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Divulgação científica: fecho primeiro ciclo de dez anos

Hoje, minha bolsa de divulgação científica do CNPq chega ao fim. Ela tinha duração de um ano. Fecho meu ciclo de dez anos de divulgação científica, mais abaixo no texto explico o porquê, com a sensação de dever cumprido. Feliz pela oportunidade, pelo reconhecimento, pelo resultado! Meu trabalho era gerenciar as redes sociais da instituição como o Instagram, o Facebook e o Twitter, este de maneira mais compartilhada com os outros comunicadores. Uma honra! Algo que fiz com muita dedicação, amor e estudo, acima de tudo.

Para fazer jus à organização, estudei muito durante esses doze meses. Li livro ainda nem publicado em português e autores do mundo todo. Eu precisava ser muito boa para chegar um pouco ao patamar de uma das principais instituições brasileiras que financia a pesquisa por aqui. E todo o conhecimento adquirido eu procurava aplicar. Estudei comportamento de internautas, os tal dos obscuros algoritmos das redes sociais, as tendências de internet, análise do discurso, semiótica. A divulgação científica eu trouxe na bagagem.

Desenhei e executei uma estratégia de marketing digital focada em redes sociais de maneira orgânica – sem investimento em publicidade. Em meses, o CNPq passou de a não existência no Instagram para 35 mil seguidores. No Facebook, de 0 até 20 mil. No Twitter, ganhou quase 10 mil e manteve os mais de 60 mil que já tinha. Além desse tipo de alcance, publicações nas redes sociais dele pautaram a mídia. Pessoas se engajaram com o órgão. Se sentiram mais próximas dele.

O CNPq também foi para o Spotify com programas de rádios excelentes feitos por dois colegas. Ganhou o olhar de outros dois jornalistas maravilhosos, um da área escrita e outro de vídeo. Muita bagagem e riqueza foi trocada entre os cinco bolsistas de divulgação científica e o incrível time de comunicação do órgão. Um verdadeiro trabalho em equipe feito por pessoas que amam a ciência. Tínhamos reunião de pauta semanal, conversávamos durante os outros dias sobre os temas que abordaria, trocamos informação e conhecimento. Éramos uma afinada equipe.

O começo na prática foi neste blog
E a bolsa do CNPq consegui em uma época muito difícil da minha vida. Sabe quando a roda-gigante gira para baixo? Era neste lugar em que eu me sentia estar. Trabalhava como freelancer, acabava de mudar para um outro local devido a problemas pessoais, procurava um novo caminho profissional. E o novo eu encontrei em uma antiga paixão: a ciência. Sinto que toda vez que retorno à divulgação científica e seus afins, a roda gira de novo. E para cima.

Após voltar a ela, cobri um querido repórter na Folha de S.Paulo no caderno Ciência, passei madrugadas atualizando o Currículo Lattes para me candidatar à bolsa do CNPq – mesmo sem ter mestrado e doutorado, dois requisitos de peso neste tipo de concurso -, dei um TEDx para mil pessoas falando sobre minha paixão: a divulgação científica. Também trabalhei no amado Pacto pela Democracia, onde descobri uma paixão que nem sabia sua força dentro de mim, a política.

Exatos dez anos depois que comecei meu blog Xis-xis, o local onde depositei minhas ânsias e esperanças em trabalhar falando sobre a ciência e o meio ambiente, consegui a primeira bolsa do CNPq especialmente voltada à divulgação científica. E ainda para trabalhar no meu querido ambiente online.

Neste caso especificamente, obrigada aos meus colegas da área de divulgação científica há anos cada um trabalhando pela mesma causa, aos meus colegas de bolsa, à maravilhosa equipe do CNPq – eles são incríveis – e ao CNPq pela oportunidade. Espero ter cumprido com o meu papel da maneira como todas e todos vocês e à nossa população merecem. Fecho este ciclo de dez anos de divulgação científica com o sentimento de dever cumprido. Com o sonho realizado. Sou apenas gratidão. <3

Telescópio captura imagem mais nítida da região da Nebulosa da Tarântula

nebulosaEnquanto nós, praticamente poeira estrelar, debatemos sobre o fim da greve de caminhões aqui na Terra, o Universo continua belo e seguindo o seu destino. Também nos inspirando.

