Photoprot: primeiro fotoprotetor 100 % brasileiro contendo nanocápsulas
O Photoprot, nome comercial do fotoprotetor contendo nanocápsulas, é fruto de uma parceria entre a empresa Biolab e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa coordenado pelas professoras Sílvia Guterres e Adriana Pohlmann. O fotoprotetor lançado hoje pela Biolab é feito de nanocápsulas biodegradáveis, ou seja, elas rapidamente se degradam em pequenas moléculas naturalmente presentes nos organismos vivos após seu uso, sem danos ao ambiente ou à saúde do consumidor. Uma de suas vantagens consiste em aumentar o tempo de permanência dos componentes ativos na pele.
“O Photoprot nasce da tão propagada e pouco praticada parceria público-privada. O conhecimento da universidade precisa ser trazido para dentro da indústria”, afirmou o Diretor da Biolab, Dante Alário Jr. De acordo com ele, há um esgotamento do modelo que a indústria farmacêutica vem praticando no que se refere a moléculas inovadoras, e o caminho para inovar nesse cenário passa pela nanotecnologia. “Esse momento coroa um trabalho de quatro anos”, disse a professora Sílvia Guterres, ao apresentar a tecnologia de nanocápsulas biodegradáveis (denominada Nanophoton®) para o público presente. E isso é só o início, pois de acordo com Dante, o Photoprot é o primeiro de uma geração de produtos à base de nanotecnologia que a Biolab vem desenvolvendo e irá lançar no mercado em breve.
A nanotecnologia é apontada por muitos como uma oportunidade para o Brasil aumentar de forma expressiva sua competitividade tecnológica no mercado mundial. Concordo com essa visão. Durante o evento, tive a oportunidade de conversar brevemente com o Prof. Mario Baibich, diretor de Política e Programas Temáticos da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCT), e ele afirmou que vem trabalhando ativamente para convencer os membros da câmara de deputados do quão estratégico é investir em nanotecnologia no Brasil. Cabe salientar que esse tipo de iniciativa é bastante recente no nosso país. “Há cerca de seis anos atrás, não se falava em inovação. Quando iniciei na indústria, há 17 anos, era preciso ir a bibliotecas de universidades para pesquisar, era tudo muito difícil”, contou-me a Gerente de P&D; da Biolab, Solange Soares. Essa realidade faz parte cada vez mais do passado, pois conforme ela, “hoje não é possível crescer sem inovação”.
Nas palavras de Dante Alário Jr., “este é um momento histórico para a indústria farmacêutica nacional, (…) e o Photoprot marca uma vitória da pesquisa nacional, tão posta em dúvida. Esta é a prova concreta da capacidade da indústria brasileira em inovar”.
UPDATE 21/01/2010: A Pesquisa FAPESP Online publicou uma matéria sobre o Photoprot, aqui.
Discussão - 5 comentários
adorei =) muitoooo orgulho mesmo...sugestao pro proximo produto: shampoo nano pRA cabelo encaracolado!! como domar os cachos com nanotecnologia! =)
Hehehe, eu também gostaria de um desses!
Muita coisa bacana ainda será lançada nos próximos 2 anos...
Obrigada pela visita, Dra!
Abraços,
Fer
Vc tá chique, heim!
Que bacana o Brasil se sobressaindo assim no desenvolvimento de um produto com os predicados que vc descreveu! E concordo com a Dra. Lulu, um xampu nanotológico que dome os cachinhos seria muito bem vindo 🙂
Oi, Tati
É legal ver um produto desenvolvido no lab parar nas prateleiras, mas mais legal ainda é ver que o Brasil tem um potencial imenso para inovar e que a mentalidade da indústria está mudando positivamente no sentido de concretizá-lo. No que se refere à nanotecnologia, há estudos de prospecção que indicam que seu auge ocorrerá em 2050 - o Brasil não pode perder esse bonde!
Abração,
Fer
P.S.: Nós e nossos cachos indomáveis!
Boa tarde estou procurando pelo protetor photoprot e verifiquei q vc tem o mesmo sobrenome da minha mãe POLETTO moramos em Balsa Nova no Pr.