Aposta no LHC
Agora que a paranóia de destruição da Terra pelo Large Hadron Collider (LHC) saiu um pouco da mídia, podemos novamente retornar ao assunto sem muito alarde e fantasia.
O website A Long Bet promove diversos tipos de aposta de longo prazo, e uma delas é sobre a possibilidade de destruição da Terra com a ativação do LHC.
http://www.longbets.org/382
A previsão de destruição é feita por Joe Keane, que argumenta que os físicos teóricos não sabem bem o que vai ocorrer e que não possuem conhecimento sobre estes processos de alta energia. Já o desafiador, Nick Damiano, alega que os raios cósmicos já resultam em impactos de mais alta energia e que nenhum tipo de criação de buraco negro ou destruição da Terra ocorre por causa destes eventos comuns, e portanto o LHC não apresentaria maiores riscos.
A aposta de 1000 dólares irá para a National Rifle Association se Joe Keane vencer e para Save the Children se o desafiador Nick Damiano ganhar. A duração do desafio vai de 2008 até 2018.
O curioso e divertido é que se Joe Keane vencer a aposta, a National Rifle Association nunca verá a cor do dinheiro, pois não existirá mais ninguém para receber o valor! 🙂
Joe e Nick não são os únicos que apostam com o LHC. Stephen Hawking também entrou na jogatina e apostou 100 libras, afirmando que o o bóson de Higgs não será descoberto pelo LHC. Hawking também não tem dúvidas de que o LHC não apresenta riscos para a humanidade.
Você também pode votar em um dos apostadores (sem envolver dinheiro). Por enquanto apenas 8% (11 pessoas) acreditam que o LHC destruirá a Terra até 2018. Além de votar você pode discutir sobre o assunto, mas para isso é necessário estar cadastrado (gratuitamente).
Outras apostas interessantes estão em atividade pelo site:
– Até 2029 nenhum computador, ou ´máquina inteligente´, passará pelo Teste de Turing
– Até 2030 voos comerciais acontecerão em aviões sem piloto. Nesta o Eric Schmidt, CEO do Google, aposta o contrário.
– O universo irá parar eventualmente de expandir (sem data proposta).
http://www.longbets.org/
Sabor de cianeto
Um pouco de humor negro surge quando alguém comenta sobre o odor do gás cianídrico (HCN). Por ser um gás extremamente tóxico, sempre fica a dúvida como alguém sobrevive para descrever o odor deste gás.
O cheiro normalmente é descrito como sendo de amêndoas amargas. E ainda existem pessoas, que por um fator genético, não conseguem perceber nenhum tipo de odor no HNC; podendo até resultar em fobia.
Sei um pouco como é este pavor relacionado ao cianeto. Quando eu trabalhava no estágio em um laboratório de análises de banhos de galvanoplastia, cometi um erro na preparação de uma solução e acabei acidentalmente gerando uma pequena quantidade de gás cianídrico dentro de um balão volumétrico. Senti uma sensação de pavor percorrendo meu corpo, era como se meus pés estivessem afundando no chão. Provavelmente foi mais pelo susto de ter talvez inalado algum gás, do que pelo próprio efeito do gás. Lembro que não consegui identificar nenhum tipo de odor. Até hoje não sei se tenho inabilidade genética, ou se simplesmente não inalei nada. Suspeito que é a segunda alternativa.Também não pretendo ficar testando esse tipo de assunto. Minha curiosidade não vai tão longe! 🙂
Agora parece que mais um mistério sobre o cianeto pode ser revelado.
Uma nota de um suicida revelou que o o sabor do cianeto de potássio é acre (picante) e queima a língua.
Só até amanhã!
A promoção para concorrer ao livro ´Por que o bocejo é contagioso?´ vai até amanhã!
Veja as instruções e deixe seu comentário no post, em:
http://lablogatorios.com.br/massacritica/2009/resenha-bocejo-contagioso/
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Resenha – Por que o bocejo é contagioso?
