Arquivo mensais:julho 2017

Você já viu um fóssil de verdade? (será que não?)

Você provavelmente já ouviu falar em amadorismo, especialmente quando se trata de esportes, certo? Segundo o dicionário, amadorismo é regime ou prática oposta ao profissionalismo; ou ainda: falta de técnica adequada à realização de um trabalho. Pois vou lhes contar que existem por aí paleontólogos amadores*… e tentar fazer de você, um deles!

Você já viu algum fóssil real**? Caso já tenha ido em algum museu de ciências ou história natural, é possível que tenha. Mas, e na sua casa? no caminho para o seu trabalho? (não vale contar que o seu chefe é um dinossauro, ok?) naquela loja que você sempre vai para tomar um café?… existem fósseis ali? já reparou nas rochas que adornam esses lugares? sim…elas podem conter fósseis!!

Mapa do Brasil com sítios fossilíferos. As bolinhas representam locais em que ocorrem fósseis. Fonte.

Bem, dependendo de onde você morar, fósseis podem aparecer no quintal da sua casa, na construção de um prédio, na abertura de uma rodovia… Apesar de o processo de fossilização ser uma exceção (já falamos sobre isso antes, lembra?), ainda sim, o tempo geológico é tão longo e a diversidade de vida pretérita, tão grande, que existe por aí um bom número de rochas que apresentam fósseis. Veja aqui uma pequena lista de locais com fósseis, pelo mundo.

E tem mais! Mesmo que você não more literalmente em cima dessas rochas, muitas construções são feitas (em geral, ornamentadas) com rochas fossilíferas! isso significa que a parede externa de uma loja, uma pia, ou mesmo a calçada de alguns locais podem ter fósseis. Vamos aos exemplos:

  • Se você for ao Shopping Eldorado ou ao Shopping Ibirapuera, ambos em São Paulo, por exemplo, poderá observar estromatólitos nos mármores do piso; estromatólitos são estruturas formadas pelas atividades de cianobactérias; as estruturas têm a forma de colunas laminadas facilmente observadas nas rochas desses shoppings; cada lâmina, em geral, representa um ciclo de vida de uma colônia. Essas rochas têm cerca de 2 bilhões de anos de idade, e foram retiradas de lavras localizadas em Minas Gerais. Veja aqui uma notícia sobre esse assunto.
Rastros fósseis do varvito de Itu. Fonte.
  • Em muitas calçadas de Itu (SP), ou de cidades próximas, como Campinas por exemplo, tem alguns de seus pavimentos construídos com rochas que apresentam marcas de ondas e traços fósseis! as marcas de onda são iguais às que podemos observar na parte mais rasa das praias de hoje… e esses traços são pegadas de antigos animais (invertebrados) que rastejavam pelo fundo de um lago gelado. Essas rochas têm cerca de 250 milhões de anos de idade, e provêm de afloramentos de Itu e região. Saiba mais aqui.

 

  • Nas calçadas de São Carlos, Araraquara (cidades de SP) e mesmo dentro do Zoológico de São Paulo, é possível observar rochas formadas por areia (arenitos) que apresentam pegadas de dinossauros, mamíferos e invertebrados (entre outros). Todas são retiradas de Araraquara e região e representam os vestígios de um grande deserto que cobriu parte do Brasil há 140 milhões de anos atrás. Será que você já não pisou em uma pegada fóssil?? Veja mais aqui.

Abra seus olhos e comece a observar. E se algum dia você encontrar um fóssil? Será que isso irá despertar em você uma vontade de conhecer que só vai crescendo com o tempo? Pois foi provavelmente dessa forma que muitos paleontólogos amadores iniciaram, na busca insaciável pelo conhecimento. Muitos desses paleontólogos amadores foram responsáveis por grandes descobertas! Mas isso já é uma história para um próximo post

*Existem algumas definições diferentes para “paleontólogo amador” mas me refiro aqui àquelas pessoas que coletam fósseis, por qualquer razão, mas que não subsistem da paleontologia.

