“Mas a ciência não explica tudo!” (vídeo)

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Diante da análise científica de uma ideia, muita gente se sente desconfortável e argumenta que a ciência não explica tudo para justificar sua crença. Analisaremos hoje se esse é um bom argumento e quais os perigos de se apegar à ideias desconsiderando críticas dos outros. Você pode ver o vídeo de hoje abaixo ou clicando aqui.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/qAQaDNwPl3Y”]

Referências recomendadas

Aqui vão alguns materiais para quem quiser saber mais sobre os assuntos mencionados no vídeo: link, link, link, linklink, link, link, link, link, link, link, linklink, link.

Como vencer um debate (vídeo)

Como Vencer um Debate

Depois de falar semana passada sobre como NÃO vencer um debate, agora vamos falar sobre como você pode seguir por outro caminho e desenvolver debates mais construtivos! Você pode ver o vídeo de hoje abaixo ou clicando aqui.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/S2MR9TsvdZ0″]

Referências recomendadas

Os links a seguir vão incluir matérias de sites especializados, posts de blogs e artigos científicos que discutem diferentes aspectos a respeito de como funcionam os debates e de como os aspectos que citamos no vídeo podem contribuir para que o debate seja mais construtivo: link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link, link.

Crise existencial (vídeo)

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É comum que as  pessoas vivam crises existencias em algum momento das suas vidas. No vídeo de hoje, vamos falar sobre as principais questões existenciais que assombram a humanidade desde que ela se tornou capaz de ser assombrada por tais questões. Você pode ver o vídeo de hoje abaixo ou clicando aqui.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/KLpHNvoTVjI”]

Referências recomendadas

O vídeo de hoje teve como base o capítulo de handbook citado abaixo. Como a ideia do vídeo era trazer uma visão geral das principais questões existencias e trazer algumas reflexões sobre o que fazer a respeito das crises existenciais, esse capítulo foi ótimo e suficiente também, mesmo já sendo uma publicação com 7 aninhos de idade. Ele traz um panorama das principais pesquisas que vinham sendo feitas na área conhecida como “psicologia existencial experimental” e faz uma boa descrição das principais questões existenciais. Esse capítulo é uma ótima fonte de outros trabalhos acadêmicos sobre esse tema na sua sessão de referências pra quem se interessar em se aprofundar! Ainda devemos explorar melhor esse tema em outros vídeos, aguardem 😉

Pyszczynski, T., Greenberg, J., Koole, S. and Solomon, S. 2010. Experimental existential psychology: Coping with the facts of life. In S. T. Fiske and D. T. Gilbert (Eds.), Handbook of Social Psychology. New York: McGraw-Hill.

Um olhar para a natureza (vídeo)

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Cada pessoa tem uma forma de olhar para o mundo à sua volta e entendê-lo. Dentre diferentes formas de olhar e entender a realidade, a ciência pode ser vista como uma forma de pensar sobre o universo e de interrogá-lo ceticamente. No vídeo de hoje, falaremos sobre 5 ideias básicas centrais no pensamento científico e que embasam como os cientistas olham para a natureza em busca da produção de conhecimento sobre ela. Você pode ver o vídeo abaixo (ou aqui).

[youtube_sc url=”https://youtu.be/AbMBXWjqJhg”]

Boiou com os desenhos de alguma parte do vídeo? Tudo bem, acontece! Essa aqui é uma das cenas representadas em um dos desenhos (cena do filme “300”).

No quarto princípio, nós fizemos referência aos Tentilhões (os passarinhos) que tanto chamaram a atenção de Charles Darwin em seus estudos sobre a origem das espécies. Para ver mais coisas sobre isso, clica aqui.

Referências recomendadas

A melhor referência para o vídeo de hoje é a série televisiva Cosmos (que por uma incrível coincidência, foi recentemente adicionada ao catálogo do Netflix, então corre pra lá e vê todos os episódios!), em sua versão reformulada e apresentada por Neil Tyson. Qualquer livro do Astrônomo Carl Sagan também é recomendável, já que muito do que falamos no vídeo é uma postura em relação à ciência que Sagan dedicou boa parte da sua vida propagando de diferentes formas (livros como Pálido ponto azul e O mundo assombrado pelos demônios são boas recomendações).

