“Nanopartícula é tudo igual.” – será?

Eu tenho observado que algumas publicações na mídia sobre nanobiotecnologia (em especial aquelas que alertam sobre seus riscos) não fazem distinções entre os tipos de nanopartículas dentro dos produtos, como se todas tivessem o mesmo grau de risco, a mesma eficácia, a mesma degradabilidade, etc etc. Isso não deixa de ser preocupante, considerando que o universo de nanopartículas para uso biológico é vasto e diversificado, e juntar tudo no mesmo balaio de gatos pode criar preconceitos dificeis de ser quebrados. Não se pode comparar nanopartículas de óxidos metálicos e lipossomas, por exemplo. As diferenças entre eles são gritantes: enquanto as nanopartículas de óxidos metálicos estão no centro de uma discussão ambiental importante, os lipossomas são rapidamente degradados pelos organismos vivos em pequenos pedaços naturalmente presentes na membrana das células.
Como a coisa não é tão simples, informação nunca é demais. Recomendo o site da Comissão Européia para quem quiser tirar dúvidas sobre os riscos da nanotecnologia, e o site do The Project on Emerging Nanotechnologies para quem quiser saber mais sobre a composição de produtos nanotecnológicos que estão no mercado.
Nanopartícula NÃO é tudo igual. Pense nisso quando ler o próximo “alerta” sobre os riscos da nanobiotecnologia.


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