Project X precisa de um nome
´Projeto X´ não é um nome muito criativo para qualquer iniciativa de grande porte. Já existiram vários projetos X por aí. Eu mesmo devo ter pensado nisso em minha infância, inspirado na leitura das histórias do Professor Pardal.
O Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab) iniciou os planos de construção de um novo instrumento de aceleração de prótons, que provisoriamente foi batizado de ´Project X´.
Este novo projeto substituirá o antigo acelerador usado no Tevatron, que era o maior acelerador até a construção do Large Hadron Collider (LHC). O substituto usará um sistema de aceleração baseado em cavidades de radiofreqüência supercondutoras (?).
A sugestão de nome deve ser enviada para ykkim@fnal.gov.
O pedido de sugestões foi feito pelo website do The New York Times e o grupo já recebeu algumas:
– SuRF Injector = Superconducting RF Injector
– HIPPO = High Intensity Paperwork Production Originator
– DRACULA = Direct Ray Atomic Collider Ultra Linear Accelerator
– The Ferminator
– Megatron
– FAST = Fermilab Accelerator Superceding Tevatron
Ao dar a sugestão lembre que os americanos adoram abreviações que tem um significado.
Veja mais em
http://www.fnal.gov/directorate/Longrange/Steering_Public/Name-ProjectX.html
Quais são as substâncias mais venenosas que existem?
Fazer uma lista das substâncias químicas mais mortais não é muito fácil. As medidas são relativas e quase sempre quantificadas em cobaias. E nem sempre o que é perigoso para uma cobaia será para um humano, e vice-versa.
Mas, na lista dos mais temidos certamente estará a tetanospasmina. A tetanospasmina é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Com um LD50 de 2,5 nanogramas/kg, o que significa que 50% das cobaias morrerão com uma dose de 0,0000000025 gramas para cada quilograma de massa corporal.
A toxina botulínica também entra na lista, com um LD50 de 0.005-0.05 µg/kg. É famosa por ser usada em quantidades muito baixas em tratamentos estéticos, com o nome de Botox, e em tratamento de problemas musculares.
A maitotoxina é talvez a mais potente toxina não-peptídica, é produzida pelo Gambierdiscus toxicus, uma espécie de Dinoflagelado. Recebe este nome por ter sido primeiro encontrada no peixe Ctenochaetus striatus, que é conhecido como ´maito´ no Taiti.
Na mesma linha da maitotoxina está a palitoxina, também não-peptídica, é extraída de corais do gênero Palythoa. A estrutural de tal toxina foi desvendada 1982 pelo Prof. Daisuke Uemura e colaboradores na Nagoya University, e sintetizada em 1994 grupo do Professor Yoshito Kishi da Harvard University, no que foi considerado uma dos maiores esforços de síntese química já vistos, devido a sua complexidade.
Estrutura da palitoxina (fonte: Wikipedia)
Ricina, proteína presente na mamona (Ricinus communis L.) ganha o status de mais potente toxina de origem vegetal. Fez história em muitos casos de assassinatos e espionagem.
Já que os efeitos dessas substâncias são devastadores mesmo em baixas dosagens, o universo da guerra não poderia ficar de fora. Por isto militares Norte Americanos já focaram sua atenção na possibilidade do uso da saxitoxina como arma. O modo de ação no organismo é semelhante ao da tetrodotoxina, que encerra a lista com sua curiosa relação com os “mestres” de Voodoo, no Haiti (leia sobre isso em http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/exemplar27.html )
Algum dia volto ao assunto com mais algumas substâncias e histórias interessantes sobre cada uma delas.
Fonte About.com
Dias e Semana da Ciência e Tecnologia
16 de outubro é Dia da Ciência e Tecnologia, isto pelos populares calendários de datas comemorativas.
Mas Fernando Henrique Cardoso instituiu, pela Lei nº 10.221, de 18.04.2001, o dia 8 de julho!