**Aqui só gostaria de desabafar… Sempre que levo alguma réplica de fóssil para aulas práticas de paleontologia meus alunos mostram certam desprezo com a tal amostra. E eu sempre argumento que aquilo, em geral, é um molde do original, ou seja, não tem diferença alguma em relação ao fóssil encontrado; simplesmente não faz sentido não gostar de uma réplica.

HISTÓRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL

Capa do Livro “o petróleo no Brasil: Exploração, Capacitação Técnica e Ensino de Geociências (1864-1968)”

A história do petróleo no Brasil ganha mais um capitulo. Já não era sem tempo, uma vez que a importância e a atualidade do tema assim o exigia. Assim, para se entender a Historia do Petróleo no Brasil, é interessante entender alguns aspectos essenciais. Uma característica marcante da busca por petróleo foi a insistência num caminho nacional.

No entanto, a maioria dos textos sobre o assunto abordam a história do petróleo a partir de pontos de vista políticos ou econômicos. Explorar o petróleo no Brasil sempre foi, é claro, achar óleo. Mas, também, significou formar recursos humanos. E foi a busca pelo Petróleo que forjou a comunidade Geocientífica brasileira.

UMA OBRA BEM VINDA

Por todos estes motivos, é de extrema importância para a história do petróleo no Brasil o recente livro da pesquisadora Drielli Peyerl. Intitula-se “O Petróleo no Brasil: exploração, capacitação técnica e ensino de Geociências (1864 – 1968) (mais informações aqui). Trata-se de uma produção acadêmica com um tema interessante e uma linguagem acessível, o que não é pouco.

Este livro foi um doutorado defendido no programa de Ensino e História de Ciências da Terra (UNICAMP). Orientada pela Prof.ª Dr.ª Sílvia Figueiroa, Drielli fez sua busca em arquivos do Brasil, do México e dos Estados Unidos. Um dos arquivos mais interessantes, entretanto, estava perto.

Foi o arquivo da Coleção Frederico Waldemar Lange, depositada na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Neste arquivo  Drielli fez seu mestrado, intitulado “A trajetória do paleontólogo Frederico Waldemar Lange (1911-1988) e a História das Geociências” (2010), orientada pelo paleontólogo Elvio Bosetti (para ver mais, clique aqui). Além de Lange, surge nesta pesquisa um personagem também muito interessante, o geólogo Americano Walter Link (1902-1982). Falaremos dele mais adiante.

Uma História do Petroleo

O primeiro capítulo do livro de Drielli, intitulado “Surge o Petróleo”, trata do início da pesquisa de petróleo no Brasil. Com o uso de diversas fontes históricas, Drielli consegue chegar até 1864, quando é publicado o decreto que cita pela primeira vez a palavra petróleo na legislação brasileira.

A partir de então, a autora mostra como o petróleo vai se tornando cada vez mais importante na discussão nacional. A partir deste início um tanto tímido, o tema petróleo retorna à legislação na transição do Império para a República. Contudo, no início, as iniciativas de busca pelo petróleo são de particulares. Entretanto, a partir dos anos 1920, o governo brasileiro começa a participar mais ativamente da pesquisa de petróleo em todo o território nacional.

O primeiro poço de Petróleo perfurado no Brasil (Bofete, SP)
O Conselho Nacional do Petróleo

No entanto, somente no final dos anos 1930, já no Estado Novo, é que o tema passa a um novo patamar, coma criação do Conselho nacional do Petróleo (CNP). É este conselho que passa a dirigir a pesquisa, até a primeira ocorrência na Bahia em 1939. Descoberto o petróleo, havia uma grande dúvida: como explora-lo?

No segundo capítulo, denominado “A Formação do Know-How (1938-1961)” Drielli trata da questão da contratação de técnicos estrangeiros para este serviço, o que não era visto com bons olhos no Brasil da época. A exploração deveria ser feita  pelo estado, como defendiam os nacionalistas? Ou pelas empresas estrangeiras com controle a partir do estado, como defendiam os liberais?

Foi um debate importante, tendo como pano de fundo a campanha “O Petróleo É Nosso”, que culminou, em 1953, com a criação da Petrobras. Desta forma, no final deste segundo capitulo, são utilizadas diversas fontes dos arquivos de Lange, mostrando contudo alguns aspectos interessante sobre como estava se dando a exploração de petróleo nos anos 50 e 60.

