Ácido pícrico (manter em água)

O ácido pícrico é um ácido orgânico bem simples – os grupos nitro retiram os elétrons, tornando um ácido bem forte para um fenol. Contudo, ele tem um lado ainda mais negro: está para o TNT assim como o fenol está para o tolueno. Os nitros tem o seu preço.
acido_picrico.gif
O ácido pícrico é engraçado, como o niquel raney, é mais benigno quando em água. Por esta razão, é vendido desta forma. Ácido pícrico seco ou seus sais metálicos podem ser bem perigosos. De tempos em tempos você ouve falar sobre velhos frascos deste negócio sendo descobertos e o esquadrão anti-bombas sendo chamado.
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/10/picric_acid_explodey_acids.php
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Tetrametilsilano (referência em RMN)

Como comentei em um texto recente, o RMN foi vital para a ciência nas últimas décadas – é usado na caracterização de substâncias químicas, células, pessoas, têxteis – quase tudo o que as pessoas conseguiram achar um modo de como colocar em um campo suficientemente forte.
InChI=1/C4H12Si/c1-5(2,3)4/h1-4H3
Tal como muitos organossilanos, o tetrametilsilano (TMS) tem um ´deslocamento químico´ bem baixo – e é aqui que a sua utilidade aparece – o TMS tem um deslocamento igual a zero, e então pode ser usado como uma referência.
Muitos não gostam do TMS porque será mais alguma coisa para se eliminar. Felizmente, ele quase não fica na fase líquida – tem uma temperatura de ebulição próxima da temperatura ambiente – então a evaporação do solvente do RMN removerá o TMS (por exemplo, o solvente CHCl3, e deuterado CDCl3)
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/09/tetramethylsilane_nmrs_incar_g.php

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Piridina (benzeno com odor)

Piridina é simplesmente um benzeno com um nitrogênio substituindo um dos CHs.
piridina molecula estrutura
Tal mudança simples tem uma miríade de efeitos. A adição de um nitrogênio eletronegativo faz da piridina uma boa base (é comumente usada em reações que geram prótons, para eliminar o ácido no decorrer do processo). A mesma mudança a torna miscível em água (benzeno é somente 0,2% solúvel (aprox.)).
Mais importante, contudo, é que a piridina fede. Mesmo em alta diluição. Não é um comum odor químico penetrante, tem uma riqueza biológica que os heterocícliclos nitrogenados parecem cumprir com maestria (veja por exemplo o indole, com sua intensidade fecal). O benzeno tem um odor agradável como a gasolina (contudo, ambos são bem tóxicos), mas a piridina fede como uma sala não ventilada cheia de moribundos e doentes terminais.
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/09/pyridine_smellier_benzene.php
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Estricnina (para quem gosta de RMN)

A estricnina é um veneno bem conhecido e presente em romances policiais, com um LD50 moderadamente baixo (ca 10mg). Você encontrará atualmente mais em RMNs.
estricnina molécula estrutura quimica
O RMN tem um amor pela estricnina por alguma razão. É um bom exemplo de uma molécula com uma estrutura difícil de solucionar, que o RMN resolve com rapidez. Não sei porque isso sempre está em salas de RMN, em uma prateleira com 40 amostras esquecidas (quem deixa todos esses tubos?), um pode conter estricnina suficiente para uma década de histórias da Agatha Christie – estas são aquelas amostras concentradas para 2D. Acho que usam para treinamento?
O interessante é que o ácido tânico aparentemente complexa a estricnina, formando um precipitado, e era uma vez utilizado como um antídoto (provavelmente só em casos de ingestão recente).
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/09/strychnine_is_for_nmr_lovers.php

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Tiron (ligante colorido)

O Tiron é um metal ligante e pode ser usado em ensaios colorimétricos para metais.
tiron molecula estrutura
Complexos de metais de transição tendem a ter a feliz propriedade de ter seu orbitais de fronteira com energias características de fótons de luz visível – ou seja, eles acabam tendo belas cores. Nunca usei, mas a Merck afirma que complexa com diferentes metais que cobrem essencialmente todos o espectro visível – o ferro resulta em azul, cobre em amarelo esverdeado, titânio em laranja e molibdênio em amarelo.
Para outro exemplo de um metal ligante colorimetricamente útil, veja o texto sobre o famoso em laboratórios de química analítica na graduação, o negro de eriocromo T.
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Ácido cloroáurico (ouro líquido)

O ácido cloroáurico é obtido pela oxidação do ouro em presença de cloro, por exemplo, em água régia.
acido cloroaurico molecula estrutura
O ácido cloroáurico é o personagem central de uma das mais belas histórias na ciência. Como esconder um prêmio Nobel dos Nazistas.
Minha história favorita sobre a água régia é esta: durante a Segunda Guerra Mundial, um químico húngaro que vivia na Dinamarca, George de Hevesy, literalmente dissolveu em água régia duas medalhas de Prêmio Nobel de colegas, para que, quando os Nazistas invadissem Copenhagen, elas não pudessem ser roubadas (ele assumiu, corretamente, de que os Nazistas deixariam os produtos químicos para trás). Após a guerra, ele recuperou o ouro, e o comitê do Nobel refez as medalhas. Leia mais sobre isto, aqui.
Gosto dessas histórias de heroísmo nerd. E honestamente, você teria essa presença de espírito? Lembre-se, se tropas de invasão estão vindo, você pode converter seu dente de ouro (ou medalha Olímpica ou de Nobel de algum amigo) em uma solução de aparência inocente. É só usar água régia. Cloroaurato para a vitória!
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/08/chloroauric_acid_liquid_gold.php
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Tropílio (anéis aromáticos)

