Sou da geração ECO-92

isisrndpequena.jpgGosto de, eventualmente, analisar. Checar os pontos que quero melhorar. Onde obtive êxito. Se estou feliz com o que tenho e, caso contrário, o que fazer para mudar a situação. Uma maneira saudável de reavaliar o momento.
Numa dessas divagações recentes, cheguei à óbvia conclusão que sou da geração ECO-92. Daí uma das explicações para minha vontade de ativismo ambiental. E satisfação em estar fazendo uma parte – nem que seja escrevendo.
Quando criança, entre tantas coisas que queria ser quando crescer – jornalista, inventora, oceanógrafa, egiptóloga, música, geóloga, zoóloga, publicitária, paleontóloga, bióloga, professora, bailarina, médica -, uma delas era ecologista.
Desde que me conheço por gente, lembro-me de andar pelos corredores de museus. Ver as estrelas pela luneta. Correr entre as árvores e no gramado de parques. Observava rochas – pedras, não! Sabia identificar inúmeras delas – tenho uma coleçãozinha de “pedras” até hoje.
Também era encantada por fósseis. Lembro-me do fóssil de um dinossauro pequeno – espécie? – exposto lá em cima da parede branca de um museu (?). Só que, nessa época, eu era bem pequena. No máximo, tinha sete anos.
Poucos anos depois, quando estava com 10 anos, foi realizado o primeiro grande evento mundial no Brasil para discutir temas relacionados ao meio ambiente. Era a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em junho de 1992, no Rio de Janeiro. Ou, a ECO-92.
Na escola, a gente debatia o assunto. Fazia trabalhos sobre a conferência. Entendia a importância de se preservar o meio ambiente e o que a ciência tem a ver com isso. Foram horas mais horas de aulas sobre o tema na, então, quarta série.
Durante a ECO-92, duas convenções que foram aprovadas repercutem até atualmente: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Pode-se afirmar que o Protocolo de Kyoto – para a redução na emissão de gases de efeito estufa -, assinado em 1997, foi um desdobramento da convenção que ocorreu no evento de 1992.
Esses dias, em uma entrevista para uma matéria, o diretor de um Zoológico me disse que muitos dos veterinários que trabalham no local foram crianças que participaram de ações educacionais em zôos. Educação é tudo. Aqui se planta, aqui se colhe.
Obs.: Na foto, com cerca de três anos, brincava na balança de pneu reaproveitado com minha mãe, em Itanhaém, litoral de São Paulo. Ah, e vocês faziam muita “arte” usando como matéria-prima a, então, sucata?

Como foi a sua Hora do Planeta?

horadoplaneta.jpgMuita gente diz que vai aderir ao protesto, mas depois não sabemos o que houve… Pois, então. Este ano, combinei de receber uns amigos antes de irmos para um aniversário de outro. O encontro estava marcado às 20h00. Meia hora antes da Hora do Planeta!
Conforme as pessoas chegavam, eu pensava: “e agora”? Seria muita má educação pedir licença e apagar as luzes do apartamento? Bom, como estávamos entre amigos, estávamos em casa. Não tive dúvidas, perguntei para um que horas eram e… já era a hora de apagar as luzes!
Todos toparam – ao menos, educadamente, não resmungaram. E, eu, assumi minha parte ecochata mesmo. É melhor falar a verdade, né? No começo, foi até engraçado. E estranho. Alguns contaram como foi sua Hora do Planeta no ano passado. Enquanto isso, a gente conversava sem enxergar o rosto um dos outros. Até que nos sentamos mais perto. E os nossos olhos começaram a se acostumar com a escuridão.
Peraí, escuridão em São Paulo? Impossível. Com o tempo, a luz que vinha de fora passou a iluminar a sala inteira. Até comentamos que nosso céu estava verde. Quando não reflete uma luz alaranjada. Só não dava para ver o rosto de quem estava de costas para a janela.
Alguém reclamava que outros apartamentos não aderiram. Paciência. Apagar a luz não nos impediu de conversar, rever os amigos, dar risadas, contar “estórias”, matar a saudade e bebericar algo.
E assim, entre amigos, sem que percebêssemos, passou uma hora. Quando nos demos conta, acabou a Hora do Planeta. Mas já estávamos tão acostumados com a luz indireta, que acendemos apenas luminárias – e a luz da varanda.
Só tenho que agradecer. Foi um sábado maravilhoso como, com eles, sempre é. I love my friends.
E você? Como foi a sua Hora do Planeta?

