Maratona Redescobrindo a Segunda Guerra

Neste último domingo (21) o canal National Geographic Channel exibiu a maratona da série ´Redescobrindo a Segunda Guerra´, com todos os episódio em sequência. Foram 6 horas de pura história.

O que impressiona é a quantidade de vídeos disponíveis sobre a Segunda Guerra, pois mesmo com poucas câmeras disponíveis na época, com todo o perigo e dor, sempre alguém se preocupava em registrar o momento.
A história, como tantas outras, é contada pela perspectiva dos vencedores. Talvez pelo comodismo das informações mais acessíveis e fáceis de organizar, ou pelo receio de afetar os espíritos mais sensíveis com possíveis apologias ao nazismo.
A tentativa de colorização das imagens originais resultou em cores um pouco estranhas e destaques inesperados para alguns elementos da imagem.
Redescobrindo a Segunda Guerra [Apocalypse: The Second World War]
Episódios:
1- A agressão nazista [Aggression]
2- A Guerra relâmpago [Crushing Defeat]
3- Pesadelo alemão [Shock]
4- Momentos decisivos [World Ablaze]
5- O Dia D [The Noose]
6- O apocalipse {Inferno]

O Fantástico e os documentários

Estava navegando pela internet e fui atraído pelo som da TV…
Fui ver! Era uma matéria no Fantástico com recortes do documentário ´Terra: O poder de um planeta´.
Pelo que consegui entender a Globo modificou o nome da série e exibirá no próximo domingo algumas partes do episódio sobre os oceanos.
O que me assusta neste caso é a mania do Fantástico de alterar o texto da narração dos documentários. Eles eliminam boa parte das informações e preenchem o vazio com adjetivos pouco úteis. Animais perdem o nome científico e ficam só fofinhos, bonitinhos e engraçadinhos. Placas tectônicas são descritas como ´pedaços de terra´. Eventos astronômicos perdem informações e ficam magníficos, poderosos, espetaculares e… fantásticos.
Não entendo o processo completo de compra do direto de exibição. Suspeito que para exibir as imagens a Globo deva ter comprado o direito da BBC. Por qual motivo não exibem o documentário na INTEGRA?! Sei que isto causaria uma queda na audiência no horário nobre. Mas poderiam aproveitar a compra e exibir sem alterações em outro horário.

Terra: O poder de um planeta

A série de documentários, Terra: O Poder de um planeta, é mais uma das jóias produzidas pela BBC.
Dividida em cinco partes – Vulcões, Atmosfera, Gelo, Oceanos e Terra Rara – a produção apresenta uma qualidade impecável em todos os episódios.
Vulcões
O geólogo e apresentador da série, Iain Simpson Stewart, visita diversos lugares da Terra que possuem evidências visíveis e interessantes sobre o movimento das placas tectônicas. Na Etiópia a visita ao vulcão Erta Ale serve tanto para demonstrar o movimento das placas, como base para demonstrar, no episódio sobre os Oceanos, a possibilidade de uma futura invasão do Oceano Índico na região que hoje é conhecida como Vale do Rift.
Atmosfera
Neste episódio a maior surpresa foi ver a grande quantidade de metano que está presa em alguns lagos congelados na Sibéria e no permafrost da região.
metano preso em lago siberiano
Alterações na temperatura do planeta poderiam causar a liberação de grandes quantidades deste metano, que também contribui para o efeito estufa, resultando em uma perigosa retroalimentação positiva.
Gelo
O poder do gelo em toda a história da Terra é visível no acompanhamento da influência geológica dos glaciares e em como as eras glaciais afetaram a evolução da vida no planeta.
Oceanos
Uma visita ao Green Lake em Nova Iorque serviu de base para demonstrar a importância das correntes e oxigenação nos oceanos. O mergulho demonstrou a existência de uma camada de água com alta quantidade de sulfeto, muito semelhante ao encontrado no cenote Angelita.
Terra Rara
Este episódio utiliza recortes de informações da série para demonstrar como os diversos eventos geológicos afetaram o caminho do surgimento e evolução da vida na Terra.
Em todos os episódios existe a introdução da ação por meio de esportes radicais – skysurf, montanhismo, rafting, surf – com um resultado muito interessante.
http://www.plymouth.ac.uk/pages/view.asp?page=19791
Trailer

[editado]Lembrei que a série também está no National Geographic Channel (EUA) com o título ´Earth: The Biography´. [editado]

O canal BBC 2 iniciou a exibição da nova série apresentada por Iain Stewart, How Earth Made Us.
Trechos da nova série

Árvore da vida

O projeto ´Árvore da Vida´, da Wellcome Trust, foi feito em parceria com a BBC e a Open University, criado com objetivo de celebrar a obra de Darwin e para produzir uma versão atualizada da ´Árvore da Vida´, refletindo a nossa compreensão profunda da evolução desde a época de Darwin.
Vídeo com legendas em português. Se não conseguir ver as legendas, clique aqui e aprenda como ativar.

