Pare de dizer aos alunos para estudar para os exames
Tradução autorizada do texto ´Stop Telling Students to Study for Exams´
Escrito por David Jaffee.
Entre os problemas existentes nos campi universitários de hoje está o fato que os alunos estudam para os exames e professores os incentivam a fazê-lo.
Eu imagino que muitos membros do corpo docente estão chocados com esta afirmação e consideram uma forma de heresia acadêmica. Se existe uma coisa, eles argumentarão, é que os alunos não estudam o suficiente para os exames; se eles o fizessem, o sistema educacional produziria melhores resultados. Mas esta frase simples e familiar – “estude para os exames” – que é amplamente considerada um sinal de prática acadêmica responsável, na verdade encoraja nos estudantes comportamentos e disposições que trabalham contra o propósito maior da aprendizagem e desenvolvimento intelectual humano. Ao invés de dizer aos alunos para estudar para os exames, devemos dizer para estudar para aprender e compreender.
Se há uma atitude do estudante que mais lamentam todos os docentes, é o instrumentalismo. Esta é a visão que você vai para a faculdade para obter um diploma para conseguir um emprego para ganhar dinheiro para ser feliz. Da mesma forma, você faz este curso para alcançar este objetivo, e você faz o trabalho de casa e lê o material para passar no curso de graduação para obter o diploma. Tudo é um meio para chegar a um fim. Nada é um fim em si mesmo. Não há propósito maior.
Quando dizemos aos estudantes para estudarem para os exames ou, mais especificamente, para estudarem para irem bem no exame, nós reforçamos fortemente esta forma de pensar. Enquanto professores queixam-se de forma consistente sobre o instrumentalismo, nosso comportamento e todo o sistema o incentiva e facilita.
Por um lado, dizemos aos estudantes para valorizar o aprendizado pelo valor do aprendizado; por outro, dizemos a eles que é melhor saber isto ou aquilo, ou que é melhor anotar, ou que é melhor ler o livro, porque estará no próximo exame; se eles não fizerem tais coisas, que eles pagarão o preço do fracasso acadêmico. Isto comunica aos estudantes que o processo de investigação intelectual, exploração acadêmica, e de adquirir conhecimento são puramente instrumentais para garantir sucesso na próxima avaliação.
Perante isto tudo, não é de surpreender que os alunos constantemente nos perguntam se isto ou aquilo estará no exame, ou se eles realmente precisa saber tal texto para o próximo teste, ou – a pergunta mais recorrente do primeiro encontro do período escolar – “O exame final é cumulativo”?
Este sistema disfuncional atinge o seu auge com o exame ´final´ cumulativo. Nós vamos ainda mais longe comemorando este sagrado ritual acadêmico reservando uma especialmente projetada “semana de exames” no final de cada período escolar. Este exercício coletivo de sadismo encoraja os estudantes a enfiar tudo o que eles acham que precisam “saber” (temporariamente, para o exame) em seus cérebros, privando-se do sono e de atividades de lazer, terminar (ou mais provavelmente, finalmente começar) os trabalhos finais, e a memorizar uma montanha de informações. Embora este exercício tradicional possa preparar os estudantes para as lutas de inevitáveis aborrecimentos que enfrentarão como adultos, seu valor como um processo de aprendizagem é duvidoso.
De acordo com aqueles que estudam a ciência da aprendizagem humana, esta ocorre somente quando há a retenção e transferência. Retenção envolve a capacidade de realmente lembrar o que foi presumivelmente “aprendido” mais de duas semanas além do fim do período escolar. Transferência é a capacidade de usar e aplicar esse conhecimento para a posterior compreensão e análise. Com base nessa definição, não há muita aprendizagem ocorrendo em cursos universitários.
Uma razão é que aprender é igualado a estudar para os exames e, que para muitos estudantes, estudar para os exames significa “encher a cabeça”. Uma crescente quantidade de literatura científica consistentemente mostra que encher a cabeça – por memorização de curta duração – não contribui para a retenção ou transferência. Pode, contudo, resultar em rendimento positivo em curto prazo conforme medido pela pontuação nos exames. Então, enquanto tivermos exames que determinam uma grande parte da nota em um curso, os estudantes irão se dedicar aos exames, e haverá bem pouco aprendizado.
