Tudo conectado
Fui convidado para uma palestra sobre ´Interdisciplinaridade´. O público-alvo eram professores de escolas públicas, e o objetivo era comentar sobre o tema e tecer algumas ideias como como essa ´Interdisciplinaridade´ poderia acontecer na prática.
Devido ao problema das ramificações e preciosismos exagerados nas definições de pluridisciplinaridade, multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade; acabei optando por usar o termo geral ´Conexões´, e penso que fui feliz na escolha.
Comentei sobre as conexões existentes entre pessoas, áreas do conhecimento, cérebro, internet, etc e indiquei que o desenho de mapa de conexões (mapa mental) poderia ser uma boa estratégia para organizar o fluxo e correlações de informações em um determinado assunto.
Não é muito fácil desenhar um mapa mental, é necessário prática e técnica específica ( que não domino totalmente). Tentei fazer um rápido mapa correlacionando diversos ramos da ciência com o tema ´Horta´.
O assunto horta surgiu de uma conversa anterior com alguns professores que comentaram que a horta do colégio poderia ser um terreno fértil para o ensino.
No momento em que realizava o mapa mental muitas informações presentes no livro ´Armas, germes e aço´ do Jared Diamond vinham a tona, temperado com algumas pitadas de dados que captei na série ´How Earth Made Us´ da BBC.
É claro que eu exagerei nas correlações existentes neste assunto, e fui ao extremo tentando interligar tudo, mesmo que não existisse uma conexão tão óbvia ou direta. Mas esta era a ideia. Deixar a liberdade atuar e depois ir limpando o assunto para torná-lo mas factível.
Esta semana, após encerrada a palestra, acabei encontrando por acaso um uso interessante desta estratégia de montar um mapa de ligações, idealizado pela IUPAC no projeto ´Gold Book´.
Parte de um mapa feito para ´entalpia´.
Discussão - 3 comentários
Tem o Hyperphysics tb.
[]s,
Roberto Takata
@Takata
Bem lembrado!
Sempre proponho aos meus alunos tentarem definir em que área do curso de biologia é a monografia deles. Eles mesmos se dão conta de que as fronteiras entre as áreas são artifícios didáticos mais do que diferenças reais. Para mim inteligência é ser capaz de conectar!