Reciclagem na praia

junduelixeira.jpgUma imagem para o sabadão. A cidade de São Sebastião espalhou lixeiras na beira e nos condomínios das praias – uma obrigação que todas as cidades deveriam cumprir. Agora, uma dúvida surgiu. Além da lixeira para materiais orgânicos, ela colocou algumas para a reciclagem de plástico. Poderia inserir de outras coletas seletivas. De qualquer maneira, a imagem é instigante.
Obs.: Olhe o Jundu em volta da lixeira aí, minha gente!

Não pise na grama! O mato da praia está em extinção

jundu.jpgDias desses, estava caminhando pela praia de Maresias, litoral de São Paulo, quando vi uma placa. A curiosa foi checar o que estava escrito. Ela alertava que o Jundu, aquele “mato” rasteiro das praias, estava em extinção. Desse modo: 1) descobri o nome do matinho; 2) caiu a ficha.
junduflor.jpg Veio na minha cabeça, como um relâmpago, as praias do litoral sul da Bahia. Elas eram forradas por esse mato. Eram quilômetros de Jundu acompanhando-as. Nele, lá naquela delícia de estado, vi lagartos e caranguejos se esconderem. Em seguida, meu cérebro me levou para as dunas de Florianópolis (SC). Em uma das mais altas, uma florzinha roxa ornamentava o Jundu – foto ao lado.
Alguém, recentemente, viu Jundu em Ipanema, em Copacabana, na Pitangueiras (Guarujá) ou na Praia Grande (cidade do estado de São Paulo)? Eu que não. O Jundu cedeu lugar aos calçadões, shoppings, barracas de praia ou seja lá o que for. Pô, praia que é praia limpa tem que ter Jundu. As usadas como exemplo não seriam mais bonitas com a mata rasteira?
Pesquisando mais sobre o assunto, verifiquei que o Jundu não é uma espécie. Trata-se de uma mata formada por gramínias e arbustos que “seguram” os grãos de areia na beira da praia. Assim, o Jundu faz parte da biodiversidade da Zona Costeira e, ainda, a protege. Além de dar, para qualquer praia, um ar mais selvagem. Adoro.
Obs.: Não tirei foto da placa porque estava sem máquina e celular.

Ecoblogs comemora dois anos!

redeecoblogs cópia.jpgQuando a Rede Ecoblogs nasceu, o Xis-Xis ainda era um embrião! E, hoje, ela completa dois anos de existência! Para quem não sabe, faço parte da Rede Ecoblogs – um blog no estilo pioneiro de tratar o meio ambiente. Ele é escrito por seis blogueiros – Denise Rangel, Lúcia Freitas, Rodrigo Barba, Victor Vasques, Carol Costa e yo – , além dos nossos fantásticos administradores.
O assunto da pauta? Bem… O nome do blog já diz. O mais bacana dessa história, na realidade, é que cada participante tem uma pegada. O pessoal é fera. Alguns manjam de construir soluções mais sustentáveis, enquanto outros estão atentos às novidades que poupam mais o meio ambiente. Um complementa o outro.
Desde que comecei a escrever o Xis-Xis, em abril de 2008, eu xeretava o Ecoblogs. Lia, curtia, colocava algumas ideias em prática… Até que não resisti e me ofereci – cara de pau que eu sou – para fazer parte da rede. Na época, lembro-me que a Lu Freitas e acho que o Rodrigo também me explicaram, simpáticos, que não cabia mais um. Entendi. Mas acreditei na promessa de que logo, logo poderia pintar uma vaga. E… cá estamos!
No meu caso, mais “ecochata” do que nunca. Mas, como sempre, procurando argumentos científicos para fundamentar as ações a favor do meio ambiente. Só tenho que agradecer por fazer parte de um projeto que busca preservar a natureza e, consequentemente, a nossa vida. Sozinho, é muito difícil explicar como é importante preservar o meio ambiente. Unidos é mais fácil espalhar – como os passarinhos – as sementes “verdes” por todo o mundo. Parabéns a todos que fazem parte!

