Melanoma: um alerta a todos (PARTE I)

(fonte: http://www.ilhagrande.org/Praia-Camiranga)


Eu faço parte daquele grupo de pessoas que vai à praia e o máximo de cor que pega é o vermelho-pimenta…. Nunca liguei muito para o fato até que, no início desse ano, recebi um diagnóstico que me fez cair pra trás:
“A Sra. tem melanoma maligno, está indicado aqui na biópsia”.
“Caramba! Mas eu só tenho 28 anos, nem pego tanto sol assim, como é que pode?”
Tanto pode que aconteceu. E eu tive muita sorte de detectá-lo no início, porque o melanoma é o câncer de pele mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase. E eu que achava que era só uma pinta….
O melanoma tem origem em células da pele chamadas melanócitos. A função dos melanócitos é produzir melanina, o pigmento que dá à pele sua cor natural. Quando a pele é exposta ao sol, os melanócitos produzem mais pigmento para protegê-la dos raios ultravioleta. A melanina é uma espécie de filtro químico natural. É por isso que a exposição ao sol nos deixa bronzeados (quanto mais melanina a pessoa tem, mais bronzeada ela fica – o que não quer dizer que só as pessoas muito claras correm risco de desenvolver melanoma). O incrível é que o melanoma pode surgir em áreas de pele não-expostas ao sol (aliás, esse foi o meu caso).
De acordo com o site do INCA, órgão do Ministério da Saúde do Brasil, deve-se suspeitar da transformação de uma pinta em melanoma quando ocorre um aumento no seu tamanho e uma alteração na sua coloração e forma (ela passa a ter bordas irregulares). Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. Porém, quando os melanomas são detectados no início, são curáveis. A cirurgia é o tratamento mais indicado. Nessa cirurgia, retira-se não só a lesão, mas um bom pedaço de pele ao redor, para garantir. É como queijo com fungo em uma das bordas. Para aproveitar o resto bom, tira-se o pedaço com fungos mais uma “margem de segurança”.
Fiquei pensando se não haveria alguma alternativa à cirurgia (imaginem, por exemplo, se o melanoma aparece no rosto – a cicatriz resultante não é nada legal) ou tratamentos mais efetivos para os casos mais graves e encontrei alguns estudos (ainda em fase inicial) interessantes sobre o uso de nanobiotecnologia para a cura do melanoma.


(Continua no próximo post)


Adendo em 08/06/2009: para quem quiser saber mais sobre os efeitos do sol na pele, sugiro um post do excelente O Médico e o Paciente, da Iara Grisi

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