Porta-aviões de gelo
Um porta aviões de gelo!?
Você poderia pensar que é mais uma daquelas mirabolantes formas que o Zan, dos Super Gêmeos, adotava em uma de suas aventuras.
-Super-Gêmeos ativar!
-Forma de um armário gigante de gelo!
-Forma de um mamute.
Sim, ele sempre era gigante e ela era algum animal.
O porta-aviões de gelo foi mais um dos impressionantes projetos que surgiu na Segunda Guerra Mundial, mas desta vez no lado aliado. Sempre achei que os nazistas tinham a maior fama de projetos estranhos e secretos.
O pulo do gato nessa história fica por conta da percepção de que o gelo seria um material barato e de fácil obtenção para construção de uma grande plataforma para pouso e decolagem de aviões. Mas nesta projeto o gelo sofreu um upgrade com a introdução de serragem em uma proporção de 14%, sendo batizado de pykrete, em homenagem ao criador Geoffrey Pike.
A serragem conferia ao gelo uma resistência maior ao impacto e uma diminuição na taxa de derretimento.
Teste de um bloco de Pykrete
No episódio 116, da sétima temporada, os MythBusters realizam diversos testes com o Pykrete e concluem que ele realmente resiste a um tiro, tem mais resistência do que o gelo e poderia ser ainda mais aprimorado com o uso de jornal no lugar de serragem.
A equipe do Mythbusters constrói um modelo de um pequeno barco com estrutura feita de gelo misturado com jornal e consegue navegar tranquilamente por aproximadamente meia hora. Considerando assim a idéia plausível, mas ridícula!
O episódio sobre o gelo, da séries Maravilhas Modernas, fornece alguns detalhes adicionais sobre a história, informando que o projeto, sob o código Habakkuk, iniciou com testes no Lago Patricia, nas Rochosas Canadenses. O primeiro protótipo media 18 metros e pesava em torno de 1000 toneladas, e demorou o verão inteiro para derreter. É claro que os projetos de construção também incluíam sistemas de isolamento e refrigeração da estrutura para garantir maior durabilidade do navio de gelo.
Atrasos no projeto, diversas dificuldades técnicas, aumento da autonomia dos aviões e enfraquecimento da frota de submarinos alemães, foram alguns dos motivos que causaram o abandono do projeto Habakkuk.
Levitação de cerveja
É possível com um campo magnético muito forte, fazer com que algumas coisas ´levitem´.
A intensidade com que os materiais se magnetizam em resposta ao um campo magnético aplicado é chamado de susceptibilidade magnética.
http://en.wikipedia.org/wiki/Magnetic_levitation#Direct_diamagnetic_levitation
Em um aparelho que gera um campo magnético na ordem de alguns Tesla o pesquisador insere alguns mililitros de cerveja para demonstrar que o líquido flutua e que nestas condições a formação das bolhas é mais difícil. Em um copo as bolhas da cerveja podem se aglomerar na superfície do vidro, mas em suspensão não existe essa possibilidade. No final do experimento ele bebe a cerveja para verificar que realmente ela continua espumante.
A utilidade deste tipo de aparelho é tentar fazer simulação de um ambiente semelhante ao que existe em ausência de gravidade. Podemos então testar como se comportam algumas reações em um sistema que está ´levitando´.
É bom lembrar que este vídeo não é a apresentação de uma pesquisa real, e apenas é feito para se demonstrar as potencialidades do aparelho. E como desculpa para beber uma cervejinha no trabalho! 🙂
Em 2000 os pesquisadores Andre Geim, da University of Nijmegen, e Sir Michael Berry da Bristol University, receberam o prêmio IgNobel por fazer um sapo levitar em um campo magnético.
Tropílio (anéis aromáticos)
Anéis aromáticos têm 4n+2 elétrons Pi, onde n é um número inteiro. Você não verá números ímpares de carbonos em anéis aromáticos tão frequentemente por que o padrão de ligações duplas alternadas seria interrompido – se você tem um cátion ou ânion, aromáticos com números ímpares são possíveis.
