Revelando a mágica da adivinhação
Um vidente que parece saber tudo sobre você! Como ele consegue adivinhar tantos detalhes sobre a sua vida?!
Simples. Você contou tudo!
Videntes utilizam fontes diversas de informações para simular que ‘sabem algo especial’, não que acessem o seu Facebook, mas normalmente utilizam diversas técnicas, entre elas a da leitura fria, que levam a crer que possuem algum poder paranormal. Na técnica da leitura fria uma pequena quantidade de dados, que pode ser obtida pelo comportamento da pessoa durante a sessão, pela forma como usa uma roupa, os acessórios que possui, etc costurando todos estes fatores para enganar o cliente.
Um exemplo:
Pessoas próximas têm tirado vantagem de você. Sua honestidade básica tem obstruído seu caminho. Você teve de renunciar a muitas oportunidades que lhe foram oferecidas no passado por recusar-se a tirar vantagem dos outros. Gosta de ler livros e artigos para aprimorar a mente. Na verdade, se você já não estiver no ramo dos serviços pessoais, deveria estar. Tem uma capacidade infinita de compreender os problemas das pessoas, e pode simpatizar com elas. Mas é firme quando confrontado com a obstinação ou a estupidez pura e simples. Outra área que você compreende bem poderia ser a da lei. Seu senso de justiça é bastante forte.
[retirado de http://www.skepdic.com/brazil/leiturafria.html ]
O mundo vai acabar em 2012?
A máquina de procura WolframAlpha responde a recorrente pergunta ´Will the world end in 2012?´ (O mundo vai acabar em 2012?).
Da seguinte forma:
Não
O mundo acabará daqui a 5 bilhões de anos quando o sou tornar-se uma gigante vermelha. Como uma gigante vermelha, o Sol perderá em torno de 30% de sua massa (e sem efeito maré) a Terra será deslocada para uma órbita de 1,7 UA do Sol quando esta estrela atingir seu raio máximo. Portanto, é esperado que o planeta escape do envolvimento do da atmosfera exterior esparsa do Sol, embora a maioria, senão toda, vida restante será destruída por causa do aumento da luminosidade Solar.
Contudo, simulações mais recentes indicam que a órbita da Terra irá diminuir devido à efeitos maré e de arraste, causando sua entrada na atmosfera da gigante vermelha e consequente destruição.
Só tem um problema nisto tudo. O History Channel poderá continuar com sua bizonha programação sobre fim do mundo por mais 5 bilhões de anos. Alguém aguenta tanto?!
Um gole de tabela periódica
Recentemente um usuário do Reddit comentou que seu pai estava tomando isto…
Nos minerais traço podemos ver a curiosa presença de arsênio, carbono, cério, césio, disprósio, gálio, índio, irídio,…
Quase tudo ali é estranho, inútil ou nocivo.
Essa bomba, que provavelmente não contém tudo que alega, é o produto batizado de ´Liquid Health´, e é vendida como uma suplemento alimentar, fugindo das severas restrições existentes na aprovação de medicamentos (pelo FDA nos EUA).
É uma tática desonesta prometer a presença de tantos elementos químicos em um produto, batizando de elementos traços. Quando uma amostra pode realmente conter tais diminutas quantidades traço de qualquer coisa.
O poder da mente sobre o corpo
Ilustração em matéria publicada na revista Popular Science, em edição de setembro de 1937.
Quando desliguei a eletricidade, uma enfermeira segurou um telefone no ouvido do soldado “surdo”. Através dele veio a voz de sua noiva, em Chicago. “Meu doce, eu consigo te ouvir!” ele gritou
Com uma mistura de histórias pouco críveis, a matéria ´Cure the Body Through the Mind´ (Cura do corpo através da Mente) mostra um pouco da antiga percepção da influência que a mente poderia ter sobre o corpo. Com poucos dados e muitos relatos de caso, esta percepção era precária – e ainda é.
Uma mulher jurava estar engasgando com um osso de galinha, durante uma semana ficou sofrendo com os sintomas. Um especialista examinou sua garganta e não encontrou nada.
Diagnóstico: sintomas imaginários.
Solução: bastou o médico simular que extraia o osso da garganta, para tudo voltar ao normal.
O pobre homem retratado na ilustração acima, foi vítima de uma armação. Ele, um soldado da Primeira Guerra, afirmava estar surdo após dias de intenso bombardeio. Seu médico, suspeitando ser um um problema não relacionado com o aparelho auditivo, resolveu criar um teatro tecnológico para curar a suposta surdez. E bingo! Eis que tudo fica bem quando o homem acredita que está curado.
