Amplificação em vídeo


Este vídeo mostra como pode ser útil a manipulação de alguns vídeos para obter uma magnificação de mudanças na coloração e frequência de movimento.
A técnica é chamada de Magnificação de vídeo euleriana (Eulerian Video Magnification) e tem diversas aplicações, entre elas a verificação remota da pulsação e dos movimentos de respiração.

Via GeeksAreSexy

Febre Justin Bieber – Um modelo matemático

A bióloga Valerie Tweedle e o matemático Robert J. Smith? (sim, o sobrenome tem ponto de interrogação) da University of Ottawa, no Canadá, publicaram um artigo com um modelo matemático para tentar entender um pouco sobre a mania Justin Bieber e seu poder infeccioso.

No resumo do artigo eles explicam:

“Recentemente, um surto de Febre Bieber degringolou em uma completa pandemia, principalmente entre os jovens. Esta doença é altamente contagiosa entre os indivíduos e também está sujeita a meio de pressão externa, reforçando ainda mais a infecção. Os sintomas
incluem perda de tempo, compra excessiva de mercadorias inúteis
e choros e/ou gritos incontroláveis. Desenvolvemos um modelo matemático para descrever a propagação da febre Bieber, segundo o qual as pessoas podem ser suscetíveis à febre, indivíduos infectados por Bieber ou indivíduos cansados de Bieber. Analisamos então o modelo na presença e ausência da mídia, e e mostramos que tem uma proporção básica reprodutiva igual a 24, tornando-a talvez a mais infecciosa doença da nossa era. Na ausência da midia, a febre de Bieber ainda pode se propagar. Contudo, quando os efeitos da mídia são incluídos, a febre pode atingir níveis extraordinários. Mesmo um surto de febre de Bieber que pode por ventura se extinguir (movido por fãs que ficam cansados do Bieber em duas semanas) pode ainda ser sustentado se eventos na mídia forem inseridos. Uma mídia negativa pode frear a supersaturação, mas uma mídia negativa contínua (o efeito Lindsay Lohan) é o único modo de acabar com a febre Bieber. Conclui-se que o jornalismo tablóide pode ser nossa última e melhor esperança contra esta doença de evolução rápida e altamente contagiosa. Caso contrário, as crianças de nossa nação estarão em sérias dificuldades.”

Veja um esquema de alguns dos cálculos utilizado pela dupla de pesquisadores.
modelo SBR

Eles encerram o artigo dizendo:
“Erradicação da Febre Bieber apresenta significativos desafios , envolvendo tanto a mídia local e eventos arquitetados. Pode ser improvável de acontecer na prática, mas nunca diga nunca.”

Robert Smith? costuma escrever ´artigos´ com este tom de humor, e ficou famoso com o ´When Zombies Attack!: Mathematical Modelling of an Outbreak of Zombie Infection´ (Quando os Zumbis atacam!: Modelagem Matemática de um surto de infecção zumbi). O que acabou dando origem ao livro ´Braaaiiinnnsss! From Academics to Zombies´, que reúne um grupo estudiosos irreverentes para lançar um olhar sério em como zumbis podem ameaçar quase todos os aspectos de nossas vidas.
capa de um livro sobre zumbis

Um mar despercebido


A relativa lentidão dos processos atmosféricos pode esconder a bela natureza fluida das nuvens.

Para quem gosta de nuvens – The Cloud Appreciation Society (e no Facebook).

Trabalho e frustração em grupo


O aprendizado colaborativo realizado em grupo é fonte de entusiasmo para muitos educadores. Onde todos, inclusive o professor, podem participar de trocas ativas de ideias e participar de uma construção social.

Só que como sabemos, trabalhos em grupo nem sempre (ou nunca) funcionam como na imaginação idílica de alguns pedagogos.

O artigo ´Are Online Learners Frustrated with Collaborative
Learning Experiences?
´ publicado na edição de abril de 2012 da ´The International Review of Research in Open and Distance Learning´ mensurou algumas fontes de frustração dos estudantes que participavam aprendizado online com foco em atividades colaborativas.

Alguns dos motivos de frustração entre os todos os 40 participantes da pesquisa foram:
– desequilíbrio no nível de compromisso, esforço e esforço entre os participantes do grupo (citado por 57,5% dos participantes da pesquisa)
– objetivos não compartilhados e dificuldade de organização (22,5%)
– dificuldade de comunicação (20%)
– problemas com habilidades de negociação (17,5%)
– desproporção na qualidade das contribuições individuais (15%)
– excesso de tempo gasto e sobrecarga de trabalho (15%)
– conflitos e problemas em chegar a um consenso (15%)
– desproporção entre expectativa do grupo e dos indivíduos (10%)
– desentendimentos (5%)
– falta de suporte e orientação do instrutor/orientador (5%)

dados da pesquisa

É possível perceber que vários destes problemas também ocorrem em trabalhos em grupo realizados fora do mundo virtual. E podem ficar mais evidentes quando realizados em um espaço virtual. Pois neste é possível perceber com mais clareza a intensidade com que cada membro participa da realização de um grupo; por exemplo, pela verificação da baixa participação de um indivíduo em uma troca de mails relacionados à tarefa proposta.

Mas não é algo sem solução. Para minimizar este tipo de problema os autores indicam que os professores/orientadores devem estar cientes em quando a interferência é necessária em um curso que envolva trabalho colaborativo online e saiba em qual intensidade deve atuar. O instrutor deve desempenhar um papel ativo no processo colaborativo. Sendo pró-ativo no monitoramento e intervenção nas atividade que envolvam colaboração. Isto para garantir que o grupo trabalhe de forma eficaz por meio de mecanismos de assistência, avaliação e feedback.