Em Por que o Bocejo é Contagioso?, a neurocientista Suzana Herculano-Houzel responde a 80 dessas perguntas que tanto nos intrigam no cotidiano. Tudo isso de um modo simples, fácil de entender e, ao mesmo tempo, de acordo com as pesquisas mais recentes em sua área. (Via http://www.cerebronosso.bio.br/por-que-o-bocejo-contagioso/ )
Fiquei feliz em receber como cortesia da Jorge Zahar Editor este excelente livro da Suzana.
A sequência de perguntas e respostas é entusiasmante, prende a leitura até o fim e, como a autora mesmo revela, desperta ainda mais curiosidade sobre os assuntos abordados.
Uma das perguntas é: Por que é impossível imaginar uma cor que nunca vimos?
Por acaso este é um assunto que abordo em algumas de minhas aulas de físico-química, para tentar demonstrar como alguns conceitos científicos são de difícil visualização (em uma construção mental-visual), e de como precisamos da matemática para nos auxiliar no sentido esquematizar certos assuntos.
Outro tema muito curioso e abordado diversas vezes pela autora é que o ato de pensar também cansa. O cérebro precisa de repouso após algum uso para voltar ao nível de eficiência inicial. Não adianta muito estudar por várias horas e não dormir nada antes de uma prova. E a memória ainda pode ser modificada à medida em que é usada, por isso sempre tome o cuidado do que você lembra e não invente confusões no que já foi entendido.
Quer uma boa auto-ajuda? Nada melhor do que entender o seu cérebro, é ali que boa parte dessa ajuda faz efeito.
Alguns dos assuntos do livro são também abordados na séria Neuro Lógica do Fantástico.
Praticar exercício faz bem pra memória
O livro faz parte da série Ciência da Vida Comum.
http://www.zahar.com.br/catalogo_colecao.asp?col=42
Brinde
Se você deseja participar de um sorteio* de um exemplar do livro basta deixar um comentário neste blog, com alguma pergunta para a qual você não encontrou resposta, ou então com algum comentário relacionado às neurociências.
*Vou selecionar qual é a melhor resposta.
O ganhador receberá o livro em casa (válido somente para o Brasil).
Beleza interior
The Beatiful Mind é uma galeria online de impressionantes fotografias sobre neurociências, com o objetivo de demonstrar a beleza interior.
Em 2009 a exibição será feita offline pela Europa com o objetivo de promover uma integração entre arte e ciência.
http://www.enception.org/
O projeto é financiado pelo ´Marie Curie Actions´
Via MindHack
Reuniões Anuais da SBPC em vídeo
A internet brasileira também tem o seu acervo de vídeos acadêmicos, mas ainda andamos em passos lentos. Muito lentos para a velocidade de mudanças na internet.
A SBPC ( Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência ) indica em seu site uma coleção de vídeos das reuniões anuais realizadas pela instituição. Por enquanto estão disponíveis arquivos dos anos de 2006 e 2007.
http://www.sbpcnet.org.br/site/videos/index.php?cat=353
O problema… os vídeos estão em Windows Media Player e começam a reprodução em uma tela minúscula e deformada. A solução… clique com o botão direito do mouse sobre o vídeo, selecione zoom e depois ´tela inteira´.
Alguns vídeos que parecem ser interessantes (pelo título, não tenho tempo para avaliar um por um!)
-A origem e os primórdios do planeta Terra
Umberto Guiseppe Cordani
– Nanoquímica – inovação e empreendedorismo
Fernando Galembeck
– Neuroética: a profecia de “Prometeu” retomada
Roberto Lent
-Planetas do sistema solar: quem são e porque
Daniela Lazzaro
Que tal um canal da SBPC no YouTube?
Computação distribuída para energia limpa
Pesquisadores de Harvard e IBM iniciaram o uso de computação distribuída para aprimorar células solares (fotoelétricas ou fotovoltaicas).
