Rio tingido de verde
Para comemorar o Dia de São Patrício (Saint Patrick’s Day) a cidade de Chicago realiza um estranho ritual de tingimento das águas do rio que corta a cidade.
A idéia de tingir o rio Chicago de verde veio originalmente por acaso, quando em 1961 um grupo de trabalhadores estavam usando corante fluoresceína para detectar substâncias ilegais que estavam poluindo o rio.
A agência americana de proteção ambiental (EPA) declarou que o uso da fluoresceína poderia ser prejudicial ao rio e em 1966 o corante foi substituído por material de origem vegetal. Os organizadores da festa não revelam a fórmula, alegando que o segredo é quase tão importante quanto a fórmula da Coca-cola.
Mesmo tendo garantias pelos organizadores de que a brincadeira não é tóxica, e que usam apenas 16kg da substância para colorir todo o rio, algumas outras cidades rejeitaram a idéia de imitar o estilo de comemoração.
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Uma empresa, chamada Party Pool, vende corantes de diversas cores para tingir a água de uma piscina.
http://www.partypoolusa.com/
Tingiram uma de vermelho.
Roomba Pac-Man
O clássico Pac-Man foi mais uma vez transportado para o mundo real. Desta vez com ajuda de uma equipe de cinco aspiradores de pó Roomba programados para seguir o mesmo padrão do jogo.
Os robôs são comandados por um software originalmente projetado para controle de sistemas aéreos não-tripulados.
Seria mais justo se o labirinto fosse feito com paredes em vez de apenas riscos no chão. 🙂
O Roomba mais barato custa 130 dólares e a bateria tem autonomia para limpar apenas 2 quartos. Só serve para um apartamento minúsculo ou para quem gosta de brincar com bobozinhos.
Site do projeto
http://pacman.elstonj.com/
Leia também
Roombas sonham com ovelhas elétricas? As Tartarugas de Walter
Ab initio – Origem da vida e evolução
O Professor Franklin David Rumjanek, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, lançou este ano o livro Ab Initio, que, dividido em duas partes, trata da origem da vida e da evolução das espécies.
Considero que a primeira parte do livro conseguiu trazer mais novidades para a temática escolhida pelo autor, já que existem diversos outros livros que abordam exaustivamente a evolução das espécies.
Gostei das considerações sobre a provável influência da água nos primeiros processos de química prebiótica, com interessantes alegações de que em muitos destes processos a água, em um primeiro momento, poderia levar a efeitos deletérios nas principais reações propostas de síntese de constituintes de sistemas biológicos primários.
Franklin também fez um belo resumo das diferenças existentes entre o carbono e o silício, e porque o primeiro seria uma melhor opção na geração de processos biológicos mais complexos e amplos em possibilidades reacionais.
Um trecho do livro:
[…]a célula viva não constitui uma exceção na natureza, isto é, não goza de privilégios especiais, decorrentes de leis exclusivas. Em outras palavras, a biologia não tem regras próprias. As leis da físico-química que regem as reações químicas são soberanas e as mesmas, para um mineral ou um organismos. Até o momento, tudo que conhecemos sobre o funcionamento da célula viva pode ser explicado lançando mão exclusivamente dessas leis[…]
Fico feliz por esta lembrança do poder da físico-química! 🙂
Leia o primeiro capítulo (PDF).
Este livro foi uma cortesia da Editora Vieira & Lent para este blog.
Robôs cozinheiros
Em um restaurante que abriu recentemente em Nagoya, no Japão, braços robóticos são os responsáveis pela preparação de alguns pratos.
Os pedidos podem ser feitos com especificações precisas de tipo de molho e quantidade dos ingredientes no preparo. Aposto que nisso os robôs conseguem ser mais precisos do que humanos.
Um prato típico leva em torno de 1minuto e 40 segundos para ser preparado e custa o equivalente a 7 dólares. Com direito a malabarismos e pedido de aplausos.