ResearchBlogging.org
Neus Capdeferro, & Margarida Romero (2012). Are online learners frustrated with collaborative learning experiences? The International Review of Research in Open and Distance Learning

Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade: Passo 3 : Trabalhe em grupo

Texto original publicado em ´Nine steps to quality online learning: Step 3: Work in a Team´. Tradução autorizada por Tony Bates.

Neste texto argumento que um dos modos mais efetivos de assegurar a qualidade é trabalhar como parte de um grupo.

Este é o quarto texto de uma série de 10 que tratam da projeto de cursos online de qualidade. Os três primeiros textos (que você deve ler antes deste) são:
Introdução: Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade
Passo 1: Decida como você deseja ensinar online
Passo 2 : Decida que tipo de curso on-line

Por que trabalhar em grupo?

Para muitos professores, o ensino em sala de aula é uma atividade individual, em grande parte privada, entre o professor e os alunos. Ensinar é um assunto muito pessoal.

No entanto, a aprendizagem on-line é diferente da sala de aula. Ela exige uma série de habilidades que a maioria dos professores, e em particular os novos no ensino online, provavelmente não tem, pelo menos em uma forma desenvolvida e pronta para o uso. Em particular, a forma como um professor interage online tem de ser organizada de forma diferente da de uma classe tradicional, e uma atenção em particular deve ser dada em providenciar atividades online apropriadas para os estudantes, e na estruturação do conteúdo de forma a facilitar o aprendizado em um ambiente online assíncrono. Em particular, um bom projeto de curso é essencial para se alcançar a qualidade como anteriormente defini (com um desempenho do aluno tão bom quanto se não melhor do que no ensino em sala de aula). Estas são questões pedagógicas, nas quais a maioria dos professores do ensino superior tiveram pouco treinamento. Além disso, há também questões de tecnologia. Instrutores novatos tendem a necessitar de ajuda para desenvolver gráficos ou materiais de vídeo, por exemplo.

Outra razão para trabalhar em equipe é o de gerir a carga de trabalho. Pode ser visto que existe uma gama de atividades tecnológicas que não são normalmente necessárias aos professores de sala de aula. Só o gerenciamento da tecnologia vai ser um trabalho extra se os professores fizerem tudo sozinhos. Além disso, se o curso online não está bem concebido, se os alunos não estão bem instruídos sobre o que devem fazer, ou se o material é apresentado de maneiras que são difíceis de entender, o instrutor será sobrecarregado com e-mails dos alunos. Designers instrucionais, que trabalham em diversos cursos, e que tem treinamento tanto em design como em tecnologia, pode ser recurso inestimável para professores novatos nas técnicas online.

Em terceiro lugar, trabalhar com colegas do mesmo departamento que são mais experientes na aprendizagem online, pode ser um meio muito bom para chegar rapidamente a um alto padrão de qualidade, e, novamente, pode economizar tempo. Por exemplo, em uma universidade em que trabalhei, três membros do corpo docente do mesmo departamento desenvolveram diferentes cursos online. No entanto, esses cursos muitas vezes necessitavam gráficos do mesmo equipamento abordados em todos os três cursos. Os três instrutores se reuniram, e trabalharam com um designer gráfico para criar gráficos de alta qualidade que foram compartilhados entre os três instrutores. Isto também resultou em discussões sobre a sobreposição e a melhor forma de ter certeza que havia uma melhor integração e coerência entre os três cursos. Eles conseguiam fazer isso com os seus cursos online mais facilmente do que com os cursos presenciais, porque os materiais do curso online pode ser mais facilmente compartilhados e monitorados.

Eu reconheço que para muitos professores, desenvolvimento do ensino em uma equipe é uma grande mudança cultural. No entanto, os benefícios de se fazer isso para a aprendizagem online vale o esforço. Quando os professores ficam mais experientes no ensino online, há menos necessidade de a ajuda de um designer instrucional, mas muitos instrutores experientes agora preferem continuar a trabalhar em equipe, porque isso torna a vida muito mais fácil para eles.

Quem estará na equipe?

Isto dependerá, em certa medida do tamanho do curso. Na maioria dos casos, de um curso online com um membro do corpo docente ou um especialista no assunto, eles vão trabalhar normalmente com um designer instrucional, que por sua vez, pode chamar de pessoal mais especializado, como um web designer ou um produtor de mídia, conforme necessário. Se, porém, é um curso com muitos alunos e professores diversos, então os professores devem trabalhar juntos como uma equipe, com o designer instrucional. Também em algumas instituições um bibliotecário é um membro importante da equipe, ajudando a identificar recursos, em lidar com questões de direitos autorais e garantir que a biblioteca seja capaz de responder às necessidades dos alunos quando o curso está sendo oferecido.

E sobre a liberdade acadêmica? Perco trabalhando em equipe?

Não. O professor sempre terá palavra final sobre o conteúdo e como ele deve ser ensinado. Os designers são conselheiros, mas a responsabilidade com o curso permanece sempre com o membro do corpo docente. No entanto, designers instrucionais e web designers não devem ser tratados como servos, mas como profissionais com habilidades especializadas. Eles devem ser respeitados e ouvidos. Muitas vezes, o designer instrucional terá mais experiência do que funciona no ensino online. Cirurgiões trabalham com anestesistas e enfermeiros, e confiam neles para fazer o seu trabalho corretamente. A relação de trabalho entre professores e designers instrucionais e web designers devem ser semelhantes.

