Dirty Sexy Money
Sabe aquele velho clichê romântico onde a mulher tem um marido ricaço mas sem graça, e acaba descobrindo o nirvana sexual nos braços de um tipo rústico, pobre mas de torso proletariamente torneado? Bom, dois estudos recentes indicam que essa situação novelesca tem a mesma substância que as explosões sonoras no vácuo: muito bom para efeito dramático, mas de baixíssima plausibilidade científica.
Semana passada, já havia sido publicada uma análise matemática mostrando que, em termos de teoria dos jogos, faz sentido para a fêmea manter o macho num processo de cortejo longo e custoso, a fim de separar, digamos, o joio do trigo.
“Um dos parceiros, frequentemente o macho, arca com a maior parte do custo financeiro, mas ambos pagam um custo em tempo, que poderia estar sendo usado de forma mais produtiva”, diz o matemático britânico Robert Seymour. Mas acrescenta que “ao adiar o acasalamento, a fêmea é capaz de reduzir o risco de ficar com um macho ruim”.
Se essa análise já parecia distorcer as regras a favor dos machos abonados, eis o prego que faltava no caixão: mulheres que transam com ricos têm mais orgasmos, diz outro estudo britânico. A base de dados usada combina informações sobre a vida sexual de 1,5 mil chinesas. Pessoalmente, imagino que uma chinesa casada com um alto (e rico) oficial do Partido se sinta tentada a mentir aos pesquisadores, exagerando o quanto de prazer o marido lhe dá — mas entrevistas em países ocidentais talvez ajudem a tirar essa dúvida.
De qualquer forma, a explicação evolucionária proposta para os dados faz sentido: o orgasmo feminino seria uma espécie de “bússola” que aponta a mulher na direção de bons partidos. Se for mesmo assim, milhões de páginas e milhares de horas de filme sobre paixões avassaladoras entre meninas ricas de “bad boys” remendados acabam de se tornar bem menos plausíveis.
Discussão - 1 comentário
O estudo vai ser duplo cego, ou as moçoilas vão conhecer o extrato bancário do candidato antes do coito, ou devo dizer experimento? Hahaha... Quando estava na Europa, o estudo que se comentava era a felicidade sexual dos pedreiros em contrapartida ao falimento dos cirurgiões e empresários.
O mundo é mesmo uma pândega!