Fiquei um pouco assustado com a hora em que um dos robôs pega uma faca e simula uma batalha com o outro. Que Asimov nos proteja!
Realidade aumentada com lentes de contato
Visão do Exterminador do futuro
Gosto de pensar nas possibilidades futuras dos Wearable computer, ou computadores vestíveis.
Imagine uma imagem projetada em um óculos e que pode ser manipulada com movimentos das mãos, direção da visão e piscadas!
Pesquisadores já foram mais longe do que minha pobre imaginação, com a criação de lentes de contato que permitem ir ao extremo desta realidade aumentada. Isto quase sem danos ao corpo ou ter que introduzir eletrodos em algum orifício.
Prof. Babak A. Parviz e equipe da Universidade de Washington desenvolveram um circuito miniaturizado e um display LED simples para integrar em um polímero do tipo utilizado em lentes de contato.
Seus olhos poderão ser como uma área de trabalho com ícones, gadgets, aplicativos, mapa de navegação, etc. Imagine um Google Street View bem na frente dos teus olhos! Integrando com uma câmera é possível adicionar reconhecimento facial, gravação de dados, tradução simultânea, identificação de objetos, etc. E uma câmera potente poderia até trazer imagens mais nítidas e zoom de objetos distantes. Já posso até ouvir a musiquinha da série O Homem de 6 milhões de dólares! 🙂
A equipe de Parviz construiu um protótipo de lente com um LED, um pequeno chip de rádio e uma antena, com transmissão sem fio de energia para a lente, iluminando o LED. Para demonstrar que as lentes são seguras, foram feitos testes com coelhos resultando em nenhum efeito colateral.
Temos lentes fabricadas protótipo com um LED, um pequeno chip de rádio e uma antena, e nós temos de energia transmitida para a lente sem fio, iluminação a LED. Para demonstrar que as lentes podem ser seguros, nós lhes encapsulado em um polímero biocompatível e testado com sucesso em ensaios com os coelhos vivos.
A equipe pensa em poder empregar duas diferentes táticas de formação de imagens, uma com a geração direta de luz pelos LEDs compondo os pixels da imagem, e outra com a modulação de luz vinda do meio ambiente, apenas modificando a intensidade e cor, o que resultaria em um sistema com menor gasto de energia.
A lente em um coelho. O teste não causou danos ao animal.
Mais detalhes em
http://spectrum.ieee.org/biomedical/bionics/augmented-reality-in-a-contact-lens/0
Artigo original – Contact lens with integrated inorganic semiconductor devices
Vírus de vidro
A conversa entre arte e ciência é produtiva, mas não pode ser muito ´viajante´.
Tem que ter um pouco de fator wow!
O artista britânico Luke Jerram consegue isso com uma bela coleção de arte em vidro com temática biológica.
http://www.lukejerram.com/projects/glass_microbiology
Acompanhe a manufatura de um vírus HIV.
As esculturas são feitas com consultoria de virologistas da Universidade de Bristol e são baseados em fotografias científicas e modelos, tentando manter uma boa proximidade com a realidade.
As origens da Vida – History Channel
Escrevendo um texto em um sábado de feriadão… será que alguém vai ler?
Acabei de assistir um no History Channel um documentário de 2 horas de duração sobre As origens da vida.
O PZ Myers já fez uma análise ranzinza e tenho que concordar com ele que o History Channel exagerou na mistura de conceitos, não apresentando uma linearidade nas idéias. Seria tão mais simples e sensato debulhar o assunto na ordem histórica das descobertas. Mas parece que a edição teve receio de perder o pique e a velocidade de informações necessárias para prender o leigo no canal.
O documentário também não foi formatado para um determinado público, quiseram agradar a todos.Em alguns momentos chegam a soletrar calmamente ´me- ta- bo- lis- mo´ para não assustar o leigo com o palavrão, e logo depois falam em RNA com uma naturalidade de um especialista.