O vídeo foi mostrado como parte do documentário ´Charles Darwin and the Tree of Life´, da BBC.
O material também está sob licença Creative Commons, na qual é permitida a criação de material derivado deste vídeo.
Versão interativa no site do projeto
captura tela site arvore da vida

Bônus
Entrevista com David Attenborough sobre o documentário Charles Darwin and the Tree of Life e suas idéias sobre a evolução. [em inglês]

Acompanhe as novidades pelo Twitter – http://twitter.com/scienceblogsbr

Os Três Porquinhos na prática

Jem Stansfield, da série inglesa Bang Goes the Theory, demonstra como um canhão de vortex pode produzir um deslocamento de ar capaz de derrubar as clássicas casinhas dos Três Porquinhos (contado que eles não usavam cimento).

O vortex produzido consegue concentrar o fluxo de ar e assim atingir objetos a uma grande distância.
Versões menores destes canhões podem ser facilmente construídas em casa. Com a versão caseira você consegue apagar uma vela a uns 4 metros de distância.
http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_71.asp
Veja também
Canhão acústico – Versão vitaminada

Quantas pessoas podem viver na Terra?

horizon bbc logotipo
Quando o documentarista David Attenborough nasceu éramos pouco menos de 2 bilhões de pessoas em todo o planeta. Atualmente a população mundial aproxima-se rapidamente de 7 bilhões de pessoas, e isso com um aumento de pouco mais de 2 pessoas por segundo (já descontadas as mortes).
A vida de Attenborough foi em boa parte dedicada ao acompanhamento da vida selvagem, e lamentavelmente esta situação de vida intocável está cada dia mais difícil de ser encontrada. Esta preocupação com o impacto populacional o fez ingressar na organização Optimum Population Trust, que tem como meta avaliar este cenário.
Então, quantas pessoas podem viver na Terra?
A ONU mantém um setor de acompanhamento do crescimento e existem fortes indícios de uma população que atingirá a marca de 9 bilhões já em 2050. E será atingida pelo simples fluxo natural do comportamento social, sem nenhum incremento forçado. As tendências indicam também que alguns países terão decréscimo populacional, como o Japão, por exemplo, mas isto não será capaz de frear a tendência.
Por volta de 1800 éramos não mais que 1 bilhão de pessoas. O acesso ao controle de doenças, diminuição de mortalidade e melhor qualidade de vida causaram uma violenta explosão populacional.
A citação de Thomas Malthus é comum quando este assunto é abordado.
“The power of population is indefinitely greater than the power in the earth to produce subsistence for man” – Thomas Malthus
Normalmente citam como um erro, como uma visão pessimista e demasiado catastrófica. Mas até quando Malthus estará errado? A Terra certamente possui um limite físico de produção de recursos.
Indícios mostram que a população mundial poderia atingir a marca de 15 bilhões de pessoas se todos vivessem como a média da população da Índia vive. Mas que o mundo só poderia comportar 2,5 bilhões se todos optassem por um estilo de vida comum na Inglaterra.
O primeiro alarme que soa vem da escassez de água em diversos países. Não só este alarme toca, mas outro começa a ser ouvido, o da falta de áreas propícias para a agricultura economicamente viável. E o sinal vem de um fluxo investidores de países desenvolvidos que compram terras em países mais pobres para uma produção exclusivamente voltada para a exportação, sem benefícios desejados para a população local.
Algumas iniciativas de controle populacional infelizmente foram feitas de maneira truculenta e autoritária, criando um fantasma ainda mais assustador de um assunto que incomoda muitos. Poucos gostam de ter alguém palpitando em sua vida pessoal e em quantos filhos devem ter. Iniciativas mais inteligentes e planejadas demonstraram, de maneira quase óbvia, que a educação é o fator que mais influencia na decisão de uma família em optar por ter menos filhos. As mulheres saem na dianteira neste poder de decisão, com uma visível tendência em planejar melhor a vida antes de ter o primeiro filho.
David Attenborough encerra o documentário “How Many People Can Live on Planet Earth?” comentando que os dados fornecidos podem ser desanimadores e neste caso a melhor maneira de encarar a situação é com o máximo de planejamento feito de maneira racional.

42 tentativas para matar Hitler

Por que ninguém tentou matar Hitler?
Esta é uma pergunta que certamente muitas pessoas já fizeram.
Tentaram! E foram diversas vezes! Algumas com um planejamento extremamente refinado e outras que não chegaram nem a ser executadas.Talvez a tentativa mais famosa de assassinato de Hitler, seja a a que deu origem ao filme Operação Valkíria, mas existiram pelo menos outras 41 tentativas que também apresentam detalhes merecedores de atenção.
No impressionante documentário da National Geographic, 42 Ways to Kill Hitler, alguns destes planos são explicados em detalhes, em uma equilibrada união entre história e suspense.

