Não lave roupas com gasolina


O arquivo Prelinger tem um curioso vídeo feito em 1941 sobre os perigos do uso de gasolina (e similares(!)) na lavagem caseira de roupas.

O alerta era para a dona de casa deixar o trabalho para uma ´Respeitável empresa de lavagem a seco´ (Reputable Dry Cleaning Company) que possuía todos os equipamentos necessários para minimizar os danos em caso de incêndio.

Atualmente as empresas utilizam produtos não tão inflamáveis, mas não menos perigosos, como o tetracloroeteno.

Plantando com dinamite


Em 1910 a empresa de produtos químicos Du Pont publicou um folheto promovendo os benefícios do uso de dinamite na agricultura.

O produto, batizado de ´Red Cross´, era promovido como solução para remoção de árvores, tocos e pedregulhos de um terreno. Como facilitador na construção de valas, estradas e reservatórios. Além de ser uma excelente forma de recuperação de solo compactado e degradado.

O folheto completo está disponível em
http://www.fourmilab.ch/etexts/www/dupont/FarmingWithDynamite/Mimage01.html (use as setas azuis para avançar).

O folheto promove um manual do uso deste tipo de explosivo – Handbook of explosives for farmers, planters, ranchers: How to clear landdisponível completo pelo Archive.Org.

Resultado do uso do dinamite em troncos.

Menos um para incomodar

No nivelamento de estradas.

Veja também
Explosão nuclear para conter vazamento de óleo

Televisão por meio de raios de luz

artigo na modern mechanics
Um artigo publicado na revista Modern Mechanics, em março de 1932, avisava sobre o sucesso em testes de transmissão de sinais de TV por meio de feixes de luz.

A demonstração do protótipo foi realizada pelo engenheiro Ernst Frederick W. Alexanderson, na cidade de Schenectady (EUA), dentro de um laboratório, com a transmissão de um sinal modulado em altas frequências em um feixe de luz que era recebido por um sensor fotoelétrico, que então convertia a luz novamente em sinal.

Os autores da matéria também imaginavam que a tecnologia serviria para comunicação com aviões, transmitida como luz que poderia atravessar nevoeiros, que detectariam os sinais por meio de sensores fotoelétricos instalados nas asas.

Voltando ao presente… a transmissão de dados por meio da luz é uma realidade, principalmente com uso de infravermelho e laser.

Via Modern Mechanix

Vodka Mendeleev

Uma interessante peça para iniciar uma coleção …
garrafa vodka mendeleev
Uma vodka batizada com o sobrenome do químico russoi Dmitri Mendeleev é uma justa homenagem. Além da tal tabela periódica o versátil Mendeleev esteve envolvido em pesquisas relacionadas com misturas entre álcool e água, reveladas na dissertação “On the Combinations of Water with Alcohol”. Em 1893 foi nomeado diretor do instituto russo de pesos e medidas, contribuindo para que no ano seguinte fosse tornada lei a padronização da produção de vodka em 40 °GL (40%V).

Falando do futuro (1962)

Na década de 60, a Bell Labs em conjunto com o escritor dos Jetsons, produziram uma das jóias de previsão do futuro.
Claro que a abordagem foi focada no público infantil, com clássicos carros que voam e computadores com fitas magnéticas.
Talvez as tentativas mais sérias de previsão e propaganda sobre os objetivos da Bell Labs, sejam o uso de masers na transmissão de informações e a videoconferência em negócios e no ensino.
A promessa era de um futuro muito mais fácil, principalmente com o uso dos produtos desenvolvidos pela Bell Labs!

Via PaleoFuture

Darwin em um castelo no Brasil

Semana passada fui visitar o belo castelo construído entre os anos 1909 e 1913, no município de Pedras Altas (RS), pelo embaixador Joaquim Francisco de Assis Brasil.
O castelo tem uma biblioteca repleta de livros interessantes e em várias áreas do conhecimento. A herdeira conta que Assis Brasil desejava mostrar que era possível unir a lida no campo com o conhecimento.
Não tive muito tempo para ver o títulos de muitos livros, mas chamou a atenção a grande coleção de livros do Darwin!
coleção de obras antigas de Darwin
A biblioteca não foi adequadamente catalogada e talvez existam algumas obras raras no acervo!
externa do castelo
O local está precisando urgente de verbas para conservação e manutenção do castelo . Mesmo com todo o empenho da herdeira, a tarefa de captação de recursos ainda não obteve êxito.
As visitas ao castelo só podem ser feitas com agendamento pelo telefone (53) 3613-0099.
Mais fotos (clique na imagem)

Castelo Pedras Altas (público)

Os homens do fim do mundo

capa do livro de Peter D. Smith
Terminei de ler o livro “Os homens do fim do mundo: O verdadeiro Dr. Fantástico e o sonho da arma total“.
É um livro excelente, e a todo tempo lembrava dos textos do Kentaro Mori por causa do agradável hábito de realizar várias correlações.
Fritz Haber, químico alemão, um exemplo de complexidade em suas conquistas, defendia e trabalhava arduamente em projetos de armas químicas, mas também foi um dos responsáveis pelo aprimoramento da síntese da amônia, amplamente utilizada em fertilizantes e em explosivos.
Não é um livro apocalíptico mas é bastante sombrio, por lembrarmos que existem pesquisadores que estão dispostos a aceitar qualquer desafio que conduza ao domínio de armas cada vez mais mortais. Mesmo quando pareciam ter obtido a arma definitiva, a sede pelo poder e conhecimento sem limite, os conduzia ainda mais longe nos domínios da morte.
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=2595424

