Aumenta o desmatamento da Amazônia

O desmatamento da floresta Amazônica voltou a subir em agosto, afirma o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo dados do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), 756,7 quilômetros quadrados de floresta foram destruídos no período – índice três vezes maior do que o registrado em agosto de 2007.
O Pará voltou a ser o estado que mais destrói a Amazônia, com 435 quilômetros quadrados de florestas derrubados, seguido por Mato Grosso, com 229 quilômetros quadrados desmatados. Ele foi alavancado pelos municípios com os maiores rebanhos de gado. Para o Greenpeace, está ligado à diminuição da presença da fiscalização nos últimos meses na região.
Para provar, o Greenpeace transmitiu, ao vivo, imagens de destruição da floresta. Veja aqui. Ontem, dia 29, Carlos MInc, ministro do Meio Ambiente, divulgou uma lista dos 100 maiores desmatadores. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – pô, um órgão do governo! – lidera como o campeão da destruição da floresta. Aqui está a lista completa que “dá nomes aos bois”.
A terra é um ser vivo
Também ontem, conversei com o pesquisador oceanógrafo Ronald Buss de Souza, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ele estuda as correntes marítimas. Durante o bate-papo, caí na Teoria de Gaia. Segundo ela, a Terra é um ser vivo. Toda a natureza interage e reage organicamente aos atos nela sentido – leia, resumidamente, aqui. Na hora lembrei da Amazônia e desse dado que já havia checado no blog Agônia ou Êxtase.
Explico. O desmatamento da Amazônia diminui o regime de chuvas da região Sudeste do Brasil. Isso significa que, quando a corrente marítima que vêm densa do Equador – cheia de sal porque a água evapora mais lá – chegar na latitude de São Paulo, vai continuar assim. Isso só contribui para o desbalanceamento do que conhecemos.
Foto: Greenpeace.

Direto de Marte


Ai, ai, o crepúsculo me inspira… Esse aí ao lado, então, és fascinação, amor. Apesar de não ser muito bonito. O céu está marrom, as montanhas parecem sujas e o sol levemente azulado. Mas sabe onde foi tirada essa foto? Sabe? Em MARTE! Esse é o pôr-do-sol dos marcianos! Alô, alô. Que sensacional!
Eu creio que a foto ficou nesses tons por dois motivos. Primeiro, porque a câmera do robozinho não é das melhores. Depois, Marte não tem a nossa atmosfera – responsável por conservar o céu lindo azulado que estamos detonando.
Essa imagem encontrei numa busca inusitada. Vocês viram que um dos grandes portais da internet brasileira divulgou hoje uma foto de possíveis fossas de lavas de vulcão marciano – leia aqui texto completo, em inglês? Pois é. Fiquei encasquetada. Pô, onde esse povo consegue essas fotos, deve ter mais, certo? Corretíssimo.
Quem procura, acha. Prepare-se para se deliciar. Veja o que achei na internet:

  • Webcam apontada para Marte! Ela filma, sem parar, o planeta vermelho. Confira as melhores que os cientistas escolheram;
  • Lembra-se daquela foto da pisada do homem na lua? Essa e outras melhores e históricas imagens da NASA estão aqui. Amei;
  • Quer acompanhar o robô Phoenix em Marte? Veja aqui as fotos que ele tira!

Mande seu nome para o espaço

A NASA vai mandar o nome de todos os interessados para o espaço. Claro que ele não será escrito em papeizinhos… Funciona assim. Você entra neste link. Cadastra o nome – leva cinco segundos, já coloquei o meu – e pronto! Está feito. Só não use acentos, caso contrário sairá com erro.
Os nomes cadastrados serão gravados em um microprocessador que fará parte do satélite Glory. Ele deverá estudar os efeitos das partículas espaciais chamadas aerossóis – similares às que se encontram na atmosfera como de pó e poluição – e a influência do sol no clima terrestre.
O satélite partirá rumo o espaço em junho de 2009. Fará parte de um projeto formado por satélites de observação que completam cada órbita terrestre a cada 100 minutos – uau. O prazo para enviar os nomes termina no dia 1° de novembro deste ano. A inscrição é gratuita. Leia mais sobre o satélite Glory aqui. Nome luxo!

