Paradoxo de sexta (15)
Quanto ao paradoxo da semana pasada: existem várias formas de refutá-lo, mas a minha favorita é notar que o conceito de “mais apto” não é arbitrário, e tem poder preditivo, no sentido popperiano da coisa. Há outras formas de determinar adaptação ao meio ambiente, sem antes ser necessário esperar para ver “quem sobrevive”: se um dia eu encontrar um grande animal cúbico e anaeróbico voando sem asas por aí, por exemplo, terei sérias desconfianças quanto à solidez da seleção natural.
Além disso, a frase” sobrevivência do mais apto” não é uma descrição precisa do processo de seleção natural, e sim um slogan, um resumo — de novo, uma descrição completa do algoritmo da seleção natural deixará claro que não há nenhuma tautologia envolvida.
Nesta semana, voltamos à matemáica, pra alegrar o tríduo momesco. Todo mundo aprende na escola que a propriedade distributiva não se aplica à soma — isto é, que a+(b.c) não é igual a (a+b).(a+c), muito pelo contrário.
Mas, curiosamente, em alguns casos a distributiva da soma parece funcionar. Veja:
(0,5)+(0,2.0,3) = (0,5+0,2).(0,5+0,3) = 0,56, o valor correto.
Mas, afinal, funciona por quê?
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