Jesus, o plágio?

Um dos vários non-sequiturs usados por cristãos para defender suas crenças de críticas diretas (tipo, falta de evidência, contradições internas, etc) é o da originalidade: nunca antes na história deste país… desculpe, deste planeta… houve idéias, filosofias e histórias assim.
A alegação já nasce furada, uma vez que boa parte dos ditos “orginais” de Jesus já estava em outras fontes: um caso clássico é o”amai-vos uns aos outros”, que aparece, cuspido e escarrado, no Levítico (cap. 19, v. 18).
Nem mesmo as histórias do filho de um deus com uma mortal, ou do filho de um deus que morre e ressuscita, são novas (e as versões de Héracles e Hórus são bem mais divertidas que qualquer coisa na Bíblia); pô, até o filósofo Apolônio de Tiana parece ter conseguido algo parecido.
E se formos levar os Evangelhos a sério (o que podemos fazer, mas só por alguns instantes), a própria idéia de voltar dos mortos já era moeda corrente na época de Jesus — até Herodes fala na ressurreição de João Batista!
Agora, mais um buraco no barco: aparentemente, a noção de “ressurreição após três dias” era tida como prova da “originalidade” do relato evangélico (três dias! quem poderia ter pensado nisso? só deus, claro)… Mas eis que surge evidência em contrário.
Advertência: a questão ainda é polêmica, como mostra este artigo. E, claro, mesmo que a idéia dos três dias não seja original, isso não prova nada, contra ou a favor. Do mesmo modo que a originalidade, se confirmada, também não provaria.

Há uma lição aqui, em algum lugar.

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