Já que as datas estão um pouco confusas, acho mais interessante aproveitar logo uma semana inteira!
De 19 a 25 de outubro acontecerá a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (2009). Um evento com vasta programação e atividades em diversas cidades do Brasil.
http://semanact.mct.gov.br/
Veja as datas e locais dos eventos
http://semanact.mct.gov.br/index.php/content/view/2447.html
Tudo em 25 minutos
Tenho um problema crônico de desorganização e procastinação. Sempre acho que consigo encontrar tempo para fazer mais alguma coisa ou inventar uma nova tarefa, deixando outros compromissos para depois.
Encontrei essa semana, no site LifeHacker, um aliado para organizar e delimitar o tempo necessário para fazer algo. O software, baseado na Técnica Pomodoro, tem a proposta programar cíclos de 25 minutos de dedicação e 5 minutos de descanso. [tenho 10 min. para terminar este texto… ráaaapido! :-)]
http://www.focusboosterapp.com/
(versão online http://www.focusboosterapp.com/live.cfm )
Pode parecer uma excessiva pressão se você ficar apavorado com o tempo que passa, mas é uma excelente forma de aprendizado e ajuste de percepção das tarefas programadas para um dia de atividades.
Com licença que vou aproveitar meus 5 minutos de descanso.
Julius Sumner Miller
A série educacional australiana Demonstrations in Physics (Science Demonstrations, nos EUA), apresentada pelo professor Julius Sumner Miller já valeria só pela dramática música inicial, que parece anunciar um filme de terror ou FC! 🙂
As demonstrações prendem a atenção pela inusitado da narração e dos trejeitos do professor. Também é curioso que não existe uma preocupação em fazer uma apresentação perfeita dos experimentos, e os pequenos erros fazem parte do show.
Heat by Convection pt. 1
Cooonvectioon… up up up… down down down…
Physics – Liquid Nitrogen pt. 1
Physics – Liquid Nitrogen pt. 2
Veja uma coleção com 58 vídeos.
http://www.youtube.com/view_play_list?p=10ED1BADAF69310A
Sua fama ajudou até a vender chocolates.
Nano-agricultura para tomates
Quer fazer sucesso? Seja o pioneiro em alguma área da nanotecnologia e rapidamente use novos termos para denominar o que encontrou, não esquecendo de começar com ´nano´.
Esta é a tentativa feita pelo artigo:
Khodakovskaya, M., Dervishi, E., Mahmood, M., Xu, Y., Li, Z., Watanabe, F., & Biris, A. (2009). Carbon Nanotubes Are Able To Penetrate Plant Seed Coat and Dramatically Affect Seed Germination and Plant Growth ACS Nano DOI: 10.1021/nn900887m
Já saem disparando que estão na onda da nano-agricultura. É provável que não sejam eles os pais do termo, mas usam como se estivessem entre os desbravadores.
O artigo impressiona por apresentar uma bela foto de uma comparação entre tomates plantados em um meio sem e com (10 ug/ml e 40ug/ml) nanotubos de carbono.
É visualmente claro que a presença dos nanotubos de carbono ajudaram no desenvolvimento dos tomateiros.
E aqui entra a tradicional ideia que é útil neste tipo de situação: “Alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias” Carl Sagan
Verifiquei o artigo e não encontrei indícios claros de existir repetições criteriosas feitas para garantir a veracidade do efeito da adição de nanotubos de carbono. No final do artigo os autores se protegem de críticas alegando que o efeito pode variar conforme as condições experimentais. Deixaram aberta uma porta para usar a defesa: “mas vocês não fizeram exatamente como nós”.
A justificativa para o sucesso dos nanotubos foi a de que eles poderiam agir como facilitadores do transporte de água para dentro da semente, apressando assim o processo de germinação e crescimento da planta. Mas sem dar detalhes de como isto poderia ocorrer.
