Ciência é coisa de mulher


A Comissão Europeia lançou recentemente uma campanha, denominada ´Science, it’s a Girl Thing!´, para incentivar meninas a seguirem a carreira científica.

http://science-girl-thing.eu/

Para promover a iniciativa criaram um vídeo que gerou polêmica em diversos blogs.
Veja (PS: O vídeo foi retirado do YouTube)

A votação no YouTube mostra a indignação: 102 votos ´gostei´ e 2825 votos para o ´não gostei´. Dando pouca chance de virar o jogo com um teaser que coleciona uma densidade absurda de estereótipos sobre as mulheres e cientistas.

Parece que estão tentando arrumar o erro, modificando o tom. Um indício foi a alteração da descrição da comunidade no Facebook ( https://www.facebook.com/sciencegirlthing ).
Antes a descrição era:
Science inspires, enlightens and changes our world. It is the basis for our cosmetics, fashion, music, and so much more. So, what’s stopping you from getting involved in science?

Agora aparece como:
Science inspires, enlightens and changes our world. It is the basis for our medicine, transport, energy, and so much more. So, what’s stopping you from getting involved in science?

Os outros vídeos do projeto são bem melhores.

http://www.youtube.com/user/sciencegirlthing

O Professor Attico Chassot escreveu um livro interessante abordando este tema:
A Ciência é Masculina? É, sim senhora!

Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade: Passo 5: Domine a tecnologia

Texto original publicado em Nine steps to quality online learning: Step 5: Master the technology, Tradução autorizada por Tony Bates.

Neste texto vou argumentar que dedicar tempo em ser devidamente treinado em como usar as tecnologias padrões utilizadas na aprendizagem poderá a longo prazo salvar uma boa quantidade de tempo e irá permitir que você alcance uma gama maior de objetivos que de outra forma não poderia sem imaginar.

Este é o sexto texto de uma série de 10 no projeto de cursos online de qualidade. Os nove passos visam principalmente os instrutores que são novos na ensino(aprendizagem) online, ou tentaram sem muita ajuda ou sucesso. Os cinco primeiros textos (que devem ser lidos antes deste) são:

Introdução
Decida como você deseja ensinar online
Decida que tipo de curso on-line
Trabalhe em grupo
Crie com os recursos existentes

Uma versão condensada que cobre todos os posts desta série pode ser encontrada no site ‘What you need to know about teaching online: nine key steps‘. Tem também uma versão em francês ´Ce que le personnel enseignant doit savoir sur l’enseignment en ligne: neuf étapes clés´.

Tecnologia enganosamente fácil

Vou discutir aqui os seguintes tipos de tecnologias de aprendizagem online:
– sistemas de gestão de aprendizagem (tal como Blackboard ou Moodle)
– tecnologias síncronas (como o Blackboad Collaborate ou Adobe Connect)
– tecnologias de gravação de palestras (tal como captura de podcasts e palestras)

Você precisa saber não só como operar essas tais tecnologias, mas também os seus pontos fortes e fracos.

Estas tecnologias são enganosamente fáceis de usar, na parte inicial do uso. Foram projetadas para que qualquer pessoa sem uma base de ciência da computação possa usá-los. No entanto, ao longo do tempo tornaram-se mais sofisticadas, com uma vasta gama de funções diferentes. Você não vai precisar usar todas as funções, mas vai ser melhor se você está ciente de que elas existem, e o que eles podem e não podem fazer. Se você quiser usar um determinado recurso, é melhor começar o treinamento para que possa usá-lo de forma rápida e eficaz.