O lixo nosso de cada dia

Estou fazendo uma pesquisa sobre lixo e meio ambiente para uma matéria – aguarde. Ver as fotos que, com certeza, ajudaram a estimular a pauta me deram ânsia. O que eu já vi de fotos e vídeos de cirurgias não está escrito. Mas é repugnante observar o que o nosso lixo causa para os outros animais. Mortos ou mutilados por comerem papel, vidro, alumínio, plástico, sujeira. Só de pensar tenho arrepios.
Essa breve pesquisa retomou, imediatamente, uma experiência inesquecível. Lembra-se do desfile da marca Cavalera na margem do rio Tietê – leia aqui? Eu fui. Estava trabalhando no SPFW Journal. Quando soube do desfile, falei para uma das mais admiráveis editoras – não vou colocar a mais porque outras também dividem um pedaço do meu coração, rs! – que eu queria cobrir. Surgiu uma idéia genial na redação, pelo que me lembre, dela. “Pergunte para os convidados que perfume eles usaram no desfile”. Além de fazer uma matéria sobre a ONG Navega São Paulo – veja aqui – e a Cavalera, me diverti com o sério assunto. Alivia rir da desgraça.
O desfile aconteceu numa manhã de domingo abafado de verão, chuvoso e bege. Fui de carro por motivos pessoais – eles disponibilizavam ônibus do SPFW. Douglas Siqueira, diretor da ONG, afirmou que guardaria uma vaga para mim. E explicou o caminho para chegar direitinho. Afirmou diversas vezes. “A entrada é feita pela marginal, você tem que fazer o retorno, cuidado para não se perder”. Modéstia a parte, tenho a maior noção de direção. Cheguei sem um metro errado.
A entrada era bizarra mesmo. Tive que reduzir na pista da esquerda, debaixo de um pé d’água, para virar à margem do rio! Não existe asfalto, o lugar é forrado com uma espécie de cascalho. Ao passar entre os muros de concreto, embaixo de uma ponte, já damos de cara com um barco – acho que… – de pescador. Encalhado ao lado de outro, mais robusto. Se acelerar, o destino é a água marrom.
Procurei pelo Douglas. Simpáticos da ONG, caminharam comigo até o barco – a arquibancada para o desfile que aconteceu na inclinada margem. Reclamei da chuva, ou melhor, da garoa. “Agradeça! Você não imagina o fedô que é isso daqui ao sol”, me disseram. Já trabalhei em uma editora ao lado do rio Pinheiros. É verdade. No verão, eu e meus amigos ficávamos enjoados. Era um cheiro doce, viscoso, fedido e amarrado tudo ao mesmo tempo agora. Eca.
Entrei no barco. Trabalhei com meus colegas. A marca distribuía água com símbolo radioativo, capa de chuva amarela e havia uma “mocinha” dando sorvete de gelo – feito de água, com “gosto” de água – chamado “Elemento Desaparecendo, Elemento Desaparecido”. Uma instalação interativa do artista plástico carioca Cildo Meirelles.
Enquanto me maravilhava com o lugar, em ver a cidade do rio, pisar na sua margem, pasmar nos prédios refletidos na água, observar o movimento dos carros por outro ângulo e com a sensacional possibilidade de navegar pelo Tietê – o passeio foi cancelado devido à probabilidade de encalhar – muitas pessoas estavam de saco cheio. No esquema: “Vamos logo ao desfile porque esse lugar é uó”. E era, claro. Mas preferi observar tudo o que meus olhos podiam captar. Para gravar esse momento. Deu certo. Poderia descrever com detalhes toda a paisagem. Quão pequenos somos – viadutos, carros, prédios, pessoas -, literalmente, ao lado do rio e de sua força – precisa ver a correnteza!
Mesmo assim, é impossível afirmar que somos nada. Graças a nós, o rio – possui vida sim, imponente – é silencioso. Aliás, tenho certeza que se fosse possível canalizá-lo, já teriam feito isso. Sumir com ele do mapa. Como outros viraram grandes avenidas. Quem acelera no carro não faz idéia da beleza daquele momento. O lugar é indescritível.
Ver o desfile na parte fechada do barco, impossível. Já não havia espaço. Ficamos em cima, na chuva. Que medo de derrubar máquina, anotações, celular, bolsa, tudo no rio. O desfile começou com uma sirene, não teve música durante ele – estranho, mas ficamos com a sinfonia da cidade – e acabou com outra. Pronto. Os espectadores foram embora, enquanto eu acabava de conversar com as pessoas da ONG, de dentro do barco.
A chuva? Continuou na forma de garoa. Continuou, escorreu, chorou… Até que, em minutos, todas as saídas do barco estavam alagadas. A água marrom e fedida invadiu todas as deixas. Como faço agora? Cair naquele rio me daria urticárias. Doenças. Repugnância. Mico. Sem contar que, como era verão, não quis colocar bota. Um arrependimento. As pessoas de galocha estavam com a roupa adequada. Eu é que fui caipira. Calçava uma Melissa de boneca. Plástico é impermeável. Mas insuficiente. A gota cai e… respinga! Eu toda cuidadosa para não ser em mim! De saia…
Pedi para sair. Afinal, eu precisava voltar para a redação. Os caras – da ONG, prefeitura, obras – jogaram uma pontezinha de madeira furreca. No estilo a ponte do rio que cai. Era um passo na frente do outro. Ela estava equilibrada em cima de bóias cilíndricas. Era o único jeito. No fundo, eu sabia que não iria escorregar. Me deram a mão e passei rapidinho. Ufa! Em terra firme!
Contaram que 35% da poluição do rio Tietê é proveniente das… ruas! Do que é jogado no chão. Como? Ué, simples, chove, igual aquele dia. O aguaceiro desemboca no rio, parte mais baixa da cidade. Um potinho de iorgute boiava. Encalhado com outros mil potinhos. Ele alimentou uma criança ou um adulto. Tanto faz. Que se satisfez. E, desinteressado, jogou a embalagem na rua. Mais uma na multidão. Será que aquele potinho esteve na minha geladeira semana antes? Era bem da marca e do sabor que eu gostava… “Improvável”, tentei diminuir a culpa. Afinal, tudo que pode ser reciclado eu separo para a coleta seletiva.
Fotos: Tirei durante a história. Na época, não tinha este blog para colocar o que considero atualíssimo. A condição do rio mudou? Leia o post sobre o artista que está pintando aqui.