Os velhos costumes permanecem…

praia.jpgEstava eu, esta semana na praia – uma das vantagens de ser frila -, tomando sol e lendo revistas. O dia estava perfeito. Céu quase sem nuvens. Pouca maresia. Calor na medida certa. Pouco vento. Água morninha. O mar uma piscina. Cinco pessoas na praia – contando comigo. Marias-farinha, siris pintados, cardumes coloridos, moluscos, bolachas-do-mar, andorinhas, quero-queros e uns passarinhos que não sei o nome dividiam a restinga e o mar comigo. Tudo na santa paz e harmonia. Até que… o bicho homem resolveu mostrar ao mundo suas garras.
Enquanto eu pasmava naquele ecossistema, duas pessoas caminhavam na beira da água. Uma estava com a mão cheia. Fiquei observando. O cara catava as conchinhas, restos de corais e sei lá mais o que da beira da água! Todo-mundo-sabe que não se deve tirar nada da praia, apenas observar sua beleza. No máximo, tirar uma foto.
concha.jpgTive que contar até cem para não ser desagradável e ir falar com ele. Ao mesmo tempo, não me conformava! Como pode? Você via que não era uma pessoa sem estudo que estava caminhando na beira da água. Mas nem por isso deixava de ser ignorante, no sentido literal da palavra. Sugiro que as prefeituras coloquem placas na praia dizendo o que não é permitido – em Fernando de Noronha é assim. Ou alertando sobre os riscos dessas ações. Seria mais uma educação ambiental.
Ainda bem que o molusco, dono dessa concha da foto, era esperto, pois estava no mar. Caso contrário, tenho certeza que o rapaz pegaria para levar para a casa. Mesmo habitada! Deixei o bichinho na beira da água para tirar essa foto – teria que dividir essa beleza aqui no blog. Depois, devolvi no lugarzinho que encontrei. Aliás, me arrependo de não ter colocado lá no fundão do mar. Assim, a chance de alguém levar a concha para casa seria menor.
É, minha gente. É preciso saber admirar.

Pra que tanta embalagem?

Comprei uma sandália nova – linda e em super promoção, diga-se de passagem. Bom, entendo que comprar é uma afronta ao meio ambiente – já que estamos consumindo recursos ao ter tal ação. Mas, como sou econômica, na maioria das vezes adquiro o que necessito. Agora, algumas coisas não precisavam vir junto com o produto.
Alguém me explica: por que as caixas de sapato estão repletas de papel dentro? Para que embrulhar a sandália em tantos, mas tantos papéis? Não tolero nem aquele bolinho de papel, que colocam onde deveria estar o pé, para deixar a sandália “no formato”.
O que fazer para as empresas entenderem o desperdício?
Uma amiga adora uma bolacha – biscoito para os cariocas – carinha, aí. A bolacha vinha em um pacote e cada unidade embrulhada em saquinhos diferentes dentro desse pacote. Além disso, a embalagem tinha uma base de plástico para proteger o produto.
Minha amiga, cansada de pagar caro pela bolacha, começou a encher o saco da empresa. Ela sugeriu que parasse de embrulhar cada bolacha individualmente – o que, convenhamos, é tão desnecessário quantos aos papéis do sapato. Isso diminuiria o custo do produto para o consumidor final e pouparia o meio ambiente. O argumento deu certo. Eis que, passado um tempinho, a empresa aboliu essa embalagem individual. Pense nisso.

Está chegando a Hora do Planeta!