Uma indicação deste não-aprendizado generalizado é a permanente perplexidade dos docentes que não conseguem entender porque os estudantes não sabem isto ou aquilo, apesar de ter sido “abordado” anteriormente ou em uma disciplina pré-requisito. A razão pela qual eles não sabem é porque não aprenderam. Abordar um conteúdo não é a mesma coisa que aprendê-lo.
Em vez disso, como podemos estruturar a avaliação dos nossos alunos deve envolver duas abordagens essenciais: avaliação formativa e avaliação autêntica. Usadas em conjunto elas podem nos levar a um ambiente de aprendizagem mais sadio que evita exames com alto impacto e dedicação intermitente.
Avaliações formativas permitem que os alunos tanto desenvolvam as suas capacidades e quanto avaliem seu progresso. Neste sentido, eles combinam ensino e aprendizagem com a avaliação. Estas técnicas são algumas vezes chamadas de avaliação em aula, e não requerem avaliação formal mas uma oportunidade para os estudantes, que após completarem um exercício ou tarefa, para ver no que foram bem e onde precisam melhorar.
A avaliação autêntica implica dar aos alunos oportunidades para demonstrar suas habilidades em um contexto do mundo real. Idealmente, o desempenho do aluno é avaliado não na capacidade de memorizar ou recitar termos e definições, mas a capacidade de usar o repertório de ferramentas disciplinares – sejam elas teorias, conceitos, ou princípios – para analisar e resolver um problema real que podem enfrentar como profissionais no campo.
Este tipo de abordagem da avaliação resulta em um “livro aberto” como uma ferramenta da qual os estudantes possam recorrer. Julgamento profissional ou disciplinar baseia-se na capacidade de selecionar a ferramenta certa e aplicá-la efetivamente. Se houver qualquer preparação, é baseada em uma revisão das avaliações formativas que precederam a avaliação.
Isso tudo tem um sentido educacional, e algumas faculdades mais esclarecidas, embora não necessariamente adotem essas abordagens de avaliação, já chegaram à conclusão de que os exames finais não significam melhora no aprendizado do aluno. Professores de Harvard, por exemplo, agora podem escolher se querem aplicar exames finais, e um número crescente de professores estão usando técnicas alternativas.
Mas isso dificilmente é suficiente. O sistema educativo está desesperado por um novo modelo, e o ensino superior é o melhor lugar para começar, porque professores de nível superior têm mais flexibilidade para experimentar formas alternativas de técnicas pedagógicas, do que os professores primários e secundários. Podemos usar essas oportunidades para fazer a diferença na maneira como os alunos estudam, aprendem e compreendem.
Sim, o nosso mantra de “estudar para os exames” criou e alimentou um monstro, mas não é tarde demais para matá-lo.
Veja o texto original em
http://chronicle.com/article/Stop-Telling-Students-to-Study/131622/
Padrões naturais
A montagem deste gigantesco painel feito com 3600 peças de vidro de LCD, foi realizada no Museu de História Natural da Carolina do Norte (EUA); como uma forma de celebrar nossa visão da infinita complexidade da natureza, registrada em padrões na pesquisa científica, e por meio das nossas percepções.
O sistema utiliza em torno de 75watts para seu funcionamento, com alteração da transparência das peças que exibem 20 padrões que vão de gotas de chuva à revoada de pássaros. Tudo acompanhado por um sistema de som com 8 canais e uma tela na qual são exibidas mais informações sobre o tema apresentado no momento.
Muitos vídeos e pouca vida
Um problema de assistir vídeo-aulas ou qualquer outro tipo de tutorial, é que em algumas situações já conhecemos parte do conteúdo e só estamos tentando reforçar alguns aspectos. Nestes casos um vídeo com mais de meia hora de duração pode ser uma bela fonte de tédio e consequente abandono.
Uma das soluções é utilizar o VLC Media Player, que possui um refinado controle da velocidade de reprodução do vídeo, sem alterar a qualidade do áudio e da imagem.
http://www.videolan.org/vlc/
Para facilitar a interação personalize a interface pelo menu ferramentas.
