Project X precisa de um nome

fermilab-logotipo.jpg
´Projeto X´ não é um nome muito criativo para qualquer iniciativa de grande porte. Já existiram vários projetos X por aí. Eu mesmo devo ter pensado nisso em minha infância, inspirado na leitura das histórias do Professor Pardal.
O Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab) iniciou os planos de construção de um novo instrumento de aceleração de prótons, que provisoriamente foi batizado de ´Project X´.
Este novo projeto substituirá o antigo acelerador usado no Tevatron, que era o maior acelerador até a construção do Large Hadron Collider (LHC). O substituto usará um sistema de aceleração baseado em cavidades de radiofreqüência supercondutoras (?).
A sugestão de nome deve ser enviada para ykkim@fnal.gov.
O pedido de sugestões foi feito pelo website do The New York Times e o grupo já recebeu algumas:
– SuRF Injector = Superconducting RF Injector
– HIPPO = High Intensity Paperwork Production Originator
– DRACULA = Direct Ray Atomic Collider Ultra Linear Accelerator
– The Ferminator
– Megatron
– FAST = Fermilab Accelerator Superceding Tevatron
Ao dar a sugestão lembre que os americanos adoram abreviações que tem um significado.
Veja mais em
http://www.fnal.gov/directorate/Longrange/Steering_Public/Name-ProjectX.html

Julius Sumner Miller

A série educacional australiana Demonstrations in Physics (Science Demonstrations, nos EUA), apresentada pelo professor Julius Sumner Miller já valeria só pela dramática música inicial, que parece anunciar um filme de terror ou FC! 🙂
As demonstrações prendem a atenção pela inusitado da narração e dos trejeitos do professor. Também é curioso que não existe uma preocupação em fazer uma apresentação perfeita dos experimentos, e os pequenos erros fazem parte do show.
Heat by Convection pt. 1

Cooonvectioon… up up up… down down down…
Physics – Liquid Nitrogen pt. 1

Physics – Liquid Nitrogen pt. 2

Veja uma coleção com 58 vídeos.
http://www.youtube.com/view_play_list?p=10ED1BADAF69310A
Sua fama ajudou até a vender chocolates.

Tecnécio na veia

O tecnécio-99m ou 99mTc (o m é indicação para metaestável) é um radioisótopo comumente utilizado em medicina para facilitar o diagnóstico de doenças, isto se dá pela criação de contraste que facilita o imageamento de certas partes do corpo, uma delas é a tireóide, demonstrada no vídeo.
A Bionerd, que possui um canal no YouTube, mostra o que ocorre ao se injetar tecnécio-99m na veia. No início não existe quase radiação em seu corpo, e o contador Geiger acusa apenas uma pequena radiação de fundo, que está presente naturalmente em todos ambientes e corpos. Os estalidos no contador indicam a detecção.
A amostra injetada possui uma radiação de 70MBq, ou seja, a cada segundo emite uma radiação proveniente do decaimento de 70.000.000 de átomos. Após a injeção o Geiger acusa uma forte radiação na região do pescoço, e em todo corpo da Bionerd.
Ela também demonstra o resultado da imagem obtida, que revela a tireóide com um formato parecido com uma borboleta e as glândulas salivares.

Ao retornar para casa ela resolve beber um energético com cafeína, que é um diurético, para urinar e coletar o tecnécio que era eliminado pelo seu corpo. A urina coletada foi então concentrada com a evaporação da água. A pasta amarelo-escura é urina concentrada e também dispara o contador Gieger.
A idéia de concentrar a urina já levou a descobertas interessantes. Em 1964, o alquimista alemão Hennig Brand, ao destilar urina para tentar encontrar a ´essencia da vida´, acabou por obter um produto que brilhava no escuro, o que mais tarde foi identificado como fósforo branco. Em 1773, o químico Hilaire Rouelle descobriu a uréia ao destilar urina. Já outros alquimistas não tiveram muita sorte em ferver urina para tentar achar ouro. É amarela, mas nem tanto! 🙂
Até onde eu sei não existe nenhum benefício direto para a saúde tomar doses de elementos radioativos. Mas, no passado, isto já foi uma linha de pensamento defendida por alguns. Prova disso era a venda de produtos que prometiam diversas coisas, como por exemplo, tornar a água radioativa para ser uma fonte de saúde em seu consumo diário.
O tecnécio-99m possui uma meia-vida de aproximadamente 6 horas. Em poucos dias ela estará praticamente livre do composto em seu corpo, ajudada pelos processos naturais de eliminação… pela urina.
Frase interessante no canal da Bionerd no YouTube:
´Nada na vida é para ser temido, é apenas para ser entendido.´ Marie Curie
Excelente!
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Escoteiro Radioativo: o retorno!
Vidros de urânio
Agradeço ao Kentaro Mori pelas ideias para melhorar o texto.
Ps: vou ficar afastado da internet nos próximos dias. A aprovação dos comentários pode ficar atrasada.

