Marte, quando?
Hoje em dia ninguém se lembra, mas em 1989 o então presidente dos EUA George H. Bush apresentou um ambicioso plano para o envio de astronautas a Marte até 2020. Chamado de Iniciativa de Exploração Espacial (SEI, em inglês) o plano foi rapidamente engavetado depois que a Nasa apresentou um orçamento da ordem de US$ 500 bilhões para entregar o serviço.
A reação à escala extravagante do orçamento da SEI — como disse um crítico, praticamente todos os departamentos da Nasa que tinham algum plano precisado de dinheiro deram um jeito de incluí-lo no programa marciano — levou à formulação do plano Mars Direct, que hoje é a menina dos olhos da Mars Society.
Esse peque no balanço histórico vem por conta da notícia divulgada pela Associated Press de que a Nasa e a Agência Espacial Eurpeia estão preparando uma iniciativa conjunta para Marte.
A ESA tem seu próprio plano de conquista do espaço, o Programa Aurora, que já falou algo sobre mandar gente a Marte por volta de 2030, inclusive com um lindo pôster sobre o assunto.
Historicamente, a competição fez mais pela exploração do espaço que a cooperação — a corrida espacial nos deu o Sputnik, Gagárin, o homem na Lua; a cooperação, a ISS, que é basicamente um lugar para o ônibus espacial ir (e o ônibus espacial, algo necessário para se chegar à ISS) — mas os tempos são outros, e a adaptação costuma ser uma virtude.
Eu realmente só queria estar vivo para publicar neste blog as primeiras fotos do homem (ou mulher!) em Marte. Acho que minha melhor chance de conseguir isso é cortando o colesterol, fazendo exercícios, entrando num curso de meditação e controle do estresse e marcando a consulta do proctologista. Quem sabe assim chego aos 120.
A falácia do ‘verdadeiro torcedor’
Houve tempo em que os editoriais do jornal ‘O Estado e S. Paulo’, concordasse-se ou não com as premissas assumidas pelo redator, eram exemplos cristalinos de bom discurso e boa lógica. Não mais, infelizmente.
Ao comentar a recente morte de um torcedor após um jogo entre Corinthians e Vasco, o texto opinativo do vetusto diário se sai com a frase gritantemente falaciosa “(…)selvageria, estranha ao esporte e aos verdadeiros torcedores(…)“.
A falácia está em redefinir um termo que deveria ter significado específico (“torcedores”) de acordo com um critério irrelevante para a definição específica (não-selvagens).
Ou, como exemplifica o filósofo Anthony Flew: imagine que um escocês ouça a história de um inglês molestador de criancinhas; ele se enche de orgulho patriótico e diz, “nenhum escocês jamais faria isso”. Ao ser confrontado com o caso de um escocês pedófilo, sai-se com essa: “Não era um verdadeiro escocês”.
Bolas, o que define um escocês não são suas preferências sexuais, e sim o lugar onde nasceu; da mesma forma, o que define um torcedor é o fato de torcer para um time, não seu comportamento, violento ou não.
Essa “falácia do falso escocês” (ou, “do falso torcedor”) é usada para desculpar muita coisa: assassinos suicidas islâmicos não seriam “verdadeiros muçulmanos”; cientistas que fraudam suas pesquisas não seriam “verdadeiros cientistas”; cristãos que cometem atentados contra clínicas de aborto não seriam “cristãos de verdade”; padres pedófilos não são “verdadeiros sacerdotes”.
Seria muito mais produtivo que cada segmento reconhecesse e fizesse algo a respeito dos psicopatas em seu meio, em vez de simplesmente redefinir as fronteiras do grupo a cada nova inconveniência.
Patton e o Dia D
Sábado passado foram celebrados os 65 anos do Dia D, o épico desembarque de tropas aliadas no norte da França que garantiu a abertura do segundo front contra Hitler e a virada da Segunda Guerra Mundial.