Aproveitando as capacidades do VLT Survey Telescope (VST), no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, astrônomos capturaram esta nova imagem muito detalhada da Nebulosa da Tarântula e dos seus numerosos aglomerados estelares e nebulosas vizinhas. A Tarântula, também conhecida por 30 Doradus, é a região de formação estelar mais brilhante e energética do Grupo Local de galáxias.

Brilhando intensamente a cerca de 160.000 anos-luz de distância da Terra, a Nebulosa da Tarântula é a estrutura mais impressionante da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea. O Telescópio de Rastreio observou a região e os seus arredores ricos com extremo detalhe, revelando uma paisagem cósmica de aglomerados de estrelas, nuvens de gás brilhante e restos espalhados de explosões de supernovas. Trata-se da imagem mais nítida obtida até hoje de toda a região.

Bom feriado! <3

Feliz 2011!

DSC01083.JPGEste ano, de 2010, foi de fortes emoções – ao menos para mim. Vivi momentos intensos felizes, mas como nem tudo é perfeito, outros tristes.
No campo do trabalho, me tornei repórter fixo do portal Yahoo!. Além de poder colocar em prática diversas faculdades, o site deu a chance de cobrir os bastidores de um evento que sempre desejei conhecer de perto, o Rally dos Sertões. Antes disso, foi uma experiência única trabalhar no principal jornal da RedeTV!, o RedeTV! News; cobrir ciência lá no site iG; fazer frilas para a revista Horizonte Geográfico – desde pequena leio a publicação -; e colaborar para o Uol. Pela primeira vez, fiz parte de uma equipe que ganhou um prêmio, Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo – graças à competência do pessoal da revista Época.
Em 2010, fui muito grata por ser convidada para dar algumas palestras e participar de mesas redondas, como pelos organizadores da Campus Party e pelo pessoal do Aprenda.bio. Foi compensador e divertido! E tenho orgulho de fazer parte de duas redes que me possibilitaram conhecer pessoas únicas e extremamente competentes: Science Blogs e Rede Ecoblogs. Se você pudesse ler os e-mails que rolam nas listas, literalmente, de discussões… São de chorar de tanto rir e, na maioria das vezes, mostram o empreendedorismo que essas pessoas possuem. Também tive outras possibilidades que surgiram, mas, infelizmente, não pude colocar em prática devido à falta de tempo – o dia poderia ter 36 horas!
Quando era adolescente, li algo que me marcou. Não lembro o texto ao certo, mas dizia que todo ano deveríamos conhecer um lugar novo. Pode ser uma praça na próprio município em que mora, uma praia no litoral do estado ou uma cidade européia. Não importa o lugar, apenas que seja novo aos nossos olhos. Sem revelar para ninguém, coloco em prática essa filosofia. Em 2010, realizei outro sonho, tomei uma espécie de banho de cachoeira nas Cataratas do Iguaçu. De tabela, ainda passei uns dias na nossa vizinha Argentina e fiz uma viagem antropológica pelo Paraguai. Além disso, voltei para Vila Velha, também no meu estado natal do Paraná, para ver de pertinho as furnas. Isso tudo sem contar os banhos de mar em praias, que não conhecia, do Litoral Norte de São Paulo.
Quanto aos acontecimentos tristes, prefiro não escrever para evitar deixar registrado. Ficarão na memória sendo que, pouco a pouco, restarão apenas boas lembranças.
Para ilustrar este post, uma foto das Cataratas do Iguaçu. Um lugar com uma energia indescritível. Sei que parece um papo zen, mas é emocionante. O barulho das águas, o “spray” que sobe das quedas e as loucas andorinhas atravessando as paredes das cachoeiras são marcantes. Isso é força.
Bom, chega de blá blá blá. Agradeço a todos que fazem parte da minha vida. A todos que acompanham o blog. Desejo um maravilhoso 2011! Que seja um ano de colheita de toda essa energia despendida. De toda essa força. Um ano de festas, alegrias, risadas, saúde! Aproveite o Ano Novo! Um beijo, nos vemos em 2011!

