Febre amarela aumenta, dengue cai no Brasil

Nosso país, às vezes – muitas delas –, me desanima. Hoje mesmo a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas jurou que não há epidemia de malária na região. Que as cinco mortes recentes foram apenas decorrência da doença, infelizmente. Sei. O fato é: sentiu estes sintomas, corra, Lola, corra.
Mas, assumindo… A Secretária da Saúde de São Paulo confirmou oito mortes por febre amarela no estado. O número é quatro vezes maior do que todas as mortes pela doença registradas no ano passado. Por isso a instituição pediu para tomar nota. Quem for viajar no feriado da Páscoa deve verificar se a região de destino é área de risco para avaliar a necessidade de imunização. Só um detalhe. Recomenda-se que se tome a vacina com dez dias de antecedência. Veja aqui a “pequena” lista dos municípios afetados.
A vacina é contra-indicada para crianças com menos de seis meses de idade, para pessoas com o sistema imunológico comprometido por alguma doença como neoplasia e AIDS. Da mesma forma para pacientes em uso de drogas imunossupressoras, radioterapia e com história de reação anafilática relacionada a ovo de galinha e seus derivados. Gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa e necessita avaliação médica prévia.
Segundo a secretaria, não há necessidade de vacinação para aqueles que se dirigem às demais áreas. A vacina está disponível nos serviços públicos de saúde e em algumas clínicas privadas. Leia aqui um post sobre saúde de viajantes com dicas.
Por outro lado… O Ministério da Saúde afirma que os casos de dengue diminuíram.
A instituição registrou uma queda de 28,6% nas notificações de dengue informadas até 7 de março, em comparação com os 160.137 do mesmo período de 2008. Nas dez primeiras semanas de 2009 foram notificados 114.355. Houve redução em 19 estados e no Distrito Federal. Ocorreu aumento em sete estados: Bahia, Acre, Roraima, Amapá, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.
Apesar dos dados positivos, Eduardo Hage, diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica, alerta que as informações devem ser avaliadas com cautela. Também que a mobilização deve ser intensificada nos estados e municípios com situação mais preocupante. “Há seis estados com aumento de casos, o que confirma a necessidade de intensificação das ações de controle”, diz Hage.
“Como ainda estamos no período de transmissão da doença em vários estados, especialmente das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul e parte do Nordeste, como na Bahia, não há nenhum motivo para desmobilização. Pelo contrário, a dengue é uma doença que exige mobilização e ações de controle durante todo o ano todo”, reforça. Veja aqui um post polêmico sobre própolis como cura da dengue.
Eita, Brasil tropical de desigualdades.

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