O futuro da GM
O presente da General Motors não é dos mais promissores. A crise financeira afetou profundamente a saúde da empresa. Mas o passado era cheio de sonhos e expectativas maravilhosas.
Em duas exposições a empresa demonstrou como seriam os seu sonhos para o futuro. Em 1939, na New York World’s Fair as previsões de avanços eram para os próximos 20 anos (1959-1960). Seria um mundo, com muitas estradas (é óbvio!) e tranquilidade, com acesso fácil ao interior do país (EUA), possibilitando uma vida pacata e agradável perto da natureza.
Parte 1
Parte 2
Na exposição de 1964/1965 New York World’s Fair as previsões eram ainda mais ousadas, tentando imaginar como tudo seria nos próximos 60 anos (até 2024)! Com fronteiras ainda mais longínquas, humanidade explorando a Lua, Antártica, o fundo do mar e com máquinas que em segundos abrem estradas pelas florestas para levar desenvolvimento ao mundo.
A University of Central Florida está organizando uma reprodução de toda feira em ambiente 3D. Na qual você poderá passear pelo passado que sonhava com o futuro.
http://virtualheritage.ist.ucf.edu/wf64/
Percebo que estas feiras possuem uma bela coleção de imagens e vídeos. Veja no Internet Archive.
http://www.archive.org/search.php?query=new%20york%20fair%20AND%20mediatype%3Amovies
Via Modern Mechanix
Bill Gates comprou palestras de Richard Feynman
Recentemente Bill Gates adquiriu os direitos autorais das palestras ´Messenger´ proferidas por Richard Feynman em 1964, na Cornell University.
As filmagens feitas pela BBC foram compradas por um valor não revelado, e Gates afirmou, em entrevista recente, que pretende tornar livre o material.
Gates é um admirador do trabalho de Feynman e coleciona diversos materiais de sua autoria.
Um trecho das palestras.
Pombo muito inteligente
Sou um admirador da inteligência dos animais. Adoro observar comportamentos criativos e inovadores.
Este pombo me surpreendeu com sua inventividade. Mesmo sendo uma espécie de treinamento ainda considero este comportamento como sendo fenomenal.
O vídeo é um registro real de laboratório de um pombo resolvendo um clássico problema de caixa e banana, testado anteriormente em chimpanzés, por Wolfgang Kohler, em 1917.
O pombo recebe alimento como recompensa por bicar a banana de brinquedo.
O artigo foi publicado na Nature
‘Insight’ in the pigeon: antecedents and determinants of an intelligent performance
Nature 308, 61 – 62 (01 March 1984);
doi:10.1038/308061a0
Raios pelas mãos
Achei que quando terminasse meu doutorado em química eu teria acesso a algum poder especial, talvez soltar raios pelas mãos! 🙂 Mas nada aconteceu.
Acho que deveria ter tentado um doutorado em física. Pelo menos poderia brincar com um gerador eletrostático de Van de Graaff.
A tensão é alta, mas a corrente é muito baixa, por isso a demonstração não é perigosa.
São necessários de 10.000 a 30.000 volts para conseguir uma faísca de 1 centímetro. Portanto não é difícil perceber que a tensão estava realmente alta.
Energia cafeinada
Um belo e simples protótipo de um motor de Stirling pode funcionar somente com o calor fornecido por uma xícara de café.
Máquinas térmicas funcionam com a existência de uma fonte quente e uma fonte fria, ou seja, com diferenças de temperaturas, e portanto a mesma máquina pode ser posta em movimento gelando uma de suas partes. Um motor ´movido a gelo´! 🙂
Veja no vídeo os detalhes do funcionamento.
Guitarras e Fourier
Antes, para explicar sobre suscetibilidade magnética, os físicos usaram um pouco de cerveja. Agora, para falar sobre transformada de Fourier (e somatórios) eles resolvem apelar para uma guitarra!
A física está ficando cada vez mais interessante! 🙂
Lá da wikipedia:
A Transformada de Fourier é uma transformada integral que expressa uma função em termos de funções de base sinusoidal, i.e., como soma ou integral de funções sinusoidais multiplicadas por coeficientes (“amplitudes”).
Porta-aviões de gelo
Um porta aviões de gelo!?
Você poderia pensar que é mais uma daquelas mirabolantes formas que o Zan, dos Super Gêmeos, adotava em uma de suas aventuras.
-Super-Gêmeos ativar!
-Forma de um armário gigante de gelo!
-Forma de um mamute.
Sim, ele sempre era gigante e ela era algum animal.
O porta-aviões de gelo foi mais um dos impressionantes projetos que surgiu na Segunda Guerra Mundial, mas desta vez no lado aliado. Sempre achei que os nazistas tinham a maior fama de projetos estranhos e secretos.
O pulo do gato nessa história fica por conta da percepção de que o gelo seria um material barato e de fácil obtenção para construção de uma grande plataforma para pouso e decolagem de aviões. Mas nesta projeto o gelo sofreu um upgrade com a introdução de serragem em uma proporção de 14%, sendo batizado de pykrete, em homenagem ao criador Geoffrey Pike.
A serragem conferia ao gelo uma resistência maior ao impacto e uma diminuição na taxa de derretimento.