Homem também engravida

É verdade. Existem homens tão participativos na vida da mulher – meninas, diz o ditado que quem procura acha – que metade da população de futuros pais, 54%, desenvolve alguns sintomas relativos à gravidez durante a gestação. Essa manifestação se chama Síndrome de Couvade. Os homens ganham peso, em média seis quilos, e podem ter um aumento de cerca de cinco centímetros da cintura.
“A Síndrome de Couvade não é uma doença, mas um conjunto de sintomas. O pai se exprime psicologicamente ao assumir a gravidez apresentando sensações semelhantes às da companheira grávida. Os futuros pais podem engordar, sofrer com enjôos, desejos, crises de choro ou mesmo depressão”, explica Alberto D´Auria, ginecologista, obstetra e diretor do hospital Pro Matre Paulista.
Cléber Chinelato, gestor de tecnologia de 34 anos, é um exemplo. Sua esposa está grávida de quatro meses do primeiro filho do casal. “Havíamos programado uma viagem de férias para Europa. Assim que a Roberta descobriu que estava grávida, ela enjoou durante o passeio e eu senti o mesmo. Pensei que fosse algo relativo à comida local. Voltamos para casa e continuei sentindo a mesma indisposição. A falta de vontade de comer durou, praticamente, dois meses”, conta Cléber.
“Depois dessa fase, comecei a sentir desejos repentinos. Acabei influenciando minha esposa que, até aquele momento, havia sentido poucas vontades. Na última vez, cheguei em casa querendo comer hamburger com queijo e maionese. Propus à Roberta e ela topou na hora”, relembra. D´Auria afirma: “A ansiedade, aliada a uma forte ligação afetiva e emocional com a mulher, acaba por transferir para o marido uma série de sensações que costumam se manifestar somente na figura feminina”.
A Síndrome de Couvade é normal. A procura por um especialista apenas é recomendável quando a situação passa a incomodar o casal e as pessoas próximas. Afinal, os sintomas costumam passar com a melhora das parcerias.
“É preciso ressaltar a importância da participação do pai também na escolha do médico obstetra, do pediatra, da maternidade, no acompanhamento das consultas e exames, na participação no curso de gestantes, na valorização da sexualidade do casal. E que tenha paciência com sua esposa, pois o choro e a ansiedade da futura mamãe fazem parte do dia a dia”, conta o ginecologista. “No pós-parto, o papai pode ajudar em atividades como o banho do bebê, a troca da fralda, levar o filho às consultas no pediatra e a dar muita atenção para a nova mãe. São dicas simples que fazem toda diferença num período de muito desgaste para a mulher”, completa. Anotaram, garotos?

O homem pisou na Lua ou é Photoshop?

A-há. Há poucos dias publiquei que seria possível ver as geringonças que o homem, supostamente (!), deixou na Lua – leia aqui. Agora, a Nasa divulgou as tais imagens. Trata-se da primeira vez que os equipamentos deixados lá pelos astronautas das missões Apollo são fotografados.
As fotos foram feitas pela sonda LRO, responsável pelo mapeamento do nosso satélite. Ela irá passar novamente pelo mesmo local e fazer mais cliques. Só que com resolução de imagem até três vezes melhor. Daí, hoje participei de uma discussão.
Quem não acredita que o homem pisou na Lua jura que as imagens foram photoshopadas. Para os incrédulos, a Nasa colocou essas “pintinhas” e “rabiscos” na superfície afirmando que são os restos dos  módulos de descida lunar, suas sombras alongadas e pegadas de astronautas na superfície. Clique na foto para ampliar:

A imagem mostra o local de pouso da Apollo 14. Em sentido horário, estão indicados os instrumentos científicos, as pegadas dos astronautas, a sombra e o módulo lunar. E aí? O homem foi ou não à Lua? Para saber mais sobre as fotos tiradas pela sonda, veja aqui.
ESTE POST FOI PUBLICADO NO BLOG RODA DE CIÊNCIAS. POR FAVOR, COMENTE AQUI.