Um detalhe pouco conhecido sobre esse evento colossal da história do século passado é o fato de que, na véspera do dia fatídico, o general George Patton fez um discurso para os soldados americanos. A fala de Patton seria considerada politicamente incorreta ao extremo hoje em dia — o que lhe dá a virtude da sinceridade, ao menos — mas, lá pelas tantas, o general cita uma estatítstca:
“You are not all going to die. Only two percent of you right here today would die in a major battle.”
(Tradução: Vocês não vão todos morrer. Só dois por cento de vocês aqui, hoje, morrerão numa grande batalha).
Há várias coisas a comentar a respeito desse trecho — uma delas, o sangue frio de olhar para uma multidão de jovens acreditando que dois de cada cem não viverão para ver a próxima semana; outra, o pouco conforto que a estatística traz (como prever quem vai ou não estar nos 2% de defuntos?) — mas o que me interessa no momento é, como Patton chegou a esse número?
Talvez ele estivesse de posse de um dado do tipo, só 2% de todos os soldados morrem em batalhas importantes, em média. Se realmente tinha esse dado, ele estava certo no que falou, exceto por três pontos:
(a) A estatística poderia muito bem se referir ao total de soldados em uma guerra que morrem em grandes batalhas, não ao dado relevante para o caso, que é o de participantes de grandes batalhas que morrem em grandes batalhas: tipo, entre os 98% de sobreviventes podem estar incluídos os sargentos de instrução que ficaram nos EUA para treinar recrutas (e que tecnicamente são soldados da guerra, embora não travem batalha nenhuma).
(b) Mesmo descontando o ponto (a), nada garantiria que o Dia D seria uma batalha importante “média” (na verdade, morreram ou feriram-se 9 mil homens de uma força de 150 mil no primeiro dia de combates, o que dá uma taxa de baixas da ordem de 6%).
(c) Desconsiderva a taxa de mortalidade em batalhas menos importantes. O cara poderia muito bem sobreviver ao Dia D e morrer um mês depois, numa escaramuça qualquer…
Outro detalhe da guerra: as agências internacionais de notícias divulgaram, no fim de semana, a foto de um senhor britânico de 113 anos, que é o mais velho veterano da 1ª Guerra Mundial e o único sobrevivente do RNAS, um braço da Marinha inglesa que depois daria origem à RAF (“Nunca tantos deveram tanto a tão poucos…”).
Gente assim não devia ter permissão para morrer. Devia ser congelada, e ressuscitada a cada trinta ou quarenta anos para contar as memórias às novas gerações.
Paradoxo de sexta (29 1/2)
Bom, como eu já havia confessado, o da semana passada não tem uma solução clara. Aparentemente, parece óbvio que o lógico é pegar apenas a caixa com R$ 1 milhão. O computador teria previsto isso, e tudo bem. Mas: (a) não há garantias de que o computador é infalível (ele pode ser apenas muito bom); e (b) se já há R$ 1 milhão garantido numa caixa, por que não pegar ambas?
Por outro lado, se ele previu que você pegaria ambas e você pegar só uma, você caba com um sapato velho e mais nada!
Mais do que um paradoxo da previsão, esse parece ser um paradoxo da causação reversa — como se a decisão que você vai tomar agora pudesse causar algo nos sistemas do computador, uma semana atrás.
Se não há causação reversa, não há como a decisão que você vai tomar agora afetar o que o computador previu. Na verdade, o que ele previu é independente da sua decisão. Logo, o melhor é pegar as duas caixas.
Supor que, em vez de um computador, a prêmio tenha sido definido por um ser sobrenatural perfeitamente onisciente muda alguma coisa? A onisciência parece substituir a causação reversa por causação futura — você não tem escolha a não ser ser como o ser onsiciente previu (do contrário, ele deixará de ser onisciente). Mas esse tipo de causação estrita nega a possibilidade de livre arbítrio. Ou não?