Na Figura 5C do artigo, os autores tentam mostrar a presença de nanotubos de carbono nas raízes de uma muda de tomate de 25 dias.
Eu não consigo ver nenhum nanotubo, alguém consegue?
Enviei ontem um e-mail para a equipe de pesquisadores e estou aguardando as informações sobre possíveis repetições e demais condições de controle eventualmente utilizadas e não detalhadas no artigo. Vamos aguardar a resposta.
Tributo musical a Carl Sagan
John Boswell criou um belo tributo musical para homenagear Carl Sagan. Com recortes de partes das série Cosmos, de Carl Sagan e Stephen Hawking’s Universe, ele conseguiu criar uma curiosa música.
Acompanhe a letra:
[Sagan]
If you wish to make an apple pie from scratch
You must first invent the universe
Space is filled with a network of wormholes
You might emerge somewhere else in space
Some when-else in time
The sky calls to us
If we do not destroy ourselves
We will one day venture to the stars
A still more glorious dawn awaits
Not a sunrise, but a galaxy rise
A morning filled with 400 billion suns
The rising of the milky way
The Cosmos is full beyond measure of elegant truths
Of exquisite interrelationships
Of the awesome machinery of nature
I believe our future depends powerfully
On how well we understand this cosmos
In which we float like a mote of dust
In the morning sky
But the brain does much more than just recollect
It inter-compares, it synthesizes, it analyzes
it generates abstractions
The simplest thought like the concept of the number one
Has an elaborate logical underpinning
The brain has it’s own language
For testing the structure and consistency of the world
[Hawking]
For thousands of years
People have wondered about the universe
Did it stretch out forever
Or was there a limit
From the big bang to black holes
From dark matter to a possible big crunch
Our image of the universe today
Is full of strange sounding ideas
[Sagan}
How lucky we are to live in this time
The first moment in human history
When we are in fact visiting other worlds
The surface of the earth is the shore of the cosmic ocean
Recently we’ve waded a little way out
And the water seems inviting
Flavílio (o oxigênio peculiar)
O flavílio é um heterocíclo pouco usual – ele possui um átomo de oxigênio trivalente. Isto tende a ser bem reativo – os trialquil-oxônios, uns dos agentes alquilantes mais potentes, contém eles.
Como no caso do tropílio, a aromaticidade salva novamente o dia. O que deveria ser um composto muito instável acaba por ser estável até mesmo em água.
Você pode conhecer o flavílio de alguns pigmentos como a cianidina e delfinidina.
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2008/03/flavylium_our_oxygen_goes_up_t.php
Original (English) content from Molecule of the Day (http://scienceblogs.com/moleculeoftheday). Content translated with permission, but portuguese text not reviewed by the original author. Please do not distribute beyond this site without permission from both author and translator.
Coisas que (também) não sei – Folhas comestíveis
O Igor Santos, do blog 42, costuma expor belos questionamentos sobre os mais variados assuntos. A idéia é excelente e resolvi copiar. 🙂
O que me deixa um tanto confuso é que não consigo lembrar de nenhuma espécie de árvore com folhas comestíveis. Não existe ou eu não conheço?
Será que são difíceis de domesticar, ou as árvores de uma forma geral possuem algum fator que torna as folhas não agradáveis aos humanos?
Meteorito ou uma simples rocha?
O leitor Tulio Nani enviou a seguinte mensagem para este blog:
Eu encontrei uma estranha bola de fero em uma escavação onde foi feito
um loteamento a parte de inferior e arredondada como um escudo e a
parte superior toda deformada deve pesar aproximadamente um 15 kg um
queria saber si pode ser ou não um meteorito como eu passo saber mais
sobre isto ela aparente mente parece ser toda de metal
Solicitei que ele enviasse algumas fotos do material para fazer uma análise inicial do material.
Como não tenho conhecimento sobre meteoritos deixo para os visitantes opinarem sobre a possível origem desta rocha.
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