Ciúme em excesso pode ser TOC

Essa eu não sabia… Dedico às namoradas e aos namorados ciumentinhos. Ele é um sentimento comum a todos nós. Pode estar presente em qualquer tipo de relacionamento, nos amorosos, nas amizades, das relações entre pais, filhos, irmãos. Porém algumas pessoas se queixam de controlar esse sentimento, mas ficam frustadas por não conseguirem.
O ciúme pode ser entendido como sendo um conjunto de pensamentos, emoções e ações que são desencadeados por algum tipo de ameaça ao relacionamento. As definições de ciúmes, geralmente, têm em comum três elementos: uma reação frente à ameaça do relacionamento, a existência de um rival real ou imaginário e visa eliminar os riscos de perda do amor.
Segundo Karen Camargo, psicóloga, o ciúme “normal” é transitório, específico e baseado em fatos reais. O excessivo possui uma preocupação infundada, irracional e descontextualizada. E aí que mora o perigo de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Muitos ciumentos podem apresentar comportamentos de verificação – ligar constantemente, verificar se o parceiro estava falando a verdade, checar e-mails ou as chamadas no celular, entre outros. Sintomas próximos aos presentes no TOC. Mas as pessoas fazem isso porque são loucas ou querem o mal do outro? Não! Essas ações servem para diminuir a ansiedade presente no episódio ciumento.
“Os ciumentos muitas vezes se sentem arrependidos diante das atitudes excessivamente controladoras. E é nesse momento que muitos deles recorrem à terapia, principalmente, quando a relação já chegou ao limite. O medo da perda é o tema central do tratamento do ciúme excessivo, além da reavaliação do comportamento controlador”, diz.
Assim, muitos ciumentos sofrem em silêncio. Poucos sabem que pode fazer parte de um quadro de “excesso comportamental” que, geralmente, precisam de tratamento. “Neste sentido, o (a) parceiro (a) ou mesmo as pessoas envolvidas podem ser indicadores importantes para a busca de tratamento”, afirma a psicóloga.
InformaçõesKaren Camargo, psicóloga clínica.
Teste! Veja como é seu ciúmes aqui no Web Point Club – o meu deu que é “positivo”, “do bem” -, aqui no Interney ou aqui no CAT. Um é levemente diferente do outro. Sorte, ciumentinho.

Tecnologia + ecologia = contador de árvores

O governo do estado do Rio de Janeiro lançou uma ferramenta – desenvolvida pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) – que possibilitará à Secretaria do Ambiente quantificar o número de árvores plantadas em cada município, saber quais são as entidades e cidadãos preocupados com a preservação ambiental, o tamanho da área reflorestada, o total investido, estabelecer um ranking com imagens das dez principais espécies plantadas e o cadastramento de duas fotos do local.
No site da Secretaria do Ambiente é possível acessar esse “contador de árvores da Mata Atlântica”, clique aqui. A busca é feita por cidade. Procurei por Búzios – ai que encantadora com ar francês e brasiliense… -, mas não achei. Então, optei por Angra dos Reis – outro lugar fantástico. Veja como aparece tosco, mas interessante:

