Sistema Solar em escala
Um problema complicado de ser revolvido na ilustração científica é a escala. Como representar algo gigantesco ou microscópio sem causar confusão e sem adicionar uma camada indesejada de desinformação?
Ilustrações sobre o Sistema Solar são (quase) sempre deformadas em algum aspecto. O Sol aparece como uma bola amarelo-avermelhada e rodada de outras pequenas bolinhas que representam os planetas. Algo estranho.
Para dar uma ideia do quão vasto é o Sistema Solar, foi criado na Suécia uma representação usando uma escala de 1 para 20 milhões. E mesmo assim o resultado foi gigantesco! O modelo ficou quase do tamanho da própria Suécia.
O Sol está em Estocolmo, representado pela construção conhecida como Ericsson Globe, com 110 metros de diâmetro. Para continuar em escala, Mercúrio teve que ser colocado a uma distância de 2,9km do Ericsson Globe (Sol), no museu da cidade, representado por uma esfera de 25cm de diâmetro. Vênus está a 5,5 km, representado por uma esfera de 62cm de diâmetro. E a Terra? A Terra foi parar dentro do Museu de História Natura de Estocolmo, a 7,6km de onde está o Sol, com 65cm de diâmetro.
O distante Urano foi parar a 146km, na cidade de Gävle, com uma esfera de 2,6m de diâmetro no Parque Furuviks. E os saudosistas pela era em que Plutão era um planeta, verão uma esfera de apenas 12cm de raio, a 300km de onde fica a representação do Sol, na localidade de Delsbo.
Quem quiser ir aos limites do Sistema Solar, terá que percorrer 950km. E ao chegar lá não verá nada, apenas as fundações de uma futura escultura que marcará o local.
Ericsson Globe, que representa o Sol.
A Terra
Veja como ficaram as posições no mapa da Suécia.
Pelo menos os livros tem uma boa desculpa da falta de espaço.
Mais informações sobre este Sistema Solar em pequena-grande escala, podem ser vistas em http://en.wikipedia.org/wiki/Sweden_Solar_System.
Escolha seu curso
Existem vários sites que oferecem cursos completos gratuitos. Coursera, edX, Udacity, Canvas Network, Codecademy, … E cada um deles dá acesso a dezenas de cursos com várias horas de duração.
Podem ser gratuitos, mas demandam uma quantidade significativa de esforço e tempo dedicado no acompanhamento dos vídeos e atividades propostas pelo instrutor. Como então saber se o curso vale a pena?
Uma alternativa é procurar pela opinião de quem já passou pelo curso. E neste caso o website CourseTalk (http://coursetalk.org/) é uma boa ferramenta para reunir estes reviews e dar sugestões de cursos semelhantes.
Slides em sala de aula
Apesar do constante uso de slides em sala de aula, são raros os artigos que tratam do assunto. Relativamente pouco se sabe sobre o efeito pedagógico das apresentações que empregam datashow; também quase nada é dito sobre como organizar uma aula (apresentação) de forma com que ela seja maximizada em seu objetivo. É disto que tratam dois recentes artigos que revisam a área:
– Pedagogy meets PowerPoint: A research review of the effects of computer-generated slides in the classroom – David G. Levasseur e J. Kanan Sawyer (2006 (nem tão recente assim))
– PowerPoint® Presentation Flaws and Failures: A Psychological Analysis -Stephen M. Kosslyn (2012)
Levasseur comenta que existe um certo conflito em relação à efetividade do uso de apresentação de slides em sala de aula. Alguns autores perceberam melhoras nos índices analisados entre os estudantes, enquanto outros não encontraram tais benefícios, até com indicação de alguma piora. Mas uma das tendências é que o fornecimento da cópias dos slides, tanto em formato digital como impresso, é quase uma necessidade para que representem algum benefício na retenção das informações.
Praticamente todos estudos analisados por Levasseur mostraram que os alunos, em média, reagem positivamente às apresentações por slides em sala de aula. Com ressalvas e críticas ao mau uso dos slides por parte de alguns professores, com apresentações enfadonhas ou repletas de efeitos que atrapalham a concentração. Slides podem passar uma mensagem mais interessante, mas também muito mais difícil de processar cognitivamente.
Kosslyn entra na discussão reunindo em seu artigo uma ampla coleção de dados sobre os erros cometidos em relação ao design, em diversas apresentações, nas mais diferentes áreas. Nisto ele reforça que mesmo os princípios de um bom design de um slides pareçam óbvios, poucas vezes são colocados em prática na sua totalidade.
Kosslyn lista também uma série de boas práticas na estruturação de uma apresentação de slides; que tentarei resumir em alguns textos que pretendo publicar futuramente neste blog.