Para dar um exemplo. Com um curso online com um número grande de inscrições, há uma probabilidade de haver várias seções diferentes, talvez com vários instrutores diferentes. No entanto, é provável que o conteúdo seja o mesmo para cada secção. É possível em alguns LMSs permitam inserir o conteúdo uma vez e depois então dividir os estudantes entre diferentes seções, ao invés de copiar e colar o conteúdo em cada seção separada. Se configurado corretamente, qualquer alteração no conteúdo – como uma nova URL ou texto ara leitura – também pode ser adicionado apenas uma vez, com cada seção recebendo a nova versão automaticamente. No entanto, (a) você precisa saber se o LMS tem essa característica; (b) você precisa saber como configurá-lo desta forma. Você também precisa saber como manter seções separadas, de modo que cada grupo pode ter sua própria versão dos materiais, se necessário. Você também precisa decidir se instrutores individuais que compartilhem o mesmo material do curso poderão mudar o material central e em caso afirmativo, qual o procedimento será utilizado para informar os outros instrutores.

Além disso, novas funções estão constantemente sendo adicionadas aos LMSs existentes. Por exemplo, se você estiver usando o Moodle existem plugins (como o Mahara) que permitem aos alunos criar e gerir os seus próprios e-portfolios ou então os registos eletrônicos de seu trabalho. A próxima onda de plugins é provável que seja na análise de aprendizagem, que lhe permitirá analisar a maneira como os estudantes estão usando os LMS e como isso se relaciona com seu desempenho, por exemplo.

Assim, uma sessão de aprendizado das várias funcionalidades do LMS e como melhor utilizá-los seria bem interessante. O mesmo se aplica às tecnologias síncronas, como Blackboard Collaborate. Também vale a pena saber como incorporar ou integrar o Collaborate ou Adobe Connect com seu LMS – ou se não seria melhor mantê-los separados.

Esta formação deve ser fornecida pelo centro ou unidade que proporciona o desenvolvimento de professores e/ou suporte de tecnologias de aprendizagem. Se sua instituição não tem essa unidade, ou tal formação, seria interessante pensar muito cuidadosamente sobre a viabilidade do uso de aprendizagem online – até mesmo os instrutores mais experientes, ocasionalmente, precisam desse apoio. Além disso, como qualquer profissão, você provavelmente terá de gastar pelo menos um pouco de tempo uma vez por ano observando todos os novos recursos adicionados durante o período.

Relacione seu treinamento em tecnologia em como deseja ensinar

Há realmente dois componentes distintos, mas fortemente relacionados no uso da tecnologia: como a tecnologia funciona, e o que deveria ser utilizado. Estas são ferramentas criadas para ajudá-lo, então você tem que ser claro quanto ao que você está tentando alcançar com as ferramentas. Esta é uma questão instrucional ou pedagógica. Assim, se você quer encontrar formas de envolver os alunos, ou dar-lhes a prática no desenvolvimento de competências, tais como resolução de equações quadráticas, aprenda quais são os pontos fortes ou fracos das várias tecnologias que possibilitam fazer isso.

Isso é um pouco de um processo iterativo. Quando um novo recurso está sendo descrito ou demonstrado, pense em como isso pode se ajustar ou facilitar algum de seus objetivos de ensino. Mas também esteja aberto para a possibilidade de alterar seus objetivos ou métodos para tirar proveito de uma ferramenta que permita você fazer algo que você não tinha pensado em fazer antes. Por exemplo, um plugin de e-portfolio pode levar você a mudar a maneira de avaliar os alunos, de modo que resultados de aprendizagem sejam mais “autênticos” e baseados em evidências, do que fazer o mesmo em um ensaio escrito. (Isso será discutido na próxima etapa “Definição de metas apropriadas para a aprendizagem online.”)

Porque não simplesmente gravar minhas palestras em sala de aula?

Podcasts e captura de palestra permitem que as palestras sejam registradas, armazenadas e baixadas pelos alunos. Então, por que se preocupar em aprender a usar outras tecnologias online, como um LMS?

Embora isso possa parecer muito mais fácil para você, como um instrutor, é provável que você acabe tendo mais trabalho, porque é provável que você seja inundado com e-mails individuais, ou com uma elevada taxa de reprovação dos estudantes. Em outras palavras, os alunos em geral não aprendem bem online desta forma. Há várias razões para isso:

– alunos online precisam de um sentido de “presença” do professor ao estudar online. Eles não recebem isso de palestras gravadas por si só. Eles precisam de um contato regular e contínuo. Se isto não é “gerido” corretamente pelo instrutor, é provável que você receba uma infinidade de e-mails. Um LMS fornece uma variedade de maneiras para você estar “presente” online, tais como facilitar a discussão online, a adição de materiais ou contribuições pessoais a respeito das idéias ou conceitos difíceis, fornecendo feedback individual para alunos em seus trabalhos online, etc.