E aqui fica o paradoxo desta semana (que chamei de 29 1/2 porque ele deriva do da semana passada), o Paradoxo do Compatibilsimo: Se o estado do universo neste instante é uma consequência do — isto é, foi causado pelo — estado do universo no instante anterior, como pode existir liberdade?
Micróbios vão ao espaço
Como se já não bastasse o fato de eu ser velho, gordo e terceiro-mundo demais para ser o primeiro jornalista em Marte, ainda me aparece essa: saiu a lista de dez formas de vida microscópicas que foram selecionadas para o experimento Life, que vai enviar uma cápsula com seres vivos para Fobos (uma das luas marcianas) e trazê-la de volta, a fim de ver se essas criaturas são capazes de resistir aos rigores da viagem.
Os felizardos são:
Bacillus safenis: bactérias descobertas na Mars Phoenix, da Nasa, mesmo depois de todos os procedimentos de descontaminação aplicados à sonda;
Deinococcus radiodurans: também conhecida como “Conan, a Bactéria”, esse organismo é capaz de sobreviver a doses de radiação 150 vezes superior à suficiente para matar um ser humano;
Bacillus subtilis: essa é uma bactéria “genérica”. Sobreviverá sos 34 meses no espaço? Bem, é isso que queremos saber!
Haloarcula marismortui: este é um arqueano, que sobrevive em condições de salinidade obscenas.
Methanotermobacter wolfeii: outro arqueano, neste caso um que produz metano. Este é um bicho relativamente comum, e está indo a Fobos por conta da suspeita de que há micro-organismo gerando metano em Marte.
Pyrococcus furiosus: é preciso respeitar um bicho que tem “fogo” e “furioso” no nome! Este arqueano aprecia temperaturas de 70 a 100 graus Celsius.
Saccharomyces cerevisiae: lêvedo de cerveja! Não, não se trata de uma prospecção de mercado da ImBev. Ele vai a fobos como um “organismo modelo”, já que suas reações aos ambientes terrestres é bem documentada, e será fácil compará-la aos efeitos da viagem espacial.
Arabidopsis thaliana: uma planta! na verdade, uma planta bem “genérica”, e que vai ao espaço como modelo, seguindo o mesmo tipo de raciocínio do lêvedo.
Tardigrados: animais parecidos com ácaros, têm 1,5 milímetro de comprimento. São extremamente resistentes a extremos de temperatura e pressão.
Por fim, a cápsula Life levará a Fobos amostras de permafrost — no caso, de solo congelado da Sibéria. O objetivo é ver como a ecologia microbiana do permafrost reage à viagem.
O teste nuclear norte-coreano
Se há algo que marca a encruzilhada entre ciência e política, na consciência mundial, é a aplicação bélica da tecnologia nuclear. Cientistas conceberam a bomba; cientistas convenceram o governo dos EUA a construí-la; cientistas construíram-na; cientistas vêm, desde então, tentando convencer os governos a desistir desse tipo de armamento… com muito pouco sucesso.
(A ficção científica também tem alguma culpa, já que a primeira descrição de uma explosão nuclear apareceu num livro de H.G. Wells, e o mecanismo de ativação de um artefato nuclear foi descrito, em detalhes picantes, num pulp de ficção, enquanto o Projeto Manhattan ia a pleno vapor. )
É bem interessante, portanto, o relatório especial do Boletim dos Cientistas Atômicos sobre o teste nuclear norte-coreano da última semana.
Segundo os dados levantados para o Boletim, os relatos iniciais do sucesso do teste e da potência da bomba foram amplamente exagerados.
Bombas nucleares do estilo usado na 2ª Guerra Mundial — e que parecem ser os únicos modelos que países como a Coreia do Norte têm capacidade de fazer — funcionam de uma forma bastante simples: uma explosão convencional é usada para impulsionar massas de material físsil — urânio ou plutônio — em direção umas das outras, gerando uma massa crítica que sustenta a reação nuclear explosiva.
