova é, basicamente, uma estrela de corda. Você pega uma anã branca e começa a dar corda para ela — no caso, começa a cobri-la com camadas de hidrogênio de uma estrela vizinha — e, num dado momento, o hidrogênio acumulado na superfície da anã atinge ponto de fusão e explode. Note que essa é uma explosão da superfície da estrela, e não de seu núcleo.
Existem algumas novas que se sabe serem periódicas, acumulando matéria da vizinha num ritmo constante e explodindo a intervalos regulares. Há a suspeita de que todas sejam, mas com períodos de vários milênios de duração.
Ou seja, essas estrelas não são meros brinquedos de corda: são os relógios de bolso do Universo… Ei, que tal um panteísmo onde o Universo como um todo é o coelho de Alice, sempre atrasado e prestes a cair num buraco?
Hmmm…
Só um momento que eu vou até ali fundar uma ordem esotérica e já volto.
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