Conclusão

Trabalho em equipe torna a vida muito mais fácil para os instrutores para ensinar online. Um bom projeto de curso não apenas permite que os alunos aprendam melhor, mas também controla a carga de trabalho do corpo docente. Os cursos tem uma melhor aparência com bom design e gráficos. Especialistas técnicos ajudam a liberar os professores para concentrar no ensino e aprendizado. Alguma razão para não gostar?

Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade: Passo 2 : Decida que tipo de curso on-line

Texto original publicado em ´Nine steps to quality online learning: Step 2: Decide on what kind of online course´. Tradução autorizada por Tony Bates.

Este é o terceiro de uma série de 10 textos para a criação de cursos online com qualidade. Os dois primeiros textos (que devem ser lidos antes deste texto) são:

Introdução: Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade
Passo 1: Decida como você deseja ensinar online

O continuum da aprendizagem online

Aprendizagem on-line pode ser usada de muitas maneiras. Ela pode ser usada sob a forma de:

ajuda para a sala de aula, isto é, no suporte ao ensino regular em sala de aula (lição de casa extra para os alunos, em essência), tal como colocar material do curso em slides de PowerPoint, leituras para a disciplina, exercícios e datas limite, e novidades sobre a disciplina, normalmente por meio de um sistema de gerenciamento de cursos (LMS) tal como Blackboard ou Moodle. Os estudantes podem também enviar trabalhos em documentos do Word por meio do LMS, e as notas dos estudantes podem ser enviadas via LMS. Os professores normalmente chamam este aprendizado de aprendizado combinado (blended learning, ou B-learning). Deve ser lembrado, porém, que tudo isso é provável que seja um trabalho extra, tanto para você quanto para os alunos, sobre tudo o que já foi dito em sala de aula, e a leitura extra e fontes seguir podem se acumular ao longo do tempo e provocar uma sobrecarga de trabalho para os alunos.

aprendizagem híbrida: neste o tempo de aula face-a-face é reduzido, mas não eliminado, para permitir que mais tempo possa ser empregado por estudantes atuarem no online. Esta pode assumir várias formas:
no Vancouver Community College funciona um curso para aprendizes de manutenção em carcaças plásticas de carros no qual os estudantes empregam as primeiras 10 semanas estudando inteiramente online, e então vão para a faculdade para as últimas 3 semanas de curso para o trabalho prático. No primeiro dia de aula eles são testados em suas habilidades. Como muitos já estão trabalhando sob supervisão, até um terço já terá atingido as habilidades práticas normais no trabalho. Estes então estão aprovados e voltam ao trabalho imediatamente (para alívio dos empregadores). Isso permite que o instrutor se concentre em trazer um grupo menor de alunos até o padrão habilidade necessária ao longo das próximos três semanas na oficina ou laboratório.
Royal Roads University perto de Victoria, na Colúmbia Britânica, que se concentra mais na aprendizagem ao longo da vida, usa outro modelo híbrido. Os estudantes têm até dois semestres totalmente on-line, mas passam o terceiro semestre no campus.
– O modelo mais comum apesar disto é reduzir as palestras de três horas por semana, para uma sessão de sala de aula e o resto então realizado online. Iremos discutir abaixo como usar estes dois tempos para um melhor proveito.

Estes modelos de aprendizagem híbrida ainda não são encontrados em grande extensão na universidade ou campi universitários, mas algumas pessoas, inclusive eu, acreditam que a aprendizagem híbrida acabará por se tornar o modelo “padrão” de ensino em universidades baseadas em campus, isto quando os professores tornam-se mais ciente dos pontos fortes e fracos do ensino online tanto quanto do ensino face-a-face.

totalmente online: este é o tipo no qual o curso é oferecido totalmente online, isto é, é um curso de educação a distância. Foi estimado que aproximadamente 15% de todas matrículas de cursos pós-secundário na América do Norte são atualmente em cursos inteiramente online, e os números estão crescendo rapidamente (em uma taxa de aproximadamente 10-20% ao ano).

O desafio, agora, para cada instrutor é: onde no continuum de aprendizagem online deve estar o meu curso?

Como decidir

Há quatro fatores que devem determinar o tipo de curso online você deve ministrar:
– sua filosofia de ensino
– o tipo de estudante que você está tentando alcançar (ou terá que ensinar)
– os requisitos da disciplina
– os recursos disponíveis para você.

Sua filosofia de ensino

Decidir sobre uma filosofia de ensino foi discutido em um texto anterior (veja Nove passos para uma aprendizagem de qualidade online: Passo 1: Decida como você deseja ensinar online), mas não é uma simples decisão feita antes de você começar a projetar um curso online. Será provavelmente modificada enquanto trabalhamos pelos passos que ainda restam, mas ter um conjunto claro de valores e crenças como é a melhor forma de ensinar o assunto deve fornecer uma guia para o tipo de decisões você será obrigado a fazer.

Quem são (ou poderiam ser) os estudantes?