Consulta por Município
Patrocinador : Prefeitura de Angra dos Reis CNPJ : ../-
Executor : Prefeitura de Angra dos Reis CNPJ : ../-
Município : Angra dos Reis
Região Hidrográfica : RH-I Baía da Iha Grande
Localidade: Faixa Marginal
Endereço : APP Lindeira ao Rio Jucuecanga
CEP : .-
Total de Mudas : 300
Área total plantada :   2700            Unidade de medida :     metro quadrado
Total investido : 0,00
Principais espécies
Nome Científico Nome Popular
Chorisia speciosa Paineira
Caesalpinia echinata Pau brasil
Tibouchina granulosa Quaresmeira
 

A Secretaria do Ambiente ficará responsável por catalogar as informações sobre os plantios e disponibilizá-las. Em comemoração ao Dia da Árvore, dia 21 de setembro, foi instalado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro um relógio digital que mostrará a cada 15 dias quantas árvores e de quais espécies serão plantadas. A meta da Secretaria é atingir, até 2010, a marca de 20 milhões de árvores plantadas em todo o estado.  
Obs. 1: É um absurdo não existir uma ferramenta dessa antes. Como o governo ou prefeituras saem plantando árvores por aí sem ter o menor controle interno?
Obs. 2: Certa vez entrevistei a urbanista responsável pela capital fluminense. Ela mostrou que lá é uma das cidades brasileiras onde mais se plantam árvores. Por ser muito quente, essa é uma maneira de diminuir a sensação térmica de forno. Também disse que, dependendo do tamanho do prédio ou casa que agora são construídos, o proprietário é obrigado a plantar árvores no terreno ou nas vias públicas. Não lembro a proporção metro x planta. Ah, e todas as árvores que morrem ou são retiradas das calçadas e praças devem ser substituídas por outras.

Jogos científicos no dia do estresse

Essa é para aprender inglês e ciência ao mesmo tempo. O Windows to the Universe é completamente divertido! Não conheço nada parecido em português. O site possui uma página com mais de dez jogos que tem como tema a ciência. Os gráficos podem até ser meio toscos, mal trabalhados, mas eu gastei um tempinho no jogo da memória, quebra-cabeças e em capturar o lixo espacial. Clique aqui para jogar também – as crianças irão adorar.
Aliás, o site inteiro merece uma visita. Ele possui versão em espanhol, veja aqui. Pelo que entendi, a idéia dele é explicar e divulgar a ciência. A maioria das “atrações” possuem nível básico, intermediário e pró. Possui árvore genealógica de algumas famílias de deuses, um calendário de datas científicas de todos os dias do ano e um “pergunte para o cientista”. Mobral.
Obs. 1: O LHC está bichado, hein? Com vazamento do gás hélio e, por isso, ficará fechado até o ano que vem. Haja olho gordo no experimento! Vamos mandar umas fitinhas do Senhor do Bonfim, figas e ferraduras para dar sorte? Afinal, Deus é brasileiro.
Obs. 2: Em São Paulo, hoje é o Dia Municipal de Combate ao Estresse. Conveniente, 24 horas depois do Dia Sem Carro… Sabia que, no Brasil, 70% da população economicamente ativa sofre do mal? Os principais sintomas são cansaço, dor na coluna, sentimento de medo e agressividade constantes, diminuição da produtividade e eficiência, perda de memória, aceleração do batimento cardíaco, irritação, entre outros – droga! A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) criou dez mandamentos ligados ao estresse para combater. Segui-vos atentamente:
1. Meça a pressão pelo menos uma vez por ano.
2. Pratique atividades físicas todos os dias.
3. Mantenha o peso ideal, evite a obesidade.
4. Adote alimentação saudável. Pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes.
5. Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba.
6. Abandone o cigarro.
7. Nunca pare o tratamento, é para a vida toda.
8. Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde.
9. Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer.
10. Ame e seja amado.
Amém.

Você é um Autoholics Anonymous?