– alunos online têm de adequar o estudo com outros aspectos de suas vidas, como trabalho e família. Geralmente há uma proporção muito maior de alunos online trabalhando em tempo integral e com família, do que em classes face-a-face. Palestras longas em geral não funcionam tão bem com esses alunos.

– download de um vídeo longo de uma palestra leva tempo, dependendo da velocidade da internet, mas pode demorar até 10 minutos de “tempo morto”, enquanto se aguarda o download de um vídeo.

– atenção diminui ainda mais rapidamente online do que em uma palestra em sala de aula.

– estudantes online também tendem a estudar em pequenos ‘pedaços’ de tempo (por causa de seus compromissos na vida), palestras de 50 minutos não funcionam tão bem para eles. A retenção tende a ser melhor quando o estudo está espalhado por períodos frequentes mas em períodos mais curtos de tempo. Um LMS é realmente bom para fazer isso.

– mais de 60 anos de pesquisas mostram que as palestras são um meio inadequado para instrução (ver Christensen Hughes and Mighty, 2010). Uma grande parte é perdida ou mal interpretada, ou ainda mais é esquecido imediatamente após o final da palestra. A qualidade do ensino online é baseada em pesquisas que identificaram como os estudantes aprendem melhor (ver “E-learning: padrões de garantia de qualidade, organizações e pesquisa“). Aprendizagem assíncrona combinada com uma utilização seletiva de tecnologias síncronas fornecem melhores resultados.

Isto não quer dizer que a gravação ocasional de você como o professor não seja valioso. No entanto, o melhor é mantê-lo entre 10 a 15 minutos no máximo, e deve adicionar algo único ao curso, tais como algo sobre a sua própria pesquisa, ou um professor convidado sendo entrevistado, ou relacionar notícias com as questões ou princípios que sejam objetos de estudo em um curso.

A entrega de conteúdo é muito melhor realizada por meio dos LMS, no qual é permanente, organizado e estruturado (veja Passo 7, mais adiante), disponível em quantidades discretas, que podem ser acessados ​​a qualquer momento, e podem ser repetidos quantas vezes for necessário pelo aluno.

Se você deve usar a captura de suas palestras, pense sobre como estruturar sua palestra para que ela possa ser gravada em seções separadas de, digamos, 10 a 15 minutos. Uma maneira de fazer isso é parar em um ponto adequado para fazer perguntas aos alunos em sala de aula, proporcionando um ponto claro para a edição em vídeo. Em seguida, forneça trabalho online para acompanhamento da palestra, como um fórum de discussão ou alguma pesquisa online sobre o tema para os estudantes.

Conclusões

Tecnologias de aprendizagem online, tais como sistemas de gerenciamento de aprendizagem (LMSs) foram projetados para se ajustarem ao ambiente de aprendizagem online. Isso requer uma certa adaptação e aprendizagem por parte do instrutor. Como qualquer ferramenta, quanto mais você souber sobre ela, provavelmente melhor você conseguirá usá-la. Assim, a formação formal sobre a tecnologia é necessária, mas não precisa ser onerosa. Normalmente, um total de duas horas de instrução específica e bem organizadas sobre como utilizar um LMS deve ser suficiente, com uma sessão de revisão de uma hora por ano.

A parte mais difícil será descobrir a melhor forma de usar as ferramentas educacionalmente. Isso requer que você tenha uma concepção clara de como os estudantes aprendem melhor, como você precisa ensinar para corresponder a isso, e como conceber este tipo de ensino por meio do uso das tecnologias online.

Próximo passo

O próximo passo será concentrar no estabelecimento de metas adequadas para a aprendizagem online e abordar algumas das questões pedagógicas levantadas neste texto.

