Antes das benzodiazepinas (como o Valium) tornarem-se comuns, os químicos descobriram um grande conjunto de moléculas que poderiam te derrubar. Os pesquisadores estavam em uma época enebriante. Eles isolaram moléculas que tinham profundos efeitos no sistema nervoso central – metaqualona (Quaalude), hidrato de cloral (de fato, muito próximo de uma bebida barata), etclorvinol (Placidyl), vários barbituratos, e meprobameto (Miltown), o assunto do texto de hoje.

Tranquilizantes pareciam como panacéias na época – não eram chás misteriosos, elixires, ou bebidas alcoólicas. Nossos especialistas isolaram moléculas! Não poderiam ser más! Vamos dá-las para pessoas que sofrem de dores emocionais! Para aborrecimento! Para donas de casa!
É claro, que rapidamente aprendemos que tranquilizantes de qualquer tipo tem seus perigos e podem causar dependência. As benzodiazepinas são relativamente seguras, previsíveis, e a classe tem um largo conjunto de potências e meias-vidas – Halcion e Versed possuem T1/2 de duas ou três horas; Valiem e Dalmane (ou seus metabólitos ativos) tem meias-vidas de eliminação de até 100-200 horas! Na maior parte, a medicina se fixou nestes.
Tolerância, dependência, abstinência, e segurança são ainda preocupações (e outros medicamentos são ainda utilizados, mas menos). Alguns novos não-benzodiazepinas estão atraindo atenção renovada – a classe não é necessariamente mais segura ou melhor (ou, mais cinicamente, a classe tinha sido quase toda patenteada e a indústria farmacêutica resolveu que era tempo de mudar para pastos mais verdes). Veja, por exemplo, o Ambien, que rendeu por volta de 2 bilhões de dólares no último ano!
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/07/meprobamate_did_you_know_they.php
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