Kosslyn, S., Kievit, R., Russell, A., & Shephard, J. (2012). PowerPoint® Presentation Flaws and Failures: A Psychological Analysis Frontiers in Psychology, 3 DOI: 10.3389/fpsyg.2012.00230
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Levasseur, D., & Kanan Sawyer, J. (2006). Pedagogy Meets PowerPoint: A Research Review of the Effects of Computer-Generated Slides in the Classroom Review of Communication, 6 (1-2), 101-123 DOI: 10.1080/15358590600763383
Seu livro-texto pode ser monitorado
Uma possibilidade que surge com a popularização do uso de leitores de eBooks é do monitoramento dos hábitos do usuário. Não é nenhuma novidade que as empresas como Amazon e Barnes & Noble fazem isso em seus equipamentos para leitura de eBooks, Kindle e Nook. Eles acompanham quantas páginas você já leu, anotações, trechos marcados,… tudo isto com autorização embutida nos Termos de Uso do aparelho ou aplicativo.
A Kobo (empresa de ebooks) dá uma aliviada nesta intromissão com o oferecimento da possibilidade de criar, pelo aplicativo de leitura, uma camada de interação social em um livro.
A nova fronteira neste monitoramento encontra mercado em professores e instituições de ensino interessados em obter dados do uso dos livros-texto eletrônicos. No que é conhecido como ‘educational data mining‘ (mineração ou prospecção de dados educacionais) ou ‘learning analytics‘. Quantas páginas o aluno leu por dia? Quais os trechos mais sublinhados? Alguma anotação foi feita no livro eletrônico? Quais seriam os capítulos do livro que apresentam maiores desafios?
Uma das empresas que testa um destes serviços é a CouseSmart, veja mais detalhes em http://www.coursesmart.com/go/institutions/analytics
E a privacidade?! Gritarão alguns. Não sei se a luta pela privacidade precisaria gastar fôlego nesta discussão. Será que eu preciso ficar incomodado se os outros saberão que por ventura estou com a leitura atrasada no ‘Fundamentos de Química Geral’? Talvez.
Alias, saiba que ao acessar este blog, e praticamente todos os outros sites da internet, todos os teus movimentos e costumes de leitura estão sob análise constante. Claro que tudo feito sem realmente saber em detalhes quem é você.
Coursera em português
O Coursera é um website que oferece a possibilidade de acompanhar gratuitamente dezenas de cursos acadêmicos nas mais diversas áreas.
http://www.coursera.org/
Por enquanto quase tudo está primariamente em inglês. A boa notícia é que voluntários estão traduzindo (legendando) os vídeos das aulas em diversas línguas. E nos cursos mais antigos, o português já aparece entre as opções.
Estou acompanhando (como observador) o curso ‘A History of the World since 1300‘ e vejo que pelo menos 37 vídeos já estão com legendas em português (clique no botão CC para acessar). A promessa é que este número aumente gradualmente.
Também é possível ser voluntário na tradução dos vídeos já disponíveis em todos os cursos. Alguém?
Passo 7: Projeto da estrutura do curso e atividades de aprendizagem
Texto original publicado em “Step 7: Design course structure and learning activities“. Tradução autorizada por Tony Bates.
Neste texto será discutida a importância de propiciar aos estudantes uma estrutura para a aprendizagem online e também na elaboração de atividades de aprendizagem apropriadas. Na verdade, vou argumentar que esta seja talvez o mais importante e menos compreendido de todos os passos em direção a uma aprendizagem online de qualidade.
Este é o oitavo de uma série de 10 textos para a concepção de cursos online com qualidade. Os nove passos visam principalmente os instrutores que são novos na aprendizagem online, ou tentaram sem muita ajuda ou sucesso. Os sete primeiros textos (que devem ser lidos antes deste texto) são:
Introdução
Decida como você deseja ensinar online
Decida que tipo de curso on-line
Trabalhe em grupo
Crie com os recursos existentes
Domine a tecnologia
– Estabeleça metas
Uma versão condensada que cobre todos os posts desta série pode ser encontrada no site ‘What you need to know about teaching online: nine key steps‘. Tem também uma versão em francês ´Ce que le personnel enseignant doit savoir sur l’enseignment en ligne: neuf étapes clés´.
Algumas observações gerais sobre a estrutura no ensino
Primeiro, uma definição, uma vez que este é um tema que raramente é discutido diretamente em qualquer ensino presencial ou online, apesar da estrutura ser um dos principais fatores que influenciam o sucesso aluno.
Três das definições de dicionário de estrutura, são estas:
1. Algo feito de um certo número de partes que são mantidas ou agrupadas de uma forma específica.
2. Maneira na qual as partes são organizadas ou agregadas para formar um todo.
3. A inter-relação ou arranjo de partes em uma entidade complexa.
A estrutura de ensino irá incluir dois elementos críticos e relacionados:
– a escolha, divisão e sequenciamento do currículo (conteúdo)
– a organização deliberada de atividades estudantis pelo professor ou instrutor (desenvolvimento de competências e avaliação)
Isto significa que em uma estrutura de aprendizagem sólida, os estudantes sabem exatamente o que eles precisam aprender, o que eles supostamente precisam fazer para aprender, e quando e como supostamente devem fazer isso.