Em plena segundona, ainda com a preguiça do final de semana, vamos deixar o possante em casa. Afinal, hoje é o Dia Mundial Sem Carro – me lembrou o Dia da Carona Solidária, veja aqui. Eu deixei o meu. Juntei o útil ao agradável, afinal, segundas-feiras são os dias do rodízio. Na Terra da Garoa, pela manhã, havia um trânsito insuportável. Uma rota de 20 minutos, levaria 45. Mais que o dobro. Agora, o período da tarde achei mais sossegado…
Aproveitando o ensejo, nesta data querida, quero lançar uma campanha: exija uma ciclovia e viva mais sadia. Concordo, a rima ficou péssima. Mas o motivo é nobre. Andar de bicicleta pela cidade. Mas sem emoção, correr o risco de ser atropelada ou assaltada. Vamos fazer da magrela nosso meio de transporte.
Eu também quero andar pela cidade como os transeuntes fazem em Londres ou Paris. As calçadas são largas, limpas, planas. Os motoristas e pedestres respeitam o trânsito. O metrô está para essas cidades como os buracos para São Paulo. Tropeçou? Caiu em um. Fiquei pouco tempo em ambas – somando dá menos que duas semanas. Foi o suficiente. Sabe do que mais sinto falta? Caminhar, à noite e durante o dia, sem preocupações.
O site World Carfree Network fala bastante do assunto e ainda dá dicas para profissionais e engajados – leia aqui. A maioria da página está em inglês, mas existem textos em português. Foi lá que achei outro site curioso, o Autoholics Anonymous (AA) – clique aqui. No estilo do Alcoólatras Anônimos (AA), ele afirma que é sério. Quer oferecer saúde, alegria e diminuir a dependência dos viciados em automóveis. Veja aqui se você se enquadra no perfil da doença – em inglês. Na parte de games, tem aquele clássico jogo da galinha – neste caso um sapinho – que atravessa a rua.

(In)Utilidades: teste neurológico e relógio mundial

Recebi dois e-mails curiosos. O primeiro se diz um teste neurológico. Faça você mesmo.
Encontre o C, um bom exercí­cio para os olhos:
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOCOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Já encontrou o C? Então, veja o 6:
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Agora ache o N – para mim, o segundo mais fácil após o anterior:
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMNMMMM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
Ele veio acompanhado da recomendação: “Esta não é uma brincadeira. Se passou nos testes, cancele a visita anual – hein? não vou todo ano – ao neurologista. Você está beleza e bem distante do temido Alzheimer (sic)”. Algum médico aí me dá um help sobre a veracidade? Sei não… Mas vale a diversão.
Um link bem bacana – este sim parece ser mais científico – é de um relógio mundial. Além de marcar a hora exata, mostra, por segundo, o número de nascimentos, da população mundial, de mortes, abortos, pontos de acesso à internet, desmatamento, carros e bicicletas produzidos, por aí vai… Veja aqui. Dá para ver os cálculos semanais, do dia, mês, ano e agora! Valendo!
Obs.: Sobre as blogueiras mais gatas, uma boa discussão no blog Sem Ciência, de Osame Kinouchi. Eu temia aquele idoso preconceito. “Mulheres bonitas/ arrumadas/ vaidosas são burras”. Como podem ser cientistas/ gostar/ entender sobre o tema? Vou lançar uma campanha!

Vacina contra a rubéola. Foi bom para você?

Atenção, hoje é o último dia para se imunizar – de graça – contra a rubéola. Aqui, no site do médico Drauzio Varella, existem explicações bem práticas sobre a doença. Acontece que tenho algumas observações a fazer. Essa campanha estava fraquinha, não? Por isso o governo teve que ampliar para hoje a imunização. Em São Paulo, ela pode ser feita no metrô. Eu fui a um posto de saúde, pertíssimo da minha casa.
Estava lá após a hora do almoço. Só havia uma pessoa na minha frente. Logo depois de mim, chegou uma grávida. Ficamos abordando amenidades sobre bebês e gravidez. A enfermeira, que dava a vacina, era uma simpatia – e tinha mãos de anjo. Em compensação…
Atrapalhada que só ela. Para ter uma idéia, entre mil papéizinhos, ela demorou 15 minutos para preencher quatro espaços em branco. Mais 15 para perder o papel e me dar o errado. Outros para achar o certo após eu ser chamada de “João” – não, definitivamente não sou traveco. Quando, enfim com o comprovante em mãos, achei que iria tomar a picada… Ela parou para anotar no livro (?).
Aí minha real indignação. Ela perguntou se já havia preenchido sobre mim. “Não”, disse. Esperava que o governo exigisse RG, CPF, endereço… Para poder fazer um cadastro decente. Nada! Bastava desenhar um “x” – tipo, mais um vacinado – no quadrado em branco. Em seguida, anotar meu sexo e idade. Agora, me responda, o que o Ministério da Saúde poderá analisar com tão preciosos dados?
Ao final, a enfermeira foi uma graça. Pediu para eu voltar com a carteirinha. Tenho certaza que preciso, ainda, da de hepatite B, tétano…
Vamos fazer um bem-bolado? Conte aqui. E para você, foi bom?