Felizmente, apesar de algumas intromissões de frases “A vida é um mistério“, a linha escolhida na maior parte dos comentários foi por não trazer a mágica para dentro do entendimento dos processos de surgimento da vida.
Resta esperar se o History transforma o documentário em uma série com episódios mais organizado, com uma descrição mais calma sobre cada evento deste magnífico assunto.
A Ciência Médica de House
Um livro para ser lido sem muito compromisso e esperanças de grandes revelações.
Aproveitando a onda da série, o escritor Andrew Holtz utiliza os episódios das primeiras duas temporadas para tecer alguns comentários sobre a medicina. E lembre, é uma descrição sobre a medicina americana, nenhuma passagem fala sobre as condições de trabalho em outros países.
O livro não é muito técnico e provavelmente não vai agradar quem já tem um conhecimento na área, e para os leigos serve como uma leitura de rodoviária, para passar o tempo.
E para os que odeiam o estilo de House fica a tranquilidade de que Holtz toma o cuidado de demonstrar que a medicina não costuma ser tolerante com o estilo ácido e arrogante do personagem.
Estamos todos conectados
Depois do sucesso do tributo musical a Carl Sagan (traduzido por Frog), John Boswell criou mais uma bela música com recortes de frases de Richard Feynman, Neil deGrasse Tyson, Bill Nye e, claro, Carl Sagan.
Symphony of Science – ‘We Are All Connected’ (ft. Sagan, Feynman, deGrasse Tyson & Bill Nye)
John Boswell criou também o projeto ´The Symphony of Science´ que tem como objetivo promover o conhecimento científico e filosófico por meio da música.
A letra:
[deGrasse Tyson]
We are all connected;
To each other, biologically
To the earth, chemically
To the rest of the universe atomically
[Feynman]
I think nature’s imagination
Is so much greater than man’s
She’s never going to let us relax
[Sagan]
We live in an in-between universe
Where things change all right
But according to patterns, rules,
Or as we call them, laws of nature
[Nye]
I’m this guy standing on a planet
Really I’m just a speck
Compared with a star, the planet is just another speck
To think about all of this
To think about the vast emptiness of space
There’s billions and billions of stars
Billions and billions of specks
[Sagan]
The beauty of a living thing is not the atoms that go into it
But the way those atoms are put together
The cosmos is also within us
We’re made of star stuff
We are a way for the cosmos to know itself
Across the sea of space
The stars are other suns
We have traveled this way before
And there is much to be learned
I find it elevating and exhilarating
To discover that we live in a universe
Which permits the evolution of molecular machines
As intricate and subtle as we
[deGrasse Tyson]
I know that the molecules in my body are traceable
To phenomena in the cosmos
That makes me want to grab people in the street
And say, have you heard this??
(Richard Feynman on hand drums and chanting)
[Feynman]
There’s this tremendous mess
Of waves all over in space
Which is the light bouncing around the room
And going from one thing to the other
And it’s all really there
But you gotta stop and think about it
About the complexity to really get the pleasure
And it’s all really there
The inconceivable nature of nature
Desejam uma tradução?
Mapeamento 3D de interiores
O vídeo demonstra o funcionamento de um mini-helicóptero para mapear e navegar por interiores de construções e áreas desconhecidas.
O projeto é mantido pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) e emprega um sistema de mapeamento de superfícies com laser, criando assim um mapa de obstáculos que permitem o aparato se movimentar com agilidade mesmo em ambientes desconhecidos.
O uso dos laser é essencial para mapeamento e é estratégico em ambientes que não possuem sinal de GPS.
A unidade aérea pode transportar até 250 gramas de carga e pode ser comunicar via Wifi com uma unidade no solo, sistemas de estabilização ativos permitem uma boa manutenção do equilíbrio da unidade.
A equipe foi a primeira a completar a missão número 5, proposta na International Aerial Robotics Competition, que consistia em navegar por um labirinto e encontrar um objetivo.
Via Make