Química computacional em 1960

Um artigo publicado na edição de junho de 1960 da Electronics Illustrated, iniciava com a afirmação de que existiam mais de 750.000 compostos orgânicos conhecidos. Atualmente o CAS (Chemical Abstracts Service) mantém um banco de dados com mais de 50 milhões de substâncias orgânicas e inorgânicas.
Em 1960 a preocupação era em como aproveitar a grande quantidade de substâncias e dados sobre elas para tentar simplificar a busca por novas aplicações ou sugestões de substâncias com propriedades semelhantes; sem ter que depender exclusivamente da memória e treino dos químicos.
A solução para um problema de tal magnitude era o usar o poder computacional da época, e inserir pouco a pouco as milhares de informações sobre as características físicas e químicas destes milhares de compostos.
computação e química na década de 60
O artigo perguntava: “Qual será o impacto deste cérebro eletrônico para a química?”, e o químico Richard A. Carpenter respondeu: “Certamente estimulará a pesquisa, revelando substâncias químicas melhores para muitos usos novos e antigos, cortando os custos de desenvolvimento, por uma pesquisa mais eficiente e produtiva, gerando novos conhecimento pela revelação de correlações normalmente obscuras, e mais significativamente, irá substituir uma metodologia para a atual confusão”.
A história não mudou muito desde então, e o problema continua gigantesco. Atualmente com os mais de 50 milhões de compostos e a infinidade de variáveis que podem ser comparadas e computadas, os computadores ainda são exigidos ao máximo em suas capacidades.
Um dos métodos de ataque ao problema é pela computação distribuída, na qual diversas máquinas continuamente calculam pequenos pacotes de problemas e retornam com o resultado para um computador central. Pois como dizia um professor: ´Às vezes uma coisa complicada é um amontoado de coisas fáceis´.
Em alguns projetos de computação distribuída é possível contribuir como um voluntário, com a instalação de um programa que controle este processo. Destes o mais famoso é a plataforma BOINC ( http://boinc.berkeley.edu/ ) que abriga desde iniciativas de computação de problemas que envolvem a busca de novos medicamentos, até complexos problemas na astrofísica.
Tenho contribuído bastante para o projeto World Community Grid (via BOINC) e acumulo mais de 14400 horas de processamento, com mais de 2600 pacotes computados. Costumo rodar principalmente projetos relacionados com o câncer e comparação de genomas.
Leia a matéria completa em
http://blog.modernmechanix.com/2010/07/30/electronics-tells-the-chemist/

Viagem para a Lua em 1929

Vamos para a Lua! Falta pouco! Em 1929 a pequena nota publicada na edição de setembro da Modern Mechanix, prometia que em menos de 12 meses seria possível enviar um foguete em direção à Lua.
O entusiasmo surgiu após um encontro de cientistas na Europa, organizado pela ´Société Astronomique de France´, com um prêmio de 5000 francos para Hermann Oberth.
A nota afirma que Oberth teria recebido o prêmio por causa de planos práticos para a construção de tal foguete. Mas fontes atuais indicam que teria sido por causa do livro ´Wege zur Raumschiffahrt´ (Maneiras para uma viagem espacial).
foguete em viagem para Lua em 1929
Na época Hermann Oberth conduziu diversos experimentos com propulsão de foguetes na Universidade Técnica de Berlim, com ajuda de estudantes, entre os quais Wernher von Braun, que mais tarde trabalharia na fabricação das bombas foguetes V2 para a alemã nazista, e após o final da Segunda Guerra em projetos americanos que culminariam na construção do Saturn V, que tornou possível a chegada do homem à superfície da Lua em 1969.
Para estragar um pouco do brilho da festa, na verdade o primeiro objeto humano a tocar a superfície lunar foi a Luna 2, da União Soviética, que atingiu a Lua em setembro de 1959.
Via ModernMechanix Blog

Invenções para fazer fortuna

Já apresentei uma lista de invenções que poderiam valer um bilhão. Quase três anos após esta primeira matéria, a mesma revista Modern Mechanix, de fevereiro de 1933, publicou outra comentando sobre invenções simples que poderiam fazer grandes fortunas.
Agitador automático para panelas
Enquanto a dona de casa calmamente lê sua revista preferida, o agitador automático entra em ação garantindo que o alimento está sendo agitado na medida certa.
agitador de panelas
Sistema para evitar que a água congele nos canos
Em países frios a água pode congelar nos canos. Por causa da expansão do gelo os canos podem romper. Uma invenção simples para evitar o problema pode ser fonte de riqueza.
água congela em canos
Teclas de pianos mais brancas
O marfim das teclas ficava sujo e amarelo com o tempo. Uma invenção para ter teclas sempre branquinhas seria ótimo.
limpando teclas de marfim
Máquina de postagem automática
Uma máquina poderia automatizar o processo de pesagem e cobrança no envio de encomendas e cartas. Funcionaria em domingos e feriados!
máquina para envio de encomendas e cartas
Aquecedor autolimpante
Um aquecedor central que não precisasse ser limpo mais que uma um duas vezes por temporada. O acumulo de fuligem e resíduos era um problema na época.
limpeza de aquecedor central
Cera anti-escorregante
Nada mais bonito e perigoso do que um assoalho bem lustrado. O mundo pedia algo mais seguro.
piso brilhante e seguro
Etiquetas sem alfinetes ou grampos
Em 1933 parece que eles ainda usavam alfinetes para prender as etiquetas nos produtos!
Prendedor de ponto em máquina de costura
Na época o autor do artigo sonhava com um sistema para finalizar a costura, impedindo que soltasse ao final, com uma finalização do ponto.
Fonte
http://blog.modernmechanix.com/2010/06/14/fortune-making-ideas-for-inventors/

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