Ministério tem site apenas sobre orgânicos

ministerioagriculturaorganico.jpgO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inaugurou um site completo sobre orgânicos. Ele disponibiliza uma lista sobre onde comprar produtos orgânicos em cada estado brasileiro, possui uma biblioteca online com cartilhas e vídeos, fala sobre legislação e explica curiosidades. Navegue aqui.
Aliás, segundo o endereço… “Os produtos orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas. A ideia é evitar a contaminação dos alimentos ou do meio ambiente. (…) A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo”.

Hoje é o Dia Nacional da Mata Atlântica

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É o bioma mais lindo do mundo. Apesar de não conhecer todos do planeta, tenho certeza da minha afirmação. Desde a minha infância, fico encantada com a muralha da Serra do Mar. E com as Florestas de Araucárias. E com os animais que vivem nesses locais. E todos os outros detalhes do bioma.
Para quem não sabe, a Mata Atlântica se distribui em faixas litorâneas, florestas de baixada, matas interioranas e campos de altitude. Ela é formada por florestas ombrófila densa, ombrófila mista, estacional semidecidual e estacional decidual e os ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas. Infelizmente, estou sem tempo para explicar cada um desses detalhes. Sugiro que dê um Yahoo!.
Eu não queria é, mesmo, perder a oportunidade no dia 27 de maio de homenagear a mata do meu coração. Sempre que cruzo a Serra do Mar emito algo como: “Que paredão fantástico”. E abro os vidros do carro para sentir o cheiro e o frio. E toda vez que viajo para minha terra natal, o Paraná, ou para regiões serranas paulistas lamento a diminuição das imponentes Florestas de Araucárias.
A favor da preservação de incansável beleza, organizei um rápido protesto fotográfico. Acima, são oito paronâmicas da Mata Atlântica paulista – metade litorânea e outra serrana.

Lindas sacolas e carteiras recicladas

carteirareciclada.jpgA dica de hoje são sacolas, bolsas e carteiras feitas com material reciclado. Não costumo escrever sobre produtos reciclados, mas o material chamou atenção pela beleza. Quem coloca a mão na massa são presidiários Núcleo Prisional Ferreira Neto, em Niterói, por meio da ONG carioca TemQuemQueira. Eles utilizam como matéria-prima o lixo gerado pela realização de eventos e publicidade como lonas vinílicas, fundos de palco, banners e outdoors. “Acreditamos que boas idéias e atitudes simples podem transformar o nosso planeta”, diz a instituição. Veja os produtos aqui.

Três filmes sobre meio ambiente

Certo dia, há uns dez anos, vi um documentário maravilhoso sobre antropologia e meio ambiente. Ele não tinha falas, era repleto de batuques e com imagens de tirar o fôlego. Queria indicar no Xis-Xis. Só que meu cérebro não conseguiu fazer as ligações devidas para recuperar o nome do dito cujo da memória. Tristemente, por mais que fucei na internet, também não encontrei em lugar algum o raio do filme “cabeça-viagem” – bem do tipo que amo. Então, resolvi fazer uma pequena lista com três películas hollywoodianas, mesmo, que abordam questões ambientais. Um filme usa uma teoria científica, outro sugere um futuro porco se continuarmos poluindo e um último tira sarro dos ecochatas. Tchan tchan tchan tchan:
avatar.jpgAvatar
Sei que todo mundo escreveu sobre esse filme. E que ele possui vários clichês. O fato é que, além das imagens gráficas lindas, o diretor James Cameron criou uma representação da Teoria de Gaia. Segundo James Lovelock, o autor da teoria criada nos idos dos anos 70, a bioesfera (bio+esfera = parte da Terra em que pode existir vida, segundo o Michaelis) é capaz de manter o planeta em equilíbrio estável. Para ele, tudo que há na Terra – minerais e seres vivos, por exemplo – se relacionam para manter o planeta ok. “Munito”, como diriam parentes meus crianças.
wall-e.jpgWall-E
Esse filme é gracinha. Fiquei emocionada com o robozinho. A história é de um robô solitário que vive no meio do lixo que se tornou o planeta. Enquanto isso, os humanos navegam pelo universo em uma nave espacial que lembra 2001: Uma Odisséia no Espaço. O filme dá uma mensagem clara: se continuarmos poluindo, gerando lixo, a Terra será coberta por ele. Até termos que fugir do próprio ambiente sujo que criamos. Além disso, também possui uma “pitada” de inteligência artificial – ciência da computação destinada a dar um pouco de inteligência e talvez de sentimentos às máquinas.
ossimpsonsofilme.jpgOs Simpsons – o Filme
Esse vi algumas vezes… E ri em todas. O sem-noção Homer Simpson resolve ter como bicho de estimação um porco. Até aí, cada um com seus problemas. Mas o animal fazia muitas fezes. Homer resolve colocar tudo em um silo – uma construção cilíndrica – que se enche rapidamente. O chefe da casa cria um desastre ambiental de grandes proporções ao despejar todo aquele cocô no rio. A animação retrata os ecochatos, os problemas ambientais, as formas que os governos usam para “solucionar” a poluição e por aí vai. É uma tiração de sarro com boas sacadas.

