Tem um parque perto de você, talvez você nem saiba

Hoje, trago uma boa notícia no estilo: “antes tarde do que nunca”. O Ministério do Meio Ambiente lançou nestas férias o aplicativo para celular chamado Parques do Brasil. Ele ainda está na versão beta. O aplicativo traz fotos das unidades de conservação, as atividades e as atrações de cada uma delas. Também mostra as unidades de conservação que estão mais perto de você. As unidades de conservação são áreas naturais criadas e que deveriam ser protegidas pelo Poder Público. Duas conhecidas são: o maravilhoso Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e o Parque Nacional do Iguaçu, uma das sete maravilhas do mundo. O Brasil tem atualmente mais de 2200 unidades de conservação. E parte delas, aliás, está em risco. Segundo um recente relatório do Imazon, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o desmatamento em unidades de conservação da Amazônia em relação ao total da floresta quase dobrou em dez anos: passou de 7%, em 2008, para 13%, em 2017. Por isso, precisamos estar por perto do que é nosso para preservar e curtir este país bonito por natureza.

*Este texto foi falado por esta palpiteira oficial no programa Desperta, da Rádio Transamérica, apresentando pelos queridos Carlos Garcia e Irineu Toledo.  Uma vez por semana, minha coluna vai ao ar por volta das 6h15 da manhã! Geralmente, às quintas-feiras. Beijo!

Foto: Fernando de Noronha/ Isis Diniz

2019: este pode ser o ano mais quente

Uma falante novidade: sou colunista de sustentabilidade do programa Desperta, da Rádio Transamérica, apresentando pelos queridos Carlos Garcia e Irineu Toledo.  Uma vez por semana, minha coluna vai ao ar por volta das 6h15 da manhã! Aqui, publico o que falei por lá.

Está calor aí? Aqui está muito quente! E parece que esse calorão todo vai permanecer. É bom se preparar: pesquisadores têm alertado que 2019 deve ser o ano mais quente já registrado! Isso porque a temperatura do planeta tem aumentado continuamente devido ao aquecimento global. As pesquisas mostram que as ações humanas como uso intensivo de combustíveis fósseis e queimadas de florestas lançam na atmosfera gases que retém o calor dos raios solares, esquentando o planeta mais do que deveriam. Somado a isso, desde dezembro de 2018 o fenômeno El Niño tem elevado a temperatura da superfície do mar do Pacífico. E qualquer mudança na temperatura do oceano afeta diretamente o tempo do planeta todo, em menor ou maior quantidade. O El Niño pode contribuir com uma seca mais intensa no Nordeste, por exemplo. Além disso, as regiões Sudeste, Sul e o estado do Mato Grosso do Sul devem ficar com temperaturas acima da média até junho. Essas informações são do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Aproveite para sintonizar, todo dia entre 5h e 7h da manhã, na rádio para saber as últimas notícias e ainda ouvir música! 🙂 

Foto: Welcomia/ Freepik

Por que escolheu ser jornalista?

“Como vou ligar o rádio hoje de manhã?” Estava preocupada ontem, como milhares de brasileiros. Afinal, após sintonizar na Transamérica cedinho, todo dia seguia ao trabalho ouvindo a BandNews FM. Minha filha ficou doente e, por dar atenção a ela, cheguei mais tarde. Pode ser impressão, mas parecia que os outros motoristas estavam dirigindo mais silenciosamente e passageiros quietos, em luto no trânsito.

Ambientalmente falando, sabia que este ano, de 2019, seria um desafio. Eu me preparei para atravessá-lo com firmeza, generosidade e buscando mais conhecimento como base. Jamais imaginaria que seria tão trágico. Brumadinho, Flamengo, Rio de Janeiro e tantas outras aflições. Até que perdemos um dos melhores e mais necessários jornalistas do momento: Ricardo Boechat.

Infelizmente, não o conheci pessoalmente. Mesmo assim, o tinha como uma pessoa íntima do cotidiano, que ouvia todos os dias por anos. Além disso, sempre admirei o modo como ele escutava as pessoas em geral, dava voz a todos e buscava um local mais justo para se viver. Parecia ser uma pessoa transparente e íntegra.

Além de gostar de me comunicar, escolhi cursar jornalismo por ter aquela inocência de tornar o planeta uma casa mais equitativa. Eu achava que poderia mudar o mundo para melhor. Rapidamente, descobri que sozinha seria impossível. Aliás, acompanhada já é difícil. E até passei por muitos momentos de desilusão. Inclusive, recentemente – o, praticamente, fim do Museu Nacional foi muito desanimador para mim.

Agora, perdemos um grande profissional. Tornou-se quase uma unanimidade por ser tão jornalista, verdadeiro no sentido mais nobre dessas palavras. Uma estrela. Ninguém é substituível – ao contrário do que diz o ditado. E neste momento o chamado aparece novamente. Se faz presente.

Todas (os) nós, principalmente jornalistas, não importando onde estivermos atuando, precisamos colocar em prática ainda mais as características tão esperadas das profissão. Sermos curiosas (os), prevenidas (os), precisas (os) e éticas (os). E, acima de tudo, humildes.

Não que tenhamos deixado essas qualidades de lado. Mas quem sabe, unidas (os) sob essas características, ressaltando simplicidade e verdade com nós mesmas (os), possamos ser uma poeira de estrela montando uma Terra mais igualitária, justa e fraterna. Muito amor para todas (os) nós.