Agora sabemos muito sobre que tipo de aluno aprende melhor online, e sobre os que acham difícil ou um grande esforço. Aqui estão algumas orientações:

eternos alunos que querem uma qualificação adicional ou um upgrade. Estes estão muitas vezes trabalhando com as famílias e realmente apreciam a flexibilidade de estudar totalmente online. Eles muitas vezes já tem boas qualificações, e portanto, aprenderam a estudar com sucesso. Eles podem ser engenheiros que procuram uma formação em gestão, ou profissionais que desejam manter-se atualizados em sua área. Eles são muitas vezes mais motivados, porque eles podem ver uma ligação direta entre o novo curso e uma possível melhora na suas perspectivas de carreira. Eles são, portanto, os alunos ideais para cursos online (mesmo que eles podem ser mais velhos e dominar menos as tecnologias do que os estudantes que saem do ensino médio). A área de mais rápido crescimento em cursos on-line é para programas de mestrado destinados a profissionais que trabalham. O que é importante para esses alunos é que os cursos sejam tecnicamente bem concebidos, para que os alunos não precisem ser altamente qualificados no uso do computador para poder estudar nos cursos.

alunos independentes. Aprendizagem on-line, especialmente a totalmente online, requer uma boa auto disciplina e boas habilidades genéricas de estudo. Alunos independentes podem ser encontrados em qualquer idade, mas é uma habilidade ensinável, e nós discutiremos mais tarde neste texto como usar aprendizagem online para promover que os alunos passem de dependentes a independentes.

estudantes em tempo integral que precisam de flexibilidade. Uma proporção surpreendentemente grande de alunos online são estudantes em tempo integral no campus. Na University of British Columbia, mais de 80% das matrículas de cursos a distância são de estudantes do terceiro ou quarto ano, cursando a versão online de um curso que também é oferecido no campus. Existem várias razões para isto. Muitos dos estudantes ditos ´de tempo integral´ estão também trabalhando, em trabalhos em turno parcial para manter em dia suas dívidas. (Quanto maior é o valor do curso, maior será a pressão de ter trabalho a tempo parcial). Aprendizagem online oferece mais flexibilidade e evita o choque de compromissos de trabalho e horários de aulas presenciais. Outra razão é que muitas das disciplinas presenciais estão lotadas e o estudante não consegue matrícula nelas. Fazer uma versão online permite que tais estudantes completem o curso nos quatro anos em vez de ter que vir para um semestre ou ano extra (e incidentalmente ajuda a manter uma menor lotação das disciplinas presenciais).

Estudantes em lugares remotos e isolados. Certamente no Canadá existem tais estudantes e a capacidade de estudar localmente em vez de viajar grandes distâncias pode ser muito atraente. No entanto, é importante notar que a grande maioria dos alunos online moram em centros urbanos, vivendo no raio de uma hora de viagem de uma faculdade ou universidade. É a flexibilidade, em vez de a distância que importa para esses alunos, e os alunos realmente afastados e isolados podem não ter boas habilidades de estudo ou acesso a banda larga. Portanto eles podem precisar ser introduzidos gradualmente na aprendizagem online, muitas vezes inicialmente com um forte apoio presencial local.

Por isso é muito importante saber que tipo de alunos você estará ensinando. Para alguns estudantes, será melhor a matrícula em uma classe face-a-face, para então serem introduzidos gradualmente ao estudo online dentro de um ambiente de sala de aula familiar. Para outros alunos, a única maneira eles vão fazer o curso será se ele estiver disponível totalmente online. Também é possível misturar e combinar face-a-face e aprendizagem online para alguns alunos que querem a experiência do campus, mas também precisam de um certo grau de flexibilidade em seus estudos. Estar online pode permitir-lhe alcançar um mercado mais amplo (crítico para departamentos com baixo número de matrículas ou em declínio) ou para atender a forte demanda de profissionais. Quem são (ou poderiam ser) seus alunos? Que tipo de curso irá funcionar melhor para eles?

Determinando os requisitos da disciplina em questão

A experiência sugere que quase tudo pode ser eficientemente ensinado online, dado tempo e dinheiro suficiente, e certamente mais do que muitos instrutores do face-a-face possam imaginar. No entanto, há alguns temas, ou mais precisamente alguns elementos de áreas temáticas, que são mais difíceis de ensinar online. Determinar as necessidades do assunto ensinado e de sua adequação para o ensino online requer tanto um conhecimento profundo da disciplina, quanto uma mente aberta para fazer as coisas de forma diferente. Assim, não é possível para eu tomar essa decisão pela maioria dos professores, mas posso sugerir algumas diretrizes para ajudá-lo a fazer isso. Para fazer isso, vou tomar uma área que não parece, à primeira vista ser um tema fácil para ensinar online, hematologia, o estudo do sangue.

Conteúdo ou habilidades?

Acho que é útil no projeto de aprendizagem online diferenciar entre o que eu chamo de conteúdos e habilidades na definição dos resultados desejados de aprendizagem de um curso.

Conteúdo abrange fatos, dados, hipóteses, idéias, argumentos, provas, e descrição das coisas (por exemplo, mostrar ou descrever as partes de uma peça de equipamento e suas relações). Na hematologia, o conteúdo irá incluir a descrição dos componentes físicos do sangue, as descrições das partes relevantes da biologia celular, o equipamento utilizado para analisar o sangue e como funciona o equipamento, princípios, teorias e hipóteses sobre a coagulação do sangue, a relação entre os testes de sangue e doenças ou outras doenças, etc

Habilidades descrevem como o conteúdo será aplicado e praticado. Isto pode incluir a análise dos componentes do sangue, o uso de equipamento (onde a capacidade de utilizar equipamento de forma segura e eficaz é um resultado de aprendizagem desejada), fazendo hipóteses sobre causa e efeito, com base na teoria e evidência, o diagnóstico, a resolução de problemas e tratamento.

Existem hoje muitas maneiras de oferecer conteúdo online: texto, gráficos, áudio, vídeo e simulações. Por exemplo, gráficos, um pequeno vídeo clip, ou fotografias por meio de microscópio podem mostrar exemplos de células sanguíneas em diferentes condições. Cada vez mais este conteúdo já está disponível na web para uso educacional livre (por exemplo, veja a biblioteca de vídeo da American Society of Hematology). A criação de tais materiais a partir do zero é mais cara, mas está se tornando cada vez mais fácil de fazer com alta qualidade baixo custo do equipamento, com gravação digital. Usando um vídeo cuidadosamente registrados de uma experiência, muitas vezes, fornece uma visão melhor do que os alunos irão obter se aglomerando em torno de um estranho equipamento de laboratório .