Em termos de definição, uma estrutura ‘sólida’ não é inerentemente melhor do que uma estrutura ‘solta’, nem inerentemente associada ou ao ensino presencial ou ao online. A escolha (como tantas vezes no ensino) dependerá das circunstâncias específicas. No entanto, vou argumentar que a escolha da melhor estrutura de ensino ou mais adequada é fundamental para a aprendizagem online de qualidade, e enquanto as estruturas ideais para ensino online compartilham muitas características comuns com as presenciais, em outros casos diferem consideravelmente.
Os três principais determinantes da estrutura de ensino são:
(a) os requisitos organizacionais da instituição
(b) a filosofia preferida de ensino do professor
(c) a percepção do professor das necessidades dos alunos.
Discutirei cada um destes determinantes nas seguintes diretrizes para escolha da estrutura ótima para uma aprendizagem/ensino online de qualidade.
Requisitos organizacionais da Instituição no ensino presencial
Embora a estrutura Institucional no ensino presencial seja tão familiar que frequentemente não é notada ou tida como garantida, os requisitos Institucionais são de fato um determinante majoritário na forma como o ensino é estruturado, bem como na influência do trabalho dos professores e vida dos estudantes. Listo abaixo alguns dos requisitos Institucionais que influenciam a estrutura do ensino presencial:
– o número mínimo de anos de estudo necessário para obter o diploma
– o processo de aprovação e revisão do programa
– o número de créditos necessários para obter o diploma
– a relação entre os créditos e o tempo de contato na classe
– a duração do semestre e sua relação com as horas de crédito
– proporção instrutor:aluno
– a disponibilidade de espaços na sala de aula ou laboratórios
– hora e local dos exames
Consegue pensar em outros?
Como nossas instituições universitárias cresceram em tamanho, então tiveram os requisitos de organização institucional ´solidificados´. Sem esta estrutura ficaria ainda mais difícil fornecer serviços de ensino que fossem consistentes por toda a instituição. Também a coerência organizacional, entre as instituições é necessária para fins de prestação de contas, a acreditação, o financiamento do governo, a transferência de crédito, a admissão à escola, e uma série de outras razões. Portanto existem razões sistêmicas fortes em porque estes requisitos organizacionais no ensino presencial que são difíceis, se não impossíveis, de mudar, ao menos em nível institucional.
Assim, qualquer professor de pós-secundário é colocado diante de um número enorme de restrições. Em particular, o currículo tem de caber dentro de “unidades” do tempo disponível, como a duração do semestre e do número de créditos e horas de contato de um determinado curso. O ensino tem de levar em conta o tamanho das turmas e disponibilidade de sala de aula. Alunos (e professores) têm de estar em lugares específicos (salas de aula, salas de exames, laboratórios) em horários específicos.
Assim, apesar de o conceito de liberdade acadêmica, a estrutura do ensino presencial ensino é, em grande parte, quase predeterminado por exigências institucionais e organizacionais. Sou tentado a divagar a questionar a adequação de tais limitações estruturais para as necessidades dos estudantes do século 21, ou a imaginar se os sindicatos docentes aceitam tais restrições sobre a liberdade acadêmica, se elas já não existem, mas o objetivo aqui é identificar qual dessas limitações organizacionais aplicam-se também à aprendizagem online, e quais não afetam, porque isto irá inluenciar em como podemos estruturar o ensino online.
Antes de ler a próxima seção, você pode querer percorrer pelos requisitos institucionais organizacionais listados para o ensino presencial e identificar qual deles você acha que também se aplicam ao ensino online e quais não. Você pode, então, comparar as suas respostas com as minhas, abaixo!
Requisitos de organização institucional para o ensino online
Um desafio óbvio para a aprendizagem online, pelo menos em seus primeiros dias, era a aceitação. Havia (e ainda há) muito ceticismo sobre a qualidade e a eficácia da educação online, especialmente daqueles que nunca estudaram ou ensinaram online. Então inicialmente um grande esforço foi projetar aprendizagem online com os mesmos objetivos e estruturas do ensino presencial, para demonstrar que o ensino online era “tão bom quanto” ensino presencial (o que, a pesquisa sugere, foi feito, e muito bem).
Contudo, isto significa aceitar o mesmo curso, creditos, premissas de um semestre do ensino presencial. Note-se no entanto, que, já em 1971, a Universidade Aberta do Reino Unido optou por uma estrutura de programa de graduação que era mais ou menos equivalente, em tempo total do estudo, a um programa regular baseado em um campus, mas que, no entanto, foi estruturado de forma muito diferente, por exemplo, com cursos de créditos completos em 32 semanas de estudo e cursos de meio crédito de 16 semanas de estudos. Uma razão era permitir cursos de fundação integrada multi-disciplinar. A Western Governors’ University, com sua ênfase na aprendizagem baseada em competência, e Faculdade Empire State, em Nova Iorque, com sua ênfase no aprendizado de contrato parea alunos adultos, são outros exemplos de instituições que têm estruturas diferentes da norma para o ensino.