Walter Link e a Petrobrás

Aqui surge a figura de Walter Link, geólogo norte americano, chefe de Exploração da Petrobras de 1955 a 1961. Trata-se de um dos personagens-chave da História do petróleo no Brasil.  Mr Link redigiu, em 1961, um relatório bastante detalhado, onde fala das dificuldades de encontrar o petróleo brasileiro em terra.

Link sugere, com base nos conhecimentos da época, que se deveria tentar buscar petróleo no mar. Contudo, as críticas ao Relatório Link foram muito grandes. Sobretudo as esquerdas eram as maiores adversárias do geólogo norte-americano. Sem compreender a dimensão do problema, acusavam Mr Link de derrotista, ou de atender interesses estrangeiros (mais informações aqui).

Como se sabe, foi seguindo as pistas deixadas por Link que a Petrobras foi ao mar e descobriu sua verdadeira vocação. Contudo,  isso é outra história.

O geólogo norte americano -Walter Link (1902-1982), Diretor de Exploração da Petrobras (1955-1961)
Surge a Petrobrás

O terceiro capítulo, intitulado “Aperfeiçoamento, Profissionalização e o Ensino de Geociências (1955-1968) ” trata das primeiras tentativas de formação de técnicos brasileiros. Inicialmente, foi a partir dos diversos cursos de formação de técnicos do petróleo, como o Setor de Supervisão do Aperfeiçoamento Técnico (SSAT), da criação do Centro de Aperfeiçoamento de Pesquisas do Petróleo (CENAP, atual CENPES), assim como os diversos cursos de formação de engenheiros e técnicos de petróleo. Em 1957, surge a Campanha de formação de Geólogos (CAGE). Assim, a partir da CAGE, é que surgem os primeiros cursos de geologia no Brasil.

O livro busca entender as principais políticas do país em relação a um bem tão decisivo e importante como o petróleo. Inicialmente, a pesquisa e exploração surge nas mãos de particulares. Depois, é o estado que promove a busca pelo petróleo, contra toda esperança. Entretanto, os indícios geológicos de ocorrência de petróleo no Brasil nesta época eram os mais escassos possíveis.

O Petróleo é nosso?

No entanto, também é importante ver como é o petróleo que tem a capacidade de mobilizar a sociedade. É no surgimento de novas instituições cientificas e tecnológicas que foi gestada a atual comunidade geológica brasileira. A geologia brasileira surge deste estado de permanente atração e repulsão entre a comunidade geológica e a Petrobras. Todos nós surgimos deste processo, a partir da segunda metade do século XX.

Entender a história do petróleo no Brasil através do texto de Drielli Peyerl é uma fascinante jornada para compreendermos os percursos e os percalços das Geociências em nosso país.

Leitura obrigatória.

Mais leituras a partir desta:

PEYERL, DrielliFIGUEIRÔA, Silvia F. de M. . ‘Black Gold’: Discussions on the origin, exploratory techniques, and uses of petroleum in Brazil. Oil-Industry History, v. 17, p. 98-109, 2016.

PEYERL, DrielliFIGUEIRÔA, Silvia F. de M. . ‘A Petrobras prepara seu pessoal técnico’ – 1950 – 1970. Brazilian Geographical Journal, v. 3, p. 363-374-374, 2012.

 

A emoção da Montanha Russa: respire fundo e um passo à frente

Oba, oba, oba que felicidade: a notícia que finalmente o artigo no qual trabalhamos nos últimos anos foi aceito para ser publicado finalmente, depois de idas e vindas!

