Censura judiciária e uma nova falácia
Muito engraçada a postura da Associação dos Juízes Federais do Brasil diante da censura imposta aos veículos do Grupo Estado por um de seus pares.
Primeiro, abraça de vez o espírito de corpo, incorrendo no que batizarei de Falácia dos Três Mosqueteiros (“um por todos, todos por um”), ao tratar uma crítica a ato de um membro da categoria (“o juiz X, no caso Y, ao emitir a decisão Z, pisou na bola”) como uma ameaça à instituição do Poder Judiciário como um todo.
Achei que só congressistas tinham o tipo de estofo intelectual necessário para achar que esse raciocínio torto poderia ser levado a sério.
Segundo, os meritíssimos se saem com essa: ”É imprescindível que a magistratura seja forte e respeitada. Se for diferente, ao cidadão não haverá nenhum tipo de recurso contra o arbítrio do Estado ou a violência de seu semelhante.”
Esqueceram-se, por acaso, que “a magistratura” é também parte do aparato do Estado, e tão propensa a cometer arbítrios quanto seus parceiros dos demais Poderes?
Ora, ora, ora.
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