Vidro de urânio

vidro uranio flickr JanneM
O vidro de urânio é uma daquelas raras belezas perdidas no tempo. O temor pela radioatividade inibe o interesse de alguém querer beber um vinho em uma taça com este tipo de material, mesmo que a radioatividade seja baixa e praticamente inofensiva.
O vidro de urânio contém o material na forma de óxido diuranato, em uma faixa que pode variar de 2% até 25%. A cor pode variar entre o amarelo e o esverdeado dependendo do estado de oxidação e da concentração dos íons metálicos, e de outros tipos de aditivos. O espetáculo de cores ocorre quando se incide luz ultravioleta sobre o material, que imediatamente adquire um curioso brilho esverdeado.

Veja o brilho de uma bolita ao se incidir luz UV de um laser de blu-ray.

vidro uranio decoracao
vidro uranio flick the1pony

Livros sobre o assunto
capa livro uranio amazon
Mais informações em
http://en.wikipedia.org/wiki/Uranium_glass
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Trinitita – mineral gerado em uma explosão nuclear

Mão em nitrogênio líquido

Não tente isto em casa!
Bom, poucos têm nitrogênio líquido (aprox. -200 oC) em casa. 🙂 Mas é uma experiência que tem tudo para resultar em acidente. Não é segura e o nitrogênio pode causar quaimaduras pelo frio. A narração avisa que o contato com o nitrogênio líquido deve ser muito rápido.

A explicação ficou por conta da presença do Efeito de Leidenfrost, no qual uma gota de um líquido sobre uma superfície muito quente acaba por minimizar o contato pela formação de vapores entre esta e a superfície. Mas desconfio que mesmo o vapos de nitrogênio pode ser frio o suficiente para causar dano em algum momento.

Projeto Tuva – Microsoft e Richard Feynman

projeto-tuva.jpg
Como eu já tinha comentado por aqui, o Bill Gates comprou os direitos de alguns materiais da coleção de arquivos de Richard Feynman (1918-1988).
http://research.microsoft.com/tuva
Feynman era famoso por suas excelentes palestras e facilidade em ensinar a física e cativar a audiência com sua impressionante habilidade de explanação.
O material está disponível em uma nova plataforma de vídeo, que permite a procura de assuntos dentro das palestras, a inserção de anotações, navegação por material adicional e acompanhamento de comentários de especialistas.
Preciso dizer que sou um admirador de Feynman? 🙂
O projeto será expandido futuramente com mais palestras. Mal posso esperar.

Confira em
http://research.microsoft.com/tuva

Dança magnética de clips

A fuga de eletromagnetismo pelo chão de um trem em Kobe (Japão) causa uma curiosa ´dança´ de clips de papel.

O vídeo mostra que os clips se movimentam quando o trem acelera ou freia; isto é devido ao magnetismo produzido pelas correntes elétricas dos motores localizados na parte inferior. O temor pelo possível dano que tal interferência possa causar, motivou a empresa argumentar que será instalado um melhor isolamento.
Seria interessante testar esse efeito com um ferrofluído!
Fonte Pink Tentacle
Veja também
Como levitar cerveja

