42 tentativas para matar Hitler

Por que ninguém tentou matar Hitler?
Esta é uma pergunta que certamente muitas pessoas já fizeram.
Tentaram! E foram diversas vezes! Algumas com um planejamento extremamente refinado e outras que não chegaram nem a ser executadas.Talvez a tentativa mais famosa de assassinato de Hitler, seja a a que deu origem ao filme Operação Valkíria, mas existiram pelo menos outras 41 tentativas que também apresentam detalhes merecedores de atenção.
No impressionante documentário da National Geographic, 42 Ways to Kill Hitler, alguns destes planos são explicados em detalhes, em uma equilibrada união entre história e suspense.

Roger Moorhouse, autor do livro Quero Matar Hitler, faz diversos comentários durante o documentário, o que leva a crer que este livro seja uma obra importante para quem quer saber mais sobre o assunto.
No Brasil este documentário já foi também exibido no History Channel.

Ano 2000: Um curioso estilo de vida

materia de jornal sobre o futuro
Resolvi traduzir um artigo publicado no jornal St. Petersburg Times, edição do dia 28 de abril de 1968., que apresentava uma bela coleção de previsões de como seria o futuro no ano 2000.
Perceba que o número de acertos é relativamente alto. Talvez por ser uma real tentativa de traçar as tendências do desenvolvimento.
Jornal St. Petersburg Times, edição do dia 28 de abril de 1968.
Ano 2000: Um curioso estilo de vida
O mundo do futuro – o ano 2000, para ser exato – provavelmente incluirá aeroportos circulares, radios de pulso, viagens espaciais e pessoas, pessoas, pessoas.
Este é parte do cenário visto por H. J. Young do Edison Electric Institute de Nova Iorque para os membros do St. Petersburg Advertising Club Wednesday.
Desconhecido como é o futuro, grupos de pesquisadores de todo mundo estão tecendo palpites ambasados sobre o desenvolvimento dos próximos 30 ou 40 anos, diz Young.
Após estudar o que algumas destas 400 pessoas estão prevendo, Young veio com o seguinte cenário para o ano 2000.
Uma coisa que estamos certos é mais população – 6 bilhões no mundo (o que é o dobro da população atual) e algo como 310 a 330 milhões nos EUA.
Megalópoles no sul da Flórida serão tão densas em população no ano 2000 como a área de Nova Iorque é agora.
Os rendimentos crescerão fantasticamente. É estimado que o rendimento anual de uma família não-trabalhadora será de $30.000.
“Será uma questão de decisão pessoal quando trabalhar, quanto tempo trabalhar ou se alguém quer mesmo trabalhar” Young diz. Algumas pessoas podem trabalhar em dois empregos de 20 horas por 15 anos e então se aposentar.
Esta eliminação da necessidade de trabalhar pode ter um efeito tão profundo na sociedade quanto a descoberta da agricultura e a revolução industrial tiveram.
Teremos muito mais energia elétrica, quase metade disso gerada por usinas nucleares.
Vastas fontes de informação estarão disponíveis comumente através do grande uso de computadores e equipamentos eletrônicos miniaturizados.
“Telefones com imagens e rádios de pulso serão lugar comum” diz Young.
Uma possibilidade é que todos receberão números de telefone no nascimento.
“Então você discará seu fone de pulso para falar com um amigo em qualquer lugar no mundo. Se não receber resposta, você saberá que seu amigo morreu.”
O uso de computadores tornará a sociedade cada vez menos dependente de dinheiro vivo, mudará a ênfase na educação para unidades de poucos indivíduos e revolucionará os negócios de publicação e impressão.
“Educação formal será mais longa mas não necessariamente em um fluxo contínuo” diz Young.
Viagens aéreas serão mais comuns, rápidas e baratas. Existirão mais aeronaves de decolagem vertical e aeroportos circulares de quase 3 milhas quadradas substituirão os aeroportos atuais que tomam 10 a 20 milhas quadradas.
No centro da cidade veículos e pedestres terão vias separadas, com tráfego de pedestres por calçadas móveis.
Existirá mais controle do clima, com mercados e quintais em redomas, mas não cidades inteiras em redomas como os escritores de ficção-científica já falaram, diz Young.
Parte de nossa agricultura pode ser feita em construções tipo ´fábrica de alimentos´ e parte no fundo do mar.
Como o interior de uma casa se parecerá, é uma das coisas mais difíceis de se prever, diz Young.
“Toda a ideia de cozinha poderá estar fora de moda”, ele diz.
Viagem espacial será a nova fronteira atraente na imaginação humana em 2000, diz Young, mas a bio-medicina oferecerá o maior salto de todos.
“Em duas décadas – ou três ou quatro – cientistas acreditam que será possível controlar o código genético. As pessoas serão capazes de decidir não somente quantas crianças terão, mas de que gênero.”
Veja o original em
http://news.google.com/newspapers?id=sxoMAAAAIBAJ&sjid=LlwDAAAAIBAJ&pg=3270%2C5570988
Alguns pontos para comparação:
– A população mundial em 1970 era de 3,7 bilhões de pessoas e em 2000 chegou a 6 bilhões.
– A população nos EUA, em 2000 era de 281 milhões
– A produção de energia por meio de usinas nucleares nunca ultrapassou a marca de 25%, nos EUA.