Se os programas online objetivam ser ao menos equivalentes ao programas presenciais, então estarão propensos a adotar pelo menos o mínimo de duração de estudos para um programa (por exemplo, quatro anos para um grau de bacharelado na América do Norte), o mesmo número de total de créditos para obter o diploma, e portanto implícito nisso esta a mesma quantidade de tempo de estudo como os programas presenciais. Onde a mesma estrutura comoeça a ser ‘quebrada’ é no cálculo do ‘tempo de contato’, que por definição é usualment o número de horas de instrução em sala de aula. Portanto um curso de 13 semanas e 3 créditos é praticamente igual a três horas por semana do tempo de aula ao longo de um semestre de 13 semanas.
Há muitos problemas com este conceito de “horas de contato”, que, no entanto, é a unidade de medida padrão para o ensino presencial. Estudar em um nível pós-secundário, e particularmente nas universidades, exige muito mais do que apenas ir em palestras. Uma estimativ comum é que para hora em sala de aula, os estudantes gastem um mínimo de outras duas horas em leituras, trabalhos, etc. Horas de contato variam enormemente entre disciplinas, com usualmente as artes/humanidades tendo bem menos horas de contato do que estudantes de ciência ou engenharia, que gastam uma proporção muito maior de tempo nos laboratórios. Outra limitação do “horas de contato” é que ela mede ‘o que entrou’, e não ‘o que saiu’.
No entanto, ao projetar cursos online, é geralmente necessário assegurar que os alunos trabalhem pelo menos tão arduamente como os estudantes no ensino presencial, ou então, dediquem um tempo equivalente ‘mominal’ na obtenção do grau, caso contrário o programa online pode não ser aceito ou aprovado. Isto significa estruturar o curo de tal forma que os estudantes tenha uma quantidade equivalente de trabalho para fazer, seja online ou presencial. Contudo, a forma com que o trabalho será distribuído pode variar consideravelmente entre um programa presencial e um online.
Quão trabalhoso é um curso online?
Antes que decisões possam ser feitas sobre o melhor modo para estruturar um curso online, algumas pressuposições precisam ser feitas sobre quanto tempo deve-se esperar que um estudante dedique ao estudo no curso. Vemos que isto realmente precisa ser equivalente ao que um estudante em tempo integral fará. Contudo, só falar em número equivalente de horas de contato para a versão presencial não julga todo o tempo restante que os alunos no presencial dedicam aos estudos.
Uma estimativa razoável é que um curso de 3 créditos seja aproximadamente equivalente a 8-9 horas de estudo por semana, ou um total aproximado de 100 horas em 13 semanas. (Um estudante em tempo integral com 10 X 3 créditos por ano, com cinco cursos de 3 créditos por semestre, estimaria-se estudar entre 40-45 horas por semana durante os dois semestres, ou um pouco menos se o estudo continuar no período entre semestres.).
Agora, esta é minha orientação. Você não precisa concordar com ela. Você pode achar que é pouco ou muito para a sua área. Não importa. Você decido o tempo. O ponto importante, porém, é que você tem um alvo bastante específico de tempo total que deve ser dedicado em um curso ou programa em média por um estudante, sabendo que alguns irão atingir o mesmo padrão mais rapidamente e outros mais lentamente. Este tempo total de estudo para um trecho em particular de estudo tal como um curso ou programa, dá um limite ou intervalo no qual você deve estruturar o aprendizado. É também uma boa ideia deixar claro aos estudantes desde o início quanto tempo por semana você está esperando que eles trabalhem no curso.
Sendo que existe muito mais conteúdo que pode ser inserido em um curso, do que o tempo que os estudantes terão para estudar, significa escolher a quantidade mínima de conteúdo para o curso para ter a sonoridade acadêmica, enquanto permita ao estudantes o tempo para atividades tais como a pesquisa individual, exercícios ou trabalho em projetos. Em geral, por serem os instrutores experts no assunto e os estudantes não, existe uma tendência dos instrutores subestimarem a quantidade de trabalho necessária para o estudante completar um tópico. Mais uma vez, um designer instrucional pode ser útil aqui, proporcionando uma segunda opinião sobre a carga de trabalho do aluno.
Estrutura rígida ou solta?
Outra decisão importante é o quanto você deve estruturar o curso para os alunos. Isso vai depender, em parte, a sua filosofia de ensino preferida e, em parte, das necessidades dos alunos.
Se você tem uma rígida visão do conteúdo que deve ser coberto em um curso particular, e da seqüência em que deve ser apresentado (ou se você recebe um currículo exigido por um organismo de certificação), então é provável que você deseje fornecer uma estrutura muito rígida, com temas específicos atribuídos para estudo em determinados pontos do percurso, com trabalhos feitos pelos alunos ou atividades estreitamente sequenciadas.
Se por outro lado, você acredita que é parte da responsabilidade do aluno gerenciar e organizar o seu estudo, ou se você quer dar aos alunos alguma escolha sobre o que estudo e da ordem em que eles fazem isso, desde que cumpram o aprendizado metas para o curso, então é provável que você optar por uma estrutura solta.