No Youtube também é possível alterar a velocidade dos vídeos. Para ter acesso a esta função você deve entrar em
http://www.youtube.com/html5
e optar por assistir vídeos pela tecnologia HTML5 (opção que pode ser revertida). Depois torcer para que o vídeo que deseja assistir esteja com a opção liberada no botão ´configurações´.
Bem-vindo ao antropoceno
Oficialmente estamos na época geológica dita holoceno, que se iniciou há cerca de 11,5 mil anos. Não oficialmente alguns sugerem o uso do termo Antropoceno, que receberia esta denominação devido aos significativos impactos que os humanos causaram no Planeta Terra.
A conferência ´Planet Under Pressure´ elaborou uma animação sobre os últimos 250 anos de nossa história, ilustrando as rotas terrestres, aéreas e de navegação, utilizadas desde a revolução industrial até a Rio+20.
Versão com narração em inglês
Website do projeto
http://www.anthropocene.info/
Eu vejo Pi
Já fizeram de tudo com o Pi (3,14159265…), desde música chata até criar uma tal Pifilologia (técnica de memorização do Pi).
A empresa de design TWO-N, sediada em Nova Iorque, criou um belo visual atribuindo cores para cada um dos números de 0 a 9, que compõem os infinitos dígitos do Pi. No caso, eles apresentaram ´apenas´ 4 milhões deles, no site
É tentador tentar ver algum padrão. Eu consegui encontrar um M, uma casinha e estranhos padrões circulares (parei por aí!).
Identificação da escrita, em 1960
Em 1960 o laboratório de pesquisas da Bell testava um dos precursores de identificação eletrônica da escrita.
A máquina permitia apenas escrever números de zero até nove em um espaço restrito e com uma ´caneta´ especial. Além disso o operador deveria tocar um botão ´Identificador´ para visualizar o número que a máquina havia reconhecido, e depois tocar o botão ´Reset´ para inserir o próximo número.
O dispositivo da região identificadora funcionava por meio de 15 tiras metálicas horizontais que eram alternadamente ensanduichadas com um material isolante.
Guitarra pneumática
A empresa Clippard Instrument Laboratory utilizou 62 válvulas pneumáticas de seu estoque para montar um enjambrado tocador de guitarra acústica.
A exibição ocorreu na Analytica, uma feira de produtos para laboratórios, realizada em Munique na Alemanha.
O controle do sistema é feito por meio de arquivos Midi gerados em um iPad.
Robô barbeiro
A empresa Inteligent Automation adaptou um de seus robôs, batizado como ´Multi-Arm Unmanned Ground Vehicle (MA-UGV)´, para atuar em um improvisado corte de cabelo.
O ato foi realizado para promover doações para a fundação St. Baldrick’s de combate ao câncer infantil.
Ainda bem que existem robôs cirurgiões para arrumar qualquer estrago que este barbeiro possa fazer na cabeça do corajoso voluntário.
Galinha steadicam
Galinhas (e outras aves) possuem uma boa habilidade na estabilização da cabeça, que pode ser demonstrada de uma maneira bem divertida…
O balanço de vai e vem da cabeça de algumas aves durante o andar no solo é tema de estudo em pesquisas, demonstrando que o foco das aves está acuidade visual enquanto vagam e tentam encontrar algum objeto no chão.
Bônus
Controlando a cafeína
O aplicativo Caffeine Zone 2 Lite (versão gratuita para iPhone (iPad)) permite monitorar a quantidade de cafeína presente no organismo após a ingestão de alguma bebida que contenha o indispensável alcalóide.
As opções do programa permitem adicionar as diversas porções ingeridas durante o dia e então monitorar o quanto ainda resta no organismo. Além de ser possível indicar a que horas você pretende dormir, para receber um alerta quando é melhor parar de consumir cafeína, de modo a não atrapalhar o sono.
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Os idealizadores do programa alertam que não tem finalidade médica, mas apenas demonstrar um pouco da farmacocinética da cafeína.
Baixe o aplicativo em
http://itunes.apple.com/us/app/caffeine-zone-2-lite/