Kelvin e seus truques

William Thomson, mais conhecido como Lord Kelvin, conseguia desenvolver uma incrível quantidade de tarefas, com mais de 600 artigos publicados, consultorias, investigações públicas, palestras, ele ainda encontrava tempo para impressionar seus alunos com demonstrações cativantes em sala de aula.
J.T. Loyd, professor da Universidade de Glasgow (mesma da carreira de Kelvin), fez um apanhado de alguns experimentos realizados por Kelvin em sala de aula.
Lorde Kelvin demonstrado
Rev. Bras. Ensino Fís. vol.29 no.4 São Paulo 2007

Kelvin gostava de utilizar o piche nas demonstrações, que pelas curiosas propriedades era comparado com o ´éter´ em sua possível presença e constituição. O piche poderia ser moldado com um sino e tocado, ou então ter a fluidez que permitia que materiais leves nele flutuassem e pesados afundassem.
A sua ´geleira´ feita com piche, iniciada em 1887 e atualmente exposta em um museu, está quase totalmente desenvolvida.
piche viscosidade
Iniciado em 1887 este experimento é mais antigo do que a famosa demonstração das gotas de piche que caem por um funil, com inicio em 1927 e apenas 8 gotas.
piche gotejante
Em 2005 o experimento das gotas recebeu o Prêmio IgNobel de Física.

Julius Sumner Miller

A série educacional australiana Demonstrations in Physics (Science Demonstrations, nos EUA), apresentada pelo professor Julius Sumner Miller já valeria só pela dramática música inicial, que parece anunciar um filme de terror ou FC! 🙂
As demonstrações prendem a atenção pela inusitado da narração e dos trejeitos do professor. Também é curioso que não existe uma preocupação em fazer uma apresentação perfeita dos experimentos, e os pequenos erros fazem parte do show.
Heat by Convection pt. 1

Cooonvectioon… up up up… down down down…
Physics – Liquid Nitrogen pt. 1

Physics – Liquid Nitrogen pt. 2

Veja uma coleção com 58 vídeos.
http://www.youtube.com/view_play_list?p=10ED1BADAF69310A
Sua fama ajudou até a vender chocolates.

Projeto Tuva – Microsoft e Richard Feynman

projeto-tuva.jpg
Como eu já tinha comentado por aqui, o Bill Gates comprou os direitos de alguns materiais da coleção de arquivos de Richard Feynman (1918-1988).
http://research.microsoft.com/tuva
Feynman era famoso por suas excelentes palestras e facilidade em ensinar a física e cativar a audiência com sua impressionante habilidade de explanação.
O material está disponível em uma nova plataforma de vídeo, que permite a procura de assuntos dentro das palestras, a inserção de anotações, navegação por material adicional e acompanhamento de comentários de especialistas.
Preciso dizer que sou um admirador de Feynman? 🙂
O projeto será expandido futuramente com mais palestras. Mal posso esperar.