Esta decisão também deve ser influenciada pelo tipo de alunos que estão sendo ensinados. Se os alunos vêm sem habilidades de aprendizagem independente, ou não sabem nada sobre o assunto, eles precisarão de uma estrutura rígida para orientar os estudos, pelo menos inicialmente. Se por outro lado, eles são estudantes do quarto ano ou estudantes de pós-graduação com um alto grau de auto-gestão, então uma estrutura mais solta pode ser mais adequada às suas necessidades. Outro fator determinante será o número de alunos em sua classe. Com um grande número de alunos, uma estrutura rígida e bem definida será necessário para controlar a sua carga de trabalho, pois estruturas soltas exigem mais negociação e apoio para os alunos individualmente.
Minha preferência é por uma estrutura rígida para o ensino online, assim os estudantes tem clareza sobre o que eles devem fazer, e quando tem de ser feito, mesmo a nível de pós-graduação. A diferença é que, com pós-graduados, vou dar-lhes mais opções do que estudar, e períodos mais longos para completar tarefas mais complexas, mas eu ainda assim defino claramente os resultados desejados de aprendizagem em termos de desenvolvimento de competências; em especial, as habilidades de investigação ou pensamento analítico, e forneço prazos claros para o trabalho dos alunos, caso contrário terei minha carga de trabalho aumenta dramaticamente.
Movendo do ensino presencial ao online
Esta é a maneira mais fácil de determinar a estrutura de um curso online. A estrutura do curso já terá sido decidida, em grande medida, na qual o conteúdo de cada semana de trabalho é claramente definido pelas tópicos de aula presencial. O principal desafio não será a estruturação do conteúdo, mas garantir que os alunos tenham adequadas atividades online (veja mais adiante). A maioria dos sistemas de gerenciamento de aprendizagem permite que o curso seja estruturado em unidades de uma semana, seguindo os temas em sala de aula. Isto fornece um calendário claro para os alunos. Isso vale também para abordagens alternativas, como a aprendizagem baseada em problemas, onde as atividades estudantis podem ser divididas quase em uma base diária.
No entanto, é importante assegurar que o conteúdo presencial é repassado de uma forma que é apropriada para a aprendizagem online. Por exemplo, slides de Powerpoint podem não representar totalmente o que é coberto na parte verbal de uma palestra. Isso geralmente significa a reorganização ou redesign do conteúdo de modo que ele esteja completo em uma versão online (o designer instrucional deve ser capaz de ajudar com isso).
Neste ponto, você deve olhar para a quantidade de trabalho que os alunos do modo online terão que fazer no período de tempo definido, para se certificar de que, com todas as leituras e atividades, que não exceda a carga semanal média aproximada que você definiu. É neste ponto que você pode ter que fazer algumas escolhas sobre ter que remover algum conteúdo ou atividades, ou tornar o trabalho “opcional”. No entanto, se for trabalho opcional, não deve ser avaliado e, se não for avaliado, os alunos irão percorrer o conteúdo rapidamente a fim de evitá-lo. Aliás, fazer esta análise de tempo, por vezes indica que você também já sobrecarregou o modo presencial.
O que precisa estar constantemente em sua mente, é que os alunos que estudam online quase certamente irão estudar de forma mais aleatória do que os estudantes que frequentam aulas em uma base regular. Em vez da disciplina estar em um determinado lugar em um determinado momento, os alunos online ainda precisam de clareza sobre o que se deve fazer a cada semana ou talvez durante um período de tempo mais longo, à medida que eles avançam à níveis mais avançados de estudo. O que é essencial é que os alunos não procrastinem na internet e esperem recuperar tudo no final do curso, que é muitas vezes a principal causa de falha em cursos online (e também em aulas presenciais).
Veremos que a definição de atividades claras para os alunos é fundamental para o sucesso na aprendizagem online.
Veremos logo abaixo, quando discutiremos atividades estudantis, que muitas vezes há uma compensação a ser feita entre conteúdo e atividades, se o trabalho do aluno precisa ser mantido em proporções controláveis.
Concepção de um novo curso ou programa online
Se você está oferecendo um curso ou programa que não tenha até agora sido oferecido no campus (por exemplo, um programa profissional ou aplicado a mestres), então você terã muito mais abertura para desenvolver uma estrutura única que melhor se adapta ao ambiente online e também ao tipo de estudante que possa vir fazer este tipo de curso ( por exemplo, adultos que trabalham).
O ponto importante aqui é que o modo como este tempo é dividido não tem de ser o mesmo que para uma classe presencial, porque não há necessidade de organização do estudante de estar em um determinado momento ou lugar, a fim de obter a instrução.
