Como sabemos o que sabemos?

Fonte: Bule Voador

Autor: Homero Ottoni

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A ciência requer frustrações

Uma comparação entre o planeta Terra (Earth) e o Sol


A ciência sempre foi um empreendimento audacioso. Ao olhar para as estrelas que costumam ser visíveis em uma noite escura, não sentimos que estamos rodopiando ao redor de uma enorme “bola” de plasma quente (o sol) a aproximadamente 150 milhões de quilômetros de distância de nós, orbitando esta bola de plasma a uma velocidade de aproximadamente 107.000 quilômetros por hora e também não parece que as outras estrelas que observamos no céu são maiores do que o nosso planeta. Da perspectiva terráquea, estas estrelas parecem apenas pequenos pontinhos brilhantes no céu – não há porque pensar que alguns destes pontinhos são estrelas monumentais. Simplesmente não parece.

Descobrir que elas poderiam ser tão grandes quanto de fato são foi um feito audacioso de astrônomos e físicos que, ao longo de muitos anos, reuniram conhecimentos que nos permitiram entender melhor o universo no qual vivemos. Entretanto, quase nenhuma das grandes conquistas científicas, como as alcançadas pelos astrônomos no último século, foram obtidas de maneira trivial. Muito deste conhecimento custou caro.

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Cientistas Aprendem a Ler Mentes: Estaria o Big Brother Muito Distante?

Fonte: Psychology Today

Autor: Sarah Estes Graham

Tradução: André Rabelo

Como muitas crianças, eu passei muito tempo sonhando com um mundo onde realidades interiores imaginadas poderiam de alguma forma se manifestar no ambiente externo. Uma vez eu desejei tanto o dom de voar que eu comecei a bater as minhas asas em público (muito depois da idade onde isso teria sido fofo). Eu rapidamente deicidi parar de ser tão observavelmente estranha, mas o sonho persistiu. Se a popularidade de filmes como “A Origem” é alguma indicação, eu não estou sozinha.

Tanto sonhadores quanto fãs de ficção científica podem segurar o fôlego – o futuro é agora. Cientistas do Gallant Lab da UC Berkeley publicaram um artigo na Current Biology mês passado apresentando a primeira abordagem bem sucedida para reconstruir filmes naturais da atividade cerebral. Estudos usando a tecnologia fMRI têm reproduzido imagens estáticas no passado, mas o fMRI mede mudanças no volume sanguíneo, não a atividade neural efetiva. Quando os neurônios estão ocupados disparando, eles demandam sangue rico em oxigênio para suprir suas atividades. Felizmente para os cientistas, este sangue possui propriedades magnéticas ligeiramente diferentes, correlaciona-se com a atividade das populações de neurônios e podem ser medidas usando-se o fMRI. Infelizmente, as mudanças no fluxo sanguíneo são muito pequenas comparadas à atividade incrivelmente complexa e rápida dos neurônios disparando. (A menor unidade mensurável sendo os píxels do  tipo voxel, mas para o imageamento cerebral isto inclui cerca de um milhão de neurônios!). Enquanto medir o fluxo sanguíneo nos da uma riqueza de informações, isto não é veloz o suficiente para refletir acuradamente o que está acontecendo com as populações neurais em nosso sistema visual. Neurocientistas estão sempre em busca de maneiras de refinar os correlatos neurais de mudanças na atividade hemodinâmica. Continue lendo…