No caso de uma bomba de urânio, esse processo é realmente tão simples quanto a teoria prevê: basta ter uma “pistola” que dispare uma das massas subcríticas em direção à outra, e BUM!, lá se vai sua cidade favorita pelos ares.
A bomba de plutônio, no entanto, é mais chatinha que isso. Por conta de impurezas que se acumulam no plutônio produzido como lixo nuclear em usinas atômicas — e que é a matéria-prima das bombas — a massa crítica tem que ser formada de um modo bastante preciso e específico.
O design “Fat Man” (“Gorducho”) criado pelos americanos para a bomba de Nagasáqui requer uma esfera de plutônio que é encolhida subitamente por uma série de detonações convencionais simultâneas. Essas explosões reduzem o raio da esfera e aumentam sua densidade até um nível crítico. “Simultâneas” é a palavra chave aqui: uma diferença de algumas dezenas de microssegundos representa a diferença entre uma arma nuclear de 20 megatons e um chabu nuclear.
Esse chabu ainda seria uma “bomba suja”, capaz de espalhar material mutagênico e cancerígeno por uma boa área mas, até aí, o que você quer é vaporizar o inimigo, certo?
Ao que tudo indica, o que a Coreia do Norte busca é um modelo estilo “Fat Man” (um motivo seria fato de que bombas de urânio são tão simples que realmente não precisam ser testadas). E, também ao que tudo indica, o teste e 2009 foi outro chabu, embora menos retumbante que o de 2006.
Paradoxo de sexta (29)
Começando, como sempre, pelo da semana passada: é tentador tratar a afirmação do prefácio sobre haver erros no livro como um mero mecanismo retórico, mas não é disso que o paradoxo trata: a questão é que parece haver motivos fortes para acreditar que o livro é completamente correto E que ele contém erros. Mas isso é uma contradição, como “triângulo redondo”. Como escapar dela?
Minha solução favorita é a probabilística. Digamos que o autor tem um alto grau de confiança em cada uma das afirmações feitas no livro — que pesquisou cada uma delas até 97% de confiança em cada uma. Se o livro faz, digamos, 100 afirmações, a chance de todas estarem corretas é de (0,97)100, o que dá… peraí… 0,04, ou apenas 4%!
Ou seja: embora cada afirmação do livro tenha 97% de chance de estar certa, a chance de todas estarem certas juntas é de menos de 5%.
O desta semana é o Paradoxo de Newcomb. Para ser completamente honesto, aviso que não existe uma solução consensual para este problema; há quem acredite que ele traz uma falácia embutida (como as provas de que 1=0), mas isso ainda não foi provado para a satisfação da comunidade filosófica (e matemática).
Funciona assim:
Imagine que você é convidado a participar de um game show de TV, no qual lhe apresentam duas caixas, uma vermelha e uma azul. Você tem a opção de pegar ambas a caixas, ou apenas a vermelha. O apresentador lhe diz que a caixa azul com certeza contém R$ 1 mil. Já a vermelha…
Bom.
Uma semana antes do dia do show, um supercomputador foi usado para criar um modelo matemático do seu cérebro (este é um supercomputador futurista, que até hoje foi perfeitamente capaz de modelar e simular corretamente tudo que lhe pediram, incluindo muitas coisas que parecem bem mais complexas que o cérebro de um participante de game show). Com base nesse modelo, o computador previu qual seria sua escolha. E com base nessa previsão, a caixa vermelha foi preenchida da seguinte forma:
(a) Com R$ 1 milhão, se o computador previu que você só pegaria ela.
(b) Com um sapato velho, se o computador previu que você pegaria ambas.
(c) Com um sapato velho, se o computador previu que você decidiria aleatoriamente.
Perceba que as caixas foram preenchidas com antecedência: o dinheiro não vai se transformar em sapato velho (ou vice-versa) no instante em que você decidir.
Qual a melhor decisão? Por quê? Se em vez do supercomputador fosse Deus fazendo a previsão, isso faria alguma diferença? (suponha, para efeito de argumento, que Deus existe neste cenário, e é onisciente).