Anote na agenda. Dia 27 de março, às 20h30, é a hora de apagar todas as luzes por 60 minutos e se juntar à Hora do Planeta. Trata-se de um protesto mundial contra o aquecimento global, organizado pela ONG WWF.
De acordo com a instituição, em 2009, 113 cidades brasileiras participaram do movimento. Ícones como o Cristo Redentor, a Ponte Estaiada, o Congresso Nacional e o Teatro Amazonas ficaram no escuro. Já coloquei meu nome entre os participantes. Faça o mesmo neste link. E, para saber mais, clique aqui também.

Supermercados lutam contra as sacolas plásticas

Na guerra contra as sacolas plásticas, os supermercados foram um dos mais criticados. Afinal, eles são os maiores provedores da sacolinha para o lar. No exterior, algumas redes cobram por cada sacola plástica. O que ajuda a poupar o meio ambiente e o investimento da empresa.
Em terras tupiniquins, o Walmart Brasil anunciou que estenderá para as lojas das regiões Sudeste e Centro-Oeste o programa “Cliente Consciente Merece Desconto”. O projeto-piloto começa no Walmart Osasco, Tamboré e Morumbi. Em dois meses, quer atingir todas as 436 lojas do país.
O programa devolve ao consumidor o valor de custo da sacola não utilizada na compra. O desconto de R$ 0,03 por cada sacolinha será calculado diretamente no caixa. O valor corresponde ao custo unitário da sacola ou a cinco itens adquiridos – quantidade média de produtos embalados em uma sacola, segundo estudo do Instituto Akatu. Em uma compra de 200 itens, o cliente “ganhará” R$ 1,20. E caso leve para casa menos de cinco itens, também recebe o desconto referente a uma sacola.
O “Cliente Consciente Merece Desconto” já funciona nas lojas do Nordeste e Sul do País. De acordo com a empresa, o programa tirou do meio ambiente 16,6 milhões de sacolas plásticas e concedeu R$ 498.000 em descontos. Além do programa, também em 60 dias todas as lojas terão um caixa preferencial para quem não usa os sacos plásticos.
Já o Grupo Carrefour Brasil disse que eliminou o uso das sacolas plásticas na sua unidade de Piracicaba, interior de São Paulo. Para estimular os clientes, a loja em questão distribuirá, gratuitamente, sacolas retornáveis até 31 de março e oferecerá opções para compra – entre R$ 1,90 a R$ 15, sendo que uma delas, vendida a R$ 2,90, tem capacidade para 35 quilos. O cliente também terá à disposição caixas de papelão gratuitas para poder acondicionar as compras.
As lojas da rede na França, China e Polônia já não oferecem a sacola plástica tradicional. Segundo a empresa, o lixo da loja de Piracicaba passará a ser jogado em sacos plásticos reciclados de garrafas PET. Até 2014, a rede quer dizer adeus às sacolas plásticas tradicionais.
Quantas sacolas plásticas usamos?
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima que o Brasil consome a cada ano cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais. Em outras palavras, cada brasileiro utiliza em torno de 66 unidades por mês. Essa embalagem demora cerca de 400 anos para se decompor.

Sortudos ganharam a série completa do documentário “Planeta Terra”!

planetaterra.jpgTchan, tchan, tchan, tchan… Semana passada, anunciei que sortearia três caixas da megaprodução “Planeta Terra” – gentilmente, cedidas pelo pessoal do Discovery Channel. Saíram os ganhadores!
Antes de dizer os nomes, explico como foi realizado o sorteio. Entrei neste site. Em seguida, escolhi para sortear uma pessoa por vez que seguisse o Twitter http://twitter.com/isisrnd. O intuito era presentear os seguidores que “retuitaram” a mensagem: “Quer ganhar a série “Planeta Terra”? O Xis-Xis está sorteando 3 caixas! Dê RT neste tweet p/ concorrer! http://migre.me/nakc“.
E… os vencedores são:
1. @mabegalli
2. @marinhobrandao
3. @carlasoffi
Parabéns! Para os que não foram sorteados, aguardem mais novidades. Quem sabe descolo outros presentes tão bacanas quanto este para dar aos leitores do blog e do Twitter? Lembrando que, nesta quinta-feira, estréia a nova série “Vida” no Discovey Channel – dos mesmos produtores do “Planeta Terra”. Boa sessão pipoca.