Roger Moorhouse, autor do livro Quero Matar Hitler, faz diversos comentários durante o documentário, o que leva a crer que este livro seja uma obra importante para quem quer saber mais sobre o assunto.
No Brasil este documentário já foi também exibido no History Channel.

Ciência e o Islã

ciencia bbc tela
Jim Al-Khalili, físico nascido em Bagdá, apresenta na BBC Four uma série de três episódios sobre a relação entre a ciência e o Islã.
No primeiro episódio, Al-Khalili, conhecido também pela série Átomo, demonstra a importancia do ´Translation Movement´, no qual uma série de livros importantes de todo o mundo foram traduzidos para o árabe. Isto impulsionou o domínio árabe na medicina e matemática. Atualmente os livros de medicina da época já não impressionam mais, pois defendem uma grande quantidade de técnicas e ideias não mais aceitas como formas adequadas de tratamento. No entanto, a matemática ainda deve muito para as importantes contribuições que ficaram marcadas na algebra e no algoritmo, no qual a presença do AL nas palavras sempre nos lembrará do seu passado. (o prefixo “al-” designa o artigo definido no árabe)
No segundo episódio também fica claro que o interesse pela aplicação prática do conhecimento era um bom motivo para o desenvolvimento da matemática, com forte apelo no aumento da eficiencia de cobrança de impostos. E também na geografia e astronomia, que eram uteis para a determinação do tamanho do império árabe e posição exata de um viajante quando longe de Meca, que desejava não errar a direção de suas orações.
A alquimia (mais um AL) encontrou o seu reforço na necessidade de um controle de qualidade na manufatura de moedas (dinar), obtendo peças de ouro com quantidades de elementos liga que resultassem em um material com resistência adequada ao manuseio. Desta alquimia cada vez menos mística e mais prática, o Islã também obteve o conhecimento dos materiais alcalinos essenciais para a manufatura do sabão. A destilação para a produção de perfumes e o domínio de novas técnicas de produção de vidros coloridos também encontraram espaço na ciência da época.
No terceiro episódio Jim Al-Khalili mostra boas evidências de que Copérnico obteve informações importantes da astronomia árabe para formular o seu modelo heliocêntrico.
Mas como todo esse brilho de desenvolvimento se apagou?
É óbvio que existe uma rede complicada de causas para as mudanças históricas. Mas foram relatados alguns fatores, como a diminuição do império árabe por sucessivas guerras, a perda da oportunidade de adotar a impressão rápida de livros também foi um erro que marcou o declínio da ciência no mundo árabe. Nesta última foi a rigidez dos princípios do Islamismo que causou o atraso, pois existe a crença de que a palavra escrita no Alcorão representa diretamente o desejo de Alá.
http://www.bbc.co.uk/programmes/b00gksx4
Trailer

As origens da Vida – History Channel

origens da vida documentario
Escrevendo um texto em um sábado de feriadão… será que alguém vai ler?
Acabei de assistir um no History Channel um documentário de 2 horas de duração sobre As origens da vida.
O PZ Myers já fez uma análise ranzinza e tenho que concordar com ele que o History Channel exagerou na mistura de conceitos, não apresentando uma linearidade nas idéias. Seria tão mais simples e sensato debulhar o assunto na ordem histórica das descobertas. Mas parece que a edição teve receio de perder o pique e a velocidade de informações necessárias para prender o leigo no canal.
O documentário também não foi formatado para um determinado público, quiseram agradar a todos.Em alguns momentos chegam a soletrar calmamente ´me- ta- bo- lis- mo´ para não assustar o leigo com o palavrão, e logo depois falam em RNA com uma naturalidade de um especialista.
Felizmente, apesar de algumas intromissões de frases “A vida é um mistério“, a linha escolhida na maior parte dos comentários foi por não trazer a mágica para dentro do entendimento dos processos de surgimento da vida.
Resta esperar se o History transforma o documentário em uma série com episódios mais organizado, com uma descrição mais calma sobre cada evento deste magnífico assunto.

Yellowstone – BBC

yellowstone logotipo
A série Yellostone (BBC), recentemente exibida no canal Discovery Channel, é uma obra de arte. Composta de três episódios – Inverno, Verão e Outono – que narram os diversos desafios enfrentados pela vida selvagem, neste que é o mais antigo parque nacional do mundo, e um dos mais belos.
Os episódios Inverno e Verão concentram-se exclusivamente nos movimentos da vida selvagem e nas mudanças climáticas, e somente no episódio Outono é que exibem a interação existente entre humanos e animais.
Clip promocional (oficial)

A produção recebeu três prêmios no International Wildlife Film Festival Awards de 2009.
Até o momento não existe previsão para reprise no Brasil e não é comercializado em DVD (em português).
Grand Prismatic Spring (Yellowstone)
Grand prismatic spring foto aerea

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