Um trabalho realizado pela pesquisadora Thais Godoy, do Instituto de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), demonstra que os efeitos da yoga melhoram os sintomas do humor e da qualidade de vida dos praticantes.
A pesquisadora constatou que 68% dos indivíduos do grupo de yoga apresentaram índice mínimo de depressão, enquanto, no grupo que não praticou, apenas 39% apresentaram melhora. Além disso, entre os praticantes de yoga, 76%, apresentaram grau mínimo de ansiedade, contra 7% do grupo de controle. O resto era ansioso!
O objetivo do estudo era verificar a eficácia da prática do yoga como um recurso terapêutico. Ela pode ser utilizado como terapia complementar por qualquer indivíduo ou ainda como um recurso para os tratamentos psicológicos ou psiquiátricos.
O cálculo foi realizado com 15 indivíduos de um grupo experimental de uma empresa e 15 do grupo de controle – nome para aqueles que não praticaram yoga. A idade dos participantes era entre 20 a 45 anos de idade. A aplicação do programa com as técnicas de yoga teve duração de três meses, com 50 minutos/aula.
“O yoga incentiva os praticantes a tomarem consciência de seu corpo e de suas tensões através de posturas físicas. Além disso, por focar o autoconhecimento, concentração e meditação, sua prática também pode contribuir para facilitar a autoconfiança e um sentimento pessoal de maior senso de controle e qualidade de vida”, afirma Ricardo Monezi Julião de Oliveira, professor do curso de pós graduação em Medicina Comportamental, do departamento de Psicobiologia da Unifesp.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta hoje mais 90% da população mundial. Este fato preocupa a comunidade científica, uma vez que o ele está associado à ocorrência de diversas doenças como cardiovasculares, gastrointestinais, distúrbios do crescimento, câncer, depressão, distúrbios reprodutivos e doenças infecciosas.