Ilustrações criativas – Parte 6

Ilustrações estranhas, curiosas e engraçadas encontradas em resumos de artigos científicos.

Não adianta! Está preso ao SiO2.
ru preso
Do artigo: Easily removable olefin metathesis catalysts

Nunca imaginei que veria isso em um artigo. E com o título ‘Uma análise aprofundada de um pedaço de mer**’.
um barro pela ciencia
An In-Depth Analysis of a Piece of Shit: Distribution of Schistosoma mansoni and Hookworm Eggs in Human Stool

Pacmaníacos.
pac-man
Do artigo: O,O′-Diester Methylenediphosphonotetrathioate: Synthesis, Characterization, and Potential Applications

Também quero saber!
bons resultados
Do artigo: Kinetic and Equilibrium Lithium Acidities of Substituted Toluenes: Semitheoretical Brönsted Correlations

Via TocRofl

Efeito da piada na gorjeta

gorjeta e conta via flickr 
The photographer known as Obi
Estudo publicado na revista científica Journal of Applied Social Psychology, em julho de 2006, mostrou que são maiores as chances de receber gorjeta quando junto com a conta é entregue um bilhete com uma piada.

Do artigo:
Estudos anteriores mostraram que uma caricatura, com um sorriso ou um desenho divertido (por exemplo, um sol sorridente), aumentou a quantidade de gorjetas dadas por um cliente quando o desenho foi entregue junto à conta. Uma repetição do estudo foi feita na qual a conta ia acompanhada de um pequeno cartão contendo uma piada. O experimento foi realizado em um bar com pessoas que recebiam a mesma bebida. Os resultados mostraram que as pessoas que receberam o cartão com uma piada eram mais propensos a dar gorjeta do que eram as pessoas na condição de controle ou em uma condição em que um cartão de propaganda era enviado junto com a conta. A quantidade de gorjeta deixada tendia a ser maior para os que receberam a piada, em comparação aos outros grupos.

Artigo: The Effects of a Joke on Tipping When It Is Delivered at the Same Time as the Bill

Uma equação para a qualidade

equacao sem sentido
O pesquisador Kimmo Ericksson, da Universidade de Estocolmo, publicou um artigo na revista Judgment and Decision Making, demonstrando que a adição de uma equação em um texto acadêmico pode resultar em uma percepção de que o trabalho possui uma melhor qualidade.

Resumo do artigo:

Matemática é uma ferramenta fundamental da pesquisa. Embora potencialmente aplicável em todas as disciplinas, a quantidade de formação em matemática que os alunos normalmente recebem varia muito entre as diferentes disciplinas. As disciplinas nas quais amaioria dos pesquisadores não dominam a matemática, o uso da mesma pode causar um maior respeito. Para demonstrar isso eu condizi uma pesquisa online com 200 participantes, que possuem experiência na leitura de relatórios de pesquisa e pós-graduação. Os participantes foram apresentados a resumos de dois artigos publicados (um em antropologia evolucionária e um em sociologia). Com base nesses resumos, os participantes foram convidados à julgar a qualidade da pesquisa. Um ou outro desses resumos foi alterado por meio da inclusão de uma frase extra retirada de um artigo completamente diferente e então adiocnando uma equação que não fazia sentido no contexto. Os resumos que incluía ma matemática sem sentido tendiam a ser julgados como tendo uma maior qualidade. No entanto, este “efeito de matemática nonsense” não foi encontrado entre os participantes com formação em matemática, ciência, tecnologia ou medicina.

O artigo: The nonsense math effect

Cortando unhas no espaço

cortador de unhas
Chega de perguntas sobre o banheiro dos astronautas.
Como um habitante da estação espacial internacional corta as unhas?
As lascas de unhas cortadas não podem ficar flutuando pela estação, com risco de engasgar ou entrar no olho de alguém.

A solução é encontrar uma passagem na qual o ar da estação é constantemente aspirado e fazer todo o trabalho por ali.

As lascas ficarão na grade até o dia da faxina na estação.

Esfera incandescente em água

níquel incandescente
Veja o que ocorre quando uma bola de níquel incandescente é submersa em água.

Boa parte do que aconteceu pode ser explicado pelo efeito de Leidenfrost, no qual uma superfície quente quando em contato com um líquido gera uma camada isolante de vapor.

Não tente repetir o experimento sem equipamento de proteção e conhecimento sobre o metal utilizado.

Via GeeksAreSexy

Bibliotecário robótico

Quando uma biblioteca ultrapassa a marca de 1 milhão de itens, o trabalho dos bibliotecários fica cada vez mais difícil. Encontrar, buscar, entregar, organizar tantos exemplares toma cada vez mais tempo e espaço.