É um avião? Não! Um asteroide!

nasaasteroidepapagaiodepirata.jpgOs cientistas focavam na nebulosa Tadpole, um berçário de estrelas da constelação de Auriga, localizada a cerca de 12 mil anos-luz da Terra. Depois de tiradas as fotinhos, resolveram dar um zoom. Quando… la la la la la… Viram que a foto captou dois asteroides aparecidos que passavam pelo nosso Sistema Solar!
Chamado 1719 Jens, deixou seu rastro em toda a imagem – veja os pontos verde e amarelo em destaque no centro. Outro asteroide, chamado UZ5 1992, também apareceu como papagaio de pirata – caixas no canto superior esquerdo. A imagem foi feita pelo satélite explorador infravermelho Wide-field Infrared Survey Explorer.
Para saber mais, clique aqui, em inglês. Para ver a foto em tamanho maior, clique nela. Bom final de semana. Aproveite.

Você sabe o que é um geoparque?

Estava em uma gruta na Ilha do Mel, no Paraná. Viajando como se estivesse na caverna de Platão. Só era possível entrar no local quando a maré estava baixa. Enquanto eu pasmava naquelas paredes pretas úmidas escorrendo água, meu pai disse: “Fique aí, porque vou fazer uma foto geológica”. A filha dele no centro e um bando de rocha em volta. Viajar com geólogo é história. Creio que o local não poderia servir como um geoparque. Mas isso é um exemplo de turismo geológico.
Antonio Theodorovicz, coordenador regional do Projeto Geoparks, em São Paulo (SP), explica que para se enquadrar como geoparque é necessário que a região possua excepcionalidade geológica com importância científica e características únicas – com atributos geológicos e paleontológicos extraordinários. “A Unesco, com a criação dos geoparques, pretende preservar regiões que contam a evolução dos continentes, a herança geológica da Terra. E, ainda, aliar a preservação, necessariamente, ao desenvolvimento social e econômico dessas regiões por meio do geoturismo”, explica.
Os geoparques estão organizados pela Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network) fundada em 2004 e por 64 geoparques distribuídos por 19 países. Segundo eles, com base no tripé conservação, educação e desenvolvimento sustentável. Não sou muito a favor do turismo, porque creio que sempre impacta na região explorada – muito ou pouco, dependendo de como é feito. Mas, como gera renda, é uma forma de preservar o meio ambiente. É uma maneira de dinheiro dar em árvore. Ou melhor, neste caso, brotar no solo.
Por meio do Projeto Geoparks, o Serviço Geológico do Brasil busca a identificação, levantamento, descrição, inventário, diagnóstico e divulgação de áreas com potencial para futuros geoparques no território nacional. Um exemplo é o Geopark Araripe. Segundo Theodorovicz, ele tem jazidas fossilíferas entre as mais antigas do mundo. Além disso, a região possui atributos naturais – como chapadas e cachoeiras, ideais para a prática do turismo – e o monumento de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte (CE).
A região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, pleiteia a chancela de geoparque. Conhecida pelas jazidas de minério, tem uma topografia incomum, resposta das rochas aos processos deformacionais ocorridos ao longo da evolução geológica. A área da Bodoquena também busca o enquadramento na categora de geoparque. Na região, contemplada pela beleza paisagística de destinos como o Pantanal e Bonito, encontra-se o fóssil Corumbella com 580 milhões de anos, considerado um dos mais antigos registros da vida animal. Como já disse por aqui, Bonito é maravilhoso. Boa sexta.

Imagens de satélite do ano de 1958

mapas.jpgFantástico! Existe um site, chamado Geoportal, que disponibiliza imagens de satélite – como vemos no Google Maps -, mas do ano de 1958! É deveras curioso. Veja aqui.
As imagens estão em preto e branco, com menos definição do que as que temos hoje, obviamente. Só que não deixa de ser incrível. Dá para localizar áreas desmatadas, checar o crescimento desordenado das cidades e muito mais. Meu prédio, naquela época, nem estava construído. Aliás, as ruas eram de terra!
No entanto, creio que não existem imagens de satélite de todas as cidades brasileiras. Procurei minha queria terrinha natal, Telêmaco Broba (PR), e não encontrei fotos de 1958. O Geoportal foi criado pela empresa Multispectral.
Obs.: Na imagem, está a Av. Paulista. Repare que havia poucos prédios nela e no entorno. Clique na imagem para vê-la maior.

