Dica: tudo sobre sustentabilidade

itau.jpgEssa é quentinha! O Itaú Unibanco acabou de lançar um portal exclusivo sobre sustentabilidade – aqui, aqui! Ok, mas o que você tem a ver com isso? Se gosta de meio ambiente, o portal é seu lugar certo! O site reúne uma lista gigante de cursos de todo o mundo relacionados ao assunto – que são possíveis fazer online de qualquer lugar do Brasil – e uma biblioteca virtual completa que abrange todos os temas que se ligam à sustentabilidade e, ainda, inclui matérias jornalísticas em seu acervo e resumo de livros (!).
Para completar, ele também disponibiliza informações sobre a aplicação do conceito no dia a dia. Por exemplo, dá dicas práticas de como poupar água, energia elétrica, como se comportar de maneira mais “verde” no trabalho, de como se portar com relação ao consumo – atitude que gera muitos resíduos – e, claro, até dica de planejamento financeiro. O site reúne todas essas informações sobre o tema e ainda traz novidades. Eu descobri no Itaú Sustentabilidade que um notebook consome menos energia que um PC – aliás, tome nota disso ao escolher uma máquina nova.
Além das dicas de cursos que realmente me conquistaram, já que antes precisava ficar buscando na internet aleatoriamente – e, por causa disso, já perdi alguns por descobrir só após seu início – outro detalhe bacana que chamou a atenção no site é a explicação de conceitos. Ele traduz de maneira simples, como exemplo, o que seriam o tão falado Protocolo de Kyoto e os tais dos Créditos de Carbono – bases fundamentais e históricas sobre sustentabilidade, leia aqui.
Bom, sugiro que dê uma navegada no site e guarde em seus favoritos. Quando tiver uma dúvida, basta ir consultá-lo. E, claro, a cada início do mês checar a agenda que o Itaú Sustentabilidade disponibiliza para ver se tem algum curso ou evento de seu interesse. Divirta-se!
Obs.: Este é um publieditorial.

Você sabe o que é “papel semente”?

mesa com papeis2.jpg“Não” é a resposta que mais ouço. Então, também não sabe o que está perdendo! Certo dia, há um tempo, uma empresa me enviou um cartão impresso em “papel semente”. No verso, as instruções diziam que se eu plantasse aquele cartão, nasceria uma flor. “Ah, mentira”, pensei já deslumbrada.
Claro que, imediatamente, cavei um espaço para o papel em um vasinho. Dias depois… a surpresa: uma plantinha brotou! Inacreditável! Minha mãe e eu comemoramos o achado.
Enfim, mas o que seria o papel semente? Recorri à internet. Pesquisando sobre o assunto, encontrei a empresa Papel Semente @papelsementes e Facebook. Segundo ela, como o nome indica, trata-se de um papel – que pode ter diversas gramaturas e ser reciclado – com inúmeras sementes dentro dele, literalmente. Ou seja, ainda em fase de produção, uma camada de papel reciclado úmido recebe as sementes. Por cima delas, vai mais uma camada.
A curiosa tentou encontrar as sementes no papel. Tarefa árdua. Como ele era reciclado, não consegui identificá-las. O que deu mais charme à ideia.
A Papel Semente contou que testando, por tentativa e erro, mesmo, descobriu que diversas sementes podem ser aproveitadas para dar origem ao material. São elas: de rúcula, agrião, salsinha, manjericão; de flores, como cravinho da Índia, cósmea, boca-de-leão; e, de chá, como erva doce ou camomila.
Para saber mais, indico o programa da Globo News, “Cidades e Soluções”, transmitido esta semana. Uma matéria, realizada com a empresa, explica o passo a passo da fabricação. Veja no vídeo abaixo. Ah, sugestão, espere ele carregar e vá aos 9 minutos e 20 segundos – início dessa específica reportagem. Divirta-se:

Mais dois detalhes. De acordo com a entrevista da diretora Andréa Carvalho, cedida ao programa, o produto é fabricado e comercializado tendo em vista o cuidado socioambiental. Há uma parceria feita com cooperativas de catadores e a tinta empregada na impressão é a base de água, o que evita poluir o meio ambiente.
Obs.: Ao menos o cartão de papel semente que recebi veio com instrução de como plantar. Primeiro, era necessário picar e molhar o papel. Em seguida, enterrá-lo com uma camada fina de terra sobre ele. Diariamente, essa terra precisou ser regada. Até que, em menos de dez dias, a plantinha germinou! Adorei!

Blog Action Day: Água!

DSC_0061.JPGEste post faz parte de uma blogagem coletiva mundial – quando um monte de gente escreve sobre o mesmo tema – chamada Blog Action Day. E o assunto da vez é… água! Mas, para mostrar a importância dela, vou refletir sobre a falta do líquido. Do que acompanhei no Rally dos Sertões – fotos aqui -, em lugares onde água é alucinação.
DSC_0088.JPGFalar que o sertão é seco é o como chover no molhado – maõzinha de hã, hã? Bom, partindo dessa afirmação, em um povoado no interior do Piauí, quase divisa com o Ceará, estava conversando com uma moça de cinquenta e poucos anos sobre coisas da vida, enquanto observava, da sacada e da sala de jantar da senhora, os competidores atravessarem a linha imaginária de chegada.
Claro que não pude deixar de perguntar como viver naquela secura toda. E outras mil questões – antes de ser jornalista, sou curiosa. A simpática senhora, oferecendo cafés para os itinerantes, contou que a água é proveniente do armazenado na cisterna – um reservatório de água da chuva. Porém, eles consomem sua agricultura de subsistência, e aí?
DSC_0084.JPGSempre educada, a senhora contou que chove, se não me engano, no segundo trimestre do ano por cerca de dois ou três meses. Um pouco antes dessa época, planta-se o alimento. A água da chuva faz brotar e crescer, principalmente, os grãos. Enquanto isso, a cisterna vai se enchendo do líquido que fornece vida. Depois da colheita, o alimento é armazenado.
O que rendeu dessa única safra deve alimentar a família – avós, filhos, netos e bisnetos – pelo ano inteiro. O mesmo serve para a água da chuva depositada na cisterna. Porém, e quando não chove o suficiente? Nesse momento, os olhos do marido da senhora, cerca de dez anos mais velho que ela, ficaram vermelhos. E lacrimejaram – me segurei para os meus não acompanharem.
DSC_0095.JPG“Dá se um jeito”, foi a resposta. Como? Compra-se fiado nas vendinhas, faz-se empréstimos, troca-se. De repente, os filhos que ganham como salário a moeda que intitulamos dinheiro, colaboram. Mesmo assim, apesar da falta de água, eles estavam fortes na casa feita de barro empilhado com as próprias mãos e maior que o meu apartamento na “cidade grande”.
A senhora já esteve em São Paulo. O marido foi operado na cidade e voltariam, ainda este ano, para mais uma cirurgia. Se ela deixaria seu povoado para viver na capital paulista? “Não”, enfático. “Lá há muito trânsito, muitas horas são perdidas”, explicou. “Não deixo minha tranquilidade para viver naquela cidade”. E o consumo exacerbado? E o desperdício de água? E a poluição dos nossos abundantes rios?
DSC_0094.JPGAfinal, onde é o sertão? No lugar em que falta água ou entre aqueles que desperdiçam o sinônimo da vida? Deixo a resposta salivar na boca.
Obs.: A foto acima, com água, também foi tirada durante o Rally dos Sertões… Em uma ponte sobre um dos belíssimos rios de água cristalina próximo ao Jalapão, Tocantins.