Questões

1. Quanto treinamento formal que você teve no sistema institucional de gestão de aprendizagem (LMS)? Isso é suficiente e você está totalmente confiante de que sabe todas as características e a melhor forma de usá-los?

2. Quando você deve usar uma tecnologia síncrona como o Blackboard Collaborate? Quais são as desvantagens de tecnologias síncronas para os alunos online? (veja, “Modelos para selecionar e usar tecnologias: Síncrona ou assíncrona?” para saber mais sobre isso).

3. Deveria você repensar inteiramente o seu ensino ao ir para o ambiente virtual ou você pode usar o seu material de sala de aula? Quais seriam as possíveis desvantagens da utilização online de aulas gravadas?

Referência

Christensen Hughes, J. and Mighty, J. (eds.) (2010) Taking Stock: Research on Teaching and Learning in Higher Education Montreal QC and Kingston ON: McGill-Queen’s University Press, 350 pp

Policial autômato

Em 1924 na edição de maio da revista Science and Invention o escritor Hugo Gernsback anunciava as maravilhas da “rádio-telemecânica”.

A sugestão era criar uma espécie de policial robô controlado por rádio. Equipado com iluminação, alto falante, telegrafone, motor movido a gasolina, giroscópio estabilizador e pés com estira tipo lagarta.

Para dispersar tumultos o equipamento poderia contar com um tanque contendo gás lacrimogênio e mãos com discos e bolas de chumbo giratórias.

Era o Robocop da época!

autômato de 1924

Via ethel

Do Sol ao mar profundo


Animação produzida pela NASA (Goddard Space Center) mostra como gigantescas explosões solares (ejeção de massa coronal) afetam todo o Sistema Solar.

Vênus (e Marte) tem a sua atmosfera diretamente afetada pelo vento Solar, que sem a ‘proteção’ de um campo magnético sofre uma interferência direta nos componentes gasosos da atmosfera.

A energia térmica transferida à Terra pelo Sol causa uma infinidade de fenômenos na superfície do nosso Planeta. Como em uma astronômica máquina térmica, procurando a equalização das diferenças de temperaturas. O vídeo demonstra isso pela simulação dos padrões de correntes marinhas, desde a profundeza até a superfície dos mares da Terra.

Legendas em inglês. Que podem ser traduzidas automaticamente pelo Youtube (o resultado da tradução não é dos melhores).

A animação poderia ter continuado com a explicação do surgimento do campo magnético terrestre, com analogias semelhantes às empregadas nas correntes marinhas.

O material multimídia do vídeo está disponível para uso livre, em
http://svs.gsfc.nasa.gov/vis/a010000/a011000/a011003/

Via geekosystem.

A grande história dos oceanos


La grande histoire des Océans

O documentário ´A grande histórida dos oceanos´ é uma produção conjunta do canal francês Arte e National Geographic.

O segundo episódio da série (de 3) passa boa parte do tempo comentando sobre a vida dos tubarões, e em especial do tubarão branco e de seus parentes pré-históricos; em uma clara tentativa de cativar o público mais jovem. Que provavelmente não ficará entusiasmado com a baixa qualidade das animações gráficas.

Após uma boa dose de tubarões, passam correndo pela deriva continental, descoberta do celacanto e a pesca predatória. Tudo nos 30 minutos restantes.

Trailer

Learnist, o Pinterest da educação


Primeiro, o que é o Pinterest? O Pinterest é uma rede social para compartilhamento e organização de imagens encontradas na internet; ou de outros materiais multimídia.

O Learnist (http://learni.st/) segue uma linha semelhante, com um foco em material educacional.

O website inclui as tradicionais funcionalidades sociais que permitem inserir comentários, seguir um determinado assunto, compartilhar pelo Twitter ou curtir via Facebook.

O curioso é que mesmo tendo um foco mais educacional o Learnist prefira deixar a categoria ´Science´ um tanto escondida.

http://learni.st/

Como usar o Learnist (em inglês)

Ilustrações criativas

Continuando a série de ilustrações criativas, que foram utilizadas para chamar a atenção para artigos publicados em revistas científicas.