A estrutura do projeto é fornecida pelo World Community Grid (IBM), que por sua vez, utiliza também a plataforma BOINC.
Os pesquisadores de Harvard esperam que o projeto permita descobrir combinações de materiais orgânicos que possam ser utilizados para manufaturar célulares solares plásticas, que seriam mais baratas e flexíveis em comparação com as tradicionais células baseadas em silício.
Ao ser instalado no computador, o programa BOINC funciona como um protetor de tela* e utiliza os recursos de um computador ocioso para realizar cálculos específicos. Ao encerrar os cálculos em um bloco de informações o BOINC devolve os resultados ao servidor central e captura um novo pacote de dados que precisam ser processados. Milhares de computadores ociosos podem ajudar na computação de problemas científicos, que em uma máquina sozinha poderiam demorar dezenas (ou mais) de anos.
Iniciei os testes com o projeto e a proteção de tela apresenta as seguintes informações:
as explicações detalhadas das informações de cada gráfico estão disponíveis em
https://secure.worldcommunitygrid.org/projects_showcase/cep1/viewCep1Faq.do?shortName=cep1
Para os leigos serve como… uma bela (e útil) proteção de tela.
Em meu computador (Intel Core 2 1.66GHZ) cada pacote de dados tem uma previsão de 17 horas de processamento. Não tenho pressa.
http://www.worldcommunitygrid.org/projects_showcase/cep1/viewCep1Main.do
Via Cleantechnica
*o programa pode ser ajustado para rodar o tempo todo em segundo plano, sem roubar (muitos) recursos de processamento.
Sol e VY Canis Majoris
Nosso pequeno mundo.
Quando anunciaram mais um vídeo de comparação de escalas e de tamanho de objetos no espaço, pensei que já havia visto tudo e acabei ignorando o vídeo.
Hoje resolvi assistir e percebi que a produção gráfica em conjunto com a música deram uma dimensão mais vibrante dessas comparações.
Consultei o oráculo Wikipedia…
Uma equipe de astrônomos liderados por Roberta Humpreys, da Universidade de Minnesota através do Telescópio Espacial Hubble e do observatório de W.M. Keck, Kameula, Havaí estimou que seu raio [VY Canis Majoris] está entre 1800 e 2100 raios solares.
http://pt.wikipedia.org/wiki/VY_Canis_Majoris
MIT World – Vídeos
O site MIT World já existe a um bom tempo, mas agora a novidade é que os vídeos estão disponíveis em plataforma flash (semelhante ao YouTube). Antigamente os vídeos estavam em RealVideo (um porre!) e eram difícies de acessar e assitir, mesmo com internet rápida.
Os vídeos são ´on demand´e apresentam uma bela coleção de palestras e eventos públicos que ocorreram no MIT.
The Blank Slate: The Modern Denial of Human Nature
Steven Pinker (2002)
Bando de estorninhos
Um bando de 300.000(?) estorninhos faz um estranho balé pelo ar. O movimento é muito parecido com o de um cardume de peixes.
(vídeo real)
Esses bandos possuem um comportamento coletivo, descentralizado e auto-organizado.
O animador gráfico Craig Reinolds em 1986 ao realizar pesquisas para construir animações gráficas para simular voo de bandos de passaros descobriu em observações que não existia um líder no banco, e que cada pássaro seguia individualmente algumas regras:
– Separação – um pássaro evita o choque com outros que estão próximos
– Alinhamento – cada pássaro tenta ficar no centro de um grupo, provavelmente para evitar predadores
– coesão – mantém a união do bando
Ainda é possível adicionar regras de se evitar obstáculos ou perseguir objetivos.
Esse grupo de regras de simulação foi chamado de Boids ( birds + androids ).
http://en.wikipedia.org/wiki/Boids
Simulação – Boids