Dissonância cognitiva
Primeiro, vamos nos erguer em defesa do direito voltaireano de falar asneiras: deixem o pobre professor baiano que disse que seus conterrâneos têm inteligência inferior em paz. As comparações, que já vi pora í, com Hitler e quetais são descabidas. Hitler não “dizia” que havia pessoas inferiores: matava-as. Há aí um oceano de diferença.
Segundo, vamos usar esse lindo exemplo para relembrar o fato comezinho da dissonância cognitiva: a tendência da mente humana de tentar distorcer a realidade para não ser forçada a abandonar crenças. No caso, a crença que o professor Natalino Dantas protege parece ser a de que ele próprio é um bom professor e profissional competente de ensino. Para defendê-la, foi em busca da única explicação compatível.
Terceiro, será uma pena se a UFBA demitir Dantas por sua fala. A instituição deveria tê-lo demitido muito antes, mas por um motivo muito mais sólido: a incompetência no exercício da coordenação do curso de Medicina, evidenciada pelos resultados pífios de seus pupilos no exame federal.
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