Quais os benefícios da amamentação depois dos seis meses do bebê?

Parece que as pessoas se incomodam mais com a minha amamentação do que eu mesma, que fico horas por dia sentada no sofá, na cama ou na cadeira. São frequentes os questionamentos: “Vai amamentar até quando? Você não acha que ela está grande? Dê mamadeira! Ah, por isso que ela é tão apegada a você. Esse apego, a longo prazo, pode fazer mal”. Haja paciência.

No começo, eu tirava sarro. Mas, agora, cansei. O curioso é as pessoas questionarem a amamentação, algo tão natural e reforçada a sua importância, por exemplo, pela Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, e não o uso indiscriminado da mamadeira – quero deixar claro que não sou contra a mamadeira, afinal, cada pessoa sabe o que é melhor para si e para seu filho e em alguns casos elas são fundamentais para a saúde da criança.

Também é interessante essa associação que fazem do bebê se apegar mais a mãe (!) por conta da amamentação. Como se fosse melhor inexistir essa intensa ligação entre mãe e filho ou melhor a independência da criança antes mesmo dela andar e falar com segurança. Ou pior, induzindo ao raciocínio que mães e pais que dão mamadeira têm laços de união mais fracos com o seu filho. Ideia que pode ser cruel e equivocada.

Se você acha que apenas sai água após seis meses de amamentação, veja o vídeo! Irá se surpreender com alguns dos benefícios para mães e filhos (e para as finanças da família) que listo. Mas é claro que há muito mais entre o céu e a terra, a mãe e o filho, do que sonha nossa vã filosofia. Um beijo e até o próximo!

Será que somos mais parecidas com nossas avós maternas?

Para mim, a maternidade trouxe uma maior conexão comigo. Ela me fez voltar ao meu passado, aos meus antepassados, à minha infância. Dias após parir, tive momentos depressivos, devido à baixa nos hormônios e à mudança radical no meu estilo de vida. Antes, eu (espírito livre) saía por aí para encontrar pessoas queridas, para passear, para trabalhar, sem a responsabilidade de ter que cuidar de alguém. Que, aliás, dependia de mim para sua sobreviência no sentido mais animalesco da palavra: eu carregava no meu corpo o alimento dessa pessoa. Para suprir essa inquietação e na busca em ser uma boa mãe, comecei a ler muito, a estudar ainda mais sobre maternidade (a questão biológica, psicológica, comportamental). E decidi que esta é mais uma chance que a vida oferece para me conhecer mais, me aceitar e usar isso para me tornar uma pessoa melhor – não sei se já consegui ou se vou conseguir, mas procuro o caminho.

Nessa viagem espiritual, me deparei com um texto em espanhol que poetizava a questão do óvulo (pena que perdi o link). Eu sabia que nós nascemos com os óvulos que darão origem aos nossos filhos. Mas nunca parei para pensar no significado dessa condição. O que a nossa avó comeu, sentiu, viveu enquanto gerava a nossa mãe influenciou diretamente a nossa genética. Coincidentemente, após ler esse texto, cheguei a uma pesquisa apontado que algumas condições psicológicas das avós são mais vistas ou ainda observadas em netos do que nas próprias filhas (se eu achar o link para pesquisa, posto aqui). Como, por exemplo, traumas. Incrível, não?

E, desde a gravidez, tenho vontade de compartilhar esse meu conhecimento. Algumas amigas minhas, que ficaram grávidas logo depois, até brincavam comigo dizendo que eu era a doula delas. Tirei muitas dúvidas e dei muitas dicas que, literalmente, mudaram a minha gravidez e o parto para melhor. Dicas nem sempre facilmente encontradas. Eu gostaria de compartilhá-las com mais pessoas, colocar mais questões e filosofar mais sobre o tema. Quem sabe possam ser úteis para outras também? Após meses gestando a ideia, quando a bebê dormiu, resolvi gravar o primeiro vídeo da pretendida série “Ciência da Maternidade”. Gravei sem roteiro, de supetão, como diz minha mãe. Editei na madrugada, durante o sono da criança. Este é um piloto. Aceito dúvidas, sugestões, críticas e elogios (claro!). E, com esses vídeos, quero criar uma corrente do bem. Neste mundo árido para as mães e aos criadores em geral, quero deixar muito amor e palavras de conforto para acalentar os corações. <3 Bem-vinda a mais um primeiro filho!