Nestas ilustrações ainda é permitido o uso livre da criatividade e do bom humor. O resto do artigo tem que seguir aquele rígido ritual de regras do periódico.

A dança da ressonância

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Quando um nucleófilo encontra um eletrófilo

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NaOMe

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O que você pode fazer com um coelho e um pente…

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Quelação é isso?

Via TocRofl

Organize e encontre artigos científicos – ReadCube


O ReadCube é mais um software organizador de referências científicas que entra na disputa pela atenção de quem costuma ler artigos em PDF.

O sistema do ReadCube permite uma busca interna no arquivos presentes no computador, e nas bases de dados Google Scholar e PubMed. Isto com a possibilidade de baixar o arquivo de algum artigo que esteja disponível livre em alguma fonte.

Talvez um dos diferenciais do programa seja a possibilidade de realizar uma varredura no PDF em busca das referências citadas, que também podem ser de alguma forma acessadas. Na ferramenta que eles chamam de ‘enhance PDF’.

A promessa de permitir a recomendação e busca por artigos semelhantes não funcionou muito bem durante os (poucos) testes que realizei. Não consegui entender se é alguma falha no projeto ou a pequena quantidade de artigos que inseri no programa para testar. Ou ainda pelo fato do sistema utilizar como fonte principal o PubMed, que é focado na biomedicina, prejudicando um pouco a funcionalidade em outras áreas.

Baixe a versão beta gratuitamente,
http://www.readcube.com/

Por enquanto fico com o concorrente Mendeley, com funções semelhantes e um desenvolvimento mais maduro.

Springer e suas imagens

imagem para fins de divulgação
A editora Springer, especializada em publicações científicas, possui um vasto banco de dados de imagens, agora disponível pelo website
http://www.springerimages.com/

Na página eles informam que o sistema conta com um catálogo de mais de 3,4 milhões de imagens, sendo que 300 mil destas estariam supostamente em algum tipo de licença livre (estilo Creative Commons). Mas tenha cuidado ao fazer uso destas imagens. Peter Murray-Rust acusa em seu blog a Springer por colocar indevidamente marca d´água em algumas imagens que não seriam de propriedade da editora.

Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade: Passo 4 : Crie com os recursos existentes

Texto original publicado em ‘Nine Steps to Online Learning: Step 4: Build on existing resources‘. Tradução autorizada por Tony Bates.

Neste texto argumento sobre o uso de recursos online já existentes em vez de reinventar a roda, o que irá salvar uma boa quantidade de tempo do professor, se comparado a criar tudo do zero.

Este é o quinto texto de uma série de 10 que tratam sobre o projeto de cursos online de qualidade. Os nove passos são focados principalmente em professores que são novos na aprendizagem online, ou tentaram sem muita ajuda ou sucesso.

Os primeiros quatro textos (que você deve ler antes deste) são:

Introdução
Decida como você deseja ensinar online
Decida que tipo de curso on-line
Trabalhe em grupo

Uma versão condensada que cobre todos os posts desta série pode ser encontrada no site ´What you need to know about teaching online: nine key steps´. Tem também uma versão em francês ´Ce que le personnel enseignant doit savoir sur l’enseignment en ligne: neuf étapes clés´.

Movendo o conteúdo online

A gestão do tempo é fundamental na aprendizagem(ensino) on-line. As faculdades muitas vezes gastam uma grande quantidade de tempo na conversão do seu material de sala de aula em uma forma que vai funcionar em um ambiente online, mas isso pode realmente aumentar o seu trabalho. Por exemplo, slides de PowerPoint muitas vezes estão sem comentários do professor, ou perdem o conteúdo crítico, ou falham em cobrir as nuances e ênfases. Contudo, vou sugerir que durante o tempo em que algum deste trabalho não possa ser evitado completamente, você poderá cortar parte do ‘tempo de conversão’ usando alguns recursos online já existentes.