Fonte: alearned.com/roller-coasters/ e MiNiBuDa/montaa-rusa

Neste texto quero falar acerca de uma das partes mais delicadas de trabalhar com pesquisa: publicar a nossa pesquisa ou conseguir publicar, pois existem as duas caras dessa atividade. Nem todos os artigos pelos quais trabalhei, pesquisei, dei o melhor de mim, foram aceitos para serem publicados e menos ainda aceitos sem correções, sugestões e até devolvidos com comentários terríveis. Outros em contrapartida, após algumas idas e vindas, foram aceitos com muitos elogios. Quem não passou por isso?. Contudo, meu sonho continua sendo ter um artigo aceito sem nenhuma correção ou sugestão de mudança. Como é esse processo? Na minha opinião poderia ser mais simples. Começa, claro, quando você tem uma ideia ou uma inquietude acerca de um fóssil ou um conjunto deles e a sua pesquisa se inicia. Pode ser necessário ir ao campo e procurar, coletar, descrever, fotografar, desenhar… voltar novamente ao local, verificar os seus dados de campo, ir com as suas amostras e exemplares ao laboratório, prepará-los, descrever de novo, interpretar e por fim produzir um dado e sua interpretação e começar a escrever…pensar….pensar…escrever, ler artigos relacionados ou não…discutir com um colega, alunos, acordar a noite e ficar pensando…matutando e ter a ideia de como explicar! Mudar o que se escreveu para melhor ou pior, tentar e tentar e no fim chegar a um texto que descreva o que você pensou e que transmita a sua Ideia para outras pessoas. Claro, não é só texto nas pesquisas em paleontologia em geral os artigos tem umas figuras muito lindas e bem feitas do seu material, aliás, esta é uma das partes mais importantes do texto: as prova do que você está falando. Figuras feias são um passo para o abismo, texto confuso é o próximo. Mas com todo o seu esforço por fazer o melhor possível, o sucesso não é garantido. Não tem, para mim, coisa mais difícil que abrir aquela mensagem da revista científica, em resposta ao artigo que você enviou há alguns meses e no qual trabalhou por alguns anos. Ler a mensagem do editor, que não tem como saber quais foram as dificuldades, problemas, etc. e ter seu artigo avaliado por relatores anônimos, que podem ou não acabar com todo esse esforço… o sistema de avaliação por pares. Vêm os comentários e o veredito, que você lê com o coração saindo pela boca e batendo acelerado, como ir a uma montanha russa a toda velocidade, e que fala: “aceito”, “negado”, “pode ser aceito caso você mude”, “nem mudando daria para aceitar” ou “que artigo mais legal, contudo você ainda não chegou lá”, “temos o prazer de informar que seu artigo está aceito”, etc. Um conhecido meu falava que às vezes, após algumas idas e vindas, você não quer nem escutar falar mais do seu artigo, ou em outras vezes, até tem vontade de emoldurar. Pois bem, não é fácil trabalhar com ciências; tem que estar preparado para ser constantemente questionado, arguido e não tem como escapar. Mas ainda assim, na maioria das vezes quando estudo fósseis, penso que não gostaria estar fazendo outra coisa nesse momento e que afortunada que sou por poder trabalhar com um desafio constante que me estimula e faz ter uma vida pouco rotineira, onde posso ajudar a outros a descobrir essa maravilha e a desfrutar do seu trabalho.

Não acredito que tenha colegas que nunca tiveram um artigo negado como eu, inclusive até grandes cientistas já tiveram as suas maiores contribuições não publicadas em várias ocasiões. Pelo menos não estou sozinha. O que fazer quando seu esforço não tem êxito? Quando a sua decepção ficar menor, pegue os comentários, leia, pense, mude o que achar que deve, defenda o que não é razoável e submeta de novo, e de novo, e de novo… Embora não seja fácil, pense que em cada retomada fica melhor, ou parta para outra pesquisa e experimente o infinito, pode ser que esta vez o sucesso seja seu e, quem sabe, então pegue seu artigo rejeitado mexa nele mais uma vez e submeta a outro periódico e ele seja aceito e se torne a sua melhor contribuição. Vai ver que o mundo ainda não estava pronto para ele..

Como é a vida profissional de um paleontólogo brasileiro?

Ou… os motivos pelos quais, às vezes, atrasamos os posts?

Não se trata apenas de esclarecer os motivos pelos quais, às vezes, não conseguimos postar nas terças, ou mesmo que uma semana ou outra o nosso blog não tenha nenhum post novo. A realidade do profissional paleontólogo brasileiro não é simples. E vou lhes explicar o porquê.