Normalmente, um curso online estará ‘pronto’ e disponível para a libertação aos alunos antes do curso começar oficialmente. Os alunos podem, em teoria, fazer o curso mais rapidamente ou mais lentamente, se desejarem. Assim, o professor tem mais opções ou escolhas sobre como estruturar o curso e, em especial sobre como controlar o fluxo de trabalho do aluno. Isto é particularmente importante se o curso está sendo feito principalmente por alunos que estudam a vida toda ou estudantes em tempo parcial, por exemplo. De fato, pode ser possível a estruturação de um curso de tal forma que diferentes alunos podem trabalhar a diferentes velocidades. Algumas universidades abertas até disponibilizam inscrição contínua, para que os alunos possam iniciar e terminar em momentos diferentes.
No entanto devem existir boas razões para não fazer algumas destas coisas, mas será por causas pedagógicas em vez de razões de organização institucional. Por exemplo, não tenho interesse na inscrição contínua, ou na instrução auto-gerenciada, porque especialmente no nível de graduação eu faço forte uso dos fóruns de discussão online e trabalho online em grupo. Eu gosto que os alunos atuem em um curso praticamente no mesmo ritmo porque isto leva a discussões mais focadas, e e organizar trabalho em grupo quando os estudantes estão em diferentes pontos em um curso é difícil, ou talvez impossível. Contudo, em outros cursos, por exemplo em curso de matemática, a instrução auto-gerenciada pode ter muito sentido. Vamos discutir outras estruturas não-tradicionais de curso quando discutimos atividades estudantis abaixo.
Seja como você estruturar o curso, no entanto, dois princípios básicos permanecem:
– deve existir uma noção de quanto tempo os estudantes devem dedicar a cada semana no curso;
– estudantes devem estar cientes sobre o que precisam fazer e quando precisa ser feito
Sistemas de gestão de aprendizagem (LMS) são muito úteis para que você possa se comunicar e organizar tal estrutura. No entanto, é importante que você decida-se sobre a primeira estrutura, para então fazer com que o LMS represente a estrutura (isso pode ser feito através da criação de um modelo de web exclusiva para o curso dentro do LMS, em colaboração com um designer instrucional ou webdesigner).
Este modelo de curso no Moodle mostra tanto a estrutura do curso (à direita) e lista as atividades estudantis (canto inferior esquerdo)
Projetando atividades estudantis
Esta é a parte mais crítica do processo de design online. Estudantes online não têm nem a estrutura da sala de aula regular ou ambiente de campus para o contato com o instrutor e outros alunos nem a oportunidade para perguntas espontâneas e discussões em uma classe presencial. Atividades paralelas precisam ser deliberadamente construídas em um curso online. Atividades dos alunos regulares são essenciais para manter os estudantes envolvidos e na ativa.
Isto pode incluir:
– leituras indicadas
– testes de entendimento de múltipla escolha com feedback automatizado, usando as facilidades de teste mediado por computador disponível dentro do LMS,
– questões que levem a respostas de parágrafos curtos, que devem ser compartilhadas com outros estudantes para comparação ou discussão,
– trabalhos marcados e avaliados mensalmente, na forma de ensaios curtos,
– trabalhos individuais ou em grupo, com intervalo de várias semanas,
– um blog individual ou e-portfólio que permita os estudantes refletir sobre o aprendizado recente, que podem ser compartilhados com os instrutores ou outros estudantes
– fóruns de discussão online, que o instrutor precisa organizar e monitorar
Há muitas outras atividades que os instrutores podem conceber para manter os alunos envolvidos. No entanto, todas essas atividades precisam ser claramente ligadas aos resultados declarados de aprendizagem do curso e que possam ser vistas pelos estudantes como uma ajuda que venha prepará-los para qualquer avaliação formal. Se os resultados da aprendizagem são focados no desenvolvimento de habilidades, em seguida, as atividades devem ser projetadas para dar aos alunos a oportunidade de desenvolver ou praticar tais habilidades.
Estas atividades também precisam ser regularmente espaçadas e uma estimativa feita com os estudantes sobre o tempo que será necessário para concluir as atividades. Na próxima etapa, vamos ver que o envolvimento dos alunos em tais atividades precisam ser monitorados pelo instrutor.
É neste ponto no qual algumas decisões difíceis precisam ser feitas sobre o balanço entre ‘conteúdo’ e ‘atividades’. Estudantes online devem ter tempo suficiente para fazer atividades regulares (que não seja apenas de leitura) uma vez por semana, pelo menos, ou o seu risco de abandono ou reprovação irá aumentar dramaticamente. Em particular, eles vão precisar de alguma forma de obter feedback ou comentários sobre suas atividades, tanto do instrutor ou de outros alunos, de modo que o projeto do curso terá que monitorar a carga de trabalho, tanto dos aluno como dos instrutores.