No Passo 1 recomendei o repensar do ensino, e não só simplesmente mover palestras gravadas ou slides em PowerPoint para o ambiente online, mas em desenvolver materiais de forma que permitam os estudantes à distância um melhor aprendizado. Agora neste Passo 4 pareço estar em contradição ao sugerir que você deve usar os recursos existentes. Contudo, a distinção aqui é entre a utilização dos recursos existentes que não se transferem tão facilmente para um ambiente de aprendizagem online (como uma palestra gravada de 50 minutos), e utilização de materiais já desenvolvidos especificamente para o ensino online.

Use a tecnologia institucional já existente

Antes de discutir o conteúdo, se a sua instituição já tem um sistema de gerenciamento de aprendizagem, tais como Blackboard ou Moodle, use-o. Não se meta em discussões sobre se é ou não é a melhor ferramenta, pelo menos quando você está começando. Francamente, em termos funcionais, há poucas diferenças importantes entre as principais LMSs. Você pode preferir a interface de um sistema em detrimento de outro, mas isso vai ser mais uma sobrecarga pela quantidade de esforço que terá que ser feito ao tentar usar um sistema não é suportado pela sua instituição. LMSs não são perfeitos, mas eles evoluíram ao longo dos últimos 20 anos e, em geral, são relativamente fáceis de usar, tanto por você, e mais importante pelos alunos. Eles fornecem uma estrutura útil para organizar o seu ensino on-line, e se o LMS é devidamente apoiada, pode obter ajuda quando necessário. Há flexibilidade suficiente em um sistema de gestão de aprendizagem para que você possa ensinar de diversas maneiras diferentes. Em particular, dedique tempo em ser devidamente treinado em como usar o LMS. Com um par de horas de treinamento você pode economizar muitas horas na tentativa de fazê-lo funcionar da maneira que deseja.

O mesmo se aplica às tecnologias web síncronas, tais como Blackboard Collaborate ou Adobe Connect. Eu tenho minhas preferências, mas todos eles fazem mais ou menos a mesma coisa. As diferenças na tecnologia não são nada se comparadas com as diferentes maneiras que você pode usar essas ferramentas. Estas são decisões pedagógicas e de ensino. Concentre-se nisso ao invés de tentar encontrar a tecnologia perfeita. Na verdade, pense com cuidado sobre quando seria melhor usar ferramentas síncronas em vez assíncronas. Blackboard Collaborate é útil quando você quer começar juntos com um grupo de estudantes ao mesmo tempo, mas essas ferramentas síncronas tendem a ser centradas no instrutor (ministrar palestras e controlar a discussão). No entanto, você pode incentivar os alunos para que trabalhem em pequenas equipes em um projeto, com o uso do Blackboard Collaborate, para decidir sobre papéis ou então para finalizar um trabalho de um projeto, por exemplo. Por outro lado, as ferramentas assíncronas, dotam os alunos online de mais flexibilidade do que as ferramentas síncronas, e permitir-lhes trabalhar de forma mais independente (uma habilidade importante para os alunos desenvolverem).

Use o conteúdo online existente

A Internet e, em particular a World Wide Web, tem uma imensa quantidade de conteúdo já disponível. Muito disto está disponível gratuitamente para uso educacional, sob certas condições (por exemplo, citação da fonte – procure a licença Creative Commons geralmente no final de uma página web). Você vai encontrar conteúdo existente que varia enormemente em qualidade e variedade. As principais universidades como MIT, Stanford, Princeton e Yale fizeram gravações de palestras em sala de aula, e etc, enquanto as organizações de ensino à distância, tais como o UK Open University tornaram todos os seus materiais de ensino online disponíveis para uso livre. Grande parte deste material pode ser encontrado no iTunesU da Apple.

No caso das universidades de prestígio, você pode ter certeza sobre a qualidade do conteúdo – é normalmente o que os estudantes do campus têm – mas muitas vezes não tem a qualidade necessária em termos de design instrucional ou de adequação para aprendizagem on-line. (Para uma discussão sobre isto veja Keith Hampson’s: MOOCs: The Prestige Factor; ou OERs: The Good, the Bad and the Ugly). Recursos livres de instituições como a UK Open University ou o Carnegie Mellon’s Open Learn Initiative normalmente combinam conteúdo de qualidade com um bom design instrucional.