Meu gato está morrendo
Enquanto escrevo, a gata vira-lata (com um certo jeito de siamesa) que mora comigo há 17 anos agoniza no tapete da sala, embrulhada em uma manta xadrez. Estou esperando o veterinário para avaliar a situação e discutir opções, mas não tenho muitas dúvidas quanto a qual será a decisão final.
Não sei se gata, a esta altura, sente dor: ela parece inconsciente, mas apresenta pequenos espasmos nas patas dianteiras e no pescoço. Seria dificuldade para respirar?
Ao mesmo tempo em que me vejo pensando na questão da mente dos animais irracionais — até que ponto eles sentem (dor, amor, saudade, ódio)? até que ponto o modo deles de sentir é comensurável com o nosso? — penso também nas decisões que tomei pela gata: trazê-la ao apartamento, tirando-a do jardim da casa onde morei até 2000; não teria sido melhor para ela ficar por lá, com árvores e passarinhos? Mas ela teria vivido tanto na rua, com o risco constante de atropelamento, do cachorro do vizinho?
Eu tinha o direito de decidir por ela? E se não tivesse, como consultá-la? Faz sentido falar nisso? Ela não é, ao fim e ao cabo, apenas um autômato orgânico, programado pelos instintos para reagir às condições ambientais? Mas, até aí, não somos todos?
Penso também, claro, na decisão que vou tomar daqui a pouco. Esta, pelo menos, será fácil: só o que me incomoda é a demora do veterinário em chegar. Como já disse alguém, guardamos para nossos animais de estimação uma misericórdia que negamos a nós mesmos.
Regenerando uma moeda
Suponha que você precise de uma moeda para tomar uma decisão num lance e cara-ou-coroa — por exemplo, definir quem dará o pontapé inicial num jogo de futebol, ou se o vilão Duas-Caras deve ou não matar a mocinha indefesa — mas desconfie que a única moeda disponível seja “desonesta”, isto é, não tenha uma probabilidade de 50% de cair para cada lado.
Haverá salvação? Surpreendentemente, sim. A técnica foi originada pelo matemático John von Neumann, e consiste em jogar a moeda duas vezes para o alto, ignorando todos os resultados repetidos, tipo AA (duas cAras) ou OO (duas cOroas).
Isso funciona porque, se a probabilidade de a moeda dar “O” é um número qualquer “x”, a probabilide de ela dar “A” será 1-x. Assim, a chance de ela produzir o resultado alternado “AO” será (1-x)x, e o resultado alternado “OA”, x(1-x). Como a ordem dos fatores não altera o produto, as alternadas AO e OA têm exatamente a mesma chance de aparecer.
Claro, para esse sistema funcionar é preciso atribuir significados aos resultados AO e OA, por exemplo, chamando AO de “cara” e OA de “coroa”. Isso é tudo o que basta para fazer uma moeda viciada dar uma resposta honesta.
Investigando a grande lixeira oceânica
Quem leu o livro O Mundo Sem Nós, de Alan Wrisman, certamente ficou impressionado com sua descrição do destino dos plásticos e PETs — como esse mterial, até agora virtualmente indestrutível por meio de processos químicos ou biológicos naturais, fragmenta-se cada vez mais, indo parar até mesmo no interior de animais microscópicos.
Outro dado curioso sobre o destino do lixo é o chamado “Vórtice Plástico” do Oceano Pacífico, uma região entre os EUA continentais e o Havaí onde praticamente todas as formas de lixo jogadas ao mar na América e na Ásia vão parar, por conta das correntes oceânicas. Neste ano, uma equipe de cientistas pretende mergulhar no vórtice.
A preocupação imediata é a entrada do lixo plástico na cadeia alimentar humana. Mas é de se imaginar quanto tempo a evolução vai precisar para produzir uma bactéria capaz de digerir essa bagaça. E o estrago que esse bicho faria num supermercado — e no aquecimento global.