Ano 2000: Um curioso estilo de vida

materia de jornal sobre o futuro
Resolvi traduzir um artigo publicado no jornal St. Petersburg Times, edição do dia 28 de abril de 1968., que apresentava uma bela coleção de previsões de como seria o futuro no ano 2000.
Perceba que o número de acertos é relativamente alto. Talvez por ser uma real tentativa de traçar as tendências do desenvolvimento.
Jornal St. Petersburg Times, edição do dia 28 de abril de 1968.
Ano 2000: Um curioso estilo de vida
O mundo do futuro – o ano 2000, para ser exato – provavelmente incluirá aeroportos circulares, radios de pulso, viagens espaciais e pessoas, pessoas, pessoas.
Este é parte do cenário visto por H. J. Young do Edison Electric Institute de Nova Iorque para os membros do St. Petersburg Advertising Club Wednesday.
Desconhecido como é o futuro, grupos de pesquisadores de todo mundo estão tecendo palpites ambasados sobre o desenvolvimento dos próximos 30 ou 40 anos, diz Young.
Após estudar o que algumas destas 400 pessoas estão prevendo, Young veio com o seguinte cenário para o ano 2000.
Uma coisa que estamos certos é mais população – 6 bilhões no mundo (o que é o dobro da população atual) e algo como 310 a 330 milhões nos EUA.
Megalópoles no sul da Flórida serão tão densas em população no ano 2000 como a área de Nova Iorque é agora.
Os rendimentos crescerão fantasticamente. É estimado que o rendimento anual de uma família não-trabalhadora será de $30.000.
“Será uma questão de decisão pessoal quando trabalhar, quanto tempo trabalhar ou se alguém quer mesmo trabalhar” Young diz. Algumas pessoas podem trabalhar em dois empregos de 20 horas por 15 anos e então se aposentar.
Esta eliminação da necessidade de trabalhar pode ter um efeito tão profundo na sociedade quanto a descoberta da agricultura e a revolução industrial tiveram.
Teremos muito mais energia elétrica, quase metade disso gerada por usinas nucleares.
Vastas fontes de informação estarão disponíveis comumente através do grande uso de computadores e equipamentos eletrônicos miniaturizados.
“Telefones com imagens e rádios de pulso serão lugar comum” diz Young.
Uma possibilidade é que todos receberão números de telefone no nascimento.
“Então você discará seu fone de pulso para falar com um amigo em qualquer lugar no mundo. Se não receber resposta, você saberá que seu amigo morreu.”
O uso de computadores tornará a sociedade cada vez menos dependente de dinheiro vivo, mudará a ênfase na educação para unidades de poucos indivíduos e revolucionará os negócios de publicação e impressão.
“Educação formal será mais longa mas não necessariamente em um fluxo contínuo” diz Young.
Viagens aéreas serão mais comuns, rápidas e baratas. Existirão mais aeronaves de decolagem vertical e aeroportos circulares de quase 3 milhas quadradas substituirão os aeroportos atuais que tomam 10 a 20 milhas quadradas.
No centro da cidade veículos e pedestres terão vias separadas, com tráfego de pedestres por calçadas móveis.
Existirá mais controle do clima, com mercados e quintais em redomas, mas não cidades inteiras em redomas como os escritores de ficção-científica já falaram, diz Young.
Parte de nossa agricultura pode ser feita em construções tipo ´fábrica de alimentos´ e parte no fundo do mar.
Como o interior de uma casa se parecerá, é uma das coisas mais difíceis de se prever, diz Young.
“Toda a ideia de cozinha poderá estar fora de moda”, ele diz.
Viagem espacial será a nova fronteira atraente na imaginação humana em 2000, diz Young, mas a bio-medicina oferecerá o maior salto de todos.
“Em duas décadas – ou três ou quatro – cientistas acreditam que será possível controlar o código genético. As pessoas serão capazes de decidir não somente quantas crianças terão, mas de que gênero.”
Veja o original em
http://news.google.com/newspapers?id=sxoMAAAAIBAJ&sjid=LlwDAAAAIBAJ&pg=3270%2C5570988
Alguns pontos para comparação:
– A população mundial em 1970 era de 3,7 bilhões de pessoas e em 2000 chegou a 6 bilhões.
– A população nos EUA, em 2000 era de 281 milhões
– A produção de energia por meio de usinas nucleares nunca ultrapassou a marca de 25%, nos EUA.

Discussão - 1 comentário

  1. Luciana Cordeiro disse:

    Eu gostaria q a educação já funcionasse desta forma....
    É justamente a imagem q faço quando penso em boa (e de verdade) educação no futuro!
    Muito interessante!

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