O que fumar tem a ver com barba? (vídeo)

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Você sabia que existe uma relação entre fumar e ter barba? E que quanto maior é a venda de protetores solares, maior é o número registrado de ataques de tubarão? Mas o que está por detrás dessas relações? Como exatamente essas coisas podem estar relacionadas? É sobre isso e outras coisas que discutiremos hoje no novo vídeo do Minutos Psíquicos. Veja o vídeo abaixo (se tiver problemas para ver ele, clique aqui).

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Apesar de ser um tema muito básico em qualquer curso sobre métodos de pesquisa, é impressionante perceber como o viés da correlação ilusória (aqui)  e interpretações indevidas de pesquisas são coisas disseminadas. Nosso propósito com o vídeo era ilustrar como que o fato de duas coisas ocorrerem conjuntamente não indica que elas necessariamente estão relacionadas.

A “co-ocorrência” de dois eventos pode se dever ao mero acaso, a um erro sistemático ou a uma relação genuína que existe entre as duas coisas. Apenas constatar que duas coisas variam conjuntamente não nos permite inferir qualquer relação causal entre ambas, pois nesse caso não temos meios de saber se a variável A causa a variável B, se a variável B causa a variável A ou se uma variável C varia conjuntamente com A e B, dando a ilusão de que A e B estão relacionadas diretamente.

Essa é a grande limitação do método de pesquisa conhecido como correlacional. Para lidar com esse problema, cientistas normalmente se apoiam apenas inicialmente em pesquisas correlacionais a fim de explorar as relações gerais entre variáveis e então o método preferido para clarificar qual é a relação (se é que existe alguma) entre duas ou mais variáveis é o método experimental. Nele, é possível variar sistematicamente aspectos de uma situação para testar se a inserção ou remoção de um aspecto tem um grande impacto individual em uma ou mais variáveis.

Referências recomendadas

Referências

Nesse texto escrito aqui no blog, discuti o que é um experimento e algumas noções mais formais de causalidade que complementam o conteúdo do vídeo.

Pearl, J. (2009). Causality: models, reasoning, and inference (2th ed.). Cambridge: Cambridge University Press.

O livro é uma referência na área sobre causalidade. Ele aprofunda de uma maneira muito mais ampla o conceito de causalidade e suas implicações em diferentes áreas.

Wilson, T. D., Aronson, E., & Carlsmith, K. (2010). The art of laboratory experimentation. Handbook of Social Psychology (Vol. 1, pp. 51-81). New Jersey: John Wiley and Sons.

Essa é uma referência importante para a discussão crítica do método experimental especificamente no contexto da psicologia. Super bem escrito por alguns dos escritores mais famosos em psicologia social, esse capítulo vale a pena de ler do começo ao fim.

Por que tarefas demoram mais tempo do que esperamos? (video)

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Quantas vezes você já se atrasou para terminar um trabalho? E quantas vezes você já não gastou mais dinheiro do que esperava durante uma viagem? É muito comum que as pessoas vivam esses problemas. Você se lembra da última vez em que se planejou para terminar uma tarefa? Consegue se lembrar exatamente o que você fez para se planejar?

Normalmente, as pessoas reúnem as diversas informações que possuem sobre a tarefa, como o assunto, o prazo e o tamanho do tarefa para estimar o tempo que precisarão. No caso de tarefas mais complexas, não demora muito até ficar claro que a sua estimativa de tempo foi otimista demais. Isso tem a ver com algo conhecido na psicologia como falácia do planejamento e esse é o tema do vídeo de hoje no Minutos Psíquicos! A imagem acima é a nova logo do canal, feita pelo talentosíssimo Pedro Tavares.

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Se o player acima não funcionar, clique aqui para ver o vídeo.

Referências recomendadas

Buehler, R., Griffin, D., & Peetz, J. (2010). The planning fallacy: Cognitive, motivational, and social origins. Advances in Experimental Social Psychology, 43(10), 1–62. doi:10.1016/S0065-2601(10)43001-4

Esse é o trabalho de revisão da literatura mais recente sobre a falácia do planejamento, discutindo outras formas de evitar a falácia do planejamento e extensões do modelo interno-externo descrito no vídeo. Clicando aqui, você terá acesso ao artigo completo.

Divulgando o III Congresso Brasileiro de Terapia Cognitiva da Infância e Adolescência

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Se preparem para o 3º Congresso Brasileiro de Terapia Cognitiva da Infância e Adolescência, mais conhecido como Concriad! Ele vai acontecer durante os dias 6, 7 e 8 de novembro de 2014 no Hotel Pestana em Curitiba – PR. Vale a pena ler o que o presidente do congresso tem a dizer sobre a importância do evento:

Surgido de uma constatação de que os terapeutas cognitivos que trabalham com crianças e adolescentes não possuíam um fórum específico para debate, ensino e pesquisa, lançamos este desafio. Segundo nossas consultas à época da primeira edição, essa condição não era restrita ao nosso país. Infância e adolescência, embora tivessem aumentadas sua representatividade em congressos nacionais e internacionais, não haviam evoluído ao ponto de ter um fórum exclusivo no mundo das terapias cognitivas. Se levarmos em conta a sensível fase do desenvolvimento com a qual estamos lidando, o foco de atenção deveria ser redobrado – afinal, intervenções bem realizadas na infância, tanto no nível clínico quanto no nível preventivo, evitariam inúmeras situações patológicas na vida adulta.

Antes disso, no dia 6, também ocorrerá no mesmo local o 1º Seminário Brasileiro de Processos Cognitivos nas Escolas que tem como objetivo aproximar a Terapia Cognitiva do âmbito escolar.

Concriad

Torço para que os interessados pela terapia cognitiva em tais contextos possam comparecer ao congresso e fortalecer a área no Brasil. Acesse também a página do congresso no Facebook para mais informações.

Por que o juiz sempre rouba mais pro time adversário? (vídeo)

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Você já achou que o juiz estava roubando pro time adversário? Ou quando alguém discordou de você sobre um assunto do qual você entende, já teve a impressão de que essa pessoa estava teimosamente discordando de você sem razão, já que obviamente você estava certo sobre aquele partido político, time de futebol ou artista? O vídeo de hoje do Minutos Psíquicos discute algo que Continue lendo…

A sua memória é boa?

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Você já teve a experiência de lembrar vividamente de um acontecimento, e depois acabou descobrindo que, na verdade, as coisas aconteceram de um jeito diferente do que você lembrava? Ou então uma situação na qual você e outra pessoa passaram por uma mesma experiência (ex: observaram duas pessoas discutindo agressivamente), mas depois vocês discordaram quanto a algum detalhe do que realmente havia acontecido? Ou você já lembrou de ter dito algo que, na verdade, não tinha dito a outra pessoa?

Não importa se você tem uma memória muito boa ou muito ruim, provavelmente você já viveu alguma experiência similar a essas e é sobre esse assunto que o Minutos Psíquicos traz orgulhosamente hoje um vídeo sobre uma das funções cognitivas mais complexas do cérebro e importantes para as nossas vidas – a memória. Veja ele primeiro (abaixo) Continue lendo…