Tenha a casa florida por mais tempo

Lembra do post sobre como reaproveitar as garrafas e os potes de vidro para decorar o ambiente? Eu comprava, com frequência, flores para colocá-las dentro desses recipientes. Apesar de elas durarem cerca de 20 dias na água, nem sempre tinha tempo para passar nas lojas e escolher os buquês. Uma das soluções encontradas foi cultivar plantas que florescem com frequência como violeta (na sala) e maria-sem-vergonha (na varanda). Mesmo assim, queria mais flores para deixar meus lindos reutilizados potinhos de vidro sempre coloridos. A-há, aí veio a iluminação: sempre-vivas secas! Veja nas fotos.

 

As sempre-vivas secas – saiba mais sobre a espécie aqui – podem durar com aspecto bonito até mais de três anos. Para isso, é aconselhável deixá-las longe da gordura e do vapor que pairam no ar quando fritamos ou cozinhamos algo. Também, importante retirar com delicadeza o pó acumulado em suas flores. Recentemente, li em algum lugar – procurei a referência, mais não achei – que as sempre-vivas realmente têm atividades vitais mesmo depois de cortadas. Não lembro os detalhes da pesquisa. Se alguém encontrar esse trabalho, por favor, deixe o link nos comentários. Tenha um lindo dia florido!

Dica estrelar rápida nada a ver com o texto acima: o Instituto de Astronomia, Geofísica e Meteorologia da Universidade de São Paulo (IAG/USP) está com vagas abertas para dois cursos de férias realizados em julho. Um mais voltado para curiosos e outro indicado para professores.

Como fazer uma ciclovia simples

No último sábado (14), fomos de carro até o centro de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, para comprar ração. Uma amorosa gata de rua apareceu pedindo comida e, depois, levou seus cinco filhotinhos para também se alimentarem. Lá vamos nós socorrer os bichanos da fome. No caminho ao pet shop, uma ciclovia chamou a nossa atenção. Na área central da cidade, o espaço da via mais próximo à calçada, antes destinado ao estacionamento de carros, se transformou em uma ciclovia. Um detalhe interessante: ela foi instalada de maneira simples.

 

Não sou urbanista para avaliar o impacto dessa “obra” e se foi realizada de acordo com as diretrizes da companhia de tráfego e afins. Realmente, o que se destacou foi a possibilidade de construir uma ciclovia com simplicidade e rapidez. Para tal, primeiro, foram pintadas e sinalizadas duas mãos para bicicletas no asfalto. Tachões – aquelas tartarugas ou olhos de gato -, aplicados para separar o trânsito de magrelas dos veículos automotores. E… pronto! Está feita a ciclovia. Uma obra com baixo investimento que será revertido em menos acidentes e maior qualidade de vida aos usuários.

Reflita sobre o seu direito de ir e vir. Ele pode ser mais simples e feliz do que imagina. Boa jornada! 

Uma mancha vermelha no mar

Nesse fim de semana, os lindos céu e mar azuis pincelado por golfinhos em São Sebastião foi coberto por densas nuvens cinzas. O vento que trouxe essas nuvens agitou o oceano e carregou mais surpresas para perto da areia: uma mancha vermelha na água. Minutos antes, uma tartaruga morta foi encontrada ainda sangrando na praia. “Não é possível que toda essa mancha seja o sangue da tartaruga”, pensei. “São algas”, concluiu o grupo com o qual conversava.

 

Claro que, curiosa, entrei na água até acima do joelho para ver de perto (sem mergulhar). Nem sei se faz mal para a saúde, mas não resisti. Incontáveis algas avermelhadas de vários tamanhos boiavam lado a lado forrando o mar perto da praia com sua cor vermelho-coral alarmante (clique nas imagens para ampliar). Até deixei de sentir frio causado pelo vendaval que varria a parte da pele molhada exposta para fora da água. Fiquei ali admirando “a união faz a força” daqueles pequenos seres por alguns minutos. Saí fedida – geralmente, alga exala um cheiro forte.Algum biólogo saberia dizer se esse é o fenômeno conhecido por maré vermelha (proliferação excessiva de algumas espécies de algas tóxicas que pode ser causada, entre outros, pela poluição do mar)?