Debate de meia tigela (vídeo)

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Já conhecemos as falácias desde que Aristóteles, um filósofo que viveu na Grécia há muuuuitos anos atrás, sistematizou pela primeira vez uma lista de erros comuns de raciocínio cometidos em debates. Mesmo a humanidade conhecendo tais erros há tanto tempo, continuamos propensos a usar falácias para argumentar e a ser persuadidos por falácias usadas pelos outros. Para não cair mais nesse tipo de armadilha, conheça um pouco mais sobre falácias no vídeo de hoje! Veja o vídeo abaixo (ou aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/rjSw-XoL-IM”]

Existem MUITAS outras falácias do que as que abordamos no vídeo. Em época de eleição, vale sempre a pena rever elas e ficar atento durante as falas de políticos! Esse site lista algumas das falácias mais comuns em debates. Também recomendamos conhecer esse site, que descreve bem falácias e de uma maneira mais simples. Essa aqui foi uma das listas mais completas que nós encontramos.

Tentando entender onde estamos (vídeo)

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Desde há muito tempo, nossa espécie tentou entender onde estamos e como as coisas funcionam à nossa volta. Para isso, diferentes sistemas de compartilhamento de sentido foram desenvolvidos ao longo de séculos e atualmente alguns desses sistemas mais estabelecidos são a arte, a filosofia e a ciência. Hoje falaremos um pouco sobre o que essas diferentes tentativas de entender o mundo têm em comum e o que elas têm de diferente. Veja o vídeo abaixo (ou clicando aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/L36LQBJeMP8″]

Referências recomendadas

Jaccard, J., & Jacoby, J. (2010). Theory construction and model building skills: A practical guide for social scientists. New York: Guilford.

Nesse livro, o psicólogo James Jaccard discute como cientistas sociais podem criar teorias para explicar os seus fenômenos de interesse. Em um dos capítulos do livro, Jaccard explora a diferenciação entre os sistemas de compartilhamento de sentido, e foi na maneira como ele abordou essa questão que nós nos baseamos no vídeo.

Sagan, C. (2006). O mundo assombrado pelos demônios: A ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras.

O astrônomo citado no início do vídeo é o já falecido Carl Sagan. Ele pode ser considerado um dos maiores, se não o maior, divulgadores da ciência. No livro citado acima, um dos mais famosos dele, Sagan fez uma das suas mais apaixonadas defesas da ciência e da necessidade de conscientização científica da população. E foi lendo livros como esse que eu acabei vindo parar aqui, em um blog e em um canal de divulgação científica =)

Ideias à prova de balas (vídeo)

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Algumas ideias são imunes a qualquer coisa – nada poderia contradizê-las. Quando uma afirmação é feita de tal maneira que nenhuma circunstância poderia indicar que a ideia estava errada dizemos que essa é uma ideia não falsificável. Não temos como saber se ela é verdadeira, já que não temos como saber se ela é falsa – ela sempre vai parecer verdadeira, mesmo diante de informações aparentemente contraditórias. Para entender melhor esse assunto, falaremos sobre isso no vídeo de hoje do Minutos Psíquicos (caso o player não esteja funcionando abaixo, clique aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/R3usjdBMRI8″]

Aproveitando a deixa, vale a pena conhecer o podcast Dragões de Garagem aqui no ScienceBlogs!

Referências recomendadas:

Popper, K. R. (1992). A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix.

Esse é um dos livros mais importantes sobre o assunto. É nele que o filósofo Karl Popper apresenta e descreve o conceito de falseabilidade e a sua importância para distinguir entre uma teoria científica e uma não científica.

Sagan, C. (2006). O mundo assombrado pelos demônios: A ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras.

O dragão na garagem é descrito em um dos capítulos desse livro, que é um dos livros mais famosos de Carl Sagan.

O que fumar tem a ver com barba? (vídeo)

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Você sabia que existe uma relação entre fumar e ter barba? E que quanto maior é a venda de protetores solares, maior é o número registrado de ataques de tubarão? Mas o que está por detrás dessas relações? Como exatamente essas coisas podem estar relacionadas? É sobre isso e outras coisas que discutiremos hoje no novo vídeo do Minutos Psíquicos. Veja o vídeo abaixo (se tiver problemas para ver ele, clique aqui).