Brasileira faz tratamento com células-tronco na China

Mais um brasileiro recorre aos tratamentos chineses. A menina pernambucana Clara Pereira, com um ano e nove meses de idade, recebeu seis injeções com células-tronco para curar a paralisia cerebral. Ela possui o problema desde o nascimento. A família de Clara, uma das primeiras crianças brasileiras com essa condição a se tratar na China, foi ao país asiático por não encontrar terapia semelhante no Brasil.
“As propriedades das células-tronco são importantes também para doenças raras que necessitem de regeneração”, conta o pediatra Carlos Alexandre Ayoub, do Centro de Criogenia Brasil (CCB). De acordo com o médico, a cada dia surgem novas técnicas e aplicações para as células-tronco. Mas eleconta que é necessário fazer pesquisa antes de usá-las como tratamento. “Não concordamos com tratamentos sem base científica e sem comprovação ética de resultados”, afirma Ayoub.
Alguns médicos, inclusive brasileiros, discordam dos tratamentos chineses. Justamente por afirmarem que não há comprovação científica de resultados. Agora, se o pai da criança vê uma chance para curar o filho e possui condições financeiras para tal, é de se entender que arrisque.
A paralisia cerebral de Clara foi causada pela falta de oxigenação das células cerebrais durante o nascimento. Ela possui uma inteligência “normal”, porém perdeu parte dos seus neurônios responsáveis pela coordenação motora. Clara não caminha, engole ou fala. No caso dela, os médicos esperam que as células-tronco criem novos neurônios na área afetada do cérebro, para que a menina  possa desenvolver habilidades motoras.
Atualmente, mais de 300 doenças estão em fase final de testes, com resultados positivos. Para o futuro espera-se reconstituir órgãos inteiros com células-tronco, não dependendo mais de transplante. “É por isso que cada vez mais casais buscam coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus bebês”, diz o médico.

Olhe o passarinho espacial!

Não sei se você viu por aí, mas vários sites estão noticiando fotos tiradas pelos astronautas que temporariamente “moram” na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). Eu queria saber como eles conseguiam essas imagens. Porque, onde tem uma, deve haver mais. Como quem procura acha, passo o link em primeira mão: veja as 10 melhores fotos selecionadas pela Nasa.

Obs.: A imagem acima, do vulcão Etna em erupção, é de autoria do astronauta Leroy Chiao que já tirou mais de 24 mil fotos em suas viagens espaciais! E, eu, sequer pisei em uma nave…

Qual a diferença entre infarto e parada cardíaca?

Essa parece pegadinha. Muita gente acha que infarto e parada cardíaca, que Michael Jackson sofreu, são sinônimos. Mas… não são. A parada cardíaca ocorre quando o coração pára de bater ou quando seus batimentos diminuem significativamente. O infarto é uma das causas da parada cardíaca. Insuficiência cardíaca em fase terminal, embolia pulmonar e arritmia cardíaca congênita também podem ocasionar uma parada cardíaca.
Segundo José Carlos Nicolau, cardiologista do Instituto do Coração (InCor), o infarto é a causa mais comum de parada cardíaca. “Além de fazer com que o sangue circule pelo corpo, o coração também precisa de sangue para o próprio funcionamento. Quando há obstrução de um vaso que alimenta o órgão, a região relacionada a esse vaso pode morrer. Isso é o infarto do miocárdio (do coração)”, explica. O infarto tem tamanho e consequências variáveis – esta depende do tamanho do vaso obstruído e de quanto tempo a pessoa esperou para ser socorrida.
Sabia que dos 3.439 infartados atendidos no InCor, nos últimos dez anos, 479 tinham 50 anos ou menos? Quando uma pessoa sofre de parada cardíaca, é fundamental cuidar dela rapidamente. “Em alguns casos, é possível reverter o quadro “, afirma o médico. Na dúvida, corra para o hospital. Bom, como prevenir é o melhor remédio, veja aqui dicas para evitar o infarto.

Por que o amor é cego?