Confira em
http://research.microsoft.com/tuva

Projeto Manhattan – Oak Ridge e Hanford

Série de fotografias das instalações de enriquecimento de urânio e produção de plutônio, para construção das bombas de Hiroshima e Nagasaki.
As duas instalações fotografadas faziam parte do Projeto Manhattan, cujo objetivo era o desenvolvimento das primeiras armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial. A terceira parte do projeto estava situada em Los Alamos.
Calutron alfa – Primeio estágio, fonte de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1943
alpha-calutrons-1.jpg
Um calutron é um espectrômetro de massas usado para separar isótopos de urânio.
Calutron alpha – bombeamento, primeio estágio, fonte de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1943
alpha-calutron-2.jpg
Calutron beta – Segundo estágio, fonte de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1943
beta-calutron-1.jpg
Reator X-10, planta piloto para produção de plutônio para a bomba de Nagasaki, Oak Ridge, Tenesse 1943
reator-x-10.jpg
O reator X-10 foi o segundo reator nuclear artificial a ser construído e o primeiro com projeto de operação contínua.
Sistema de controle, planta piloto X-10 para produção de plutônio para a bomba de Nagasaki, Oak Ridge, Tenesse 1943
controle-x-10-1.jpg
Prédio norte K-25, planta de Difusão Gasosa para enriquecimento de urânio para a bomba de Hiroshima, Oak Ridge, Tenesse 1945
k-25-gas-1.jpg
O processo de difusão gasosa é baseado no princípio de que moléculas de um isótopo mais leve passarão através de uma barreira porosa mais facilmente do que moléculas com isótopos mais pesados. Uma série de repetições do processo gera uma separação de urânio-235 do urânio-238.
Setor oeste da planta de difusão gasosa K-25 para enriquecimento de urânio para a bomba de Hiroshima, Oark Ridge, Tenesse 1945
K-25-oeste.jpg
Estação e planta K-27 de difusão gasosa para enriquecimento de urânio, Oak Ridge, Tenesse 1945-46
k-27.jpg

Emergency Air Sphere
, K-31 e K-33 plantas de difusão gasosa para enriquecimento de urânio, Oak Ridge, Tenesse 1951 e 1954
esfera-1.jpg
Andar de células, K31 planta de difusão gasosa para enriquecimento de urânio, Oak Ridge, Tenesse 1951
k-31-andar.jpg
Reator B, fonte do plutônio da bomba de Nagasaki, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
reator-b.jpg
O Reator B foi o primeiro reator construído para produção de plutônio em larga escala.
Sala de controle do Reator B, fonte do plutônio da bomba de Nagasaki, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
reator-B-controle.jpg
Face do Reator B, fonte do plutônio da bomba de Nagasaki, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
face-reator.jpg
Sistema de válvulas de controle de água de refrigeração do Reator B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
valvulas-reator.jpg
Casa de bombeamento e motores, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
motores-bombas.jpg
Subestação elétrica e Reator B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
estacao-eletrica.jpg
Trilhos de trem e Reator B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
trem-reator.jpg
Trem e prédio de estocagem, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
trem-predio-estoque.jpg
Entrada No 15 para a planta B, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
entrada-reator.jpg
Planta B para separação química de plutônio dos produtos do reator, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
separacao-quimica.jpg
Caixa-forte de plutônio Gable Mountain, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
caution-1.jpg
Caixa-forte de plutônio Gable Mountain, Hanford Nuclear Reservation, Washington, 1944
rese1.jpg
Veja mais informações em
http://www.photographyserved.com/Gallery/Slouching-towards-Bethlehem-___/56780
As imagens originais estão sob licença CreativeCommons.
Veja também
Fotos da primeira usina nuclear

Ornitópteros

Quando penso em um avião que pode bater as asas, inevitavelmente lembro das antigas tentativas frustradas de construção dos primeiros aviões. Tenho aqueles filmes em preto e branco gravados na memória, com acidentes estranhos e divertidos (acho, que sem vítimas).

Este tipo de projeto exótico, com asas móveis, é batizado de ornitóptero ( do grego ´ornithos´ ave e ´pteron´ asa) e apresenta desenvolvimento tecnológico lento e que ainda causa uma certa estranheza pelo movimento desengonçado.
A Wikipedia traz um histórico dos projetos de oritópteros tripulados, com uma primeira tentativa, de sucesso duvidoso, em 1929.
http://en.wikipedia.org/wiki/Ornithopter#Manned_flight
As tentativas mais recentes são do grupo da University of Toronto Institute for Aerospace Studies, chefiado pelo Professor James DeLaurier.
http://www.ornithopter.net/
Teste realizado em 8 de julho de 2006.
O impulso inicial para decolagem foi conseguido com propulsão por jato, mas os projetistas afirmam que boa parte do trabalho foi feito pelo bater das asas.