Projeto Manhattan – Oak Ridge e Hanford

Série de fotografias das instalações de enriquecimento de urânio e produção de plutônio, para construção das bombas de Hiroshima e Nagasaki.
As duas instalações fotografadas faziam parte do Projeto Manhattan, cujo objetivo era o desenvolvimento das primeiras armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial. A terceira parte do projeto estava situada em Los Alamos.
Calutron alfa – Primeio estágio, fonte de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1943
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Um calutron é um espectrômetro de massas usado para separar isótopos de urânio.
Calutron alpha – bombeamento, primeio estágio, fonte de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1943
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Calutron beta – Segundo estágio, fonte de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1943
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Reator X-10, planta piloto para produção de plutônio para a bomba de Nagasaki, Oak Ridge, Tenesse 1943
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O reator X-10 foi o segundo reator nuclear artificial a ser construído e o primeiro com projeto de operação contínua.
Sistema de controle, planta piloto X-10 para produção de plutônio para a bomba de Nagasaki, Oak Ridge, Tenesse 1943
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Prédio norte K-25, planta de Difusão Gasosa para enriquecimento de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1945
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O processo de difusão gasosa é baseado no princípio de que moléculas de um isótopo mais leve passarão através de uma barreira porosa mais facilmente do que moléculas com isótopos mais pesados. Uma série de repetições do processo gera uma separação de urânio-235 do urânio-238.
Setor oeste da planta de difusão gasosa K-25 para enriquecimento de urânio para a bomba de Hiroshima, Oark Ridge, Tenesse 1945
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Estação e planta K-27 de difusão gasosa para enriquecimento de urânio, Oak Ridge, Tenesse 1945-46
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Emergency Air Sphere
, K-31 e K-33 plantas de difusão gasosa para enriquecimento de urânio, Oak Ridge, Tenesse 1951 e 1954
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Andar de células, K31 planta de difusão gasosa para enriquecimento de urânio, Oak Ridge, Tenesse 1951
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Reator B, fonte do plutônio da bomba de Nagasaki, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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O Reator B foi o primeiro reator construído para produção de plutônio em larga escala.
Sala de controle do Reator B, fonte do plutônio da bomba de Nagasaki, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Face do Reator B, fonte do plutônio da bomba de Nagasaki, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Sistema de válvulas de controle de água de refrigeração do Reator B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Casa de bombeamento e motores, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
motores-bombas.jpg
Subestação elétrica e Reator B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Trilhos de trem e Reator B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Trem e prédio de estocagem, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Entrada No 15 para a planta B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Planta B para separação química de plutônio dos produtos do reator, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Caixa-forte de plutônio Gable Mountain, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
caution-1.jpg
Caixa-forte de plutônio Gable Mountain, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
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Veja mais informações em
http://www.photographyserved.com/Gallery/Slouching-towards-Bethlehem-___/56780
As imagens originais estão sob licença CreativeCommons.
Veja também
Fotos da primeira usina nuclear

Primeira usina nuclear

A primeira usina nuclear do mundo, com propósito civil, foi construída na Rússia, na cidade de Obninsk.

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O projeto foi iniciado em janeiro de 1951 e teve sua construção concluída em junho de 1954. Por até 10 anos foi o único reator civil em operação na União Soviética, com previsão de vida útil de operação até 1984, mas com as demandas econômicas a estrutura só foi desativada definitivamente em 29 de abril de 2002.
O projeto e reator foram batizados de AM-1 (“Атом Мирный”, Átomo Pacífico), com uma capacidade de operação de 6 MW seria o suficiente para 20.000 casas modernas.
Para entrar você deve vestir um guarda-pó branco.
Clique nas imagens para ampliar.
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Sala de controle
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Câmara do reator
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usina-reator-dois-peq.jpg

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O transporte das cápsulas de urânio era feito por meio de controle externo e isolado. As paredes da sala de controle eram grossas (50cm) e visores de quartzo permitiam um controle visual, já que inexistiam câmeras para controle remoto.
usina-pared-peq.jpg

usina-pared-dois-peq.jpg

usina-visor-peq.jpg
Veja mais imagens em
http://englishrussia.com/?p=3217
Imagens publicadas com autorização de Ilya Varlamov.
Via English Russia

Tinta corporal condutora

tinta-pele-bare.jpg
A tinta, batizada de Bare, pode ser aplicada sobre a pele e permite que pequenas quantidades de corrente elétrica sejam transmitidas com maior facilidade.
tinta led pele
Lavável, não tóxica e não metálica, a tinta pode ser utilizada para diversas funções: acender pequenos LEDs, transmitir dados de pessoa para pessoa, melhorar a condução em eletrodos de aplicação médica e até mesmo tornar um humano em um ´computador´.
Aplicação na arte e dança

http://www.bareconductive.com/
Via TrendHunter

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