Então primeiro, divida o conteúdo que deve ser entregue e decida como isto pode ser melhor feito online. Em muitos casos, pode ser melhor entregue online do que em uma sala de aula ou laboratório. O que NÃO é uma boa maneira de distribuir conteúdo pela internet é por meio de palestras gravadas. Estudar online é feito muitas vezes em curtos períodos de estudo, e fornecimento de materiais de uma forma modular proporciona maior flexibilidade e mais gerenciável uma aprendizagem com ‘pedaços’ para se digerir. Com uma apresentação online você pode incluir material que é mais ´autêntico´ do que os estudantes poderiam obter em uma sala de aula com uma palestra. Assim, é importante pensar no conteúdo de um curso e como ele pode ser melhor pode entregue online. Na maioria dos casos, a entrega de conteúdo não será um problema importante. Ele só precisa ser apresentado através dos melhores meios de comunicação disponíveis e organizado adequadamente.

Desenvolvimento de habilidades on-line pode ser mais um desafio, especialmente se ele exige a manipulação de equipamentos e uma “sensação” de como o equipamento funciona, ou habilidades semelhantes que exigem tato. (O mesmo poderia ser dito de habilidades que exigem paladar ou cheiro). No nosso exemplo hematologia, algumas das competências que precisam ser ensinadas podem incluir a capacidade de analisar analitos ou componentes particulares do sangue, tais como insulina ou glicose, para interpretar os resultados (conteúdo), e para sugerir um tratamento. O objetivo aqui seria ver se existem maneiras para que estas habilidades também possam ser ensinadas online de forma eficaz. Isto significa identificar as habilidades necessárias, trabalhando como desenvolver tais habilidades online (incluindo oportunidades de prática), e como avaliar tais habilidades online. No final da análise, deveria ser possível esquematizar uma tabela como na Figura 1, abaixo (embora a lista de resultados seria muito mais longa).

Pode ser visto neste exemplo que a maior parte do conteúdo pode ser disponibilizado online, juntamente com a habilidade de importância crítica do projeto de um experimento, mas algumas atividades ainda precisam ser feitas pessoalmente. Isto pode necessitar de uma ou mais sessões de trabalho noturno ou nos finais de semana de forma presencial em um laboratório, transmitindo assim a maioria do curso de forma online, ou possa ter tanta prática que o curso tenha que ser um híbrido de 50% presencial e 50% de aprendizagem online.

Com o desenvolvimento de animações, simulações e laboratórios remotos online, onde o equipamento real pode ser remotamente manipulado, está tornando-se cada vez mais possível mover trabalho para ambiente online, mesmo para um laboratório tradicional. Ao mesmo tempo, não é sempre possível encontrar exatamente o que é necessário ser online, embora isso possa melhorar com o tempo. Em outras áreas tal como humanas, ciências sociais, e negócios, é muito mais fácil mover o ensino para ambiente online.

Pode se perceber que estas decisões têm de ser relativamente intuitivas, baseadas no conhecimento dos instrutores da área e sua capacidade de pensar criativamente sobre como alcançar resultados de aprendizagem online. Contudo, temos agora suficiente experiência de ensino online para saber que a maioria das áreas, uma grande quantidade de habilidades e conteúdos necessários para alcançar resultados de aprendizagem de qualidade podem ser ensinados online. Não é mais possível argumentar que a decisão padrão deva ser sempre de se fazer o ensino de forma presencial.

Assim, cada instrutor precisa agora fazer a pergunta: se eu posso mover a maior parte do ensino para ambiente online, quais são os benefícios exclusivos da experiência no campus que eu preciso levar para o ensino face-a-face? Porque os estudantes precisam estar aqui na minha frente, e quando eles estão aqui, estaria eu usando o tempo para um melhor resultado?

Recursos

Um bom trabalhador necessita das ferramentas certas e o tempo necessário para fazer um bom trabalho. O mesmo é verdade para o ensino online. Então, vamos olhar para os recursos que você precisa para apoiar uma migração para a aprendizagem online.

1. seu tempo. Este é o recurso mais precioso de todos. Tempo para aprender como fazer o ensino online é especialmente importante. Há uma curva de aprendizagem e a primeira vez você terá que dispor de mais tempo do que nos posteriores cursos online. A instituição deve oferecer algum tipo de treinamento ou desenvolvimento profissional dos instrutores que pensam em ensinar online. Idealmente os professores devem ter um tempo livre (até um semestre de uma disciplina) para projetar e preparar um curso online. Contudo isto nem sempre é possível e em alguns dos outros passos iremos ver como você pode melhor administrar seu tempo enquanto desenvolve e ensina em um curso online. Contudo, de uma coisa sabemos. A carga de trabalho em uma função do projeto do curso. Cursos online bem projetados devem exigir menos e não mais trabalho de um professor. Assim, vamos passar algum tempo em etapas posteriores olhando como um bom design pode permitir-lhe controlar a carga de trabalho.

2. Equipe de suporte de tecnologias de aprendizagem. Se a sua instituição tem uma unidade de serviço para o desenvolvimento do corpo docente e de formação, designers instrucionais e web designers para apoio ao ensino, use-os. Estas equipes são muitas vezes qualificadas tanto em ciências educacionais quanto em tecnologias computacionais. Eles têm um conhecimento único e habilidades que podem tornar sua vida muito mais fácil quando no ensino online. Discutirei o seu papel em mais detalhe no passo 3.