Onde os recursos educacionais abertos são particularmente valiosos são na sua utilização como simulações interativas, animações ou vídeos, que seriam difíceis ou caros demais para um único instrutor desenvolver. Exemplos de simulações em disciplinas de ciências como a biologia e a física podem ser encontrado aqui: Phet, ou no Khan Academy, para a matemática; mas há muitas outras fontes também.

Mas, assim como recursos abertos ditos como “educacionais”, há uma grande quantidade de conteúdo “bruto” na Internet que pode ser de valor inestimável para o ensino online. A principal questão é se você, como o instrutor precisa encontrar tal material, ou se seria melhor fazer os alunos pesquisar, encontrar, selecionar, analisar e aplicar tais informações. Afinal, essas são habilidades-chave que os estudantes precisam ter no Século 21.

Certamente, nos primeiros dois anos de uma graduação a maioria dos conteúdos não é único ou original. Na maioria das vezes estamos sobre ombros de gigantes, ou seja, organizando e gerenciando o conhecimento já descoberto. Apenas nas áreas onde você realiza pesquisa, única e original que ainda não foi publicada, ou onde você tem o seu ‘toque’ próprio no conteúdo, é realmente necessário para criar ‘conteúdo’ a partir do zero. Infelizmente, porém, ainda pode ser difícil encontrar exatamente o material que você quer, pelo menos, de uma forma que seria apropriado para os seus alunos. Em tais casos, então será necessário desenvolver os seus próprios materiais, e isto será discutido mais adiante no Passo 7. No entanto, a construção de um curso em torno dos materiais já existentes fará muito sentido em muitos contextos.

O que seus colegas estão fazendo?

Outro recurso bastante valioso é o material que seus colegas já desenvolveram para seus cursos. Se muitos de vocês estão ensinando cursos relacionados, é provável que eles terão material, como um gráfico de equipamento ou um clip de vídeo de um experimento, que também seria relevante para o seu próprio curso. Certamente, se muitos de vocês estão desenvolvendo um programa, então existe uma margem considerável para trabalhar em colaboração e então desenvolver materiais de alta qualidade que possam ser compartilhados.

Conclusão

O ensino online oferece-lhe uma escolha de focalizar no desenvolvimento de conteúdo ou na facilitação da aprendizagem. Conforme o tempo passa, mais e mais o conteúdo na área de seus cursos estará disponível gratuitamente a partir de outras fontes, através da Internet. Esta é uma oportunidade para focar no que os estudantes precisam saber, e em como podem encontrar, avaliar e aplicar. Estas são habilidades que se perpetuarão além da lembrança do conteúdo que os estudantes obtiveram em um determinado curso. Então, temos de nos concentrar tanto nas atividades estudantis; sobre o que eles precisam fazer, como na criação de conteúdo original para nossos cursos. Isto será discutido em mais detalhe nas etapas 6, 7 e 8.

Questões

1. Quão original é o conteúdo que você ensina? Poderia em estudantes aprender tão bem do conteúdo já existente? Se não, qual é o ‘extra’ que você está adicionando? Isto está contemplado no seu design de um curso online?

2. O conteúdo já existe na internet? Você já olhou para ver o que já está lá?

3. Você está evitando usar tecnologia que já tem suporte institucional, tal como os LMSs ou ferramentas síncronas? Se sim, porque? Você tentou ver se por acaso elas irão fazer o que você deseja?

4. O que teus colegas estão fazendo online – ou talvez na sala de aula, com respeito ao ensino digital? Poderiam trabalhar em conjunto no desenvolvimento de material?

5. Você teve algum treinamento formal no uso das LMS institucionais ou tecnologias síncronas?

Se você sentir que um curso online é muito trabalhoso, então talvez as respostas para estas questões podem indicar onde está o problema.

Próximo

Passo 5: Domine a tecnologia

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