Olá! Bom dia! Lugar de mulher é onde? É na ciência! O CNPq lançou a sétima edição do Pioneiras da Ciência, uma iniciativa que homenageia pesquisadoras brasileiras com trabalhos importantes para o avanço do conhecimento científico e tecnológico no país e no mundo! As homenageadas desta última edição são: a entomóloga, especialista que estuda os insetos, Alda Lima Falcão; a física Beatriz Alvarenga; a historiadora e ativista Maria Beatriz Nascimento; a física Ewa Wanda Cybulska; a linguista Leda Bisol; a física Linda Viola Ehlin Caldas; a geógrafa Maria Adélia Aparecida de Souza; a cientista política e escritora Paula Beiguelman; a física Ruth de Souza Schneider; e a bióloga Yocie Yoneshigue Valentin. A homenagem é importante porque mostra para as meninas e mulheres em geral que nós podemos exercer um papel relevante na sociedade. Segundo um estudo feito por pesquisadoras do CNPq, da UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas, e da Universidade de Brasília, o total de bolsas de estudo concedidas pelo CNPq a homens e mulheres é igual. Mas a participação das mulheres diminui à medida que o nível das bolsas é maior. Ou seja, há a sub-representação feminina em postos mais avançados da carreira e em posições de prestígio. Isso reflete o preconceito contra as mulheres. E também mostra o fato de ter menos tempo para produzir pesquisas e, assim, subir de posto. Mas juntas e juntos podemos mudar isso. E será melhor para todas e todos. Um beijo!
*Este texto foi falado por esta palpiteira oficial no programa Desperta, da Rádio Transamérica, apresentando pelos queridos Carlos Garcia e Irineu Toledo. Uma vez por semana, minha coluna vai ao ar por volta das 6h15 da manhã! Geralmente, às quintas-feiras. Ouça aqui!
Imagem: CNPq
Veja como foi o segundo dia da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (4aCNPM), contado pela Cládice Nóbile Diniz, delegada pelo Rio de Janeiro e relatora.
Hoje, fiquei para relatar um grupo que tratou das propostas de dois eixos: o de políticas públicas para as mulheres e o de sistema de políticas públicas para as mulheres. O primeiro tinha 88 propostas enviadas pelas conferências municipais e estaduais, sendo 32 a ter que se selecionar as dez mais prioritárias. O segundo tinha 30, onde se devia selecionar cinco. No eixo das políticas, eram propostas e as dez tiradas foram consideradas como desafios. No sistema nacional de políticas para mulheres, as seis propostas foram selecionadas como recomendações (as propostas e monções devem entrar no site do evento).
O ambiente no grupo foi muito rico. Vale ressaltar que um grupo de interesse somente tinha suas reivindicações compreendidas e acatadas se ao menos houvesse uma interessada presente. Por exemplo, as índias iam ficar com suas reivindicações encaminhadas em um “sacolão” geral, mas sendo informadas disso por uma militante negra, apareceram e passaram a atuar bem articuladas conseguindo garantir o que elas achavam o mais importante hoje: a demarcação das terras indígenas e quilombolas. Eram do Mato Grosso e denunciaram o assassinato no ano passado de um líder e a mutilação de outro, que ficou em cadeira de rodas.
Uma moça com um carrinho de bebê era uma presidiária em liberdade condicional que trazia reivindicações para as presidiárias e às em liberdade condicional. Curiosamente, no grupo havia uma liderança das agentes penitenciárias, sendo ela responsável por um grupo em liberdade condicional. Ela confirmou as denúncias da jovem, ratificando a necessidade de políticas afirmativas de proteção. Um caso que ambas comentaram como exemplo é o da necessidade de escolta de emergência de saúde para as presas que adoecem. A polícia não providencia e elas ficam sofrendo sem socorro.
Houve muitos outros casos interessantes relatados por outras mulheres (os homens que aparecem na foto estão trabalhando no evento). Aliás, essa foi a primeira conferência com representação das mulheres ciganas. Eram um grande grupo muito colorido, lindo. Na volta em frente ao hotel encontramos com os que vinham da manifestação. A tristeza e a desolação me lembraram as pinturas do Portinari.
Tudo a gente! Tudo a gente! O levantamento “Mulheres e Visão: por que elas sofrem mais?” realizado pelo Healhty Sight Institute, iniciativa da fabricante de lentes Transitions, aponta que 60% das mulheres contra 40% dos homens são atingidas pela catarata. Além disso, nós apresentamos mais problemas como olho seco e erros refrativos – miopia, hipermetropia e astigmatismo. O estudo foi realizado com 1007 brasileiros – 598 homens e 409 mulheres.
Mas por que nós? Segundo a empresa, não há um consenso sobre os motivos. O que já se sabe é que uma parte da culpa é dos… hormônios! A menopausa, por exemplo, influencia diretamente na visão. Neste caso, a baixa produção de hormônios como estrogênio e testosterona provoca o olho seco. Por sua vez, isso diminui a produção de lágrimas e leva ao aumento de problemas visuais.
A gravidez também causa alterações que podem levar ao aumento da pressão intraocular. Por conta disso, a córnea diminui a sensibilidade, aumenta espessura e muda a curvatura. A situação provoca intolerância às lentes de contato, muda a refração – o grau dos óculos – e outras alterações reversíveis. Outro detalhe, talvez por vaidade, é que as mulheres têm tendência a utilizar menos as lentes de contato e os óculos. Assim, apresentam maior comprometimento visual.
“As mulheres também se preocupam menos com os cuidados com a visão. Elas precisam entender que frequentar o oftalmologista uma vez por ano é tão importante quanto ir ao ginecologista ou ao dermatologista”, diz Denise Fornazari, coordenadora do Núcleo de Prevenção à Cegueira da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As dificuldades visuais femininas e a falta de informação sobre o problema fizeram com que a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolhesse a prevenção da cegueira entre as mulheres como o tema central da campanha do Dia Mundial da Visão, 8 de outubro. Alerta: dois terços de todos os casos de cegueira no mundo ocorrem em mulheres, informação da OMS.
Obs.: Esta semana continuo com as histórias da viagem. Aguarde!
Esses dias, leitores escreveram dizendo que queriam participar de uma pesquisa científica. Pronto. Agora, apareceu uma chance! O Laboratório de Ciências do Exercício (Lace), da Universidade Federal Fluminense, chamam mulheres que moram em Niterói ou São Gonçalo para fazer parte de um estudo. Com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o laboratório investiga as influências genéticas no treinamento físico e na dieta.
Para participar, as voluntárias precisam preencher critérios como: estar acima do peso, ter entre 18 e 49 anos, não fumar, não praticar exercícios físicos, não estar na menopausa e não usar remédios regulares. Os pesquisadores irão checar dados das inscritas, como o colesterol, e aplicar uma dieta por três meses. As colaboradoras também deverão fazer atividade física três vezes por semana. Puxado… E claro que é tudo gratuito. Mais informações aqui.
A ciência e o meio ambiente vistos por um olhar atraente e feminino