Além do caso deste soldado, outros relatos afirmam que falsos tratamentos, com eletrodos e muito hocus pocus, resultaram em melhoras quase milagrosas.
O placebo levado ao extremo.
O autor termina dizendo:
“Algum dia, médicos poderão ser capazes de medir os efeitos da felicidade e tristeza, esperança e desespero. A interligação da mente e corpo é um campo de estudos que está recebendo cada vez mais atenção. Psiquiatras – os curandeiros modernos – que devolvem visão aos cegos, audição aos surdos, e alívio aos aflitos, estão liderando o caminho para um melhor entendimento das valiosas zonas de fronteira da medicina.”
Veja o artigo em
http://books.google.com/books?id=YygDAAAAMBAJ&pg=RA1-PA42#v=onepage&q&f=false
Indico também
Todo Mundo em Pânico (texto do Kentaro Mori)
Quem matou o carro elétrico?
Resolvi assistir o documentário “Quem matou o carro elétrico?” mesmo tendo a forte sensação de que poderia ser mais uma coleção de teorias da conspiração, com muita choradeira e reclamação do mundo malvado que decidiu ´matar uma ideia´.
Eu estava enganado!
O documentário é interessante, apesar de apelar para um pouco para o melodrama, talvez para atrair um público mais diverso, mas no geral os argumentos foram bem fundamentados para a linha escolhida.
O cenário analisado no documentário centrou-se na realidade dos EUA, e foram listados possíveis suspeitos pela morte do carro elétrico, entre eles: os consumidores americanos, a tecnologia de baterias, as companhias petrolíferas, montadoras, governo americano, California Air Resources Board e a tecnologia do hidrogênio (em células a combustível). Cada um destes foi dito ter um grau de culpa na época em que a tecnologia dos carros elétricos foi temporariamente abandonada.
É bom ressaltar que o carro elétrico que mencionam é de um modelo exclusivamente centrado em baterias, e não em protótipos híbridos ou de hidrogênio.
Na lista de suspeitos admito que gostei das críticas ao hidrogênio, pois também não vejo lógica na utilização dele como combustível. Para entender a minha opinião, basta ler o texto ´A economia baseada no hidrogênio´, de Alice Friedemann, o qual concordo quase que integralmente.
O que fica ao final do documentário é que mesmo o carro elétrico não sendo a solução para todos os problemas, foi muito estranha a atitude da GM em recolher e destruir todos os carros do modelo elétrico EV1.
Trailer
2013 será bem melhor
Ontem pensei que talvez 2013 poderia ser um ano bem interessante.
Passado o ano de 2012, com sua estranha concentração de previsões apocalípticas, poderíamos ter um 2013 mais tranquilo, sem berros de ´O fim está próximo!´. Que talvez, com a percepção do erro dos que acreditaram em um fim em 2012, teríamos mais chances destes terem uma melhor noção da realidade.
Após alguns minutos imaginando esta utopia, percebi que meu 2013 será como todos os outros, com mais algum adiamento de prazo para o fim do mundo. Com mais alguma profecia descoberta em algum lugar, com uma continuidade da infindável balbúrdia obscurantista. O fracasso das previsões para o ano 2000 e a interminável lista de profecias desastradas, parece que não resultaram em muito aprendizado. Os erros são prontamente esquecidos e uma nova data aparece.
A aporrinhação parece não ter fim! Quem aguenta tanta gritaria?
Busca por vida fora da Terra
Ontem apresentei uma palestra sobre Busca de vida fora da Terra.
A apresentação faz parte do projeto Astronomia Para Todos da Universidade Federal do Pampa (Bagé).
Agradeço ao Kentaro Mori por ceder imagens de sua apresentação.
Do cálculo para a estatística
Em um vídeo rápido e direto, o professor de matemática Arthur Benjamin, propõe que o foco do ensino da matamética seja deslocado do Cálculo para a probabilidade e estatística.
Não sei qual seria o resultado de tal alteração, mas concordo que a população precisa de uma noção muito mais aprimorada do que é probabilidade e estatística. Isto resultaria, provavelmente, em uma menor suscetibilidade ao engodo. Pessoas teriam uma noção melhor das consequências de seus atos e das correlações de eventos.
Com esta alteração certamente teríamos mais goats e menos sheep.
http://www.skepdic.com/sheep-goat.html
http://www.csicop.org/si/9511/eyewitness.html