Garrafas de vidro reutilizadas na calçada da praia

DSC_0118.JPGO Ceará é lindo. Além da beleza do interior – pegou? – as praias são de tirar o fôlego. Principalmente, em Fortaleza, a praia de Porto das Dunas. Preciso dizer que ela possui dunas incríveis de areia fininha branca que acabam no mar, fazem divisa com mangues e rios e, droga, com casas e hotéis?
Bom, caminhando em direção ao mar, nessa praia, o piso me chamou a atenção. O complexo Beach Park Suites Resort usou garrafas de vidro para criar a calçada em determinada área que faz divisa com a areia da praia e com o chão acho que de concreto – não sei que material era aquele.
DSC_0116.JPGBacana, não? A areia da praia que a gente, sem querer – mesmo -, leva presa ao nosso corpo, vestuário e acessórios acaba ficando nesse mosaico. E, assim, preenchendo os vãos entre as garrafinhas. Acredito que, devido à calçada, a areia acaba até voltando para a praia. Veja as fotos da tal praia aqui no Flickr do Yahoo! Notícias. Tenha um ótimo feriadão.

Pobreza, exploração e beleza do interior do Ceará

DSC_0033.JPGVoltando ao Rally dos Sertões – a viagem ainda vai render muitos posts, de certa maneira, atemporais… As cidades mais miseráveis – no sentido literal da palavra – pelas quais passei durante a competição ficavam nos estados do Ceará e do Maranhão.
Não era um interior “pobremente digno” – a pobreza em sua simplicidade. Porém, um interior que parecia uma periferia. Triste de ver. O interior do Ceará – nos momentos em que eu conseguia ficar acordada, já que estava exausta chegando ao final da viagem, choca mesmo quem viu de perto a pobreza em outros estados ou as favelas – o maranhão também é revoltante, diretamente, voltada à política – uma materinha sobre isso publiquei no Yahoo!.
interior ceara.JPGA natureza do interior estava bem seca. Desértica. Só que, ao mesmo tempo, era linda. Algo que nunca tinha visto antes – fotos aqui no Flickr do Yahoo! Notícias. Difícil descrever – parecia Marte com plantas. O solo era seco com pedregulhos, as árvores baixas com verde-escuro e havia algumas esparsas motanhas. Sem contar os rios intermetentes que estava secos. Era até engraçado, não fosse trágico, passar por uma ponte que se dizia sobre um rio que não existia naquele momento.
Adendo. Com exceção, o Parque Nacional de Ubajara – que merece um post a parte. O lugar lembra a Serra do Mar paulista – é úmido e verdinho, a estrada que corta a Serra da Ibiapaba é emocionate nas curvas e na paisagem de tirar o fôlego! O charme está na vegetação predominante, a tal da caatinga. Veja as fotos para ter uma ideia – repare que em uma delas, a curva é tão fechada, que aparece uma rocha na frente do carro.
DSC_0029.JPGBom, o fato é que vi algumas serras sendo exploradas. Tipo, escavadas – como na foto ao lado. Meu filing alertou: estranho. Até que, já em São Paulo, encontro essa matéria: “12 mineradoras de calcário são fechadas”. Resumindo: “Desprovidas de licença ambiental, áreas de extração de calcário sofreram intervenção do Ibama e Polícia Federal”. Tá explicado.
Silenciosamente, o calcário era explorado nos confins do Ceará. A região do Cariri, pela qual passei na estrada, possui mineradoras. Como as demais, são importantes para o desenvolvimento do país e do nosso consumo, porém dá um aperto no coração. A beleza das serras cobertas por caatinga está indo por terra abaixo.

Qual o gosto do sorvete de astronauta?