Anéis aromáticos têm 4n+2 elétrons Pi, onde n é um número inteiro. Você não verá números ímpares de carbonos em anéis aromáticos tão frequentemente por que o padrão de ligações duplas alternadas seria interrompido – se você tem um cátion ou ânion, aromáticos com números ímpares são possíveis.
tropilio molecula estrutura
O cátion tropílio é um desses anéis aromáticos – a mesma contagem de elétrons Pi de um benzeno, mais um carbono extra. Este íon é tão estável que você pode realmente isolar fluoborato de tropílio (sem certeza para outros contraíons). Também tem um pico sempre presente no espectro de massas de alquilbenzenos.
Analogamente, complexos de ânion ciclopentadienil são conhecidos (os famosos ´organometálicos sanduíches´ como o ferroceno). n pode ser também igual a zero – mesmo um ciclopropênio é conhecido!
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/08/tropylium_our_aromatic_rings_g.php
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Ácido fluoroacético (atrapalhando o ciclo)

O ácido fluoroacético é o velho ácido acético, mais um flúor. É um veneno de moderada potência. Estranhamente, nem a parte ´fluoro´ ou a ´ácido acético´ estão relacionadas com qualquer risco normal de toxicidade – ácido acético, como você verá, é fundamental ao metabolismo, e compostos fluorados não são inerentemente maus. Este é um veneno ´baseado em mecanismo´.
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A maioria da energia na sua comida é tornada útil via Ciclo do ácido cítrico (Krebs). Algo é feito diretamente, e algo é feito após um tempo, mas sem o Krebs, você está morto.
O ácido fluoroacético irá resultar na produção de ácido fluorocítrico pela citrato sintase. Não será um grande problema, exceto pela aconitase, que trabalha no ciclo. Dando algum fluorocitrato derivado do fluoroacetato, a aconitase será inibida de trabalhar no citrato normal. Aqui vai a sua energia. Cortanto algum passo no ciclo do ácido cítrico atrapalhamos o trabalho do metabolismo – e isso mata, bem ao modo de outro veneno mitocontrial, o dinitrofenol.
Como observado no texto do Lab Lemming, o fluoroacetato é encontrado em certos tipos de árvores acácia. Sem dúvida isto é para desencorajar alguns ruminantes. A aconitase de plantas parece ter mais elevado tolerância para o fluoroacetato do que nos mamíferos (aviso: artigo antigo e não é minha área)
Em 1859, um homem chamado Thomas Austin trouxe para a Austrália 24 coelhos. Em uma década, existiam milhões de sua prole. Autrália é um lugar estranho – onde existem coisas que não aparecem em nenhum outro local, e outras coisas que são benignas em outros locais são uma praga por lá. Coelhos comem e se reproduzem como loucos e acredita-se terem causado extinção em massa de grandes números de animais nativos da Austrália. O programa Western Shield espalhou aveia misturada com fluoroacetato, entre outros venenos, para diminuir a população de coelhos destruidores e dar às espécies nativas uma chance um pouco melhor.
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/07/fluoroacetate_conning_aconitas.php
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Tabela periódica psicodélica

Nunca imaginei que elementos químicos pudessem ser representados de uma forma tão psicodélica.
Talvez após beber umas 5 xícaras de café eu consiga entrar na onda. Não faço uso de outros alcalóides!
Cloro.
Cof cof cof…

Sinta o zinco.

O fósforo até que é um pouco mais intuitivo.

O site é hospedado pela Royal Society of Chemistry
http://www.rsc.org/chemsoc/visualelements/pages/pertable_fla.htm
Garimpe mais vídeos em
http://www.youtube.com/profile?user=wwwRSCorg&view=videos

Tioglicolato de amônio (forma para os cabelos)

Tioglicolato de amônio é um sal de amônio do ácido tioglicólico. Tendo um tiol (R-SH), o ácido tioglicólico é um bom agente redutor, particularmente de ligações dissulfeto (R-S-S-R´).
molecula estrutura tioglicolato
Nosso cabelo é interligado por uma legião de ligações dissulfeto, determinando se é encaracolado ou liso. Graças à química, você pode rearranjar aquele cabelo frisado. Você pode reduzir com algum tiol (neste caso o menos fedorendo tioglicolato; o fedor é importante, agradeça que ninguém usa beta-mercaptoetanol, que iria funcionar bem, mas espantaria todas as suas amizades). Faça o seu estilo de penteado e reoxide com algum peróxido de hidrogênio e você terá os dissulfetos bem onde quer, de um cabelo anos 80 até um visual cabelo lambido.
O peróxido também terá o benefício de melhorar o fedor. Oxidante suficientemente potente levará os tióis até dissulfeto sem odor e então para o ácido sulfônico inodoro.
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2007/07/ammonium_thioglycolate_any_cos.php

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