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Problemas com chuvas de verão persistem

Vi em uma matéria na televisão o quanto governo federal investiu na prevenção contra os problemas causados pelo excesso de chuvas, em 2011, comparado ao quanto gasta para socorrer os problemas decorrentes dos aguaceiros. Procurei esses valores para postar aqui, pena que não encontrei. Se minha memória não falha, remediar recebia de investimento cerca de dez vezes mais bilhões do que prevenir. Como diz o fino ditado, “quando a água bate na bunda o sujeito aprende a nadar”. Esse valor é necessário? Deve ser. E se precaver? Não tem preço.

“Neste trimestre, as chuvas são freqüentes em praticamente todo o País, com exceção do nordeste de Roraima e do leste do Nordeste”, anuncia a página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Lá também é possível ver como a média de chuva varia muito durante o ano, apresentando épocas de estiagem. Essas épocas de pouca água poderiam ser usadas para prevenir os futuros problemas com a chuva – de volta todo o verão. Ao diminuírem as chuvas – o que não exige situações desse tipo de emergência -, poderiam ser retiradas pessoas de possíveis locais de perigo, impedidas construções nesses ambientes, investimentos em moradias, arborização das cidades (o que ajuda a conter as enchentes), serem alargadas as áreas de várzeas dos rios de planícies (como o rio Tietê, veja vídeo), restaurados os edifícios com risco de desabamento, serem aumentadas as galerias subterrâneas, inaugurados parques-piscinões, realizados programas de educação ambiental, etc.

Um problema é que muitos culpam a “força da natureza” por esses desastres previstos – como as inundações que este ano, de modo geral, afetam com mais gravidade Minas Gerais. E, passado este tempo de chove chuva, chove sem parar, procurar soluções como as citadas e não ignorar como se nunca mais fosse cair água do céu. Ou como se as pessoas esquecessem essas situações passadas. Não. A “culpa” dos problemas devidos às chuvas de verão não é do meio ambiente, mas da nossa relação com ele. Dificilmente iremos controlar a natureza por completo, mas podemos evitar alguns desastres como os decorrentes das águas de março, fevereiro, janeiro, dezembro.

Bom, esse post é um desabafo para todos refletirmos sobre as relações que queremos estabelecer com o meio ambiente. É de uso e abuso? Ou de respeito e precaução? Temos condições de evitar alguns desastres. Até a Nasa divulgou um mapa (acima) sobre as precipitações do início do mês no Sudeste brasileiro. As cores roxas e vermelhas, sobre cerca do norte do Rio de Janeiro, indicam mais chuva. Quanto mais azul-claro, menos. Vamos usar nossa sabedoria e tecnologia a nosso favor?