DSC00441.JPGAtenção. Já contei que eu comi sorvete de astronauta, de verdade? Sim, comi porque ele é consistente – só derrete quando está na boca.
Tudo começou com esse post aqui. Daí, uma pessoa muito linda me fez a surpresa. Foi para os “Esteites” e trouxe o pacotinho. Fiquei tão emocionada, mas tão emocionada, que demorei dias para criar coragem de devorá-lo.
Imagine só, eu, simples mortal, me alimentando com o que os astronautas comem lá no espaço? Me senti com um pé na Estação Espacial Internacional. Aliás, a emoção foi tanta que acabei tendo problema na hora de passar as fotos do sorvete em si para o computador. Perdi todas. Essa ao lado é do pacotinho aberto – que guardei, claro.
Agora, eis a questão, qual o gosto do tal sorvete de astronauta? (Suspense) Antes de comer, me disseram que tinha sabor de sorvete de verdade, mas sem ser cremoso. Depois que comi, me disseram que era ruim. Será?
Olhe, gostoso, assim, como um belo sorvete italiano, não é mesmo. Ruim, também não. Ele parece uma bolacha, bem gordurosa quando colocamos na boca e estremamente seca. Ele esfarela bastante depois de mordido ou cortado – dividi o pão com todos em casa, para ninguém ter lombriga de curiosidade.
De acordo com meu irmão, que é engenheiro químico, é importante tirar a água do alimento para ele durar mais. Porém, apesar da secura, rapidamente, o tal do sorvete derrete apenas na boca.
E as calorias? São muitas: 210. Afe, deve ser para dar energia máxima para os astronautas. Coisa que eu preciso mais gastar do que ganhar.
Enfim, de qualquer modo, indico a experiência. Que prove o tal sorvete. Afinal, é uma maneira de sentir próximo o gosto do grande sonho: observar a Terra do espaço. Dizem que é azul…

Uma joaninha curiosa!

DSC00079.jpgEssa eu não poderia deixar de postar para um sábado mais colorido. Enquanto escrevia o post anterior aqui no Xis-Xis, essa joaninha dividiu o travesseiro comigo! Eu só percebi depois que desliguei o computador. A criaturinha linda mal sabe o risco que correu de ser esmagada sem querer. Depois de pousar para as fotos – clique na imagem para ampliar -, deixei o bichinho do lado de fora da janela. Creio ser mais seguro e proveitoso. Agora, fui.

Por que individualizar o gás e a água?

Esses dias, participei da reunião do condomínio que iria discutir, entre outras coisas, a medição individualizada da leitura do gás e da água. Nem preciso dizer que não perderia essa reunião por nada. Aqui, entre nós, posso revelar: dei uma de “advogada do diabo”.
No momento certo, como um animal esperando para dar o bote, lancei a pergunta para um senhor convidado que representava uma empresa de medição: “É, mas quanto essa individualização de água (que é cara) vai gerar de economia para o condomínio”? E, como quando o maestro abaixa a batuta, veio a resposta: “A economia é de 40% para o condomínio, em geral”. Tchanan!
Olhei em volta, discretamente – eu estava meio que escondida por uma coluna. Maioria dos rostos parecia convencida. Mais ainda quando se falou da parte “democrática” da questão. Isto é, quem gasta mais, paga mais – mexeu com o bolso, é causa ganha. O fato é que até eu fiquei espantada com o número. Pô, quase metade da água é poupada! Não duvido, não.
Eles relataram um problema comum. Por exemplo, no caso da água. A conta vem alta. Você, que mora sozinho, fica o dia todo fora e só toma um banho por dia, não se conforma. Resolve gastar mais água para “compensar” a conta cara. Resultado? No outro mês, como muitos pensam assim, a conta é maior ainda. Convenci?
Lá no condomínio, a votação foi a favor. Mas não a separação imediata, só daqui alguns meses se dará início ao processo. Uma pena. Democracia, é isso aí, feliz ou infelizmente.
Dicas! Gentem, para quem busca algo mais técnico combinando construção e meio ambiente, indico esta revista Guia da Construção com matéria sobre destino de resíduos da construção civil – um problemão ainda pouco abordado. E, aqui, outra revista da área (a Téchne), inteirinha, apenas sobre sustentabilidade. Divirta-se e bom finde!