Teste de um bloco de Pykrete
No episódio 116, da sétima temporada, os MythBusters realizam diversos testes com o Pykrete e concluem que ele realmente resiste a um tiro, tem mais resistência do que o gelo e poderia ser ainda mais aprimorado com o uso de jornal no lugar de serragem.
A equipe do Mythbusters constrói um modelo de um pequeno barco com estrutura feita de gelo misturado com jornal e consegue navegar tranquilamente por aproximadamente meia hora. Considerando assim a idéia plausível, mas ridícula!
O episódio sobre o gelo, da séries Maravilhas Modernas, fornece alguns detalhes adicionais sobre a história, informando que o projeto, sob o código Habakkuk, iniciou com testes no Lago Patricia, nas Rochosas Canadenses. O primeiro protótipo media 18 metros e pesava em torno de 1000 toneladas, e demorou o verão inteiro para derreter. É claro que os projetos de construção também incluíam sistemas de isolamento e refrigeração da estrutura para garantir maior durabilidade do navio de gelo.
Atrasos no projeto, diversas dificuldades técnicas, aumento da autonomia dos aviões e enfraquecimento da frota de submarinos alemães, foram alguns dos motivos que causaram o abandono do projeto Habakkuk.
Levitação de cerveja
É possível com um campo magnético muito forte, fazer com que algumas coisas ´levitem´.
A intensidade com que os materiais se magnetizam em resposta ao um campo magnético aplicado é chamado de susceptibilidade magnética.
http://en.wikipedia.org/wiki/Magnetic_levitation#Direct_diamagnetic_levitation
Em um aparelho que gera um campo magnético na ordem de alguns Tesla o pesquisador insere alguns mililitros de cerveja para demonstrar que o líquido flutua e que nestas condições a formação das bolhas é mais difícil. Em um copo as bolhas da cerveja podem se aglomerar na superfície do vidro, mas em suspensão não existe essa possibilidade. No final do experimento ele bebe a cerveja para verificar que realmente ela continua espumante.
A utilidade deste tipo de aparelho é tentar fazer simulação de um ambiente semelhante ao que existe em ausência de gravidade. Podemos então testar como se comportam algumas reações em um sistema que está ´levitando´.
É bom lembrar que este vídeo não é a apresentação de uma pesquisa real, e apenas é feito para se demonstrar as potencialidades do aparelho. E como desculpa para beber uma cervejinha no trabalho! 🙂
Em 2000 os pesquisadores Andre Geim, da University of Nijmegen, e Sir Michael Berry da Bristol University, receberam o prêmio IgNobel por fazer um sapo levitar em um campo magnético.
O autômato de Maillardet
O autômato de Maillardet estava entre as doações feitas pela família Brock para o Franklin Institute, em novembro de 1928. A peça estava bastante danificada e com sinais de que havia passado por um incêndio. Apesar dos danos a família sabia que o artefato antes conseguia desenhar imagens e escrever frases, mas desconhecia o real autor do invento.
Feitos os reparos, o autômato foi posto para funcionar, e, após fazer alguns desenhos e escrever poemas, a máquina finalizou uma de suas sobras escrevendo: “Ecrit par L’Automate de Maillardet.” [Escrito pelo autômato de Maillardet] . Esta seria então a primeira vez em que uma máquina guardava o segredo de sua identidade na própria memória!
Henri Maillardet foi um mecânico suíço do século 18, que trabalhava em Londres produzindo relógios e outros mecanismos. Maillardet trabalhou por um tempo nas lojas de Pierre Jaquet-Droz, que estava no negócio de produção de autômatos que poderiam escrever e desenhar. Acredita-se que o autômato da família Brock foi construído em torno de 1800. Henri fez apenas um outro autômato que poderia escrever (em chinês), e foi feito para o Imperador da China, como um presente do Rei George III da Inglaterra.
O autômato do Franklin Institute possui a maior “memória” de qualquer máquina de sua categoria já construída, com quatro desenhos e três poemas (dois em francês e um em Inglês).
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A memória esta contida em ´engrenagens´ de tambor de latão. Ao rodar, as engrenagens são percorridas por ´dedos´ metálicos que transformam os sulcos em movimentos laterais, para frente e trás, e de sobre e desce da caneta.
As imagens deste texto foram utilizadas com a autorização do The Franklin Institute.
Mais detalhes, informações e imagens em
http://www.fi.edu/learn/sci-tech/automaton/automaton.php?cts=instrumentation
Encontre os matemáticos… com surpresa!
Estava assistindo mais um dos excelentes vídeos do canal da Universidade de Nottingham e tive uma surpresa.
O vídeo é sobre palestras e atividades de divulgação da matemática.
Meet the Mathematicians (Encontre os matemáticos)
No rodapé fica passando uma discreta sequência de zeros e uns.
Não dei muita importância ao fato. Achei que era apenas um enfeite para a imagem.
Mas o usuário komplettgroup, do YouTube, foi mais esperto. Ele percebeu que era a mensagem ´Meet the Mathematicians at Nottingham´ convertida para números binários. E decifrou a mensagem completa antes de outros usuários que interpretaram apenas parte dela. O nottinghamscience prometeu enviar um pequeno prêmio pela sagacidade.
Acho que ainda falta muito para eu me tornar um uber nerd!
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