Boa colorida semana!

Participe da conferência em gestão ambiental sobre o Semiárido

Foto: Dan Queiroz/ Flickr

A amiga “mãos-à-obra” Maira Begalli está organizando a I Conferência Internacional em Gestão Ambiental Colaborativa – Cigac Semiárido. A ideia do evento é propor discussões entre as ciências da gestão ambiental e a inovação espontânea presente nas maneiras com que a população que vive no Semiárido – mais conhecido como Sertão e por suas secas – lida com as condições do local. Quem sabe nascem parcerias e soluções bacanas? Se você, pesquisador ou interessado, tem alguma proposta de experimento ou trabalho científico na área inscreva-se! Porém, atenção, a data limite para as inscrições é dia 16 (segunda-feira) de abril (este mês).

Você, leitor, quer participar da conferência? O evento acontecerá entre os dias 13 e 16 de junho e poderá ser acompanhado online! Saiba mais no site oficial. A Cigac é uma realização da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e em parceria com a rede MetaReciclagem. O tema proposto para a primeira edição é ”Ciência e Inovação Social”.

“Ah, mas no centro do sertão, o que é doidera às vezes pode ser a razão mais certa e de mais juízo!”

Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas

Plantas dão sensação de aconchego ao ambiente

Esses dias, uma estimada vizinha que por pura coincidência tem um apartamento com uma decoração parecida com a do meu, disse após entrar em casa: “Sua sala parece mais aconchegante que a minha, por quê?” Os tons do nosso piso de madeira, das paredes, do sofá, do tapete, do granito que separa a sala da cozinha americana, do piso da cozinha e dos eletrodomésticos são muito parecidos. Em alguns desses casos, usamos os mesmos materiais no revestimento – como o tipo de piso de madeira. Então, qual seria o segredo para essa sensação de conforto? Olhando em volta, dois detalhes chamaram a minha atenção.

 

Colocamos – meu marido e eu – três abajures espalhados pela sala. Todos eles têm lâmpadas fluorescentes compactas, escolhidas por nós por poupar mais o ambiente do que uma incandescente. Elas duram dez vezes mais (10 mil horas) e consomem 20% do que uma incandescente para produzir o mesmo fluxo luminoso – segundo essas informações. Como não gostamos da cor, geralmente, azuladas das fluorescentes, pagamos um pouco a mais para comprá-las na tonalidade amarelada – o que gera maior conforto visual. Além disso, optamos por lotar o ambiente de abajures porque não queríamos um estádio de futebol em casa. Acendo cada abajur de acordo com a necessidade e quase nunca as onze lâmpadas do plafons do teto. Por exemplo, se recebo visitas, ligo os três abajures. Ao ver televisão, um ou dois. Para circular durante a noite, apenas um. Essa luz difusa gera maior sensação de aconchego.

Outra possível resposta para nossa dúvida são as plantas. Tenho oito vasos na sala – sendo um aquela garrafa com trigo seco. Elas colorem o ambiente ao mostrar em suas folhagens e flores em qual estação do ano estamos – outono, inverno, primavera ou verão. Apontam se o clima está seco, quando sugam mais água, ou úmido. Também se está frio, ou seja, época em que podem crescer menos ou necessitam de menos água. Outras vezes, as plantas pedem ajuda para lutarem contra os pulgões – ô praguinhas! Essas protagonistas nos lembram que fazemos parte da natureza e do meio ambiente: dependemos da terra, da água e do ar. Quer sensação mais calmante do que o cheirinho de mato molhado? Ou pasmar observando o vento balançando as folhas? Elas remetem esse passado não tão distante abandonado para vivermos empilhados sobre o cimento e nos achando independentes da Terra em que habitamos. As plantas dão vida ao concreto pintado.

Claro que, como qualquer ser vivo, as plantinhas precisam de atenção. Para quem alega a falta de tempo ou diz que é desligado para regá-las, deixo uma dica simples: adote cactos ou o “bambu-da-sorte”. Respectivamente, regue e troque a água uma vez por semana. Se possível, também apele para as flores e folhas secas na decoração. E receba de volta como agradecimento um abraço verde! Boa semana!