O cátion tropílio é um desses anéis aromáticos – a mesma contagem de elétrons Pi de um benzeno, mais um carbono extra. Este íon é tão estável que você pode realmente isolar fluoborato de tropílio (sem certeza para outros contraíons). Também tem um pico sempre presente no espectro de massas de alquilbenzenos.
Analogamente, complexos de ânion ciclopentadienil são conhecidos (os famosos ´organometálicos sanduíches´ como o ferroceno). n pode ser também igual a zero – mesmo um ciclopropênio é conhecido!
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/08/tropylium_our_aromatic_rings_g.php
Original (English) content from Molecule of the Day (http://scienceblogs.com/moleculeoftheday). Content translated with permission, but portuguese text not reviewed by the original author. Please do not distribute beyond this site without permission from both author and translator.
O autômato de Maillardet
O autômato de Maillardet estava entre as doações feitas pela família Brock para o Franklin Institute, em novembro de 1928. A peça estava bastante danificada e com sinais de que havia passado por um incêndio. Apesar dos danos a família sabia que o artefato antes conseguia desenhar imagens e escrever frases, mas desconhecia o real autor do invento.
Feitos os reparos, o autômato foi posto para funcionar, e, após fazer alguns desenhos e escrever poemas, a máquina finalizou uma de suas sobras escrevendo: “Ecrit par L’Automate de Maillardet.” [Escrito pelo autômato de Maillardet] . Esta seria então a primeira vez em que uma máquina guardava o segredo de sua identidade na própria memória!
Henri Maillardet foi um mecânico suíço do século 18, que trabalhava em Londres produzindo relógios e outros mecanismos. Maillardet trabalhou por um tempo nas lojas de Pierre Jaquet-Droz, que estava no negócio de produção de autômatos que poderiam escrever e desenhar. Acredita-se que o autômato da família Brock foi construído em torno de 1800. Henri fez apenas um outro autômato que poderia escrever (em chinês), e foi feito para o Imperador da China, como um presente do Rei George III da Inglaterra.
O autômato do Franklin Institute possui a maior “memória” de qualquer máquina de sua categoria já construída, com quatro desenhos e três poemas (dois em francês e um em Inglês).
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A memória esta contida em ´engrenagens´ de tambor de latão. Ao rodar, as engrenagens são percorridas por ´dedos´ metálicos que transformam os sulcos em movimentos laterais, para frente e trás, e de sobre e desce da caneta.
As imagens deste texto foram utilizadas com a autorização do The Franklin Institute.
Mais detalhes, informações e imagens em
http://www.fi.edu/learn/sci-tech/automaton/automaton.php?cts=instrumentation
Computação distribuída contra a gripe
A plataforma de computação distribuída World Community Grid iniciou recentemente um projeto para ajudar na pesquisa de drogas antivirais para combater vírus da gripe.
Para participar basta baixar o programa BOINC e ativar o projeto http://www.worldcommunitygrid.org/. O cadastro de usuário e senha pode ser feito pelo próprio programa ou pelo site da World Community Grid.
Os cálculos são feitos durante a inatividade do seu computador como proteção de tela ou então, se você for um pouco mais generoso, utilizando os recursos que sobram no seu micro enquanto você digita um simples texto no Word.
A pesquisa será focada na tentativa de descobrir substâncias que possam inibir as neuraminidases (N1, N2, etc), proteína NS1, hemaglutinina, e outros alvos possíveis que a gripe precisa para se espalhar pelo corpo.
Mais detalhes pelo site do projeto.
http://www.worldcommunitygrid.org/
Encontre os matemáticos… com surpresa!
Estava assistindo mais um dos excelentes vídeos do canal da Universidade de Nottingham e tive uma surpresa.
O vídeo é sobre palestras e atividades de divulgação da matemática.
Meet the Mathematicians (Encontre os matemáticos)
No rodapé fica passando uma discreta sequência de zeros e uns.
Não dei muita importância ao fato. Achei que era apenas um enfeite para a imagem.
Mas o usuário komplettgroup, do YouTube, foi mais esperto. Ele percebeu que era a mensagem ´Meet the Mathematicians at Nottingham´ convertida para números binários. E decifrou a mensagem completa antes de outros usuários que interpretaram apenas parte dela. O nottinghamscience prometeu enviar um pequeno prêmio pela sagacidade.