3. O sistema de gerenciamento de aprendizagem. A maioria das instituições tem agora um sistema de gerenciamento de aprendizagem, tais como Blackboard ou Moodle. Outros LMSs comuns são Desire2Learn, Sakai ou Instructure. Utilize os LMS institucionais existentes. Em particular, quando se inicia não se deve meter em “guerras” LMS, sobre se a sua instituição tem o “melhor” LMS. A maioria dos LMSs têm funcionalidade muito semelhante e flexibilidade suficiente para permitir-lhe ensinar da forma que você gostaria de ensinar, pelo menos no início. Um LMS lhe dará uma estrutura e formato a seguir para começar rapidamente. Novamente, se a instituição não tem um LMS (ou tem a sua própria marca muito peculiar), então nem sequer pense em migrar online, a menos que você também tenha habilidades de um bom web designer e esteja dispostos a fazer um monte de trabalho extra na manutenção do web site do curso.

4. Colegas mais experientes no ensino online. é realmente uma boa ajuda se você tiver colegas experientes no seu departamento, que compreendem a disciplina e que já atuaram em ensino online. Eles talvez até tenham alguns materiais já desenvolvidos, tais como gráficos, e estarão dispostos a compartilhar com você.

A medida em que esses recursos estejam disponíveis ajudará a informá-lo sobre o grau que você será capaz de migrar para o ambiente online e atender aos padrões de qualidade. Em particular, você deve pensar duas vezes sobre um curso online, se nenhum dos recursos relacionados acima estiver disponível para você.

Quem deve tomar a decisão?

Enquanto os professores como indivíduos, devam estar fortemente envolvidos decidindo sobre a melhor proporção entre ensino face-a-face e ensino online em seus cursos específicos, vale a pena pensar sobre isto para um programa completo em vez de um curso individual. Por exemplo, se percebermos que o desenvolvimento de habilidades de aprendizagem independente é um resultado fundamental do programa, então pode fazer sentido começar no primeiro ano com disciplinas face-a-face, mas gradualmente ao longo do comprimento do programa apresentar aos alunos mais e mais o aprendizado online, de modo que no final de um curso de quatro anos eles sejam capazes e dispostos a assumir alguns dos seus cursos totalmente online.

Certamente agora, cada programa deve ter um mecanismo para decidir não apenas o conteúdo e as habilidades ou o currículo a ser coberto em um programa, mas também como o programa vai ser entregue, e, portanto, o equilíbrio ou a mistura de ensino online e face-a-face ao longo do programa.

Conclusão

Para resumir, existem quatro fatores ou variáveis ​​a serem consideradas quando se decide qual ‘mix’ de ensino presencial e online será melhor para o seu curso:

– sua filosofia de ensino preferido
– como você gosta de ensinar
– as necessidades dos alunos (ou estudantes potenciais)
– as exigências da disciplina
– os recursos disponíveis para você.

TODOS professores agora precisam tomar a decisão sobre a mistura certa de ensino presencial e online. Embora uma análise de todos os fatores é um conjunto de passos essenciais a serem realizados na tomada dessa decisão, e no fim vai surgir uma decisão essencialmente intuitiva, que leva em conta todos os fatores. Isto se torna particularmente importante quando se olha para um programa como um todo.

Próximo passo

No próximo texto desta série, vou discutir os benefícios de trabalhar em equipe ao projetar um curso on-line.

Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade : Passo 1: Decida como você deseja ensinar online

Texto original publicado em ´Nine steps to quality online learning: Step 1: Decide how you want to teach online´. Tradução autorizada por Tony Bates.


Em um post anterior, eu resumi os nove passos no desenvolvimento de cursos online com qualidade. Neste texto, e nos seguintes, irei discutir com mais detalhes cada um desses passos.

Neste post, vou discutir o primeiro passo e, de longe, o mais importante: decidir como você deseja ensinar online.

Introdução

Este post é focado em guiar instrutores ou professores que são iniciantes no ensino online, ou que tiveram uma experiência precária no ensino online por não terem seguido o que chamos de boas práticas (que irei abordar com alguma profundidade neste texto). Estes textos são para você realmente iniciar.

Se você é um professor experiente e bem sucedido em assuntos online, então você talvez tenha que ver outro texto, ´Projetando a aprendizagem on-line para o século 21´, que pode ser considerado o próximo passo ou nível no design de um curso online. Contudo, neste post e nos seguintes, o foco é em iniciar ou verificar se as boas práticas estão sendo seguidas nos cursos mantidos por você.

O que você quer dizer com ´qualidade´ da aprendizagem online?

Esta questão poderia ser a base para um livro inteiro, quem diria para uma introdução de um post com 800 palavras. Contudo, para os propósitos deste exercício, vou definir uma aprendizagem de qualidade on-line de forma muito restrita. É baseada em resultados:

Por qualidade quero dizer “Alcançar com um curso online o mesmo nível, ou melhor, de um equivalente curso face-a-face.” Isso tem dois indicadores quantitativos críticos de desempenho:
– as taxas de conclusão serão pelo menos tão boas, se não melhores, para a versão online
– graus ou índices de aprendizagem serão tão bons, ou melhores, para a versão online

Em um nível qualitativo, vou sugerir um outro critério: qualidade da aprendizagem online levará a um novo, diferente e mais relevante resultado que são mais propícios pela aprendizagem online. Critério este que é melhor coberto pelo ´segundo nível´ do design de curso online discutido em ´Projetando a aprendizagem on-line para o século 21´.

Aqui, vamos apenas nos concentrar em garantir que o seu curso on-line será pelo menos tão bom como uma versão face-a-face com os critérios quantitativos sugeridos acima.