Na minha opinião, a maioria das universidades e faculdades estão entulhadas com conteúdo e não é dada suficiente contrapartida do que os alunos precisarão absorver, aplicar e avaliar em tal conteúdo. Tenho uma regra de ouro que os estudantes online devem aplicar não mais do que metado do tempo lendo o conteúdo, o resto sendo usado na interpretação, análise, e aplicação do conteúdo por meio das atividades citadas acima. À medida que os estudantes tornem-se mais maduros e mais auto-gerenciados a proporção de tempo dedicado às atividades pode aumentar, com os estudantes aptos a identificar conteúdo apropriado que irá possibilitar alcançar os objetivos e critérios estipulados pelo instrutor. Contudo, esta é a minha visão pessoal. Qualquer que seja sua filosofia de ensino, porém, deve haver uma abundância de atividades para os alunos online com algum tipo de feedback, ou eles cairão como moscas em um dia de inverno frio.
UBC’s ETEC 522: este é um programa de graduação com estrutura solta, no qual os estudantes organizam o próprio trabalho em torno dos temas do curso. A estrutura semanas de tópicos está na direita, e os resultados obtidos nas atividades pelos estudantes está no corpo principal, enviados pelos estudantes. Note que não estão usando um LMS, mas o WordPress, um sistema de gerenciamento de conteúdo, que permite mais facilidade no envio de textos pelo alunos e na organização das atividades.
Conclusões
Há muitas outras maneiras de garantir uma estrutura adequada para um curso online. Algumas organizações, por exemplo, como e-College, Pearson ou o Carnegie Mellon Open Learning Initiative, que oferecem cursos completos prontos, para cursos comuns de primeiro e segundo ano. Estes incluem um site de LMS com conteúdo, objetivos e atividades pré-programadas, com um livro que o acompanha. O conteúdo é cuidadosamente estruturado, com atividades direcionadas ao estudantes. O papel dos instrutores é principalmente a entrega, fornecimento feedback dos alunos e atribuição quando necessário. Estes são muitas vezes eficazes, com estudantes completando o curso.
MOOCs (Massive open online course – curso aberto massivo online), como o Stephen Downes, George Siemen’s, e Dave Cormier’s Change 11 possuem uma estrutura solta, com diferentes tópicos com diferentes contribuidores cada semana, mas as atividades dos estudantes, tais como textos em blogs ou comentários, não são organizados pelos designers do curso e são deixados aos estudantes. Contudo, estes não são cursos que garante créditos, e poucos estudantes enfrentam o curso do início ao fim, e este não é o objetivo. Os MOOCs de Stanford e MIT por outro lado são altamente estruturados, com atividades para os estudantes, mas o feedback é totalmente automatizado. Menos do que 10% dos estudantes que iniciam os MOOCs terminam com sucesso, mas estes são cursos que não valem créditos.
O objetivo em um curso ou programa que vale créditos é assegurar a alta qualidade acadêmica e altas taxas de conclusão. Desenvolver uma estrutura apropriada e atividades de ensino é o passo chave para alcançar a qualidade em cursos online que valem créditos.
Próximo passo
No passo 8, irei discutir o papel crítico que tem o instrutor na comunicação online com os estudantes, e como isso pode ser gerenciado dentro do trabalho rotineiro na faculdade.
Questões
1. Quantas horas por semana deve um estudante típico dedicar estudando em um curso de três créditos? se a sua resposta difere da minha (8-9 horas), porque?
2. Se você está planejando um programa online que vale créditos a partir do zero, você precisaria seguir uma estrutura ‘tradicional’ de três créditos por 13 semanas? Se não, como você estruturaria tal curso, e porque?
3. Você acha que a maioria dos cursos estão ‘supersaturados’ com conteúdo e não possuem atividades de aprendizado suficientes? Será que focar muito no conteúdo e não o suficiente no desenvolvimento de competências no ensino superior?
OBS do tradutor: Caso encontre algum erro na tradução, favor avisar.
História em 4D
4D é só uma forma chique de dizer que o 3D inclui a ‘dimensão’ tempo.
Uma boa ferramenta de ensino é o uso de animações para contar uma história sobre um mapa. Permite uma rápida união entre geografia, história e geologia, além de possibilitar incursões em outras áreas do conhecimento humano.
O site http://www.meograph.com/ facilita a tarefa de criação destas animações. Adicionando uma camada de narração, linha do tempo, fotografias e vídeos, sobre o tradicional Google Maps (ou Earth).
Por exemplo
Matemática com criatividade
São comuns as ferramentas para fazer alguns gráficos matemáticos via navegador, o próprio Google incorporou em sua busca este tipo de informação. Por exemplo, tente fazer uma busca por
x/2, (x/2)^2, ln(x), cos(pi*x/5)
ou
(sqrt(cos(x))*cos(200x)+sqrt(abs(x))-0.7)*(4-x*x)^0.01
O WolframAlpha também compete na área,
http://www.wolframalpha.com/input/?i=x%2F2%2C+(x%2F2)%5E2%2C+ln(x)%2C+cos(pi*x%2F5)
Já o serviço Desmos (http://www.desmos.com/) é um pouco mais sofisticado, oferecendo mais possibilidades de edição das equações e compartilhamento das criações com outros usuários do serviço.