Fatores culturais, o sucesso de projetos com asas rígidas e dificuldades técnicas tem afetado o fluxo de financiamentos para este tipo de iniciativa. E quase unicamente os modelos não-tripulados tem atraído interesse, ou de entusiastas aeromodelistas ou de militares para aplicação em espionagem.
Um portal com informações na área
http://www.ornithopter.org/

Bônus.

Encontrei um vídeo estranho de pilotos sofrendo acidentes propositadamente!

Primeira usina nuclear

A primeira usina nuclear do mundo, com propósito civil, foi construída na Rússia, na cidade de Obninsk.

mapa-usina-nuclear.jpg

O projeto foi iniciado em janeiro de 1951 e teve sua construção concluída em junho de 1954. Por até 10 anos foi o único reator civil em operação na União Soviética, com previsão de vida útil de operação até 1984, mas com as demandas econômicas a estrutura só foi desativada definitivamente em 29 de abril de 2002.
O projeto e reator foram batizados de AM-1 (“Атом Мирный”, Átomo Pacífico), com uma capacidade de operação de 6 MW seria o suficiente para 20.000 casas modernas.
Para entrar você deve vestir um guarda-pó branco.
Clique nas imagens para ampliar.
usina-preparacao-pq.jpg

usina-not-peq.jpg

Sala de controle
usina- nuclear controle

usina-controle-dois-peq.jpg

usina-controle-tres-peq.jpg

usina-controle-quatro-pew.jpg

usina-controle-cinco-peq.jpg

usina-controle-seis-peq.jpg

usina-controle-sete-peq.jpg


usina-controle-oito-peq.jpg

Câmara do reator
usina-reator-peq.jpg

usina-reator-dois-peq.jpg

usina-pers-peq.jpg

O transporte das cápsulas de urânio era feito por meio de controle externo e isolado. As paredes da sala de controle eram grossas (50cm) e visores de quartzo permitiam um controle visual, já que inexistiam câmeras para controle remoto.
usina-pared-peq.jpg

usina-pared-dois-peq.jpg

usina-visor-peq.jpg
Veja mais imagens em
http://englishrussia.com/?p=3217
Imagens publicadas com autorização de Ilya Varlamov.
Via English Russia

Moda futurista

Estilistas da década de 30 imaginavam como poderia ser a moda no ano 2000.
Um desenhou vestidos adaptáveis para diversas ocasiões do dia, outro pensou em um vestido com uma rede transparente… talvez para pescar algum homem! E até uma lâmpada que enfeita um penteado.

Tem até uma previsão para roupas masculinas! O que é aquilo na cabeça dele?!
Algo que não mudou é a mania dos estilistas por coisas estranhas.:-)
Via Geeks are Sexy

Sexo no futuro

No seu livro Um Dia na Vida do Século XXI, Arthur C. Clarke (1886), fez uma série de previsões de como poderia ser o cotidiano de alguém vivendo no dia 20 de julho de 2019.
sexo futurismo livro arthur clarke
Estas previsões incluem um criativo anúncio em classificados (pag 220):

Mulher branca casada, 40, procura homem bem-dotado solteiro branco, 18-28, para 3 meses de companheirismo íntimo. Meu marido em tratamento hormonal (ele está grávido de 6 meses) está de repouso. Você toma conta de mim, e eu tomarei conta de você. Eletroestimulação ok; bem como orgasmo melhorado com medicamentos, mas prefiro parceiros com equipamento original em vez de implantes. Envie foto e certificado de vacinação para Caixa 2238.
–Anúncios pessoais, The Village Voice (July 20, 2019)

Via Paleo-Future
Veja também
O futuro no ano 2000

Categorias

Sobre ScienceBlogs Brasil | Anuncie com ScienceBlogs Brasil | Política de Privacidade | Termos e Condições | Contato


ScienceBlogs por Seed Media Group. Group. ©2006-2011 Seed Media Group LLC. Todos direitos garantidos.


Páginas da Seed Media Group Seed Media Group | ScienceBlogs | SEEDMAGAZINE.COM