Porque você precisa mudar o modo como ensina quando você trabalha online?

Vou sugerir que você precisa repensar a forma como você ensina quando você trabalha online – não apenas deslocando o ensino face-a-face para uma versão online, mas re-projetando o ensino para se adequar às exigências dos alunos online.

Ensinar bem online tem quase os mesmos requisitos quanto ensinar bem face-a-face: por exemplo, resultados claros de aprendizagem, avaliações que teste os resultados de aprendizagem desejados e diferencie entre os diferentes níveis de sucesso, etc. Contudo, existem também diferentes necessidades, porque o contexto no qual os alunos (e você como instrutor) estão trabalhando será diferente.

Eu gosto de fazer a comparação entre dirigir um carro e pilotar um avião de pequeno porte. Ambos são meios de transporte, e ambos exigem uma série de habilidades semelhantes, tal como uma coordenação razoável de olho/mãos, um bom senso de direção, habilidade para ler mapas, e um entendimento básico sobre a tecnologia por trás de cada meio de transporte. Mas voar requer outras habilidades como dominar o subir e descer, e novas habilidades como pousar e decolar, bem como aprender uma série de regras e regulamentos. Você também precisa reagir de forma diferente em situações similares. Por exemplo quando dirige um carro você tende a desacelerar quando perceber uma situação de risco iminente; se diminuir a velocidade você para. Em voo, contudo, se você for muito lento vai estolar e cair. Não surpreendentemente, voar também precisa de mais treinamento do que dirigir.

Faço estas observações porque é tentador para instrutores face-a-face apenas moverem os métodos de ensino em sala para o online, tal como usar gravação para que os estudantes façam download em casa das palestras gravadas , ou então usar webconferência para ministrar palestras ao vivo pela internet. No entanto, há uma grande quantidade de evidências que sugerem que fazer isso não leva a bons resultados para os alunos on-line. (Ver, por exemplo, Figlio, Rush e Yin, 2010).

Uma razão é que isto falha em levar em conta um dos requisitos chave para a maioria dos estudantes online: a flexibilidade. Um webcast síncrono pode ser marcado no momento em que os alunos estão trabalhando, por exemplo, ou os estudantes frequentemente precisam trabalhar em pequenos intervalos de tempo, e não conseguem se concentrar bem por 50 a 60 minutos em uma palestra, mesmo quando gravada. Mais importante ainda, a aprendizagem on-line nos permite disponibilizar conteúdo ou informação de modos que levam a uma melhor aprendizagem do que através de uma palestra de uma hora.

Há também as diferentes necessidades dos alunos online. Há uma boa quantidade de pesquisa que demonstram que os alunos on-line precisam sentir que o instrutor está ‘presente’ online , ou seja, interagindo com os alunos em fóruns de discussão, encaminhando-os para artigos ou eventos recentes e relevantes, e respondendo prontamente à questionamentos (veja por exemplo, Richardson e Swan, 2003). Horas de atendimento restritas ou permanecer online após uma palestra online para responder perguntas não propicia a flexibilidade de contato online que os estudantes necessitam.

Assim, é importante projetar o ensino online de tal forma que melhor se adapte aos alunos online. Felizmente, existe muita experiência e pesquisa que identificam os princípios chave de design para o sucesso do ensino online. É disto que estes nove passos tratam.

Como você quer ensinar on-line?

Esta questão realmente pede-lhe para considerar a sua filosofia básica de ensino. Qual é meu papel como um instrutor? Tenho uma visão objetivista, que o conhecimento é finito e definido, que eu sou um especialista no assunto que sabe mais do que os alunos e, assim, meu trabalho é garantir que eu transfira o mais eficazmente possível a informação ou conhecimento para o estudante?

Ou vejo a aprendizagem como um desenvolvimento individual focado no desenvolvimento das habilidades dos alunos e na habilidade de questionar, analisar e aplicar a informação ou conhecimento? Me vejo mais como um guia ou facilitador da aprendizagem para os alunos?

Ou talvez você gostaria de ensinar de um modo mais moderno, mas enfrenta uma sala de aula com 200 alunos que o força a retornar a um ensino mais instrutivo. Ou talvez você gostaria de combinar ambas as abordagens, mas não pode por causa das restrições de horários e currículo.

Você pode criar cursos on-line para ensinar em qualquer uma dessas formas, mas mover uma disciplina para o modo online resulta em uma oportunidade para repensar seu ensino, talvez para ser capaz de resolver algumas das limitações do ensino em sala de aula, e para renovar a sua abordagem de ensino. Por exemplo, movendo uma grande parte do conteúdo online, talvez você pode liberar mais tempo para interação com os alunos, em grupos grandes ou pequenos, tanto em sala de aula ou online, e ao mesmo tempo reduzir o número de palestras para turmas grandes. Por exemplo, alguns instrutores têm redesenhado aulas teóricas grandes com 200 alunos, quebrando a turma em grupos de 10, colocando online o material das palestras, e então o professor passa pelo menos uma semana com cada um dos grupos em uma discussão online, com interação e atividades em grupo, obtendo assim uma maior interação com todos os alunos.

Ou talvez, colocando a teoria e leituras on-line, por meio de simulações simples e vídeos de experiências para melhor preparar os alunos para aulas de laboratório, e estimulando os alunos a escreverem experimentos online, talvez podendo reduzir a quantidade de tempo que os estudantes precisam gastar em um laboratório com experimentos simples, e assim liberar algum tempo para o trabalho deles em outro laboratório que realmente necessite a presença e uso direto de equipamentos, que antes era feito de forma apressada.