Acho que ainda falta muito para eu me tornar um uber nerd!
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AlloSphere, imersão virtual
A AlloSphere é uma esfera de 10 metros de diâmetro construída para servir de ambiente de análise, exploração, manipulação e síntese de dados científicos em larga escala. Tudo isso em um meio de realidade virtual que permite uma exploração sensorial com imagens e sons.
Todo o entorno da sala foi projetado de forma a minimizar ecos e qualquer tipo de distração que atrapalhe a sensação de imersão no mundo virtual.
A observação de dados de forma visual e sonora pode ajudar na interpretação de informações e interação entre pesquisadores, permitindo um possível surgimento de novas idéias.
Se não for completamente útil, pelo menos é divertido! Será que a equipe do projeto não joga Counter Strike nas horas vagas?
Ácido fluoroacético (atrapalhando o ciclo)
O ácido fluoroacético é o velho ácido acético, mais um flúor. É um veneno de moderada potência. Estranhamente, nem a parte ´fluoro´ ou a ´ácido acético´ estão relacionadas com qualquer risco normal de toxicidade – ácido acético, como você verá, é fundamental ao metabolismo, e compostos fluorados não são inerentemente maus. Este é um veneno ´baseado em mecanismo´.
A maioria da energia na sua comida é tornada útil via Ciclo do ácido cítrico (Krebs). Algo é feito diretamente, e algo é feito após um tempo, mas sem o Krebs, você está morto.
O ácido fluoroacético irá resultar na produção de ácido fluorocítrico pela citrato sintase. Não será um grande problema, exceto pela aconitase, que trabalha no ciclo. Dando algum fluorocitrato derivado do fluoroacetato, a aconitase será inibida de trabalhar no citrato normal. Aqui vai a sua energia. Cortanto algum passo no ciclo do ácido cítrico atrapalhamos o trabalho do metabolismo – e isso mata, bem ao modo de outro veneno mitocontrial, o dinitrofenol.
Como observado no texto do Lab Lemming, o fluoroacetato é encontrado em certos tipos de árvores acácia. Sem dúvida isto é para desencorajar alguns ruminantes. A aconitase de plantas parece ter mais elevado tolerância para o fluoroacetato do que nos mamíferos (aviso: artigo antigo e não é minha área)
Em 1859, um homem chamado Thomas Austin trouxe para a Austrália 24 coelhos. Em uma década, existiam milhões de sua prole. Autrália é um lugar estranho – onde existem coisas que não aparecem em nenhum outro local, e outras coisas que são benignas em outros locais são uma praga por lá. Coelhos comem e se reproduzem como loucos e acredita-se terem causado extinção em massa de grandes números de animais nativos da Austrália. O programa Western Shield espalhou aveia misturada com fluoroacetato, entre outros venenos, para diminuir a população de coelhos destruidores e dar às espécies nativas uma chance um pouco melhor.
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/07/fluoroacetate_conning_aconitas.php
Original (English) content from Molecule of the Day (http://scienceblogs.com/moleculeoftheday). Content translated with permission, but portuguese text not reviewed by the original author. Please do not distribute beyond this site without permission from both author and translator.
Tinta em água
Fiquei curioso com esse vídeo no YouTube.
Uma gota de tinta em água produz uma repetição do padrão enquanto a tinta desce.
Algo bem fractal.
A descrição do vídeo comenta que pode ser uma instabilidade de Rayleigh-Taylor.
Alguém sabe mais alguma informação sobre este fenômeno?
Tabela periódica psicodélica
Nunca imaginei que elementos químicos pudessem ser representados de uma forma tão psicodélica.
Talvez após beber umas 5 xícaras de café eu consiga entrar na onda. Não faço uso de outros alcalóides!
Cloro.
Cof cof cof…
Sinta o zinco.
O fósforo até que é um pouco mais intuitivo.
O site é hospedado pela Royal Society of Chemistry
http://www.rsc.org/chemsoc/visualelements/pages/pertable_fla.htm
Garimpe mais vídeos em
http://www.youtube.com/profile?user=wwwRSCorg&view=videos