[youtube_sc url=”http://youtu.be/TkPGCtQWJqY”]

Apesar de ser um tema muito básico em qualquer curso sobre métodos de pesquisa, é impressionante perceber como o viés da correlação ilusória (aqui)  e interpretações indevidas de pesquisas são coisas disseminadas. Nosso propósito com o vídeo era ilustrar como que o fato de duas coisas ocorrerem conjuntamente não indica que elas necessariamente estão relacionadas.

A “co-ocorrência” de dois eventos pode se dever ao mero acaso, a um erro sistemático ou a uma relação genuína que existe entre as duas coisas. Apenas constatar que duas coisas variam conjuntamente não nos permite inferir qualquer relação causal entre ambas, pois nesse caso não temos meios de saber se a variável A causa a variável B, se a variável B causa a variável A ou se uma variável C varia conjuntamente com A e B, dando a ilusão de que A e B estão relacionadas diretamente.

Essa é a grande limitação do método de pesquisa conhecido como correlacional. Para lidar com esse problema, cientistas normalmente se apoiam apenas inicialmente em pesquisas correlacionais a fim de explorar as relações gerais entre variáveis e então o método preferido para clarificar qual é a relação (se é que existe alguma) entre duas ou mais variáveis é o método experimental. Nele, é possível variar sistematicamente aspectos de uma situação para testar se a inserção ou remoção de um aspecto tem um grande impacto individual em uma ou mais variáveis.

Referências recomendadas

Referências

Nesse texto escrito aqui no blog, discuti o que é um experimento e algumas noções mais formais de causalidade que complementam o conteúdo do vídeo.

Pearl, J. (2009). Causality: models, reasoning, and inference (2th ed.). Cambridge: Cambridge University Press.

O livro é uma referência na área sobre causalidade. Ele aprofunda de uma maneira muito mais ampla o conceito de causalidade e suas implicações em diferentes áreas.

Wilson, T. D., Aronson, E., & Carlsmith, K. (2010). The art of laboratory experimentation. Handbook of Social Psychology (Vol. 1, pp. 51-81). New Jersey: John Wiley and Sons.

Essa é uma referência importante para a discussão crítica do método experimental especificamente no contexto da psicologia. Super bem escrito por alguns dos escritores mais famosos em psicologia social, esse capítulo vale a pena de ler do começo ao fim.

Ciência e inferência. Parte II: Popper e a tese do holismo.

Fonte: Bule Voador

Autor: Rodrigo Véras

A tentativa de escapar do dilema Humeano perpetrada por Popper – ao encarar a inferência científica como um processo hipotético-dedutivo falsificacionista – parece não ter surtido o efeito esperado. Os críticos muito rapidamente perceberam que esta abordagem destoava de boa parte das práticas dos cientistas. As aspirações normativas do modelo Popperiano de oferecer um critério de demarcação capaz de diferenciar a ciência da pseudociência, de maneira clara e simples, também não prosperaram, ainda que a refutabilidade de uma hipótese possa ser um guia útil em muitas situações, como estratégia preliminar na prática demarcatória.

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Ciência e inferência. Parte I: A dúvida de Hume e a solução de Popper.

Fonte: Bule Voador

Autor: Rodrigo Véras

Ao imaginar um cientista, muitos ainda devem visualizar um indivíduo que coleta várias dados e faz muitas observações, às vezes ao longo de uma vida inteira, e a partir delas obtém leis gerais sobre algum fenômeno. No cerne desse procedimento está uma forma de inferência de extrema importância, a indução. De uma maneira bem simples, quase caricata, na indução se parte de observações ou casos isolados e se chega à generalizações. Dependemos, o tempo todo, em nosso dia a dia, deste tipo de raciocínio. Ao valermo-nos dele, empregando-o intuitivamente, acreditamos que algo que deu certo antes dará certo de novo, que o dia se seguirá à noite e que efeitos se seguirão às causas. Porém, pelo menos desde Hume, existem pensadores que acreditam que há algo de pernicioso em relação à indução. Algo de intrinsecamente irracional estaria oculto por trás desta inocente forma de inferência, e acabaria por contaminar todos nossos esforços em busca de conhecimento e nem mesmo as ciências estariam imunes. Continue lendo…