Como reutilizar garrafas e potes de vidro

Eu adoro receber amigos e familiares no meu apartamento. Sou de uma família grande, nasci acostumada com os locais cheios de pessoas, animais e plantas onde todos se sentiam… em casa! Poucas foram as vezes que me vi sozinha em um cômodo por muito tempo. Afinal, haja pessoas. E eu gosto disso. Se foi convidado para ir ao meu apartamento, pode entrar sem bater e abrir a porta da geladeira sem pedir licença. Já é de casa! Para dar as boas-vindas, procuro sempre deixar a casa florida. Pessoas mais flores, uma combinação colorida.

Além das plantinhas da varanda – já falei sobre elas aqui -, eventualmente, compro outras flores como as do campo, gérberas ou rosas. Coloco elas em qualquer utensílio doméstico com espaço para água, como jarras e copos grandes, e em garrafas de vidro reutilizando-as. Algumas dessas garrafas, como a que hoje exibe o trigo da foto, guardo desde antes de ter a minha casa. Essa, em específico, era a embalagem de um licor do Nordeste. A menor da das fotos foi um frasco de perfume antigo e a outra, a embalagem de uma bebida feita com vodca. Procuro sempre guardar garrafas diferentes para usá-las como vasos. Uma combinação delicada, não? Veja as fotos – só não repare porque escolhi as que já tinha no computador, não costumo tirar fotos dos arranjos.
E para acabar este post com gosto de Páscoa, a última foto é de uma compota de vidro reutilizada pela minha professora de canto e fono. Ela fez os chocolates que estão dentro, embalou-os e colocou o doce no pote enfeitado com esse tecido estampadinho. Toda atenciosa, deu o docinho na ecoembalagem. Linda surpresa! Boa Páscoa!

Ideias para fazer uma festa reutilizando material

Ontem, fui à festa de aniversário do meu sobrinho lindinho, o terrível pirata dos sete mares! Meus cunhados e seus sogros, sempre caprichosos e com extremo bom gosto, organizaram o tema pirataria marítima no esquema faça-você-mesmo (clique nas fotos para ampliar). E eu, fã incondicional de tudo o que é relacionado ao mar, perguntei se poderia compartilhar as boas ideias. Eles toparam! Isso porque, além da fofura de festa, eles reutilizaram muitos materiais que virariam lixo. Dá para perceber?

Embora alugar enfeites infantis – desde que não utilizem isopor – seja ambientalmente correto, afinal serão usados várias vezes, a festa se torna mais autoral e personalizada quando quem a organiza coloca a mão na massa. Mas isso não significa comprar o enfeite e jogar fora depois de usá-lo. Nada disso. No caso das festas infantis, você pode preparar junto com a criança os ornamentos. Será mais uma diversão, na certa. E, também, a chance de abordar a importância dos “3 Rs” (reduzir, reutilizar e reciclar) de maneira agradável e nada ecochata.

 

Na festa do piratinha, os barquinhos enfeitando a mesa do brownie – os pais distribuíram pedacinhos desse doce no lugar do bolo embrulhados nos papéis de bolinhas – foram feitos com caixas de leite e o maior, com caixa de sapato! Ficou incrível, não? Já os barquinhos repletos de tesouros de chocolate são aquelas típicas dobraduras de papel. Se preferir, você pode usar papel reciclado ou reutilizar as folhas daquele bloco todo riscado que fica jogado ao lado do telefone. Será engraçado ler os rabiscos na carcaça do barco.

 

Os docinhos feitos de noz – e que delícia – foram colocados dentro das próprias nozes cortadas ao meio substituindo as forminhas de papel. Além de dar um toque rústico e natural, as nozes lembram pequenos barquinhos. As tartaruguinhas, bolachinhas com carapaça de beijinho e pinceladas de chocolate, foram colocadas diretamente no prato para doces e bolos de porcelana. O uso desse utensílio elimina o uso de forminhas. E, assim, foi festa afora.

 

Um mimo, não? Essa galera dos verdes mares não teme o tufão.