Um tradicional sen(x)
https://www.desmos.com/calculator/3zsqm3mzzu
Um gráfico com interatividade (deslize as barras no menu esquerdo)
https://www.desmos.com/calculator/gcpbt8uhsn
Até a boa chance para soltar a criatividade
https://www.desmos.com/calculator/2rguvytkmi
E a equipe do Desmos tem uma preocupação com a educação na matemática: “Imaginamos um mundo com alfabetização matemática universal, onde nenhum estudante acha que a matemática é muito difícil ou muito maçante para prosseguir.”
É uma boa ferramenta para ensinar matemática com criatividade.
Como funciona a aprendizagem?
Resolvi ler um livro que prometia em seu título, e sinopse, mostrar um pouco sobre ´Como a Aprendizagem funciona´ e fundamentar isto em sete princípios baseados em evidências científicas.
How Learning Works: Seven Research-Based Principles for Smart Teaching
[Como funciona a aprendizagem: Sete princípios do ensino inteligente baseados em pesquisa]
O principal ponto positivo da obra é resumir os principais fatores que podem ser relevantes nas atividades de ensino/aprendizagem, para que os iniciantes possam perceber possíveis falhas ou pontos importantes em suas práticas de ensino.
O ponto fraco fica na superficialidade com que os dados coletados nas pesquisas foram apresentados na obra. Principalmente em um livro que anunciava buscar fundamentação na pesquisa científica. Talvez os autores optaram pelas generalidades. Pecando em querer servir a todas áreas do ensino.
Os sete princípios:
– Como o conhecimento prévio dos alunos afeta no aprendizado?
– Como o modo como os estudantes organizam o conhecimento afeta no aprendizado?
– Que fatores motivam os alunos a aprender?
– Como os estudantes desenvolvem domínio do conhecimento?
– Quais tipos de práticas e feedbacks melhoram o aprendizado?
– Porque o desenvolvimento dos alunos e o ambiente do curso importam para o aprendizado do aluno?
– Como os estudantes tornam-se aprendizes autônomos?
As perguntas são muito muito interessantes, e como era de se esperar não existe nenhuma resposta mágica para nenhuma delas.
Limitações do e-Learning
Antes que algum defensor do e-Learning reclame, aviso que sou um incentivador e apoio do desenvolvimento de tecnologias na área.
O pesquisador Dominic Wong fez um interessante apanhado de publicações que citam diversas das limitações existentes na área do e-Learning, e publicou na edição do Journal for the Advancement of Science & Arts de janeiro de 2007.
Os problemas afetam desde a tecnologia, passando pelos professores e chegando até os alunos.
Algumas das limitações/problemas:
– problemas com a largura de banda necessária para transmissão do conteúdo. O enriquecimento do conteúdo com diversas mídia torna a transmissão um problema. ( Que pode ser parcialmente resolvido com adaptação ativa da qualidade da transmissão, e cuidado dos projetistas na criação do conteúdo.)
– falta de computadores disponíveis para acesso ao material. (Que pode ser minimizado com a futura popularização de tablets e dispositivos de baixo custo.)
– novatos no e-Learning costumam ficar perdidos em cursos com plataforma de difícil navegação.
– falta de iniciativa e determinação nos alunos, que abandonam o curso por falta de dedicação. (A procrastinação não é um problema exclusivo do e-Learning. A determinação e auto-controle é algo que se aprende com o tempo (ou não! 🙂 ))
– alunos usuários do e-Learning costumam demorar mais tempo para concluir um curso que dá muita liberdade de cumprimento de metas.
– alunos com pouco treinamento de escrita tem inibição em interagir nos canais abertos para interação (forum, chat, mail,…). (Pode ser minimizado pelo incentivo da criação de blogs ou sites que tem edição livre pelos alunos, para dar espaço para o treinamento espontâneo da escrita.)
– professores tem dificuldade em modificar o estilo do ensino, reformando o que conhecem do mundo presencial para o ambiente online.
– design de baixa qualidade dá a sensação de abandono aos alunos. (Professores devem ter o cuidado de desenvolver um material de qualidade para não dar a impressão de que tudo foi feito as pressas)
– alunos e professores sentem a pressão de ter que estar 24 horas ligados no que está acontecendo no curso. (A solução pode estar na centralização das comunicações em uma modalidade; no mail, por exemplo; ou então em agendamento de intervalos de participação)
– sensação que o curso terá duração infinita pela quantidade de textos e referências sugeridas. (O professor deve lembrar em classificar os materiais conforme prioridades de dedicação por parte dos alunos)
– dificuldade em determinar a honestidade acadêmica e evitar o plágio.
– tarefas síncronas podem ser impossibilitadas em caso de diferença de fuso horário de alguns alunos.
– desconfianças quanto à confiabilidade e reputação do curso.
Estas são algumas das limitações citadas pelo autor. Com adaptação e comentários meus.
É melhor conhecer as limitações para evitar a repetição dos erros e diminuir a frustração.
Dominic Wong (2007). A Critical Literature Review on e-Learning Limitations Journal for the Advancement of Science & Arts, 2, 55-62