A biblioteca da Universidade Estadual da Carolina do Norte resolveu deixar a tarefa repetitiva para um robô, e a parte que ainda precisa de um cérebro para os bibliotecários.

O bookbot organiza tudo em mais de 18.000 caixas, com cada item marcado com código de barras o sistema consegue guardar e organizar tudo em um espaço que ocupa apenas 1/9 do método tradicional.

A tecnologia não é uma novidade e já é utilizada em empresas que precisam organizar uma grande quantidade de itens em estoque.

O sistema bookbot tira a chance do usuário vagar pela biblioteca em busca de alguma surpresa interessante. Apesar disto já não ser permitido em acervos de obras raras que demandam condições controladas de armazenamento e manipulação. No entanto, ainda restam os sites que possuem sistemas de indicação de obras semelhantes e adequadas ao gosto do leitor, como a Amazon e o GoodReads.

Via Tecnologia Obsoleta

O orientador não viu

É muito arriscado brincar em um ambiente de trabalho acadêmico, principalmente se os colegas e chefes não gostam da brincadeira.

O ganhador do prêmio Nobel de química de 1961 Melvin Calvin era conhecido pela seriedade e pouca paciência com brincadeiras. Um alvo perfeito para uma missão arriscada: desenhar um homem pescando em um dos diagramas, sem que Melvin Calvin percebesse.

O estudante de graduação A. T. Wilson que trabalhava como assistente de Calvin apostou com um secretário do departamento que conseguiria passar pelo arriscado teste.

O resultado
o peixe está ali

O detalhe do peixe
faltou o pescador

Calvin faleceu em 1997 e parece que nunca descobriu a brincadeira, que pode ser vista no artigo ‘The Photosynthetic Cycle. CO2 Dependent Transients‘, publicado no Journal of the American Chemical Society em 1955.

Via Neatorama

Mulheres com pouca roupa

captura site oficial
Estudo publicado na PLOS One revela que avatares femininos no Second Life usam bem menos roupas se comparados aos avatares masculinos.

Sério!? ¬¬

Os números.
porcentagem de pele coberta em homens e mulheres virtuais
Os dados indicam que 71% dos avatares masculinos tem entre 75 e 100% da pele coberta por roupas. Enquanto que 47% dos femininos estão com 25 a 49% da pele coberta. Com a limitação de não ser conhecido se o usuário do avatar era homem ou mulher.

Quem costuma jogar Mmorpg já sabe que o poder da armadura de um personagem feminino é inversamente proporcional ao tamanho.
elfo avatar

O interessante é que as universidades insistem em realizar pesquisas envolvendo o Second Life, mesmo que quase ninguém mais utilize o mundo virtual. Conclusão, pesquisadores usam avatares com pouca roupa.

Artigo: Virtually Naked: Virtual Environment Reveals Sex-Dependent Nature of Skin Disclosure

Som mais irritante

botão mute do controle
Qual é o som mais irritante?
Unhas arranhando um quadro, funk, furadeira, bebê chorando…?

Um grupo de neurocientistas decidiu descobrir qual é o som mais irritante, entre uma lista de possíveis candidatos, e para isso colocaram 16 voluntários em um aparelho de ressonância magnética. O resultado foi publicado na revista Journal of Neuroscience em outubro de 2012.

O vencedor foi o som de uma faca raspando em uma garrafa de vidro. Você pode ouvir os sons clicando nos links abaixo.

1- Faca arranhando uma garrafa de vidro
2- Garfo em vidro
3- Giz no quadro
4- Régua em garrafa
5- Unhas no quadro
6- Grito feminino
7- Lixadora
8- Guincho de freio de bicicleta
9- Bebê chorando
10- Furadeira

Os menos irritantes foram:

1- Aplausos
2- Bebê rindo
3- Trovão
4- Água fluindo

O dado mais interessante foi a ativação da amígdala cerebelosas (não confunda com as amígdalas faríngeas), indicando claramente o desconforto sentido pelo voluntário.

A ideia inicial era que o desconforto poderia ser algo de ancestral no cérebro, estando associado ao grito de alerta de primatas. Mas a hipótese não se sustentou em uma pesquisa posterior que testou a reação dos sagui-de-cabeça-branca a sons semelhantes. Restando então a alternativa que os sons são irritantes mais por estarem associados à sensação de dor para ruídos com estas características.

Então os pesquisadores da área da psicoacústica terão que repetir os testes com funk.

Via Presurfer

Artigo: Features versus Feelings: Dissociable Representations of the Acoustic Features and Valence of Aversive Sounds

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