Em geral, ao se optar por ser paleontólogo no Brasil, se tem três opções:

  • Formação em nível superior em Geologia, Geografia ou Biologia (na realidade não existe uma limitação quanto a qual graduação foi cursada; eu mesma conheço médicos e engenheiros que são paleontólogos); aqui temos 4 ou cinco anos de estudo.
  • Cursar pós-graduação em Geologia, Geociências ou afins, em que a área de concentração seja Paleontologia. As universidades brasileiras de maior tradição nesta área, na pós, são a UFRGS e a UFRJ.

Depois de defendido o mestrado e/ou o doutorado (que, podem representar cerca de 6 anos de estudos após a graduação, dois anos para o Mestrado e até 4 para o Doutorado), o mercado de trabalho, sob o meu ponto de vista, se resume a:

  • Trabalhar em universidades particulares ou públicas (o profissional aqui normalmente assume o papel de professor e pesquisador);
  • Trabalhar em museus (nesta categoria eu incluí paleoartistas, pesquisadores, curadores);
  • Trabalhar em empresas públicas ou privadas (pesquisadores, consultores). Aqui temos empresas de consultoria, ou mesmo o DNPM, Petrobrás, CPRM, por exemplo.

A opção 1, provavelmente, é a que mais emprega os paleontólogos brasileiros. Infelizmente eu não tenho dados numéricos para mostrar a vocês, mas digo isso em função de que o número de museus, no país, não é tão grande quanto o de universidades e faculdades. Possuindo ao menos o curso de Biologia dentre as graduações, já existe a possibilidade de contratação de um paleontólogo, pois, de acordo com o CFBio, Geologia e Paleontologia são disciplinas obrigatórias do curso. Já órgãos públicos não abrem muitos concursos na área específica de paleontologia, e o número de vagas é, normalmente, bastante restrito. Consultorias em paleontologia são bastante recentes no país, e se sustentar trabalhando unicamente nesta área, me parece inviável atualmente.

Tendo experiência profissional em universidades particulares e públicas eu posso falar com um pouco mais de detalhe e propriedade sobre as atividades que se assume, quando nestes cargos. O tripé das universidades é formado pelo ensino, pesquisa e extensão, e são essas (algumas) das áreas que atuamos.

Ensino – Além de ser responsável por uma ou mais disciplinas ao longo dos semestres (na graduação e na pós-graduação), nós podemos orientar alunos em diversos níveis de ensino; pode ser iniciação científica em graduação, orientação de mestrado ou doutorado, supervisão de pós-doutorado, ou orientação de monitores que nos acompanham e auxiliam durante as disciplinas, na graduação.

Pesquisa – Sobre a pesquisa, em especial nas universidades públicas, é bem comum termos que assumir e desenvolver projetos de pesquisa com a colaboração de alunos e colegas (professores e pesquisadores), e também captar fundos para desenvolver o projeto e aprimorar as condições de trabalho nos laboratórios que usamos. Além disso temos que publicar os resultados das pesquisas na forma de capítulos de livros, resumos ou artigos científicos.

Extensão – Envolve a divulgação do que fazemos para a comunidade de fora da universidade; isso pode se dar na forma de cursos, exposições, livros ou mesmo como este blog.

Outras – Além disso, eventualmente (com a progressão da carreira docente) temos que assumir cargos administrativos como coordenação da graduação, chefe de laboratório, chefe de departamento, ou mesmo cargos que exigem vasta experiência e atuação no ensino superior, como a diretoria do instituto, ou mesmo a reitoria da universidade.

Em meio a tantas tarefas que se sobrepõem, é preciso continuar se atualizando, aprendendo e tentando melhorar. Fazemos isso lendo, discutindo com os colegas da área, publicando, participando de congressos e trabalhos de campo, entre outros meios.

Resumidamente, o nosso dia-a-dia é assim. Portanto, perdoem-nos se às vezes acabamos mudando o dia de publicação ou não publicamos o texto. As tarefas se multiplicam, em especial nos finais de semestres letivos!