Mover um curso para ser online abre um leque de possibilidades de ensino que pode não ser possível nos limites de um semestre de três créditos semanais de palestras. Isto pode significar não ter que fazer tudo online, mas focar o que deve ser feito no campus em somente naquilo que precisa ser feito lá. Alternativamente, pode permitir-lhe repensar totalmente o currículo, para explorar alguns dos benefícios da aprendizagem on-line, tal como fazer com que os estudantes encontrem, analisem e apliquem informações eles próprios. Assim se você está pensando em atuar online, use a oportunidade antes de iniciar o curso ou programa para pensar sobre como você gostaria de ensinar, e se isso pode ser acomodado em um ambiente online. Esta não é uma decisão que você tenha que tomar imediatamente. Veremos que quando você atua segundo esses passos, será mais fácil tomar esta decisão. O ponto importante é estar aberto para fazer as coisas de forma diferente.

De todas as nove etapas, este é definitivamente o mais importante. No entanto, você pode ter certeza de uma coisa. Se você simplesmente colocar as anotações das palestras na internet, ou gravar as palestras de 50 minutos para disponibilizar para download, então quase que certamente você terá uma menor taxa de conclusão da disciplina e notas piores do que em uma aula face-a-face.

Atividade sugerida

1. Você consegue escrever sua filosofia de ensino – como você realmente gostaria de ensinar a matéria, se não tivesse limitações?

2. Quais são os principais problemas que enfrenta no momento do ensino em sala de aula?

3. Agora pense se, movendo um curso para a internet, com a maior flexibilidade de acesso para os alunos, e os recursos disponíveis através da Internet, você poderia ensinar de novas formas que melhor se encaixem em sua filosofia de ensino. Como isso seria?

Próximo passo

No próximo passo (passo 2) irei discutir a questão de que tipo de curso online você deve ministar, e como melhor decidir isto. E também em algum dos últimos passos, irei sugerir em como você consegue ajuda na decisão de como você quer ensinar online.

Referências

Figlio, D., Rush, N. and Yin, L. (2010) Is it Live or is it Internet? Experimental Estimates of the Effects of Online Instruction on Student Learning Cambridge MA: National Bureau of Economic Research

Richardson, J. C., & Swan, K. (2003). Examining social presence in online courses in relation to students’ perceived learning and satisfaction. Journal of Asynchronous Learning Networks, 7 (1), 68-8 8.

Nove passos para uma aprendizagem on-line de qualidade : introdução

Texto original publicado em ´Nine steps to quality online learning: introduction´. Tradução autorizada por Tony Bates.

Eu desenvolvi estes nove passos em resposta às solicitações sobre como garantir a qualidade ao iniciar um curso ou programa online. Atualmente existem muitos padrões excelentes de garantia de qualidade do e-learning, com organizações e pesquisas disponíveis online, e não vou repetir isso. Em vez disso, vou sugerir uma série de medidas práticas para a implementação de tais normas.

Estou assumindo que uma análise prévia do porque uma abordagem online é necessária, já foi feita.

Aqui, brevemente, estarão os nove passos (delineados em minha recente apresentação na University of Sherbrooke). Irei escrever um texto curto por dia sobre cada um destes nove passos:

1 – Decidir como você quer ensinar online
2 – Decidir que tipo de curso online você e seus alunos precisam
3 – Trabalhar em grupo
4 – Construir com base em recursos já existentes
5 – Dominar a tecnologia
6 – Estabelecerem metas de aprendizagem para o ensino online
7 -Criar uma forte estrutura/agenda para um curso online
8 – Comunicar, comunicar, comunicar
9 – Inovar e avaliar

E por último. A ênfase nestes textos é em fazer um ensino online pela primeira vez, ou o que irei chamar de e-learning 1.0. Para um design de curso mais avançado, para os instrutores mais exerientes, veja ´Projetando o ensino online no Século 21´. Contudo, os nove passos podem ser uteis para melhorar cursos ou programas já existentes, se os bons princípios de design não foram usados inicialmente.

O primeiro passo será publicado em seguida.

Einstein versus Hawking

Einstein enfrenta Hawking na batalha de rappers
(Epic Rap Battles of History).

You better be scared
Cause that means Albert E
Equals M C squared

Música por $0.99 no iTunes. ¬¬

Dieta do binóculo

captura do vídeo
Não é muito difícil enganar o cérebro. Já foi verificado que o uso de um binóculo invertido pode reduzir a percepção de dor nas mãos em pessoas com dor crônica induzida pelo movimento.

Recentemente pesquisadores da Universidade de Tóquio utilizaram um truque semelhante para enganar o cérebro na percepção do tamanho da comida que está sendo ingerida. Eles desenvolveram um óculos que faz com que a comida pareça 50% maior do que realmente é. Com um sistema avançado que aumenta as dimensões do alimento, enquanto mantém o restante do ambiente em dimensões normais.

Um grupo de 12 voluntários consumiu 9,3% menos biscoitos quando percebiam o alimento como sendo 50% maior do que realmente era; e ingeriram 15% mais biscoitos quando a ilusão era ajustada para o alimento ter seu tamanho reduzido artificialmente em 33%.

Por enquanto o sistema funciona somente com biscoitos e donuts.

Vídeo

Categorias

Sobre ScienceBlogs Brasil | Anuncie com ScienceBlogs Brasil | Política de Privacidade | Termos e Condições | Contato


ScienceBlogs por Seed Media Group. Group. ©2006-2011 Seed Media Group LLC. Todos direitos garantidos.


Páginas da Seed Media Group Seed Media Group | ScienceBlogs | SEEDMAGAZINE.COM