Esses dias twitei – para quem não sabe o que é Twitter, clique aqui – uma matéria interessante sobre o amor. “A ciência pode ajudar as pessoas a encontrar a alma gêmea”, veja ali. Eu não acredito em “alma gêmea”. Seja lá como isso for interpretado. Mas o amor existe. Inegavelmente!
Agora, será que há uma explicação científica para aquele antigo ditado, “o amor é cego”? Segundo o neurologista André Palmini, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),  palestrante do V Congresso Brasileiro Cérebro, Comportamento e Emoções que aconteceu em Gramado (RS), sim. Pesquisas recentes mostram que, quando uma pessoa está apaixonada por alguém, seu cérebro desativa estruturas responsáveis pelo julgamento crítico e por manter alerta contra ameaças do ambiente.
Por isso o “falling in love” dificilmente consegue ver defeitos e desconfiar do amado. “Estudos com imagens mostram que os mecanismos cerebrais que nos fazem ter uma visão crítica sobre as atitudes dos outros são desativados quanto estamos com a pessoa amada”, diz. Com o passar do tempo, a situação vai mudando. “Com a consolidação do sentimento, o cérebro começa a reagir ao ver a pessoa amada de forma parecida como age com outras pessoas”, afirma o médico.
Como é sabido, Palmini afirma que o amor é um dos responsáveis pela evolução e preservação da espécie. “Temos no nosso cérebro um sistema de recompensa que é o que nos faz buscar alimentos, água e outros itens de sobrevivência”, conta. Pesquisas demonstraram que o amor também ativa de forma intensa esse sistema, nos proporcionando prazer e bem-estar. “Na busca de bem-estar, amamos, reproduzimos e evoluímos”, explica Palmini.
O que a neurociência ainda não consegue entender é o porque das pessoas continuarem juntas, mesmo vendo os defeitos do outro. A Isis explica: isso sim é o amor, pessoal! Ah, e a continuidade da espécie. Vamos mudar o ditado: “A paixão é cega, mas o vizinho não!” Love is in the air…
Obs.: Esse final de semana fui a uma festa junina – adoro. Na frente de uma barraquinha, um cartaz gigante dizia, “nosso algodão doce é feito com açúcar orgânico”. É, São João e Santo Antônio, os tempos são outros… Mas, na época dos senhores todos eram orgânicos, não é mesmo?

Veja as aspirações de homens x mulheres com vinte e poucos anos

Adoro pesquisas de comportamento. Mesmo que, geralmente, afirmem o que já sabemos. Mas ok. Uma recente do Ibope Mídia, com dados da ferramenta Target Group Index, aponta o comportamento, os hábitos de consumo e as expectativas da população brasileira com mais de 20 anos em relação ao futuro – ou seja, faço parte dessas estatísticas.
O estudo destaca que as tradicionais diferenças entre os públicos feminino e masculino evidenciam-se, por exemplo, em questões ligadas à aparência pessoal. Pasme: 40% das mulheres estão dispostas a fazer cirurgias para melhorar o visual, enquanto apenas 29% dos homens concordariam.
“Os dados do estudo permitem uma radiografia do brasileiro atual, dos seus desejos e aspirações, principalmente, no que diz respeito às diferenças conceituais entre homens e mulheres”, explica Juliana Sawaia, gerente de marketing do Ibope Mídia. A afirmação “Eu prefiro passar uma noite calma em casa do que sair” mostra uma pequena – e óbvia – diferença, 73% dos machos concordam e 70% das mulheres também.
Questionados sobre os antigos preconceitos entre os sexos, o público masculino confirma-se mais convencional: 16% deles ainda acreditam que “O lugar da mulher é dentro de casa” contra 9% delas. Quando a afirmação é “Os homens não choram”, a mesma situação se repete, 18% do público masculino identifica-se com a proposição. Entre elas, apenas 12% concordam.
Já na questão “Os homens e as mulheres deveriam compartilhar igualmente as responsabilidades da casa”, os dois possuem alto nível de concordância, mas as mulheres ainda são maioria: 87% delas são a favor contra 80% deles. Quero ver na prática!
Com relação ao consumo – he he -, 66% do público feminino realizou compras pessoais – exceto bebidas e alimentos – nos últimos 30 dias. Ao contrário do que se imagina, os homens mantém margem semelhante de 60%.
A pesquisa perguntou se os sexos concordam totalmente ou parcialmente com mais essas frases: “Como eu gasto o meu tempo é mais importante que o dinheiro que ganho” (55% de ambos responderam que sim), “Aproveito o presente sem preocupar-me com o futuro” (os homens se preocupam mais com 36% e as mulheres com 32%), “Me parece importante manter uma relação duradoura com somente um(a) companheiro(a)” (83% machos x 85% fêmeas, claro), “É importante estar atraente para o sexo oposto” (homens 76% x mulheres 72%!). Deixando qualquer diferença de lado, feliz Dia dos Namorados para todos os casais!