Poder x amor. Quem vence?

martin-luther-king.jpgEstive na Conferência Internacional (CI) Ethos 2010. A CI é organizada pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, criado em 1998 por um grupo de empresários e executivos. Durante o evento, são realizadas várias palestras e debates sobre sustentabilidade atrelada a questões empresariais. Bastante voltadas para as empresas que estão começando a se interessar pelo tema ou empresários que querem investir em novas tecnologias que poupam mais o meio ambiente.
Apesar das palestras, o que me chamou mesmo a atenção, foi o discurso do autor do livro “Amor e Poder”, o canadense Adam Kahane, especialista em resoluções de conflitos empresariais e sociais.
Era o lançamento do livro dele. Umas das primeiras frases de Kahane foi algo do tipo: “Não vejam minha palestra pensando que sabem tudo sobre o assunto. Tentem ficar abertos para novas ideias”. Hum, pensei, ok. Vamos ver o que ele tem a dizer. Kahane começou contando que, há 20 anos, trabalha em resolução de conflitos. Foi para a África do Sul trabalhar, na época do apartheid. Se apaixonou por uma mulher. E por lá está até hoje.
Na África, matutou: “Por que os desafios sociais emperram?” Na época do apartheid, o povo sul africano brincava que existiam duas maneiras de resolver o problema deles – resumindo, a segregação racial. O jeito miraculoso era dar certo os debates formados por brancos e negros e pelas opiniões opostas. O possível era ajoelhar e ter as preces atendidas. Por incrível que pareça, o milagre aconteceu.
De acordo com Kahane, isso foi possível porque o poder e o amor se equilibraram. Ele usa a definição, em poucas palavras, de que poder é a motivação em realizar de maneira ampla, o desejo de alcançar um objetivo. O amor, o impulso pela unidade, de se unir a outras pessoas. Os dois podem trazer dois tipos de frutos. No caso do poder, ele pode construir tanto como oprimir e destruir. O amor, gerar e dar a vida ou degenerar e reprimir. A falta do amor degenera o poder. A falta de poder torna o amor degenerativo. “O poder do amor pode ser negligente. E o poder sem amor, anêmico”, disse.
Qual a solução? Tentar o equilíbrio. Para ele, o poder não é inimigo do amor. “Grandes empresas que trabalham sem se preocuparem com a unidade podem gerar um resultado catastrófico”, alertou o autor. Ele acredita que, agora, de modo geral, precisamos de mais amor. E, dentro de nós…
Mais uma vez, de equilíbrio. “Cada um se sente mais confortável pendendo com um ou outro”, explicou. Na hora do aperto, cada um pende para um lado. Assim, ele disse que devemos fortalecer nosso lado fraco. Sejamos nós pessoas jurídicas ou pessoas físicas. A dica dele é treinar, é praticar. “Não há um caminho trilhável, cada um faz o seu”. Como disse Martin Luther King Jr.: “Poder sem amor é descuidado e abusivo, amor sem poder é sentimental e anêmico.”
*A inscrição desta no CI do Ethos foi feita pela Natura.

Ouvir Mozart não te deixa mais inteligente

mozart.jpgHá mais de 15 anos os cientistas discutem os efeitos da música clássica para a inteligência. Agora, pesquisadores da Universidade de Viena, na Áustria, comprovaram que ouvir esse tipo de música não melhora a habilidade cognitiva específica.
Tudo começou, há um tempo atrás. Quando, em 1993, a revista Nature publicou um artigo da psicóloga Frances H. Rauscher, da Universidade da Califórnia. O texto relatava melhor desempenho de universitários após a exposição à música do gênio aquariano Wolfgang Amadeus Mozart.
Depois disso, nos Estados Unidos, vários governadores estimularam esse tipo de música. Em 1998, o estado da Flórida chegou a aprovar uma lei que obriga as creches a colocarem ao menos uma hora de música popularmente chamada “clássica” por dia para os bebês.
Como uma amante dessas lindas composições, eu agradeceria. Sempre brinquei dizendo que, durante a gravidez, vou ouvir esse tipo de música para o bebê nascer gostando de coisa boa… E samba também, claro.
Os psicólogos Jakob Pietschnig, Martin Voracek and Anton K. Formann analisaram 40 estudos independentes e outros trabalhos acadêmicos inéditos, totalizando mais três mil participantes.
O estudo, publicado na revista científica Intelligence, concluiu, com base nessas evidências acumuladas, que ainda não é possível afirmar que as pessoas melhoram sua capacidade específica espacial apenas ouvindo música “clássica”.
“Eu recomendo a todos ouvir Mozart, mas sem a expectativa de aumentar suas capacidades cognitivas”, diz Jakob Pietschnig, o autor principal do estudo. Para saber mais sobre os estudos, clique aqui – em inglês.

Rio Grande do Sul faz nova pesquisa com células-tronco

Há quase um ano escrevi um post, sobre tratamento com células-tronco na China, que é um dos mais discutidos até hoje. Então, leitor interessado em tratamentos com células-tronco, saiba que a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) do Rio Grande do Sul assinou um convênio com o Centro de Criogênia Brasil (CCB) de São Paulo.
De acordo com o CCB, a proposta é buscar nova fonte alternativa de células para a regeneração de tecidos com patologias associadas ao sistema nervoso central, como doenças neurodegenerativas, ou processos lesionais.
Nesse projeto, coordenado pelo médico e pesquisador Jaderson Acosta, as células-tronco do cordão umbilical serão estimuladas a diferenciarem-se em neurônios. Posteriormente, a ideia é utilizá-las no tratamento de patologias do sistema nervoso.
Por enquanto, parte da colaboração se encontra em andamento em um projeto de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica e Ciências da Saúde, em Neurociências. Boa semana!